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Resumo Dermatofuncional

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FELIPE SATELES
2
DERMATOFUNCIONAL
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A pele é o maior órgão sensorial do corpo humano e é dividido em epiderme, derme e tecido adiposo que formam o sistema tegumentar.
epiderme
A epiderme é a camada mais externa, não é vascularizada e é composta por queratina tornando-a resistente pela proteção e impermeabilização da pele. As camadas da epiderme são:
· Camada Basal: a camada mais interna e é constituída pelos melanócitos e a Células de Merkel. Os melanócitos produzem melanina que é responsável pela pigmentação das camadas superiores, em indivíduos de pele clara os dendritos são menores, já em indivíduos afrodescendentes os dendritos são maiores. As Células de Merkel são um tipo de célula com características nervosas e de células produtoras de hormônio, as quais estão próximas das terminações nervosas da pele.
· Camada Espinhosa: é composta por queratinócitos que produzem a queratina e são fibras de proteínas. 
· Camada Granulosa: composta por células achatadas que possuem grânulos contendo queratina, que impermeabilizam as células, com prevenção à perda de água. 
· Camada Lúcida: apenas presente na pele das palmas das mãos e na planta dos pés, possui células transparentes e situa-se entre a camada córnea e granulosa. 
· Camada Córnea: é a camada mais externa da epiderme, formada por células mortas que dura um processo de 21 a 28 dias, após essa data as células se desprendem e esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. Assim, a pele se encontra em constante renovação.
derme
A derme é subdividida em: papilar, que corresponde às papilas dérmicas e é constituída por tecido conjuntivo frouxo e a reticular, a maior parte da derme de tecido conjuntivo denso não modelado. A camada papilar e reticular contêm fibras elásticas, o que dá elasticidade à pele. Constituída também por matriz extracelular e receptores sensoriais, além dos anexos cutâneos:
· Glândulas Sebáceas: que produzem sebo.
· Glândulas Sudoríparas: produzem suor e é dividida em apócrinas (axilas, virilha, mamilos) e o suor desemboca pelo folículo piloso; e écrinas (vasos, nervos, unhas, pelos) que eliminam suor diretamente na pele.
TECIDO ADIPOSO/HIPODERME
O tecido adiposo é originário do mesoderma, tem as funções de proteção, armazenamento energético, isolamento térmico, além ainda de determinar a harmonia da forma das regiões do corpo e a lisura da sua superfície. A hipoderme é dividida em duas camadas: areolar e lamelar.
· Camada Areolar: é formada por células globulares, túrgidas e superpostas em que o tecido delgado mantém as células em posição.
· Camada Lamelar: é constituída de células adiposas fusiformes e pequenas, ocorre o armazenamento do acumulo de gorduras. 
A quantidade de receptores do tipo α2 estão presentes em maior quantidade na região glútea e coxas. Por isso é mais difícil a redução de medidas desta região, ao contrário da região abdominal, que possui mais receptores β favorecendo a lipólise. 
O tecido adiposo forma uma camada chamada hipoderme, que em crianças tem espessura uniforme e em adultos varia de acordo com a região. Nos homens é mais espessa na nuca, região acima da sétima vértebra cervical, recobrindo o deltoide e o tríceps, região lombossacra e nádegas. Nas mulheres principalmente nas mamas, nádegas, região epitrocanteriana e parte anterior das coxas.
funções da pele
· Proteção do meio interno contra agressões do meio externo;
· Termorregulação;
· Proteção contra RUV através da melanina;
· Secreção e excreção de glândulas anexas;
· Síntese de vitamina D;
· Percepção tátil através de terminações nervosas.
BIOTIPO E FOTOTIPO CUTâNEOS
biotipo cutâneo
Tem relação com a quantidade executada pelo sebo e suor da superfície da pele. Consiste na classificação do conteúdo hídrico e lipídico da superfície cutânea (manto hidrolipídico) que é responsável pela hidratação da pele, apresentando consequência no extrato córneo se esse manto estiver equilibrado um aspecto na pele hidratada, suave, macia e elástica ou se o manto hidrolipídico estiver desequilibrado apresenta na pele desidratação, a pele fica sem brilho, áspera, seca e descamativa.
Existem quatro tipos de biotipo cutâneos:
· Pele alipídica ou seca;
· Pele lipídica ou oleosa;
· Pele mista;
· Pele eudérmica.
pele alípidica ou seca
É a pele que tem pouca produção de sebo na superfície da pele. A produção diminuída da glândula sebácea vai tornar a pele mais reativa (descamação). Uma pele que tem menos tendência de possuir comedões e acnes e possui tendência a telangiectasias que são pequenos vasos finos existentes na superfície da pele associado a fragilidade capilar.
