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RESUMO DE Citologia e Histologia Geral - Tecido Conjuntivo - Manu Lamas (1)

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1 
 
Manu Lamas (155) 
Resumo de CHG – Tecido Conjuntivo 
Manu Lamas (155) 
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 
 
 TECIDO CONJUNTIVO: 
 
 Formado na seguinte ordem: 
 
 
 Estabelecimento e manutenção da forma do corpo. 
 Conjunto de moléculas (matriz extracelular) que conecta as células e os 
órgãos, dando suporte ao corpo. 
 A matriz celular é o conjunto de combinações de proteínas fibrosas e de 
substância fundamental. 
 
 CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. FIBROBLASTOS E FIBRÓCITOS 
 Sintetizam colágeno e elastina, além dos glicosaminoglicanos, 
proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas. 
 Diferenças: 
 Fibroblastos: elevada atividade metabólica, sintetizam 
componentes da matriz extracelular e fatores de crescimento. 
Núcleo ovoide e vesiculoso. CG e RER bem desenvolvidos. 
Mesoderma  Mesênquima  Tecido Conjuntivo 
 
2 
 
Manu Lamas (155) 
 Fibrócitos: baixa atividade metabólica, quiescentes, núcleo 
pequeno e denso, poucos prolongamentos citoplasmáticos. 
 
2. MIOFIBROBLASTOS 
 Atuam na cicatrização e reparo (contração da ferida). 
 Semelhantes a fibroblastos e células musculares livres. 
 Ausência de lâminas basal; ricos em actina e miosina. 
 
3. MACRÓFAGOS 
 Quando corantes vitais como o azul tripan ou tinta nanquim são 
injetados em animais, os macrófagos fagocitam e acumulam o corante 
em grânulos ou vacúolos citoplasmáticos visíveis ao microscópio de luz. 
 Superfície irregular com protrusões e reentrâncias que caracterizam sua 
grande atividade de pinocitose e fagocitose. 
 CG, RER e lisossomos em grande quantidade. 
 Sistema fagocitário mononuclear 
 Monócitos (circulam o sangue) e macrófagos são a mesma célula em 
diferentes estados de maturação. O processo de transformação de 
monócito-macrófago resulta em aumento no tamanho da célula e em 
aumento na síntese de proteína. 
 Quando estimulados (por substâncias estranhas, infecções), passam por 
modificações morfológicas e metabólicas, sendo chamados de 
macrófagos ativados. Adquirem novas características, ativando seu 
metabolismo e aumentando sua capacidade de fagocitar e digerir 
partículas estranhas por meio da ativação de suas enzimas lisossômicas. 
 Processadores e apresentadores de antígenos. 
 Secretam mediadores químicos: lisozima (bactericida), interferon (anti-vi-
ral), colagenase e elastase (enzimas), citocinas e fatores de crescimento. 
 Podem ser residentes ou transitórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADE: 
Cicatrização é a substituição do 
tecido lesado por conjuntivo 
vascularizado, sendo diferente 
do reparo clássico. 
3 
 
Manu Lamas (155) 
4. MASTÓCITOS 
 O mastócito maduro é uma célula globosa, grande e com citoplasma 
repleto de grânulos basófilos (mediadores químicos), que se coram 
intensamente. O núcleo é pequeno, esférico, central e de difícil 
observação por estar encoberto pelos grânulos citoplasmáticos. 
 Divididos em: 
 Mastócito de tecido conjuntivo: 
[pele, cavidade peritoneal]. Heparina 
(substância anticoagulante) nos grânulos. 
 Mastócito de mucosa: [mucosa 
intestinal, pulmões]. Grânulos contém sulfato de 
condroitina. 
 Estoca mediadores químicos de resposta 
imune nos grânulos. 
 Grânulos ricos em heparina 
(anticoagulante) e histamina (antialérgica). 
 Grânulos metacromáticos (mudam a cor de corantes básicos). 
 
5. PLASMÓCITOS 
 Grande e ovoide, citoplasma basófilo (rico em RER). Núcleo esférico. 
 Originados do linfócito B e produzem anticorpos. 
 Comuns em local de fácil entrada de bactérias e inflamações crônicas. 
 
