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Resumo - Psicologia do Desenvolvimento na Adolescência

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RESUMO TEXTOS PSICO. DESENVOLVIMENTO ADOLESCÊNCIA 
 
• Um Período de Transições 
 
Para a psicologia do desenvolvimento, a adolescência é um construção que se 
refere a um processo caracterizado pelas mudanças psicológicas que ocorrem na 
transição da infância para a idade adulta, iniciando-se na puberdade. A puberdade é 
um período de crescimento físico e mudanças fisiológicas em prol da maturidade 
sexual, ela termina quando o indivíduo é capaz de se reproduzir. A adolescência pode 
ser entendida como um rito de passagem, marcado pela puberdade, e ao final deste 
se concede ao jovem o status de adulto, reconhecido pelos outros como um ser 
humano capaz de comportar-se como tal, como poder se casar. 
Com a complexidade das sociedade modernas, a adolescência tornou-se um 
intervalo que atrasa a tomada de responsabilidades pelo jovem, fazendo com que os 
acontecimentos psicológicos sejam uma construção cultural típica da fase, como se 
todos os jovens fossem passar pelos mesmo complexos. O fim da adolescência não 
possui uma determinação, pois com o avanço da sociedade, ritual religiosos não são 
mais considerados ritos de passagem a fase adulta, sendo substituídos por realização 
de etapas, como a graduação escolar, definições legais de papéis, direitos, privilégios 
e responsabilidades, o que acaba gerando a confusão no jovem: não sou mais criança, 
mas também ainda não sou adulto. 
O desenvolvimento é um processo que se orienta para a maturidade, uma 
transição que pode se modificar pela experiência, uma das propriedades do 
desenvolvimento é a diferenciação, como a diferenciação das emoções de um 
indivíduo, ocorrendo também com o corpo e a inteligência. A consequência que traz é 
a integração, a sobrevivência do ser depende da integração desses fenômenos 
diferenciados, para que ocorra um funcionamento coordenado. À medida que o ser 
humano cresce e se desenvolve, decompõe seus aprendizados em partes que 
possuem sentido para si, e os reorganiza da forma que enxerga o mundo. 
O ser humano está em constante organização desde seu nascimento até a 
morte, a conduta é universal de acordo com a cultura que está inserido mas a 
organização é individual. O indivíduo é único, constrói suas próprias experiências, não 
existem duas pessoas exatamente iguais. O indivíduo está inserido em um sistema 
aberto, onde faz trocas entre ele e o meio externo, sendo influenciado e influenciando 
seu ambiente, o organismo está continuamente ativo. O organismo não retorna a 
estágios anteriores, segue sempre em frente buscando a organização que o equilibre, 
as novas organizações são versões antigas melhoradas com feedback do ambiente, 
e quando não se sente satisfeito, o organismo eleva a tensão até encontrar seu ponto 
de equilíbrio. 
O desenvolvimento do ser humano é descrito em estágios, delineados de 
maneira não arbitrária, de forma que os critérios utilizados para fim e início de dito 
estágio possuam um caráter qualitativo, como por exemplo, surgimento ou mudança 
de conduta. Dessa forma, a idade em que o indivíduo entra em dito estágio pode variar 
entre culturas, mas todos atravessam-nos na mesma ordem. 
As mudanças psicológicas da adolescência são o retrato da necessidade da 
construção de uma personalidade que ainda não se conhece, a assumir novas 
responsabilidade por si mesmo, a desconstrução da imagem divina dos pais e o luto 
pelo corpo infantil e desconhecimento desse novo corpo. As transformações corporais 
implicam que o indivíduo deve começar a agir segundo seu papel social, 
comportando-se como pessoas maduras, essas mudanças ocorrem de forma brusca, 
tendo como consequência a necessidade de adaptação constante das novas 
emoções e comportamentos, ajustando-os à imagem que busca construir de si 
mesmo. 
Com a quebra dos antigos ideais, muitas vezes o jovem se vê em crise 
psicológica por não saber como agir, como adquirir essa nova identidade. Ocorre 
quando o indivíduo começa a avaliar as imagens que possuem dele e as que ele 
possui de si mesmo, tentando balancear sua identidade de forma que seja satisfatória 
em ambos os quesitos. Feito isso, o jovem sente-se individualizado, possui suas 
próprias regras e age de acordo sua própria vontade, falta apenas a experiência, o 
jovem não compreende o potencial que possui. Todas essas situações são grandes 
geradores de ansiedade, o jovem necessita de tempo para assimilar as mudanças 
físicas, psíquicas e sociais que está experimentando, e apenas quando é capaz de 
aceitar todas estas, surge sua nova identidade. 
 