· Textura áspera, perda de suavidade ao toque;
· Falta de elasticidade cutânea;
· Tendência à descamação;
· Coloração branco avermelhada;
· Mais frequente em mulheres.
Tratamento mais adequado para pele seca são os produtos em creme e loção. A hidratação é o melhor caminho para o tratamento de pessoas com a pele seca, produtos que tenham ácido hialurônico, silício, colágeno, vitamina E, vitamina C. 
OBS. Um sinal de desidratação da pele é quando craquela (fica esbranquiçada) ao fazer uma tração.
PELE LIPÍDICA OU OLEOSA
Apresenta uma grande produção de sebo na superfície da pele, tem uma grande resistência ao envelhecimento e há o aumento de comedões e acnes devido a obstrução do folículo pela produção de sebo.
· Aspecto lustroso ou brilhante – grande quantidade de lipídios;
· Resiste melhor ao envelhecimento;
· Bronzeia mais facilmente;
· Rica em lipídios pode ser encontrada mais ou menos hidratada.
pele mista
Possui características da pele seca e oleosa, possui mais oleosidade na Zona T (testa, nariz e queixo) e as regiões laterais são mais secas. O tratamento da pele pode ser feito com produtos para pele oleosa por ter a maior zona ou produtos que servem para todos os tipos de pele.
Pele eudérmica
Considerada com uma pele normal, um exemplo disso é a pele do bebê, apresenta equilíbrio entre a produção de sebo, suor e o manto hidrolipídico.
· Bem hidratada;
· Secreção sebácea equilibrada;
· Textura lisa e suave ao toque;
· Sem descamação excessiva;
· Envelhecimento cutâneo normal.
comedões
Os comedões também são conhecidos como os cravos e eles podem ser abertos (mais enegrecido, a camada córnea foi rompida e oxida com a poluição); e fechados (mais branquinho, com a camada córnea envolvendo). Quando há remoção de forma inapropriada ocorre a inflamação do folículo e é chamada de acne em pápula e na presença no pus é chamada de acne papulopostulosa. A espinha nódulo cística (espinha carnal) é a evolução desse quadro e ocorre a inflamação pela parte de dentro. E também temos a acne fulminante onde há uma quantidade exacerbada em partes de tronco e face, podendo levar à óbito.
Graus de estágios:
Grau 1 – Comedões (não há inflamação);
Tratamento: extração de comedões (com luvas ou extrator);
Grau 2 – Acne papulopostulosa;
Tratamento: Pode ser utilizado ácidos anti-inflamatório; fototerapia podendo utilizar a luz vermelha que tem ação cicatrizante a luz azul com ação bactericida; e também o uso da alta frequência que é um aparelho que emite ozônio produzindo ação cicatrizante.
Grau 3 – Nódulo cística;
Tratamento: uso de antibióticos.
Grau 4 – Acne Fulminante;
Tratamento: comprimidos corticoides e remédios anti-inflamatórios.
QUESTIONÁRIO LESLIE BAUMANN
Existem quatro parâmetros/características da pele para a avaliação deste questionário, que são:
· Hidratação – seca ou oleosa;
· Sensibilidade – resistente ou sensível;
· Pigmentação – pigmentado ou não pigmentado (produz ou não grande quantidade de melanina);
· Tendência a enrugar – firme, menos propensa às rugas ou se tende a enrugar.
fototipo cutâneo
Está relacionada a cor da pele, a pigmentação constitutiva da pele é herdada geneticamente, existe uma classificação que determinou seis tipos de pele.
1. Pele branca:
· Pessoas com efélides (sardas);
· Pessoas ruivas;
· Sempre queimam ao se expor ao sol e nunca bronzeia;
· Muito sensível ao sol;
· Tendência a câncer de pele. 
2. Pele branca:
· Pessoasloiras;
· Sempre queimam ao se expor ao sol e ficam vermelhas;
· Sensível ao sol.
3. Pele morena clara:
· Pessoas com cabelo castanho claro/médio;
· Queima e bronzeia moderadamente;
· Sensibilidade normal ao sol.
4. Pele morena moderadamente:
· Pessoas com cabelo castanho escuro;
· Queima pouco ao se expor ao sol;
· Sempre bronzeia;
· Sensibilidade normal ao sol;
5. Pele morena escura:
· Queima raramente ao se expor ao sol;
· Sempre bronzeia;
· Pouca sensível ao sol.
6. Pele negra:
· Nunca queima;
· Totalmente pigmentada;
· Insensível ao sol.
OBS. Fototipos cutâneos do 4 ao 6 tem tendência em manchar a pele facilmente.
proteção uva/uvb
Quando somos expostos ao sol a três formas de radiação:
· UVA – atinge até a derme, além de causa a vermelhidão na pele é responsável também pelo bronzeamento e ainda causa a lesão do DNA (câncer de pele);
· UVB – atinge as primeiras camadas da epiderme e é responsável pela vermelhidão de quando somos expostos ao sol;
· UVC – que é lesiva ao ser vivo por conta da camada ionizante.