6. LEUCÓCITOS 
 Glóbulos brancos. 
 Diapedese: migração dos leucócitos através da parede de capilares e 
vênulas pós-capilares, do sangue para os tecidos conjuntivos. Aumenta 
durante invasões locais de microrganismos. 
 Não retornam ao sangue depois de terem residido em tecido conjuntivo. 
 
7. PERICITOS 
 Célula mesenquimal indiferenciada. Atua em reparo de tecido danificado 
Ligação do antígeno 
ao IgE preso ao 
mastócito 
4 
 
Manu Lamas (155) 
8. CÉLULAS ADIPOSAS 
 Especializadas no armazenamento de energia na forma de triglicerídios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIBRAS: 
 
 Formadas por proteínas que se polimerizam formando estruturas muito 
alongadas. 
 Em muitos casos, as características morfológicas e funcionais dos tecidos são 
dadas pelo tipo predominante de fibra neles presentes, o que confere as 
propriedades específicas ao tecido. 
 Seus tipos são: 
1. COLÁGENAS: 
 Composta principalmente por colágeno. 
 [Pele, osso, cartilagem, músculo liso, lâmina basal]. 
 De acordo com sua estrutura e função, os colágenos são classificados 
nos seguintes grupos: 
 Colágeno que formam longas fibrilas: colágenos dos tipos I [mais 
abundante], II, III, V ou XI se agregam para formar fibrilas longas 
de colágeno. Claramente visíveis no microscópio. Formam ossos, 
dentina, tendões, cápsulas de órgãos, derme. 
 Tipo I e Tipo III as fibrilas se associam e formam fibras. 
 Colágeno associados a fibrilas: colágenos do tipo IX, XII e XIV. 
Estruturas curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas às outras 
e a outros componentes da matriz extracelular. 
5 
 
Manu Lamas (155) 
 Colágeno que forma rede: tipo IV. Moléculas se associam para 
formar uma rede. Um dos principais componentes das lâminas 
basais (papel de aderência e filtração). Não forma nem fibras e 
nem fibrilas. 
 Colágeno de ancoragem: tipo VII. Encontrado nas fibrilas que 
ancoram as fibras de colágeno do tipo I à lâmina basal. 
 Síntese de colágeno: 
 Eventos intracelulares: síntese de procolágeno (RER e CG). 
Ocorrem nas cisternas do RER: hidroxilação de prolina e lisina, 
glicolisação da hidroxilisina e união de cadeias a. 
 Eventos extracelulares: 
 Biossíntese do colágeno I: 
6 
 
Manu Lamas (155) 
 Os outros colágenos fibrilares são formados no mesmo padrão, 
mas com pequenas variações. 
 Colágeno III: impregnação pela prata; formam estroma de 
sustentação celular e redes. 
 Colágenos III, IV e VIII: membrana basal. 
 As principais etapas são: 
 RER sintetiza cadeias polipeptídicas (preprocolágeno), que 
crescem para o interior das cisternas. Logo após a liberação 
da cadeia na cisterna do RE, o peptídeo sinal é quebrado, 
formando-se o procolágeno. 
 À medida que cadeias alfa se formam, ocorre a 
hidroxilação de prolinas e de lisinas. Hidroxilisina e 
hidroxiprolina livres não são incorporadas às cadeias 
polipeptídicas. O processo se inicia quando a cadeia 
peptídica alcança determinado comprimento e, ainda 
ligada ao ribossomo, prossegue após a sua liberação na 
cisterna. Enzimas: a prolina hidroxilase e a lisina hidroxilase. 
 Quando hidroxilisina se forma, começa sua glicosilação. 
 Cada cadeia alfa é sintetizada com dois peptídeos de 
registro (alinhar cadeia peptídicas) em cada uma das 
extremidades. Eles garantem o arranjo correto de maneira 
apropriada para formar a tríplice hélice, formando o 
procolágeno. (molécula mais longa que o colágeno 
maduro, solúvel e que não se agrega, o que impede a 
formação de fibrilas de colágeno no interior da célula) O 
procolágeno é transportado em vesículas desde o Golgi até 
a membrana plasmática, de onde é exocitado. No meio 
extracelular, os peptídeos de registro são removidos por 
proteases e torna-se tropocolágeno. 
* Nos tipos I e III as fibrilas se agregam espontaneamente para 
formar fibras. 
 A renovação do colágeno é em geral muito lenta (exceto 
ligamento periodontal). 
 Corante ácido Sirius Red. 
 