• As Alterações da Adolescência 
 
As alterações físicas da adolescência são um fato inegável, porém, elas variam 
entre indivíduos, de idade em que se iniciam até a duração que se estendem, trazendo 
uma repercussão psíquica frente a uma puberdade precoce ou tardia. As 
transformações físicas são consequências das modificações hormonais que incidem 
sobre o crescimento e desenvolvimento dos órgãos genitais, não se sabe ao certo o 
que desencadeia a puberdade, em razão dos estímulos fisiológicos e ambientais, 
sendo então um mecanismo psicossocial geral. 
O crescimento pondo-estatural ocorre nas mulheres por volta dos 11/12 anos, 
e nos homens, 13/14 anos. Os jovens podem crescer dezena de centímetros 
anualmente, as mulheres ampliam os quadris e os homens ampliam os ombros e os 
músculos. Os hormônios sexuais crescem e aceleram o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais secundários, nascimento de pelos pubianos, aumentos dos seios 
e do pênis, a menstruação e a primeira ejaculação são os indicadores da puberdade. 
O início e fim da puberdade variam de indivíduos pois são o resultado de fatores 
genéticos e ambientais, como a alimentação. 
Essas modificações na imagem corporal do jovem trazem consigo as 
repercussões sociais. A rapidez com que tudo ocorre faz com que o jovem tenha que 
modificar a imagem que possui de si mesmo, integrando essas características 
sexuais, e o desenvolvimento corporal nem sempre ocorre de forma harmoniosa, o 
que faz com que os jovens se sintam desengonçados e acreditam que dismorfias 
sejam definitivas. Surgem então as inquietações sobre os fenômenos reais, onde o 
jovem implementa distorções imaginárias, fixam-se em certos aspectos de seu corpo 
e acreditam que aquela é a mesma visão dos outros. Essas percepções podem ser 
agravadas pela pressão social do corpo perfeito trazendo perturbações afetivas, o 
jovem desvaloriza sua imagem física, prejudicando a autoestima. 
A puberdade precoce, em geral, concede ao jovem um status mais vantajoso, 
embora apresente maturidade intelectual e afetiva mais baixa, já que o ritmo de 
desenvolvimento foi mais rápido do que este podia assimilar. A puberdade tardia 
acarreta dificuldades psicológicas, como o sentimento de inferioridade, autoestima 
negativa, dependência ou rejeição social. Pode-se pensar que são sentimentos 
transitórios que irão embora quando se chega à idade adulta, mas essas diferenças 
ficam marcadas. 
 
 
• Principais Teorias da Adolescência 
 
1. Hall e a Teoria da Recapitulação 
 
Hall formulou uma teoria de que os estágios da vida entre a infância e a 
maturidade espelham os estágios da história evolutiva da humanidade. Na infância, a 
criança seria como o ancestral mais primitivo da raça humana, entendendo a meninice 
como um leve avanço. A adolescência representaria a recapitulação do estágio 
intermediário entre o homem primitivo e o civilizado, um período em que a raça 
humana estava em estágio transitório. A puberdade seria então o tempo de maior 
perturbação e ao final da adolescência, seria como um renascimento, em que traços 
mais elevados surgem. Dessa forma, a adolescência seria uma marcha rumo ao 
progresso da raça humana. 
 
