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Metrologia e Controle de Qualidade

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Controle de qualidade e 
metrologia
INTRODUÇÃOMETROLOGIA 
Métodos de Medição
BIBLIOGRAFIA 
UTILIZADA NO 
SEMESTRE
1. Metrologia e Incertezas de Medição: 
Conceitos e Aplicações – Alexandre 
Mendes e Pedro Paulo. Editora LTC; 
2. Práticas de Metrologia – Bruna Madeira 
Araújo e Renato Batista da Cruz. 
Introdução 
• A medição de uma grandeza nos permite conhecer o valor e a unidade da 
dimensão em questão; 
• Para que você alcance sucesso na medição, é necessário aplicar algum método 
que englobe um conjunto de procedimentos lógicos;
• O método a ser escolhido depende da precisão requerida e do tamanho do erro 
permitido, mas é preciso adequar à escolha de modo que sejam minimizadas as 
incertezas associadas às medições;
• Neste tópico apresentaremos os métodos de medições 
mais utilizados na metrologia: método direto, método 
indireto, método de transposição, método de medição 
diferencial e método de medição por zero;
Método Direto • Neste método, o valor a ser mensurado é obtido diretamente dos dados experimentais por meio de 
comparação direta com padrões ou instrumentos de 
medidas graduados, sem a necessidade de cálculos 
adicionais em função de outras grandezas;
• Pode haver a necessidade de determinar as grandezas que 
podem influenciar na medição, com o objetivo de realizar 
correções ocasionais, como o caso de condições 
ambientais que podem influenciar o valor da grandeza 
mensurada;
• Na figura que segue é possível observar a aplicação do método por 
meio da medição do comprimento de um envelope com uma régua 
graduada;
• Nesse método, além da régua graduada, são comumente utilizados 
micrômetros, paquímetros etc
Exemplos de 
medições 
diretas 
Medição de temperatura 
com um termômetro de 
líquido em vidro; 
Medição de 
comprimento com uma 
trena; 
Medição de massa com 
uma balança; 
Medição de pressão com 
um manômetro; 
Medição de um bloco-
padrão com paquímetro;
Conceito de Incerteza de Medição
• O resultado de uma medição é uma estimativa do valor do mensurando e, desta 
forma, a apresentação do resultado só é completa quando acompanhada por 
uma quantidade que declara sua incerteza; 
• Como exemplo, temos a leitura da temperatura ambiente em um laboratório;
• Suponha seu valor como T Laboratório = 21,0 °C; 
• O termômetro que efetuou esta medição possuía uma incerteza de medição de 
0,5 °C. Logo, o resultado da medição será: T Laboratório = (21,0 ± 0,5) °C.
Importante
• Como a incerteza de medição é um valor probabilístico e, desse modo, estimada, 
nunca teremos absoluta certeza do resultado de uma medição;
• Usualmente, na metrologia, adotamos um nível de confiança de 95,45 
% de probabilidade (lembre-se de que, na distribuição Normal, 95,45 
% de probabilidade representa dois desvios-padrão); 
• Logo, quando falamos que a temperatura ambiente do laboratório 
vale (21,0 ± 0,5) °C, estamos dizendo que o valor verdadeiro da 
temperatura ambiente no laboratório tem 95,45 % de probabilidade 
de estar compreendido nesse intervalo;
• A incerteza do resultado de uma medição normalmente 
é influenciada por vários componentes, que podem ser 
agrupados em duas categorias, de acordo com as 
características do método usado para estimar seus 
valores numéricos: (1) incertezas do tipo A e (2) 
incertezas do tipo B, que serão detalhadas a seguir.
Tipo A
• As Incertezas do tipo A pode, portanto, ser 
caracterizadas por desvios-padrão experimentais; 
• Na metrologia, podemos afirmar que a melhor 
estimativa de uma grandeza que varia aleatoriamente é 
a média aritmética !𝑋 das n medições efetuadas;
• A variância estimada (s2), ou o desvio-padrão estimado 
(s), caracteriza a variabilidade dos valores medidos xi, 
isto é, a dispersão em torno do valor médio; 
• A melhor estimativa de variância da média é a 
variância experimental da média 𝑆!(𝑋), cuja 
expressão é obtida a partir da equação:
• Desvio padrão experimental da média s( !𝑋) 
serve para qualificar quanto o valor médio 
representa a grandeza a ser medida xi;
• Esta estimativa é tanto melhor quanto maior 
for o número de repetições efetuadas na 
medição;
• Por diversas razões, principalmente as de 
ordem econômica, o número de repetições 
de uma medição é reduzido, em geral 
variando entre três e dez;
Tipo B
• As incertezas do tipo B podem ser 
caracterizadas por desvios-padrão estimados 
por distribuições de probabilidades assumidas, 
ou ser baseadas na experiência ou em outras 
observações;
• Informações acessórias e externas ao 
processo de medição obtidas de resultados de 
medições similares anteriores, da experiência 
ou do conhecimento do comportamento do 
instrumento de medição, de dados do 
fabricante, de dados fornecidos por 
certificados de calibração, de referências de 
manuais de instrução − permitem determinar 
as incertezas deste tipo.