2. FIBRAS RETICULARES 
 Visualizadas em cor preta por impregnação com sais de prata 
(argirófilas). Não visíveis em HE, mas PAS positivas devido ao alto 
conteúdo de cadeias de açúcar associados a essas fibras. 
7 
 
Manu Lamas (155) 
 Principalmente compostas por Colágeno tipo III (elevado teor de 
glicoproteínase proteoglicanos). 
 Formadas por finas fibrilas frouxamente arranjadas. 
 Constituem uma delicada rede ao redor de células de órgãos 
parenquimatosos (predominam células), como glândulas endócrinas. O 
pequeno diâmetro e a disposição frouxa das fibras reticulares criam uma 
rede flexível em órgãos que são sujeitos a mudanças fisiológicas de forma 
ou volume [artérias, baço]. 
 
3. SISTEMA ELÁSTICO 
 Composto por três tipos de fibras: oxitalânica (não elásticas e resistentes 
à tração), elaunínica e elástica (não resistem à tração). 
 Proelastina é precursora da elastina; polimeriza-se no meio extracelular. 
 A estrutura do sistema elástico se desenvolve nos seguintes estágios: 
 Consistem em feixes de microfibrilas de diversas glicoproteínas, entre 
as quais fibrilina, que formam o arcabouço necessário para a 
deposição da elastina. Fibrilinas defeituosas resultam na formação de 
fibras elásticas fragmentadas. As fibras oxitalânicas podem ser 
encontradas em determinados locais da derme, onde conectam o 
sistema elástico com a lâmina basal. 
 Deposição irregular de proteína elastina entre as microfibrilas 
oxitalânicas, formando as fibras elaunínicas. Estas estruturas são 
encontradas ao redor das glândulas sudoríparas e na derme. 
 Elastina continua a acumular-se até ocupar todo o centro do feixe de 
microfibrilas, que permanecem livres apenas na região periférica. 
Estas são as fibras elásticas, as mais numerosas do sistema elástico. 
 
 SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA: 
 Mistura complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas 
(glicosaminoglicanos [polímeros lineares e unidades dissacarídeas 
repetitivas] e proteoglicanos [eixo proteico aos quais se ligam açúcares]) e 
glicoproteínas multiadesivas. 
 Altamente hidrofílicas e viscosas na forma hidratada. 
 Proteoglicanos ligam-se a fatores de crescimento. 
 Incolor e transparente. Preenche o espaço entre células e tecido conjuntivo. 
 Lubrificante e barreira contra penetração de microrganismos. 
 Precipitada em eletromicrografias. 
1. GLICOPROTEÍNAS MULTIADESIVAS 
 Compostos proteicos ligados a cadeias lipídicas. Normalmente muito 
ramificado. 
 Auxiliam na adesão das células ao seu substrato. 
8 
 
Manu Lamas (155) 
 Fibroconectina e laminina [Lâmina basal]. 
 Fluido tissular: contém algumas proteínas plasmáticas que conseguem 
atravessar para os capilares. 
 
 Edema: acúmulo de fluído/plasma nos compartimentos extracelulares. 
 
 TIPOS DE TECIDOS CONJUNTIVOS: 
 
 Os nomes refletem principal componente ou organização estrutural. 
 
1. TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO (TCPD) 
 Dividido em: 
 Tecido conjuntivo frouxo: delicado, flexível, vascularizado, pouco 
resistente à tração [espaço entre músculos, circula vasos 
sanguíneos]. Contém todos os elementos típicos do TCPD, mas 
sem predominância. Muita SFA. Fibroblastos, macrófagos e fibras 
colágenas finas. Cria lâmina própria (que com epitélio forma 
uma camada mucosa). 
 Tecido conjuntivo denso: adaptado para fornecer resistência e 
proteção aos tecidos. Formado pelos mesmos componentes do 
frouxo, porém há clara predominância de fibras colágenas (I) 
[muitos fibrócitos e fibroblastos]. Há escassez de SFA, Dividido em: 
 Denso não modelado: fibras colágenas em feixes sem 
orientação definida. Resistência a trações de qualquer 
direção. 
 Denso modelado: [tendões] feixes das fibras colágenas 
organizados paralelamente e alinhado com os fibroblastos 
CURIOSIDADE: 
As cél. dos tendões são 
classificadas como fibrócitos, 
devido ao núcleo alongado e 
pouco citoplasma 
9 
 
Manu Lamas (155) 
(orientam as fibras que produzem para responder à tração 
o mais adequadamente). 
 
