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Depressão Infantil Grupo: Alice Aline Lara Gabriela Janayane Maria Beatriz A principal causa de depressão na infância é o afastamento e ausência dos pais no cotidiano dos filhos. Sim, mas depressão é um quadro diferente daquela tristeza que pode acometer as crianças. Não é porque a criança parece estar triste que ela está depressiva. Mas, se a tristeza se torna persistente ou se outros comportamentos interferem na vida social, na escola e na família, isso pode indicar que ela está depressiva. Crianças podem realmente sofrer de depressão? Como identificar a depressão infantil? É preciso estar atento as mudanças no comportamento da criança. Os sintomas depressivos variam de acordo com a faixa etária. Quando as crianças ainda não conseguem expressar claramente seus sentimentos verbalmente, é necessário observar as formas de comunicação pré-verbal, tais como mudanças de comportamento repentino, alterações das expressões faciais ou da postura corporal, produções gráficas, irritabilidade, choro fácil e especialmente perda de interesse por brincar. No âmbito social, a depressão na infância pode afetar especialmente as relações sociais, ou seja as amizades e a capacidade da criança se relacionar com os outros, podendo chegar até ao isolamento. Fase pré escolar (0-2 anos) É preciso estar atento as alterações nas expressões mímicas e de comportamento, elas podem manifestar mesmo que de forma mascarada, humor rebaixado. Os principais indícios de depressão nesta fase são: inquietação, choro frequente, recusa alimentar, apatia e alterações no sono, queixas de dores abdominais sem causa aparente, retardo no desenvolvimento físico esperado para idade, medos inespecíficos, hiperatividade, fisionomia triste e irritabilidade. Idade escolar (2 a 11): O comportamento pode indicar sinais de ansiedade, principalmente nas relações familiares próximas com a mãe, o pai e os irmãos. Os principais indícios de depressão nesta fase são: regressão psicoemocional, enurese, encoprese e atraso linguístico e falta de interesse pelo brincar. Idade escolar - pré adolescência (12 a 17) Nessa fase, geralmente a depressão compromete o rendimento escolar e a aprendizagem. Os principais indícios de depressão são: rebaixamento do rendimento escolar, dificuldade de concentração, alteração da memória, raciocínio ou até lentidão psicomotora. O rebaixamento no desempenho pode comprometer a formação da autoestima, podendo desencadear desde o distanciamento social, até o isolamento social. Os transtornos de conduta, agressividade com falhas no cumprimento de regras sociais também pode representar um sinal de depressão. Os sintomas da depressão são diferentes na criança e no adulto? Os conceitos são comparáveis, no entanto dependendo da idade, as crianças podem apresentar sintomas diferentes apesar de persistirem os mesmos sinais básicos como: sofrimento emocional, inibição psíquica global e estreitamento do campo vivencial. As crianças menores quando ainda não possuem habilidade de expressar suas verdadeiras emoções, podem apresentar mudanças de comportamento tanto no sentido da hiperatividade, como da apatia. Quanto maiores são as crianças, mais parecidos os sintomas com os dos adultos. Quais são os principais Sintomas de Depressão em qualquer fase da infância? Mudança de humor significativa (irritado ou depressivo) Perda do interesse ou prazer por brincar Aumento ou redução da energia Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil) Condutas agressivas e antissociais Problemas de socialização Sentimento de rejeição Ansiedade Atrasos no desenvolvimento psicomotor e linguístico Negativismo e Pessimismo Auto depreciação Queda no rendimento escolar (diminuição da atenção, memória, raciocínio ou lentidão psicomotora) Cansaço, fadiga. Perturbações somáticas como: Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama) Perda ou aumento de apetite e consequentemente peso Distúrbios do sono Dores e sintomas físicos sem causa determinada: cefaleias, lombalgia, dor nas pernas, náuseas, vômitos, cólicas intestinais, vista escura, tonturas. Separação dos pais. Perda de alguém da Família. Pensamentos de morte ou de suicídio A criança depressiva não precisa apresentar todos os sintomas listados acima, mas deve satisfazer pelo menos 5 ou mais dos sintomas durante cerca de 2 semanas consecutivas. Como tratar uma criança com depressão? O reconhecimento das manifestações iniciais da depressão favorece o tratamento, pois possibilita o melhor prognóstico e a prevenção de outros problemas associados. Como a depressão interfere diretamente no desenvolvimento infantil, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado ainda na fase inicial da vida são muito importantes, já que as repercussões da doença são graves e sérias. O tratamento na maioria dos casos envolve a psicoterapia e a orientação familiar, em casos mais graves, a introdução de medicação apropriada pode ser recomendada. Assim, ao suspeitar que uma criança esteja em depressão, não hesite em procurar um especialista para o diagnóstico e o estabelecimento do plano de tratamento. Os profissionais que devem ser procurados são incialmente o pediatra, e em seguida a opinião de um especialista em saúde mental como o psiquiatra e o psicólogo infantil. Como os pais e professores podem ajudar no tratamento? Estimular a criança a brincar, participar de atividades recreativas e esportivas para que possa melhorar seu humor e manter contato com outras crianças. Na DI essas atividades não são contraindicadas, pelo contrário devemos estimulá- las constantemente. Tem algum alimento que ajuda no tratamento da depressão? Muitos alimentos podem colaborar no tratamento da depressão, principalmente os ricos em Ômega 3, a vitamina D e B1. Exercícios físicos, dançar e tomar sol também contribui para produção de serotonina melhorando o humor e bem-estar. Contudo, a depender do grau da depressão, apenas alimentar-se adequadamente e exercitar-se não irá promover a cura da depressão, a menos que seja apenas uma desnutrição vitamínica a causa. Caso a depressão seja oriunda de pensamentos e percepções distorcidas, medos e culpas inconscientes a depressão poderá até apresentar melhora, mas será persistente.
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