2. Arnold Gesell: A Espiral de Padrões de Crescimento 
 
A teoria de Gesell sugere que a maturação do indivíduo é mediada pelos genes, 
assim, quando os traços de comportamento e tendências desenvolvimentais surgem, 
estas foram determinadas biologicamente. Esse determinismo retira a influênciados 
pais, escola e ambiente sobre o desenvolvimento da criança, Gesell considerava que 
o tempo era quem iria resolver os problemas da criança em crescimento. Cada criança 
nasce com seus próprios fatores genéticos ou constituição individual e sequencias 
maturacionais inatas. As concepções de Gesell foram refutadas pela antropologia e a 
psicologia social, pois estas demonstraram que as diferenças individuais são 
influenciadas pela cultura do indivíduo. 
 
3. Pontos de Vista Psicanalíticos Sobre a Adolescência 
 
Para Freud a adolescência não é algo a ser estudado de maneira aprofundada, 
pois considerava a infância uma parte fundamental da vida, tendo suas teorias 
embasadas nisso, como a teoria das fases do desenvolvimento, fase oral, anal, fálica, 
de latência e genital, apesar disso, durante o período da adolescência, a puberdade é 
o ápice de uma série de mudanças, sendo um período de excitação, ansiedade, e em 
certos casos, transtornos de personalidade. 
Anna Freud, por outro lado, buscou mais sobre esse período da vida e suas 
mudanças. Caracterizava a adolescência como um período de conflitos internos, 
desequilíbrio psíquico e comportamento inconstante, considerava-os egoístas e que 
eles pensavam ser o centro do universo, para ela é uma fase um tanto contraditória, 
oscilam muito entre seus pensamentos e sentimentos pois diz que eles ao mesmo 
tempo que se envolvem com a sociedade, também querem sentir a solidão, além de 
serem agressivos com as pessoas a sua volta, mas são extremamente sensíveis, são 
cegos por um líder mas também tem um instinto revolucionário. As razoes para tal 
comportamento é dada pela maturação sexual que faz com que ocorra um 
desiquilíbrio psíquico e conflitos internos. 
Durante o período de puberdade ocorre uma pulsão mais intensa, em conjunto 
de um interesse na genital, os interesses anais e orais ressurgem, os hábitos de 
limpeza dão lugar para um habito de desordem e de sujeira, junto com tendências 
exibicionistas e maus tratos aos animais, assim como os desejos edípicos que 
também voltam em forma de fantasias e de divagações. 
Os adolescentes têm um insaciável desejo de debater sobre assuntos 
abstratos. Se aproximam na maioria das vezes de pessoas com as mesma opiniões. 
Assunto como por exemplo: amor livre, religião, construir uma profissão e carreira ou 
viver autônomo, política etc. Segundo Anna Freud, os assuntos que os adolescentes 
escolhem debater representam lados opostos de seus próprios conflitos internos, 
disfarçados e transportados para o plano intelectual. O ego em resposta ao aumento 
de pressões pulsionais, expande seu poder de racionalidade. Muitas vezes eles 
transformam alguma luta interna em algum argumento abstrato, para assim manter 
distância deles. 
A adolescência é um período marcado por instabilidades nos relacionamentos 
por serem intensos demais, e acabam desenvolvendo noções de conflito e defesa. O 
ressurgimento da sexualidade infantil faz com que se torne perigoso manter-se 
emocionalmente ligado aos pais, pois é nesse período que todos os desejos edipianos 
reaparecem, mais perigosos e ameaçadores de serem realizados. Portanto a sua 
opção é se afastar dos pais e se apegarem com seus pares românticos, que têm a 
finalidade de preencher o vazio emocional deixado pelo abandono dos antigos abjetos 
de amor. Essas relações são de um caráter defensivo, não são relações objetais no 
sentido dos adultos, são apenas identificação do tipo mais primitivo, como aquelas 
que estudamos em Psicologia do Desenvolvimento infantil, sem que exista qualquer 
objeto de amor. Dessa maneira, essas inconstâncias características da adolescência, 
são apenas a perda de personalidade, em consequência de uma mudança na 
identificação. 
As pessoas da família ou escola percebem com comportamentos de desordem, 
estabilidade de caráter e adaptação social. Sabemos que a estrutura de caráter da 
criança ao final do período de latência representa o resultado de grandes conflitos 
entre o id e o ego. É preciso que uma sexualidade adulta se integre na personalidade 
do indivíduo. O assim chamado turbilhão da adolescência não é mais que um indicio 
exterior de que estão ocorrendo tais ajustes internos. 
As pulsões do ID se intensificam causando ainda mais conflitos internos são 
tão fortes que o ego cria um mecanismo para se defender, pois o ego ainda não está 
definido durante a primeira infância, um desses mecanismo é o asceticismo. O 
asceticismo é um período, descrito por Anna Freud como uma fase em que se teme 
mais a quantidade de pulsões e não a qualidade das pulsões, desconfiam da 
qualidade em geral da fruição, tendo sua segurança por meio da contraposição das 
proibições, quando a pulsão diz que quer algo, o ego diz que não poderá ter aquilo, 
causando uma certa desconfiança no adolescente sobre a pulsão, tendo a tendência 
a generalizar, iniciando-se sobre a vontade instintiva podendo ir até a vontade física. 
Muitos jovens renunciam a qualquer impulso que tivessem ligação com a 
sexualidade e evitam pessoas de sua idade, participando de atividades puritanas, 
evitando atividades como dança, teatro e música, pois essas coisas, roupas bonitas 
tem ligação a proibição da sexualidade. O que pode ocorrer é a renúncia a coisas, 
podendo ser uma renúncia de algo mais simples ou de algo que colocará a vida desse 
adolescente em risco, como quando se expõe a situações de perigo ao se recusar ao 
colocar um caso no tempo frio, acordar cedo após ter uma longa noite de sono, 
baseando-se com a ideia de que não deve ceder a todos os comandos do corpo, todas 
as necessidades físicas do corpo. 
Durante o ascetismo o adolescente, o medo de ser invadido por uma pulsão, 
ele (adolescente), cria uma forma de extrema o abandono por um certo tempo todos 
os seus prazeres. Outro mecanismo de defesa do ego foi denominado por Anna Freud 
por intelectualização, para ela, o aumento da capacidade de raciocínio é um jeito de 
controlar as pulsões. 
 