2. TECIDO ELÁSTICO (PROPIEDADES ESPECIAIS) 
 Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas (elastina e 
fibrilina). Entre elas, há fibras delgadas 
de colágeno e fibrócitos. 
 Cor amarelada típica e grande 
elasticidade. 
 [lig. suspensor do pênis, lig. amarelos 
da coluna vertebral]. 
 
3. TECIDO RETICULAR (PROP. ESP.) 
 Muito delicado e forma rede 3D que 
suporta células de alguns órgãos. 
 Constituído de fibras reticulares 
(colágeno III) associadas a fibroblastos 
especializados (células reticulares) e 
macrófagos. 
 Próximo há cél. do sis. fagocitário 
mononuclear. Elas monitoram o fluxo 
de materiais, removendo org. 
invasores. 
 Observada por impregnação pela prata. 
 
4. TECIDO MUCOSO (PROP. ESP.) 
 Consistência gelatinosa devido à forte presença de ác. hialurônico 
(glicosoaminoglicano da matriz fundamental) com pouquíssimas fibras 
finas (col. I e III) e predominância de SFA. 
 As principais células são os fibroblastos. 
 [cordão umbilical]. 
 
5. TECIDO ADIPOSO (PROP. ESP.) 
 Presença de adipócitos, podendo estar isoladas ou em grupos 
associados ao tec. conj. frouxo. 
 Muito vascularizado. 
 Maior depósito de energia corporal, sob a forma de triglicerídeos 
(Absorvidos da alimentação e trazidos até as células adiposas como 
triglicerídios dos quilomícrons, produzidos no próprio adipócito ou 
oriundos do fígado). 
CURIOSIDADE: 
Celulites são o rompimento 
das fibras colágenas e 
elásticas da derme formando 
cicatriz conjuntiva. 
10 
 
Manu Lamas (155) 
CURIOSIDADE: 
as fibrilas têm 
índice de refração 
próximo ao das 
macromoléculas 
que as envolvem, 
dificultando sua 
visualização. 
 Modela superfície corporal, absorve choques, atividade secretora e 
isolamento térmico. 
 Dividido em: 
 Tecido adiposo unilocular (amarelo ou comum): 
a coloração deve-se ao acúmulo de carotenos 
nas gotículas de gordura. É o mais comum do 
seu tipo no adulto, formando o panículo 
adiposo. Cada célula adiposa é envolvida por 
uma lâmina basal e possuem fibras reticulares 
próximas. Após gasto energético, perde suas 
gotículas, assumindo formato fusiforme. Outra 
função é a síntese de leptina (diminuindo a 
ingestão de alimentos e aumentando o gasto de energia). 
Características: oval (isolada) ou poliédrica (em grupos), pouco 
citoplasma e núcleo não central. 
 Tecido adiposo multilocular (marrom): distribuição limitada. Formam 
massas compactas em associação com capilares sang. Ele é 
especializado na produção de calor em recém-nascidos 
(termogenina). Características: muitas mitocôndrias, núcleo redondo 
e várias gotículas. 
 Tecido adiposo bege (intermediário): induzido por estímulos 
extremos e gera redução de peso. 
 