Exemplos do Tipo B
• Gradiente de temperatura durante a medição; 
• Afastamento da temperatura ambiente em relação à temperatura de referência estipulada; 
• Resolução de leitura do indicador; 
• Estabilidade da rede elétrica; 
• Erro de paralaxe; 
• Incerteza do padrão;
• Deriva do padrão; 
• Erros geométricos;
Informação 
Importante 
• Na avaliação da incerteza do tipo B é 
necessário considerar e incluir, quando 
pertinente, pelo menos as originadas das 
seguintes fontes:
• A incerteza associada ao padrão de referência 
e qualquer instabilidade em seu valor ou 
indicação (padrão sujeito à deriva 
instrumental ou com instabilidade temporal);
• A instabilidade associada ao equipamento de 
medida ou à calibração, por exemplo, 
envelhecimento de conectores, e qualquer 
instabilidade em seu valor ou indicação;
A incerteza associada ao equipamento (mensurando) a ser medido ou 
calibrado, por exemplo, o valor de sua resolução ou qualquer instabilidade 
durante a calibração etc;
A incerteza associada ao procedimento de calibração (ou de medição);
A incerteza associada ao efeito das condições ambientais em um ou mais 
dos itens anteriores;
Como vimos, a estimativa da incerteza do tipo A é 
obtida pelo cálculo do desvio-padrão da média das 
medições;
Já a estimativa das incertezas do tipo B tem diversas 
origens. A seguir, apresentamos as principais fontes 
de incertezas do tipo B e como calculá-las;
Estimativa da incerteza da 
resolução de leitura
• A figura a seguir apresenta o 
mostrador de um termômetro 
bimetálico com escala de (0 a 120) 
°C, com menor divisão de 1 °C;
• Olhando para figura percebemos a 
dificuldade de a “olho nu” 
dividirmos a menor divisão ao 
meio;
• Deste modo adotaremos uma 
resolução de leitura igual à menor 
divisão do termômetro bimetálico 
(1 °C); 
• O valor lido será, então, de 68 °C, 
que pode estar compreendido no 
intervalo (67,5 a 68,499...) °C com 
a mesma probabilidade 
(distribuição uniforme);
Termômetro 
Bimetálico 
Perguntas
• Qual é a distribuição adotada pela resolução de 
leitura do termômetro bimetálico ? 
• Utilizando a Equação a seguir calcule a incerteza 
da resolução;
• 𝜇%&' =
(
)*
• Onde R é a resolução adotada
Resolução de leitura adotada pelo laboratório de 
calibração
• Se o usuário puder repetir, na leitura com o instrumento que veio de calibração, 
a resolução adotada pelo laboratório durante a calibração, a contribuição da 
resolução do padrão não deverá ser considerada na incerteza final da medição;
• Caso contrário, deve-se considerar esta parcela na estimativa final; 
• Por esse motivo, é fundamental que os laboratórios de calibração informem, no 
certificado de calibração do instrumento, a resolução adotada na calibração;
• Assim, saberemos o valor da resolução adotada e poderemos repeti-la no ato da 
medição com esse instrumento.
