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Diabete�: complicaçõe� aguda� Introduçã� ☆ ✔ O diabete melito é uma doença prevalente entre pacientes ambulatoriais e internados: ☆ 7,6% da população adulta. ☆ 6ª causa de internação hospitalar como diagnóstico primário. ☆ 38% dos pacientes admitidos no hospital tem hiperglicemia, 38% destes sendo com diabete conhecido (história prévia) ☆ Hiperglicemia: importante marcador independente de mortalidade intra-hospitalar em pacientes com diabetes não diagnosticada Efeit�� d� glicemi�> 200m�/dL ☆ Redução do volume intravascular ☆ Desidratação ☆ Distúrbio eletrolítico ☆ Disfunção de glóbulos brancos Inativação de imunoglobulinas ☆ Alteração do sistema de complemento ☆ Aumento da colagenase, diminuição do colágeno na ferida ☆ Penso em infecção Infecçã� � diabete� ☆ Uma glicemia >220 mg/dl resulta em aumento de 5,8 vezes na taxa de infecção hospitalar ☆ Hiperglicemia de duas horas resulta em disfunção de glóbulos brancos durante semanas ( por isso é importante adequar a hemoglobina glicada semanas antes de um procedimento cirúrgico) ☆ Paciente com hiperglicemia recém descoberta é mais grave, pois em um diabetes conhecido há a tentativa de tratamento e alguma doença de base grave pode estar causando a hiperglicemia nova ☆ O aumento da glicemia aumenta o risco de mediastinite Avaliaçã� n� emergênci� ☆ Hiperglicemia: DM1? DM2? Stress (IAM, infecção)? ☆ Idade: DM 1; cerca de 80% tem < 20 aanos; DM 2; maior parte tem > 40 anos ☆ Queixa que sugere catabolismo sugere diabetes: Poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento, Dor abdominal (complicação da cetoacidose devido ao atrito entre peritônio visceral e parietal em função da desidratação da cetoacidose), Sonolência/torpor. ☆ Dor torácica (IAM, pneumonia), Tosse (pneumonia), Disúria (ITU) ☆ História alimentar: Hiporexia X Descontrole dietético (usa insulina mas não alimenta? diminuir a dose de insulina talvez; alimenta normal? talvez continue assim na internação) ☆ Patologias pregressas / uso de medicações: ☆ Insulina x medicação oral; Corticóide (aumenta muito a resistência periférica à insulina; Insufiência renal / ICC / hipoxemia; Gravidez (sexo fem). ☆ Exame físico: Hidratação (orientar hidratação); Respiração Kussmaul (característica da cetoacidose, hiperventila, nessa respiração à uma pausa expiratória e inspiratória) / hálito cetônico; Lesões cutâneas (sepse cutânea?) Compo�tament� moto� ☆ Hiperglicemia maior que 250 a 300 = paciente descontrolado ou episódio? Se: Cetoacidose, estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico, outras Clar� Marque� Santan� - Transcriçã� d� aul� d� Professo� Domíci� Antôni� d� C�st� Júnio� Diabete�: complicaçõe� aguda� intercorrências: Hidratação oral/ev + insulina subcutânea conforme esquema de 2/2 horas. Em seguida internação ou alta do oa com orientações sobre hipoglicemia e correção dos fatores desencadeantes Afasta� ☆ Cetoacidose: fazer eas para avaliar cetonúria ( se não tem, não tem acidose). se tem cetonúria: gasometria arterial:: ph arterial <7,3 HCO3< 15-18 mEq/l ( se precisa de novas coletas, a venosa é suficiente pois o bicarbonato venoso e arterial é semelhante) ☆ Estado hiperosmolar hiperglicêmico não cetótico: glicemia> 600mg/dl, ph arterial>7,3 e HCO3>15-18mEq/l (normal de 22 a 26, 15 a 18 é um pouquinho de acidose), cetonúria leve, osmolaridade efetiva> 320mOsm/kg ☆ Osmolaridade efetiva: 2x Na (mEq/l) + glicose(mg/dl) /18 Considera� internaçã� Protocolo usado quando há disponibilidade de vagas: ☆ Diabetes recém diagnosticado em criança e adolescente. ☆ Diabetes descontrolado e necessitando de insulinoterapia durante a gestação. ☆ Glicemia de jejum que persiste acima de 300 mg/dl ☆ Hipoglicemia frequente ou grande variação entre hiperglicemia e hipoglicemia. ☆ Necessidade de uso de altas doses de glicocorticóide. ☆ Comorbidades que justifiquem a internação. Esquem� d� insulin� ☆ Utilizar o esquema habitual ☆ Avaliar sensibilidade insulínica: obeso (tem mais resistência)/ magro / infecção (mais resistência) / uso de corticóide (mais resistência)/ jejum ( se não está se alimentando, diminuir a insulina) ☆ Definir intervalo 2/2; 4/4; 6/6 conforme gravidade (o intervalo deve ser definido visando diminuir carga de trabalho para a enfermagem) ☆ Valores pares ou ímpares são definidos pela seringa disponível no hospital ( se tem esses valores) Internaçã� h�spitala� ☆ Na UTI (insulina venosa) ou fora da UTI (insulina subcutânea): iniciar insulina se glicemia persistir>180mg/dL, alvo da glicemia 140-180mg/dL Recomendaçõe�: internaçã� for� d� Ut� ☆ Pode-se considerar valores abaixo de 0,4, principalmente em idosos ☆ Corticóide: tem que aumentar insulina ☆ tópico 5: em necessidade de quantidade a mais de insulina Terapi� intensiv� ☆ Glicemia alvo de 126-180 ☆ Insulina IV de 24h, depois, 3-4 injeções dia ☆ Hoje usa-se como alvo de 140-180 ( 80 a 110 não demonstrou benefício na uti clínica) Clar� Marque� Santan� - Transcriçã� d� aul� d� Professo� Domíci� Antôni� d� C�st� Júnio� Diabete�: complicaçõe� aguda� ☆ Usar protocolo de insulina venosa que demonstre eficácia em atingir o alvo e sem risco de hipoglicemia severa ☆ Alvos mais estritos (110-140 mg/dl ): utilizados em casos selecionados, se atingidos sem aumentar o risco de hipoglicemia Terapi� Insulínic� Intensiv� (Ti�) prepar� ☆ Pode-se usar capilar, venosa ou arterial (pacientes com edema periférico importante, chocados ou em uso de vasopressores) ☆ Diluição: insulina regular 100ui+SF100ml. Desprezar 20ml da solução para saturar os locais de ligação da insulina no equipo. Ofertar 50g de glicose/ dia (SGF 5% 40ml/h - soro glicosado) no caso de jejum (todo paciente deve receber mesmo os hiperglicêmicos) ☆ Controle: medir glicemia de 1/1h inicialmente ☆ Medir de 2/2h ou 4/4h se glicemia estável Transiçã� d� insulin� e� par� s�. Quand�? ☆ Pacientes estáveis ☆ Paciente tolerando 50% da dieta oral ou enteral ☆ Ausência de edema periférico ☆ Sem uso de vasopressores ☆ Sem planos de suspender a dieta para a realização de procedimentos Com� faze�? ☆ Suspender a insulina EV após duas horas do início da insulina SC (dar aporte de insulina basal antes da suspensão do ev). ☆ Utilizar 80% da dose diária total de insulina em um esquema de: 1) insulina basal 2) prandial. Clar� Marque� Santan� - Transcriçã� d� aul� d� Professo� Domíci� Antôni� d� C�st� Júnio� Diabete�: complicaçõe� aguda� ☆ Iniciar esquema de insulina: 3) suplementar/ correção (caso glicemia