6. TECIDO CARTILAGINOSO (CONJ. DE SUPORTE) 
 Atua no suporte de tecidos moles, revestimento de superfícies e 
articulações, além da formação e crescimento dos ossos longos durante 
o período embrionário. 
 Células: condroblastos (produzem matriz e fibras colágenas). Após 
formação da cartilagem, se retraem e diminuem atividade, sendo 
nomeados condrócitos. As lacunas de sua observação no ME são 
artefatos de técnica. 
 Fibras elásticas e colágenas variam de quant. conforme a 
cartilagem. 
 O tecido possui o pericôndrio (bainha conjuntiva de fibra 
col. I), que realiza a nutrição, oxigenação e eliminação de 
refugos metabólicos por difusão, pois o tec. cart. não 
possui vasos sang, nervos ou linfonodos. 
 Nesse tecido, podem ocorrer dois tipos de 
crescimento: 
CURIOSIDADE: 
Celulites são 
alterações 
microvasculares 
da pele, que o 
tecido adiposo 
empurra os vasos 
11 
 
Manu Lamas (155) 
CURIOSIDADE: 
a cartilagem hialina é 
frequentemente sujeita a 
processos degenerativos. 
CURIOSIDADE: 
Cartilagem regenera-se 
com dificuldade e de 
modo incompleto, salvo 
em crianças novas. A 
regeneração: células 
derivadas do pericôndrio 
invadem a área destruída 
e dão origem a tecido 
cartilaginoso. Pode ser 
formada uma cicatriz de 
tecido conjuntivo denso 
ao invés de reparar o 
cartilaginoso 
 Intertiscial: divisão mitótica dos condrócitos preexistentes. 
Praticamente só ocorre em cartilagens novas. 
 Aposicional: a partir de células do pericôndrio. As cartilagens são divididas em: 
 Cartilagem Hialina: a mais comum no corpo. Constítuida de 
col. II (fibrilas), ác. hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas 
(condronectina). Encontrada no disco epifisiário dos ossos (entre 
epífise e diáfise). Envolvida por pericôndrio, 
que também fornece novos condrócitos. 
 Na periferia da cartilagem, os 
condrócitos tem forma alongada, com o 
eixo maior paralelo à superfície. 
Profundamente, são arredondados e 
aparecem em grupos de até oito células, 
chamados grupos isógenos, porque suas 
células são originadas de um único 
condroblasto. 
 Os condrócitos são células secretoras de 
colágeno, principalmente do tipo lI, 
proteoglicanos e glicoproteínas, como a 
condronectina. 
 Histogênese: arredondamento das 
células mesenquimatosas, que retraem seus prolongamentos 
e formam aglomerados. Formam os condroblastos, de 
citoplasma muito basófilo. Em seguida, há síntese da matriz, o 
que afasta os condroblastos uns dos outros. A diferenciação 
das cartilagens ocorre do centro para a periferia (células 
mais centrais já apresentam as características de condrócitos 
[núcleo grande. RER, pouco citoplasma, arredondada], 
enquanto as mais periféricas ainda são condroblastos 
típicos). O mesênquima superficial forma o pericôndrio. 
 Cartilagem elástica: abundante rede elástica envolvida por 
pericôndrio (também possui fibras 
colágenas). Encontrada no 
pavilhão e tuba auditiva. Cresce 
principalmente por aposição e é 
menos sujeita a processos 
degenerativos. 
 Fibrocartilagem: 
características intermediárias entre 
conjuntivo denso (sempre está 
12 
 
Manu Lamas (155) 
CURIOSIDADE: 
artrose é o desgaste 
de cartilagem articular 
(osteócitos calcificam 
em torno das 
articulações, gerando 
dores, inchaços e 
limitação dos mov.). É 
diferente da artrite , 
que é autoimune. 
CURIOSIDADE: 
É devido à 
plasticidade que 
existem os 
aparelhos 
ortodônticos e 
ortopédicos. 
associada a ele) e hialina. Encontrada em discos intervertebrais 
[núcleo pulposo é substituído pelo anel fibroso, rico em 
fibrocartilagem, com a idade] e na sínfese púbica. Matriz 
acidófila (grande quant. fibras colágenas). Não possui 
pericôndrio. Condrócitos formam fileiras alongadas, a SFA é 
escassa e é corado por Tricomêro de Gomori. 
 
7. TECIDO ÓSSEO (CONJ. DE SUPORTE) 
 Funções mecânicas: formação do esqueleto e proteção [SNC]. 
Funções metabólicas: armazenamento de cálcio e manutenção da 
calcemia no sangue. 
 
