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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB AIESKA GEOVANA GOMES ROCHA GABRIEL DE JESUS SANTOS JAKELINY SILVA PASSOS SANTANA JENIFFER ALVES BRITO LARISSA JESUS BARRETO MARIA LARA CHAVES OLIVEIRA SANTOS NEISON DE OLIVEIRA NOVAES JEQUIÉ – BA 2021 HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO II OU CITOTÓXICA JEQUIÉ – BA 2021 AIESKA GEOVANA ROCHA GABRIEL DE JESUS SANTOS JAKELINY SILVA PASSOS SANTANA JENIFFER ALVES BRITO LARISSA JESUS BARRETO MARIA LARA CHAVES OLIVEIRA SANTOS NEISON DE OLIVEIRA NOVAES HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO II Trabalho apresentado a docente Virgínia Maria Góes da Silva, como método avaliativo parcial da disciplina de Imunologia Básica do curso de Bacharelado em Farmácia – UESB, campus de jequié. 3 Glossário HpII – Hipersensibilidade do tipo II. Receptor Fc – Proteína encontrada na superfície de certas células. Eles se ligam a anticorpos associados a células infectantes ou patógenos invasores. Receptor C3b – Opsonina formada após clivagem do componente C3. Fagocito – Célula com função de proteger o corpo humano ao ingerir células patogênicas ou antígenos. Subproduto do Sistema Complemento – Proteínas resultado de clivagem do sistema complemento. Receptor de TSH – Proteína encontrada principalmente na superfície de células epiteliais na tireoide, capaz de ligar-se e assim estimular a produção de T3 e T4. TSH – Hormônio estimulante da tireoide, thyroidstimulating hormone. Receptor de ACh – Proteína encontrada na mediação de respostar musculares de contração, filícas a acetilcolina. Acetilcolina – Neurotransmissor, responsável por estimular Na+, que tem função de contrair o musculo liso. 4 REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE II A reação de Hipersensibilidade tipo II, também é conhecida por citotóxica, tal hipersensibilidade recebe tal nomenclatura por ser desencadeada pela presença de anticorpos em células pelos seus receptores, as quais não deveriam estar ligados, sendo então uma resposta autoimune, por ser desencadeada por anticorpos próprios. Os anticorpos IgG e IgM podem causar lesão tecidual por meio da ativação do sistema complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas funções celulares normais. Alguns desses anticorpos são específicos para antígenos de determinadas células ou da matriz extracelular e são encontrados ligados a essas células ou tecidos ou como anticorpos livres na circulação; as doenças induzidas por esses anticorpos são chamadas de hipersensibilidade do tipo II. Logo, os mecanismos de tal reação são: • Opsonização e fagocitose de células; • Recrutamento e ativação de leucócitos (neutrófilos, macrófagos) mediados pelo receptor de Fc e pelo complemento; • Anormalidades nas funções celulares, por exemplo, sinalização do receptor de hormônio, bloqueio do receptor de neurotransmissores. MECANISMOS EFETORES DE DOENÇAS MEDIADAS POR ANTICORPOS Os anticorpos opsonizam as células e podem ativar o complemento, gerando produtos do sistema complemento que também opsonizam células, levando à fagocitose delas por meio dos receptores de Fc ou receptores para C3b nos fagócitos. Dessa forma, os anticorpos recrutam os leucócitos pela ligação aos receptores de Fc ou pela ativação do complemento e, então, liberam subprodutos que são quimiotáticos para leucócitos. Os anticorpos específicos para receptores de hormônios ou de neurotransmissores da superfície celular podem estimular a atividade desses receptores mesmo na ausência do hormônio, como se observa na doença hipertireoidismo, ocorrida na tireoide, ou podem inibir a ligação do neurotransmissor ao seu receptor, como ocorre na miastenia grave, impedindo neuro-estimulação de músculos. 5 Figura 2. Inflamação mediada pelo receptor do complemento e de Fc. Figura 1. Opsonização e fagocitose. Figura 3. Respostas fisiológicas anormais sem lesão celular/tecidual. 