Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
↪ Introdução ● Coração se localiza entre o 3°,4° e 5° EIC. Possui 2 átrios, 2 ventrículos e 4 válvulas, mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar. ● O coração possui o nó sinoatrial e atrioventricular. Formação do impulso ocorre no sinoatrial, que vai ser transmitido pela musculatura até o atrioventricular passando pelos ramos do feixe de Riss, fazendo a contração da musculatura dos ventrículos. ● Sístole = contração ● Diástole = relaxamento ● 70% do sangue passa do átrio para o ventrículo de forma passiva. 30% precisa da contração atrial. ● Se o paciente tem uma cardiopatia que leva à fibrilação atrial, o átrio não estará contraindo da forma correta, 70% do sangue passará de forma passiva. ● Se o paciente tem fibrilação ventricular não terá como ejetar o sangue pra forma e se não for revertido virá a óbito. ● 90% dos cães de pequeno porte a partir de 10 anos tem endocardiose (degeneração da valva mitral). ↪ Endocardiose (degeneração mixomatosa) ● A válvula mitral fica espessada, ocorrendo regurgitação do sangue caracterizando o sopro). ● Sintomas: Tosse noturna, cianose, engasgos, síncope, cansaço,. emagrecimento progressivo. ● Exames: pressão arterial sistêmica, radiografia torácica, eletrocardiograma, ecocardiograma, hemograma e perfil bioquímico, Pro - BNP, US abd. - Radiografia do tórax: avaliação anatômica dos órgãos, traquéia (deslocamento, colapso), pulmão (padrão, efusão torácica), coração (cardiomegalia, efusão pericárdica). - Pressão arterial: método US Doppler, método oscilométrico. - Hemograma: hematócrito, uréia, creatinina, sais biliares, eletrólitos. - Pro BNP: teste rápido de alteração de função cardíaca. Aumento do átrio, degeneração valvar. Cardiomegalia generalizada, deslocamento de traquéia, padrão alveolar intersticial: edema pulmonar agudo. Cardiomegalia, sem descartar a efusão pericárdica devido a característica globosa do coração. - Eletrocardiograma: conseguimos ver se o paciente tem arritmias ou não. Se tiver arritmias podemos ter um comprometimento da oxigenação renal. - Eco Doppler Cardiograma: ajuda a saber qual cardiopatia Degeneração da mitral bem evidente. Regurgitação do VE para AE. Relação AE e aorta. Relação AE e aorta bem aumentada. - US ABD: muitas cardiopatias levam à congestão hepática. Podemos fazer doppler da a. hepática. Avaliação dos rins (manutenção da estrutura corticomedular, indícios de DRC). Avaliação da adrenal (muitos cardiopatas e nefropatas tem hiperadrenocorticismo). ↪ Estadiamento e tratamento ● Eco bidimensional: saber se o ritmo é regular ou não e a FC. Corte em modo M: observa-se síntole e diástole. Avaliação do VE. Distância da valva mitral ao septo. Avaliação da estrutura das valvas mitral e tricúspide. Relação entre AE e aorta. Avaliação das valvas. Paciente com degeneração mixematosa da mitral. Efusão pericárdica. Eco doppler: fluxo das valvas, regurgitação. Conclusão: paciente com degeneração mixematosa da mitral e tricúspide com hipertensão pulmonar. → Estadiamento ↳ Estágio A: paciente das raças com potencial para desenvolver a doença sem alteração estrutural identificável (poddle, pintcher, york). ● Suplementação com ômega 3 (de 50 a 100mg por kg): cardioprotetor, antioxidante, pró inflamatório, antiarrítimica. ● Ubiquinol (enzima q10 ativada): melhora respiração celular e aumenta a sobrevida das hemácias. ↳ Estágio B: paciente com alteração estrutural cardíaca porém assintomático. Presença de sopro na ausculta. - Estágio B1: apesar do sopro cardíaco audível, o exame de ecocardiograma não detecta remodelamento cardíaco secundário a doença degenerativa valvar. Necessária reavaliação cardíaca a cada 6 meses. AE/Aorta < 1,6 - Ômega 3 - Benazepril 0,25 a 0,5mg/kg SID (inibe a enzima conversora, atua controlando a pressão, função nefroprotetora - diminui hipertensão glomerural), -Espironolactona 2mg/kg SID (inibe e retarda a fibrose cardíaca). - Estágio B2: paciente com sopro, ainda assintomático porém com alteração hemodinâmica (regurgitação valvar) e remodelamento cardíaco (aumento do lado E) evidenciada pelo ecocardiograma. AE/Aorta > 1,6 - ômega 3 - benazepril 0,5mg/kg SID -espironolactona 2mg/kg SID - pimobendam 0,25 a 0,3 BID (aumenta a contração cardíaca, melhorando a oxigenação do rim - melhora perfusão renal - e também dilata a a. pulmonar. Sobrevida de 2 a 3 anos a mais. - ração cardíaca ↳ Estágio C: paciente apresenta sintomas de insuficiência cardíaca e alteração estrutural cardíaca. Paciente já tem remodelamento cardíaco, tosse, pode ter intolerância ao exercício e pode já ter tido síncope. AE/Aorta > 1,6 - Ômega 3 - Benazepril 0,5 mg/kg SID - Espironolactona 2 a 4 mg/kg SID - Pimobendam 0,25 a 0,3 mg BID - Furosemida 1 a 4 mg SID/BID/TID: diurético que atua na alça de henle. - Ração cardíaca ↳ Estágio D: paciente com sintomas graves, angústia respiratória, edema pulmonar, estágio terminal da doença. Quadro emergencial. - UTI - ômega 3 SID - Benazepril 0,5 mg/kg SID - Espironolactona 2 a 4 mg/kg SID - Pimobendam 0,5 mg BID ou TID - Furosemida 1 a 4 mg SID/BID/TID/QUIC - Hidroclortiazida 2 a 4 mg BID - Torasemida (em caso de recidivas de edema) ⇢ Edema pulmonar: principal emergência cardiovascular, dispnéia, tosse e cianose. Não estressar o paciente! - Radiografia torácica (LL e DV) - Causa: degeneração mixomatosa da valva mitral, cardiomiopatia dilatada e hipertrófica, hiperhidratação, doença pulmonar primária. - Oxigenioterapia - Sedação (butofanol) - Acesso venoso: furosemida 2 a 8 mg/KG bolus IV. Caso necessário, infusão contínua com 0,66 mg/kg/hora por 6h. - Controle de PA: anlodipino e nitroprussiato. - Infusão contínua com dobutamina para aumentar contração cardiovascular. 5 a 20ug/kg/min. - Pode levar de horas a dias - Medicações orais: dobutamina e pimobendam (0,25 mg TID). ⇢ Endocardiose: diagnóstico com eco doppler cadiograma. ⇢ Cardiomiopatia dilatada ⇢ Cardiomiopatia hipertrófica ⇢ Efusão pericádica → Paciente DRC com cardiopatia - Exames: US abd, hemograma, perfil bioquímico, PA sistêmica, urinálise, hemogasometria. - Diagnóstico da DRC: US (perda de definição corticomedular). ● Hemograma: - Anemia arregenerativa - Eritropoetina 100 - 150 I 72/72h - Sulfato ferroso - Transfusão sanguínea: teste de compatibilidade maior e menor, tipificação sanguínea, teste de Coombs. ● Perfil bioquímico - Uréia: aparece quando já se tem perda de 75% da função renal - Creatinina: - - SDMA: aumento com 25% de perda de função. ● PA Sistêmica - Hipertensão arterial - Benazepril 0,25 a 0,5 mg SIB (associar com anlodipino) - Anlodipino 0,15 a 0,25 mg SID/BID - Emergência hipertensiva: nitroprussiato de sódio ● Urinálise - Densidade urinária - Relação proteína/creatinina urinária - GGT urinário - NGAL ● Hemogasometria - NA, K, Cai, Cl - pH, pO2, pCO2 - HCO3, EB Normalmente ocorre acidose metabólica precisando de reposição de bicarbonato. Estadiamento da DRC → Tratamento - ômega 3 - fórmula cardioprotetora - ração renal - antieméticos (ondansetrona e cerenia) - protetores gástricos (omeprazol (1 a 2 mg/kg BID), ranitidina (caindo em desuso) , sucralfato) - cetoanálogos - ketosteril ( 1 dose a cada 5g a cada 8h) - fluidoterapia subcutânea: para cardiopatas e crônicos, pois as vezes eles desidratam muito por conta dos medicamentos cardíacos. - cuidado com hiperhidratação, pode causar edema. - benazepril - pimobendam - espironolactona - furosemida - hidroclortiazida ↪ Caso clínico - canino, poodle, 11 anos, cardiopata (DMVM), hiperadrenocorticismo, DRC, leishmaniose. Tratamento - pimobendam 0,5 mg/kg VO 8/8h (neutrópico positivo) - benazepril 0,5 mg/kg VO 24/24h (nefroprotetor) - espironolactona 2 mg/kg VO 12/12h (antifibrótica) - furosemida 2 mg/kg VO 12/12h (diurético) - sildenafil 2 mg/kg VO 8/8h (hipertensão pulmonar) - anlodipino 0,15 mg/kg VO 12/12h (hipertensão sistêmica) - ômega 3 500mg VO 24/24h (pró inflamatória, antiarrítimico e cardioprotetora) - ketosteril 1cp/5kg VO 8/8h (ceto análogo para diminuir uréia) - trilostano 0,5mg/kg VO 12/12h (hiperadrenocorticismo) - alopurinol 15 mg/kg VO 12/12h (leishmaniose) - cardiopro VO 24/24h (vitamina antioxidante)
Compartilhar