 Características gerais: dureza e rigidez (matriz calcificada [rica em 
col.]), constante renovação (remodelação óssea), plasticidade 
(remodelação estrutural) e presença de bainhas de conjuntivo 
(periósteo [conj. denso modelado] e endósteo [conj. frouxo]  
responsáveis pela nutrição, fornecimento de novos osteoblastos para 
o crescimento e recuperação do osso). 
 A matriz óssea é acidófila e pode ser: 
 Orgânica: osteóide (matriz recente não calcificada). Fibras 
colágenas espessas (compõe mais de 90% da matriz), SFA e 
água de solvatação. 
 Inorgânica: cristais de hidroxipatita (fosfato de cálcio). 
 Não existe difusão de substâncias através de matriz calcificada, logo 
a nutrição de osteócitos depende de canalículos existentes na matriz. 
 Uso de técnicas especializadas para preparação de lâminas devido 
à rigidez da matriz mineralizada. 
 Se divididos quanto a suas variedades anatômicas: 
 Osso esponjoso: trabéculas ósseas (espículas). [epífises de 
ossos longos e o canal medular (parte interna da diáfise)] 
 Osso compacto: sem cavidades visíveis. [diáfise] 
13 
 
Manu Lamas (155) 
OBSERVAÇÃO: 
Osteoporose: defeito 
nas funções dos 
osteoclastos 
(superprodução de 
tecido ósseo muito 
compactado) 
OBSERVAÇÃO: 
as lacunas do tec. 
cart. são artrfatos de 
técnica, enquanto as 
do ósseo são 
realmente do tecido. 
 Se divididos quanto a suas variedades histológicas: 
 Osso primário (imaturo): muitas células, imaturo (trabecular), 
pouco mineralizado (baixa R), fibras colágenas 
desordenadas. Temporário e alta presença de osteócitos. 
 Osso secundário: maduro (lamelar), fibras colágenas 
paralelas (feixes) ou concêntricas, menor número de 
osteócitos, osteoblastos e osteoclastos, alta R (sais minerais e 
matriz celular). Possuem os sistemas de Havers (contém vasos 
e nervos), circundados por lamelas, e se comunicam entre si 
pelos canais de Volkmann. Proveniente dos restos dos 
sistemas de Havers, destruídos por crescimento ósseo, há os 
sistemas intermediários. Já os sistemas cirfunferenciais 
internos e externos são duas lamelas ósseas paralelas (uma 
no interior e outra exterior). 
 Suas células são: 
1. OSTEÓCITOS 
 Ocupam cada um uma lacuna (não são artefatos de técnica!). 
 Cél. achatadas, com pouco RER e CG e cromatina condensada. 
Quando morrem, são reabsorvidos pela matriz. (P/ prática: ver 
lacuna e célula corada em roxo [acidófila]). 
 Atua na manutenção da matriz mineralizada e no metabolismo de 
cálcio. Sua nutrição é feita pelos canalículos (não há difusão em 
matriz mineralizada) 
2. OSTEOBLASTOS 
 Sintetizam a parte orgânica da matriz (osteoide), além de 
osteonectica (facilita deposição de cálcio) e osteocalcina 
(estimula atividade dos osteoblastos). Formação óssea. 
 Dispõe-se lado a lado (lembra epitélio simples). 
 Quando em intensa atividade: cuboides, citoplasma muito 
basófilo. Pouca atividade: achatados e basofilia diminui. (P/ 
prática: bolinha corada. Ativo é grande e inativo, 
achatado). 
 Se aprisionado pela matriz 
recém sintetizada, passa a ser 
chamado de osteócito. 
 Osteoide: matriz recém sintetizada e ainda não 
calcificada, próxima a osteoblastos. 
3. OSTEOCLASTOS 
 Reabsorção óssea: osteoclastos criam um 
microambiente ácido, onde 
liberam enzimas lisossômicas 
14 
 
Manu Lamas (155) 
OBSERVAÇÃO: 
osso = acidófilo 
cartilagem = basófila 
OBSERVAÇÃO: 
Cartilagem não vira 
tecido ósseo! 
 FORMAÇÃO E CRESCIMENTO DO OSSO PLANO
hidrolases ácidas, gerando degradação 
da matriz e reabsorção. 
 Células móveis, gigantes, 
multinucleadas, extensamente 
ramificadas, de forma e espessura 
variáveis. (P/ prática: é possível ver isso e 
são locais muito roxos [acidófilas, alta 
atividade metabólica e núcleos grandes]). 
Degradam matriz. 
 Lacunas do Howship: 
depressões de matriz escavadas por osteoclastos. 
4. OSTEOGÊNICAS 
 Originam osteoblastos. 
 