Estimativa da 
incerteza da 
histerese
• A histerese é a maior diferença, em módulo, 
dos valores de carga (medição efetuada 
quando da aplicação de um sinal crescente em 
valor) e descarga (medição efetuada quando 
da aplicação de um sinal decrescente em 
valor) de um instrumento de medição;
•A histerese é um fenômeno bastante típico 
nos instrumentos mecânicos, tendo como 
fonte de erro, principalmente, folgas e 
deformações associadas ao atrito. Exemplos 
de instrumentos que podem apresentar erros 
de histerese são balanças, dinamômetros e 
manômetros analógicos;
• Para efetuarmos a estimativa da 
incerteza da histerese, calculamos a 
histerese (H) do instrumento no 
ponto e adotamos uma distribuição 
de probabilidade uniforme ou 
retangular;
Exercício
• Um manômetro do tipo bourdon, cuja faixa de 
medição é de (0 a 20) kgf/cm2, foi calibrado por 
comparação com um manômetro padrão; 
• Os valores encontrados estão na tabela a seguir;
• (Quilograma-força é uma unidade definida como 
sendo a força quilograma sujeita a certa gravidade. É 
abreviada como kgf, por vezes apenas kg. Ao se 
converter 1 kgf para newton (N), o valor é 
numericamente igual à gravidade local, como pode 
ser provado matematicamente);
• O quilograma-força nunca fez parte das unidades do 
Sistema Internacional implementado em 1960 e que 
possui como unidade de força o newton. Todavia, já 
foi uma unidade de medida amplamente utilizada, 
nomeadamente na indústria aeronáutica, onde 
indicava a impulsão de foguetes
Tabela -
Resultado 
da calibração 
de 
manômetro
Calcule
A HISTERESE EM CADA 
PONTO;
A INCERTEZA DA HISTERESE 
EM CADA PONTO;
A HISTERESE A INCERTEZA 
DO MANÔMETRO;
Estimativa da incerteza do instrumento-padrão
• Uma fonte de incerteza do tipo B sempre existente na calibração de 
instrumentos de medição é a incerteza oriunda do instrumento-padrão;
• Calibrar é confrontar os valores medidos pelo instrumento-padrão com o 
instrumento em calibração (objeto); 
• Logo, a incerteza do instrumento-objeto herda a incerteza do instrumento-
padrão; 
• Para determinar a estimativa da incerteza do instrumento-padrão, basta 
verificar este valor no certificado de calibração do instrumento-padrão;
Método 
Indireto 
O método indireto é caracterizado quando o valor de 
uma grandeza é obtido em função de outra, ou seja, a 
medição é realizada de forma direta de uma grandeza 
diferente da que se deseja conhecer, e é realizada a 
conversão na grandeza de interesse por meio de cálculos 
e relações conhecidas;
Este método é utilizado quando é difícil e/ou perigoso 
medir diretamente a grandeza procurada; 
Em alguns casos a medição indireta pode produz 
resultados mais precisos, sendo que dessa forma sua 
utilização é preferencial à direta;
• Exemplos de aquisições de dados por meio do 
método indireto são a medição de ângulos 
usando a barra de seno, da velocidade por meio 
da distância percorrida e do tempo gasto para 
percorrê-la e da temperatura de um tratamento 
térmico recorrendo a um termopar;
Método de Transposição 
• Este método é aplicado quando a grandeza a se 
medir (x), que é desconhecida, é relacionada por 
comparação direta com uma grandeza da mesma 
natureza e de valor conhecido (A), que em seguida é 
substituída e comparada com outro valor 
previamente estabelecido (B); 
• Esta técnica é aplicada na dupla pesagem de Gauss, 
que considera a desigualdade dos braços de uma 
balança, e o
• valor desconhecido é
Método de medição diferencial
• É realizado por meio da comparação com uma grandeza de mesma natureza e valor conhecido 
(por exemplo, um padrão) que difere pouco da grandeza a ser mensurada; 
• Nesta situação, é medida a diferença algébrica entre os valores;
• Um bom exemplo para este método é o processo de calibração de um bloco padrão com o 
auxílio de um comparador e um bloco referência;
• Primeiramente é realizada a medição do bloco de referência, onde o comparador será ajustado 
para zero;
• Em seguida é feita a medição do bloco padrão, sendo que caso a medida seja positiva, o bloco 
padrão possui medição maior do que o bloco de referência, e caso seja negativa, possui medição 
menor do que a referência;
• Com isso a medição do bloco padrão será a soma algébrica do valor do bloco de referência e o 
desvio medido.
Método de medição por zero
• Neste método, o valor da grandeza a se medir é determinado pelo 
equilíbrio, ajustando uma ou mais grandezas de valores conhecidos 
que são relacionados com o valor a ser mensurado por um ponto de 
equilíbrio, reduzindo a diferença a zero;
• Um exemplo deste método é o uso de uma balança de dois pratos, 
onde se adiciona ou se retira pesos até se atingir a situação de 
equilíbrio, situação em que é possível determinar o peso do produto;
FIM

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