4. H. S. Sullivan: A Teoria Interpessoal de Desenvolvimento 
 
Sullivan considerava que a personalidade do indivíduo só poderia ser 
construída em situações interpessoais e que o isolamento significaria morte. Estamos 
sempre interagindo com e no mundo, sempre experimentando, somos nossa 
experiência. A definição do Eu vincula-se ao conjunto de relações do indivíduo, cada 
relação recíproca que possui implica um Outro significativo, qualquer quadro de 
referência, sendo estes pessoas reais ou de fantasia, podem servir para a elaboração 
de uma situação interpessoal. 
O dinamismo é o padrão relativamente estável de transformações de energia 
que caracterizam as relações interpessoais, Sullivan identificou dois tipos: 
Conjuntivos, que buscam a união e integração, por exemplo, a necessidade de 
intimidade; e Disjuntivos, que levam a desintegração psicossocial, por exemplo, a 
ansiedade. Na concepção de estágios, a ênfase recai sobre as necessidades 
interpessoais como força motriz da vida. 
Na pré-adolescência, existe a necessidade de relacionamentos profundos, 
intimidade interpessoal com um amigo do mesmo sexo. Isofilia, quando ocorre um 
incremento na validação consensual de símbolos, operações simbólicas, informações 
sobre a vida e o universo, o pré-adolescente aprende a se ver por meio dos olhos dos 
outro. 
Na adolescência inicial, se esta for tratada com êxito, a pessoa ganha o 
autorrespeito adequado a quase todas as situações. Mas a partir daí, as tensões e os 
problemas da vida desvirtuam o jovem a ponto de torná-lo caricaturas inferiores 
daquilo que poderiam ter sido. Esse estágio é caracterizado pela erupção do 
dinamismo do apetite sexual, que deve ser integrado a necessidade de segurança, de 
manter-se livre da ansiedade, o que traz ansiedades pela necessidade de satisfação 
sexual. As inseguranças sobre sexualidade são internas mas criam problemas na 
relação com os outros, muitos desses conflitos decorrem das necessidades opostas 
de gratificação sexual, segurança e intimidade.Na adolescência posterior, tendo sua orientação sexual definida, surgem os 
encontros com o outro sexo, estabelecendo um repertório mais maduro de relações 
interpessoais. 
 