 
 
 
 
 
 Osteogênese: 
 Ossificação intramembranosa ou 
membranosa (direta): ocorre 
diretamente no mesênquima ou no 
periósteo. A parte da membrana 
conjuntiva que não sofre ossificação 
passa a constituir o endósteo e o 
periósteo. [crânio]. 
 Ossificação endocondral (indireta): ocorre sobre uma peça de 
cartilagem hialina. Dividida em primeira etapa (tecido mesenquimal 
forma cartilagem hialina) e segunda etapa (destruição da cartilagem 
e substituição por tecido ósseo). Nesse tipo, há o centro primário, que 
é o centro de ossificação (osteoblastos). Junto, ocorre a formação do 
canal medular (osteoclastos [absorção 
óssea]). Mais tarde, formam-se os centros 
secundários de calcificação nas epífises. 
  O disco epifisário (cartilagem de 
conjugação) é um disco de cartilagem 
que não foi penetrado pelo osso em 
expansão. As zonas existentes são: 
Osteogênicas  Osteoblastos  Osteócitos 
 
15 
 
Manu Lamas (155) 
 Zona de repouso: 
cartilagem hialina sem qualquer 
alteração morfológica; 
 Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: condrócitos dividem-
se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células 
achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso; 
 Zona de cartilagem hipertrófica: existem condrócitos muito 
volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A 
matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células 
hipertróficas. Os condrócitos entram em apoptose; 
 Zona de cartilagem calcificada: ocorrea mineralização dos 
delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos 
condrócitos; 
 Zona de ossificação: aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e 
células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as 
cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células 
osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma 
camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada 
sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os osteoblasto depositam a 
matriz óssea; 
 Formação das espículas: através da calcificação da matriz óssea e 
aprisionamento de osteoblastos (se transformam em osteócitos). Possuem uma 
parte central de cartilagem calcificada e uma parte superficial de tecido 
ósseo primário. Delimitam cavidades alongadas. 
 Influências do metabolismo no tecido ósseo: 
 Paratormônio: gera aumento do número de osteoclastos e 
reabsorção óssea, estimula osteócitos (reabsorção de Ca2+, 
mobilizando cálcio para o sangue). Quando em excesso em 
mulheres em menopausa, pode levar à osteoporose. 
 Calcitocina: inibe reabsorção óssea, mobilização do Ca2+. 
 Tireoide: a deficiência causa cretinismo (retardo e nanismo). 
 Hormônio de crescimento: estimula crescimento ósseo. 
 Hormônios sexuais: levam ao desaparecimento do disco epifisário. 
 Fatores nutricionais: deficiência de cálcio (raquitismo [crianças], 
osteomalacia [adulto]), vitamina C (escorbuto), vitamina D 
(deficiência de absorção de Ca2+), vit A (acelera ossificação do 
disco epifisário). 
 Tumores: condromas (benigno) e condrossarcomas (maligno). 
 Articulações: 
 
 
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Manu Lamas (155) 
 DOENÇAS E DEFEITOS DO COLÁGENO: 
 
 Escorbuto: reduz hidroxilação da lisina e da prolina (vit. C é cofator). O pró- 
-colágeno fica instável e é degradado. 
 Síndrome de Ehlers-Danlos: articulações hipermóveis. Deficiência na lisina e 
hidroxilação. 
 Queloide: fibrose na pele (acúmulo excessivo de colágeno). 
 Osteogênese imperfeita: pode ser congênita ou tardia. Causada por 
defeito nas cadeias a do Colágeno I. Gera problemas ósseos e fraturas. 
 Síndrome de Marfan: Defeito nas cadeias a2. Gera crescimento excessivo 
dos ossos e alterações cardiovasculares. 
 Latirismo: ingestão de ervilha de cheiro. Mais comum em Índia e China. Ela 
possui toxina que inibe a lisil-oxidase.

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