muito alta) ☆ ☆ BIC= bomba de infusão. Utilizar 80% do 30, metade basal e metade prandial (12UI de cada ). A prandial é dividida por 3 (3 refeições no dia. 4UI em cada) + insulina suplementar para corrigir hiperglicemia - esses esquemas acabam dependendo do protocolo de cada hospital ☆ A insulina corretiva se baseia na prandial dividido por 3, seguindo a tabela acima (de acordo com glicemia e clínica de insulinosensibiidade ou insulinoresistência) - esse esquema depende de cada hospital Crise� Hiperglicêmica� aguda� ☆ Distúrbios metabólicos distintos, manifestados por: Deficiência de insulina; Hiperglicemia severa. ☆ Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH): Hiperosmolaridade severa ☆ Cetoacidose Diabética (CAD): Produção de corpos cetônicos e acidose. Um terço dos pacientes apresentam características de ambos Cetoacid�s� ☆ Causa mais comum de morte em crianças com dm 1 ☆ ⅔ dm 1, ⅓ dm 2 ☆ Maioria com idade de 18-44 anos Eh� ☆ Mortalidade maior que cad ☆ Desidratação mais acentuada Apresentaçã� ☆ Desidratação ☆ Poliúria e polidipsia ☆ Vômito ☆ Dor abdominal ☆ Torpor/coma ☆ Doenças associadas ☆ Taquipnéia Obs: quanto maior o anion gap, pior a cetoacidose Fisiopatologi� Clar� Marque� Santan� - Transcriçã� d� aul� d� Professo� Domíci� Antôni� d� C�st� Júnio� Diabete�: complicaçõe� aguda� ☆ Ausência expressiva da insulina: forma cetoácidos ☆ No estado hiperosmolar essa diminuição não é tão grande, sem haver corpos cetônicos. Diagn�stic� diferencia� Anio� ga� ☆ Mede os ânions não mensuráveis ☆ Na cetoacidose há o ácido cetoacéticoque reage com bicarbonato o diminuindo, gerando acidose. Essa reação gera acetato de sódio que é um ânion não mensurável, gerando um hiato aniônico (anion gap) aumentado ☆ Na acidose lática também causa aumento do anion gap ☆ Na- (CL+HCO3) = 8-10 mEq/ dl ( valor de referência) ☆ Na insuficiência renal os ânions não mensuráveis não são eliminados pelo rim com qualidade ☆ Na acidose tubular renal ocorre perda de bicarbonato, sem formar ânions não mensuráveis, mas para manter a eletroneutralidade há aumento do cloro (aumento da reabsorção tubular), assim o hiato aniônico é normal. ☆ No hiperparatireoidismo também ocorre acidose sem alteração no íon gap, assim como na diarréia ☆ Uma complicação do tratamento da cetoacidose/ hidratação: dar muito soro (cloreto de sódio e água), aumenta cloreto, como consequência diminui bicarbonato para ocorrer eletronegatividade, gerando acidose hiperclorêmica em função do tratamento. Assim, na cetoacidose visa-se usar menos cloreto de sódio no soro. A tendência do estado hiperosmolar é ter uma depleção maior de água e sódio que na cetoacidose Tratament� - Hidrataçã� inicia� ☆ Sem comprometimento cardíaco grave: 15-20ml/kg/h de SFO (soro fisiológico), 9% na primeira hora ( aproximadamente 1-1,5L para adultos). Dependendo pode repetir baseado na perfusão periférica ( a hidratação pensa-se no soro de manutenção). Objetivo: restabelecer perfusão periférica. Pode ser repetido na segunda hora ☆ Manutenção: sódio normal ou aumentado: soro a 4-14 ml/kg/h de SFO 0,45% (para adultos e crianças. Em adulto de 60kg da mais ou menos 6 a 12l/dia). Sódio baixo: 4-14 ml/kg/h de SFO 0,9%. Levar em