5. Erik Erikson e a Teoria Psicossocial 
 
Erikson teorizou que o desenvolvimento de um senso da própria identidade é 
uma tarefa indispensável na adolescência, o adolescente deve ter alguma noção de 
quem é, para onde vai e quais suas possibilidades. A crise de identidade envolve o 
indivíduo e as esferas sociais mais amplas, e a medida em que ele se desenvolve 
manifestam-se forças separadas e distintivas. 
 
6. Urie Bronfenbrenner: Uma Visão Ecológica da Adolescência 
 
Os adolescentes se desenvolvem em múltiplos contextos e são influenciados 
pelos pares que tem contato, pela religião, escola, mídia, cultura etc. São o produto 
do ambiente e da socialização. Urie desenvolveu um modelo ecológico para 
compreender as influências sociais, e o adolescente se encontra no centro dos 
sistemas de influência socia. 
O microssistema inclui os contatos imediatos, como a família, os amigos mais 
próximos e os grupos sociais aos quais o indivíduo pertence. Esse microssistema se 
modela na medida em que o adolescente se movimenta entre os ambientes sociais, 
proporcionando aceitação, popularidade, amizade e status ou até mesmo 
comportamentos de risco. 
O mesossistema envolve as relações recíprocas entre conjuntos de 
microssistemas, o que acontece na escola afeta o que acontece em casa. As 
influências das mais diversas fontes devem ser consideradas uma em relação com a 
outra, como a relação entre as características familiares e as pressões dos pares etc. 
O exossistema é composto pelos cenários que influenciam o adolescente, mas 
que ele não é capaz de controlar, como por exemplo, a mudança de emprego dos pais 
resulta em uma mudança de cidade e escola; 
O macrossistema inclui as ideologias, atitudes, valores e leis da cultura em que 
o indivíduo está inserido, é este quem determina quem é adulto ou adolescente, 
estabelece padrões de comportamento, sexualidade, estilo de vida e saúde. Esses 
padrões diferem de países e grupos étnicos. 
 
• Desenvolvimento Cognitivo na Adolescência 
 
O pensamento operatório formal caracteriza-se pela distinção entre o real e o 
possível. O adolescente, quando examina um problema que está experimentando, 
tenta imaginar todas as possibilidades da questão, combinando procedimentos de 
experimentação e de análise lógica, para verificar qual é a melhor opção. Essa 
habilidade é fundamental, permitindo ao adolescente construir situações ideais e 
diversas da realidade, o adolescente pode pensar sobre opções e possibilidades, 
imaginar-se em papéis diferente, as consequências futuras de ações do agora, 
planejar ao longo prazo. 
Os adolescente possuem a capacidade lógica de lidar com problemas que 
envolvem diversos fatores, de utilizar um segunda sistema de símbolos (conjunto de 
símbolos para símbolos) que torna o pensamento mais flexível, é capaz de utilizar 
metáforas, entender que palavras podem ter mais de um significado. O indivíduo 
torna-se capaz de encarar e refletir sobre si mesmo, de olhar para dentro, ele pode 
avaliar-se a partir do exterior. 
O egocentrismo do adolescente surge a partir da crença de que as outras 
pessoas também estão preocupadas com a aparência e comportamentos dele, o 
jovem antecipa a reação das outras pessoas, supões quais delas são críticas ou 
admiradoras dele. O jovem que é muito crítico consigo mesmo, imaginará que os 
outros também o serão, surge então o desejo de privacidade para esconder-se desses 
olhares, trazendo uma preocupação excessiva se este vai “passar vergonha”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágios de Kohlberg sobre o desenvolvimento moral:

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