6 LEITURA DE IMAGEM Na imagem/figura 4, a esquerda, tem-se o hipertireoidismo, mostrando então a ligação errônea do anticorpo ao receptor celular destinado a ligar-se ao TSH, estimulando a produção de T3 e T4, de células edoteliais da glândula da tireoide, causando inflamação celular por estimular de forma desordenada a produção de tais hormônios e culminando no inchaço da glândula. Enquanto na imagem a direita, tem-se a ligação do anticorpo a receptores de ACh, tal neurotransmissor é responsável por excitar Na+, quando não ligado ao receptor muscular, não há contração do músculo, fazendo com que o mesmo perca função e força. MECANISMO DE DEPOSIÇÃO DE ANTICORPOS QUADROS CLÍNICOS Figura 5. Hipertireoidismo Figura 4. Mecanismos de lesão levando a lesões teciduais, ou seja, patologias. 7 Outras patologias: COM ALTERAÇÃO DE FUNÇÃO CÉLULAR A anemia hemolítica auto-imune (AHAI) consiste de um grupo de doenças cuja característica comum é a presença de auto-anticorpos, os quais se ligam aos eritrócitos e diminuem o tempo de sobrevida dessas células, por meio de sua remoção da circulação pelos macrófagos do sistema retículo-endotelial. É um dos eventos auto-imunes mais comuns no homem. As causas de AHAI permanecem desconhecidas. Algumas hipóteses são: a depressão do sistema imune através de ação viral; alteração do equilíbrio entre as células T facilitadoras e supressoras; alteração dos antígenos de superfície dos eritrócitos por vírus ou drogas e; possível reação cruzada dos anticorpos induzidos por agentes infecciosos contra antígenos de superfície dos eritrócitos. A AHAI expressa-se por meio de quadro clínico variável, no qual sobressai a anemia hemolítica. COM LESÃO TECIDUAL Como outra patologia desencadeada pela HpII, tem-se também a síndrome de Goodpasture é uma patologia mediada pelo sistema imunológico, na qual auto-anticorpos contra a cadeia a 3 (IV) do colágeno tipo IV se ligam à membrana basal, alveolar e glomerular, causando glomerulonefrite progressiva e hemorragia pulmonar. Descrita inicialmente como uma síndrome pulmão-rim, em 1919 por Goodpasture, o epônimo foi Figura 6. Miastenia Gravis 8 primeiramente utilizado por Stanton e Tange em 1958. A presença de auto-anticorpos apresentando depósito linear foi demonstrada nos anos 60. O mecanismo de injúria renal e pulmonar é complexo. Nos rins, os anticorpos se ligam à membrana basal, ativam a cascata do complemento e de proteases, tal ativação provoca ruptura da barreira glomerular e da cápsula de Bowman, causando proteinúria, hematúria e facilitando a formação de crescentes. O setor celular com os linfócitos T CD4+ e CD8+, macrófagos e neutrófilos participam da agressão produzindo, entre outros, interleucina 12 e interferon g que medeiam a formação de crescentes. 9 HIPERSENSIBILIDADE TIPO II IgG ou IgM Neutrófilos e Macrófagos Via clássica do Sistema Complemento Fagocitose Opsonização Receptores Fc Receptores de C3b Subprodutos do Complemento (C3a; C5a) Inflamação MAPA MENTAL 10 REFERÊNCIAS I. ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR. Tradução de Tatiana Ferreira Robaina et al. 9. ed. cap 19. pag 400-403. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. II. PINHEIRO, Pedro. MD.Saúde. MIASTENIA GRAVIS – CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO. Neurologia. Disponível em: https://www.mdsaude.com/neurologia/miastenia-gravis/. Acessado em: 10 de abril 2021. III. BALDA, Carlos Alberto; FRANCO, Marcello Fabiano de; TEIXEIRA, Andrei Alkmim; MENDONÇA, Erika Ferraz Helena. Revista da Associação Médica Brasileira. Síndrome de anticorpo antimembranabasal. Scielo. vol.50 n.1. São Paulo, 2004. Encontrado em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 42302004000100027#:~:text=A%20s%C3%ADndrome%20de%20Goodpast ure%20%C3%A9,glomerulonefrite%20progressiva%20e%20hemorragia%2 0pulmonar. Acessado em: 10 de abril de 2021. IV. OLIVEIRA, Maria Christina L. A.; OLIVEIRA, Benigna M.; MURAO, Mitiko; VIEIRA, Zilma Maria; GRESTA, Letícia T.; VIANA, Marcos B. Jornal de Pediatria. Curso clínico da anemia hemolítica auto-imune: um estudo descritivo. vol.82 n.1 Porto Alegre. 2006. Encontrado em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021- 75572006000100012. Acessado em: 10 de abril de 2021.
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