Clar� Marque� Santan� - Transcriçã� d� aul� d� Professo� Domíci� Antôni� d� C�st� Júnio� Diabete�: complicaçõe� aguda� conta: níveis de eletrólitos, diurese, nível de consciência, náusea e vômito ☆ Todo paciente deve fazer reposição de potássio ☆ KCl a 10% tem 13 mEq, 10 ml de KCl em cada 500ml de soro ☆ O soro deve ser glicosado pois quando começa dar insulina precisa de glicose Insulinoterapi� e� ☆ Quando: 2 horas após hidratação, se o K estiver maior ou igual 3,3 mEq/l ( para não diminuir a osmolaridade ao diminuir a glicose, predispondo o paciente a edema cerebral. Além disso, a insulina faz o potássio entrar na célula, podendo aumentar a hipopotassemia) ☆ Como: Bolus de 0,1 UI/kg/kg, seguido de 0,1UI/kg/H ☆ Ajuste: se não houver queda da glicemia de 50-75 mg/dL/h: rever hidratação ou dobrar dose de insulina/H ☆ Quando a glicemia atingir aproximadamente 200-250 mg/dl: diminuir a infusão de insulina para 0,02 a 0,05 UI/Kg/h e iniciar Soro glicosado 5% associado a hidratação com soro fisiológico ☆ Cetoacidose: objetivo de manter a glicemia de 150-200 mg/dL até a correção de acidose metabólica ( abaixo de 150 tem risco de hipoglicemia, e, principalmente em crianças, edema cerebral) ☆ EHH: objetivo de manter a glicemia entre 250 a 300mg/dL até osmolaridade plasmática menor ou igual a 315 mOsm/kg Insulin� subcutâne� ☆ Não precisa ficar tão em cima do paciente como na venosa. Usa-se a venosa mais na cetoacidose grave (torpor, coma, intubação). ☆ 0,2 UI/Kg a cada 2 horas. Quando chegar a 200-250, dar 0,1UI/Kg a cada 2 horas Bicarbonat� ☆ Se ph<6,9 ( em geral a hidratação corrige e não precisa do bicarbonato) repor 50-100 mEq de NaHCO3 diluído IV em 1 hora ☆ Riscos: alcalose metabólica, acidose liquórica paradoxal, edema cerebral, hipopotassemia, anóxia tecidual Critéri�� d� Control� ☆ Cetoacidose: glicemia<200-250 mg/dL, dicarbonato maior ou igual a 15-18 mEq/L, pH venoso >7,3 ☆ EHH: Glicemia < 250mg/dL, osmolaridade < 315 mOs/kg, melhora do torpor Transiçã� d� insulin� e� par� s� ☆ Paciente consegue se alimentar e estiver controlado de vista clínico e laboratorial > iniciar esquema basal-bolus. Usar a dose de insulina em: 0,5-1 UI/kg/dia - sendo metade basal (NPH, glargina. ⅔ antes do Clar� Marque� Santan� - Transcriçã� d� aul� d� Professo� Domíci� Antôni� d� C�st� Júnio� Diabete�: complicaçõe� aguda� café da manhã e ⅓ antes do jantar) e metade bolus (prandial/ antes das refeições e correção (se o paciente está com glicemia alta antes de comer, para corrigir. Sempre atentar para o risco de hipoglicemia e dar a menor dose, de acordo com as condições do paciente - se é insulinosensível ou insulinoresistente 9neste caso dar mais insulina). Dividir em 3 doses (café, almoço e jantar). No hospital usa-se a mesma dose para facilitar, mas o prof disse que tende a adequar conforme às necessidade do paciente; ex: mais alto no almoço se come mais no almoço, mais baixo no jantar se com menos no jantar) ( ou então a dose de insulina que o paciente utilizava mas o paciente teve cetoacidose por descompensação em função de pneumonia, infecção, exagero em festas - tem que avaliar) ☆ Clar� Marque� Santan� - Transcriçã� d� aul� d� Professo� Domíci� Antôni� d� C�st� Júnio�
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