Existem protetores solares que nos protegem do excesso da radiação ultravioleta:
PPD UVA
FPS UVB
DISTÚRBIOS CICATRICIAIS
A cicatrização depende de vários fatores, locais e gerais, como:
· Localização anatômica – há um afastamento maior por conta da mobilidade em áreas maiores;
· Tipos de pele – pode alterar a borda da lesão;
· Raça – em negros é mais comum cicatrizes em queloides, volume e espalhamentos dessa lesão, principalmente em região de face, tronco e MMSS.
A cicatriz pode resultar de uma patologia ou trauma. 
Fatores Gerais:
· Idade – mais velhos possuem diminuição de metabolismo o que casa retardamento;
· Estado nutricional do paciente – perda de nutrientes;
· A existência de doenças bases;
· Quadros infecciosos sistêmicos.
Fatores Locais:
· Formação de hematoma – principalmente em cirurgias plásticas;
· Infecção local – retarda o processo de cicatrização;
· Reações a corpo estranho – fio de sutura, luvas, equipamentos cirúrgicos;
· Ressecamento.
lesão tecidual
O reparo de feridas, uma solução de continuidade dos tecidos, decorrente da lesão por agentes mecânicos, térmicos, químicos e bacterianos, é o esforço dos tecidos para restaurar a função e estruturas normais. A cascata depende da lesão em que o tecido vai sofrer.
1. Fase de coagulação:
O início é imediato após o surgimento da ferida. Essa fase depende da atividade plaquetária e da cascata de coagulação. A formação do coágulo serve não apenas para coaptar as bordas das feridas, mas também para cruzar a fibronectina, oferecendo uma matriz provisória, em que os fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos possam ingressar na ferida.
2. Fase inflamatória:
O sangramento traz consigo plaquetas, hemácias e fibrina, selando as bordas da ferida, ainda sem valor mecânico, mas facilitando as trocas. O coágulo formado estabelece uma barreira que protege da contaminação. Com a lesão tecidual, há liberação local de histamina, serotonina e bradicinina que causam vasodilatação e aumento de fluxo sanguíneo no local e, consequentemente, sinais inflamatórios como calor, rubor, edema e alteração da sensibilidade. O pico de atividade dos polimorfonucleares ocorre nas primeiras 24-48 horas após o trauma, seguindo-se de um maior aporte de macrófagos durante os dois a três dias seguintes. Na inflamação subaguda é imprescindível o estado de repouso e há risco de distúrbio cicatricial. 
3. Fase proliferativa:
Fase proliferativa é composta de três eventos importantes que sucedem o período de maior atividade da fase inflamatória: neo-angiogênese, fibroplasia e epitelização. Esta fase caracteriza-se pela formação de tecido de granulação, que é constituído por um leito capilar, fibroblastos, macrófagos, um frouxo arranjo de colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. Esta fase inicia-se por volta do 3º dia após a lesão, perdura por 2 a 3 semanas e é o marco inicial da formação da cicatriz. Apresenta sinais e sintomas como dor em nível menor, edema frio e em menor proporção e sensação de coceira. 
Fase de contração da ferida:
Entre a fase proliferativa e remodelagem. A ferida sofre um processo de contração, por meio de um movimento centrípeto de toda a espessura da pele circundante, reduzindo a quantidade e o tamanho da cicatriz desordenada.
4. Remodelagem:
A maturação da ferida tem início durante a 3ª semana e caracteriza-se por um aumento da resistência, sem aumento na quantidade de colágeno. Há um equilíbrio de produção e destruição das fibras de colágeno neste período, por ação da colagenase. O desequilíbrio desta relação favorece o aparecimento de cicatrizes hipertróficas e queloides. Apresenta edemas residuais e a inclinação da curva de maturação é mais aguda durante as primeiras seis a oito semanas.
CICATRIZ HIPERTRóFICA
A cicatriz hipertrófica apresenta um volume maior, ou seja, é elevada em relação ao tecido e limita a borda da lesão. Em até 2 anos pode normalizar equiparando o relevo, tendendo a uma regressão espontânea.
OBS. As cintas e malhas de compressões diminuem o espaço morto, na fase proliferativa ela induz a apoptose do miofibroblasto que diminuem os riscos das cicatrizes hipertróficas e fibrose. 
As linhas de Langer, às vezes chamadas linhas de clivagem, são linhas topológicas do corpo humano.  Elas correspondem à orientação natural das fibras de colágeno na derme, e são geralmente paralelas à orientação das fibras musculares subjacentes e determinam as bordas do tecido conjuntivo.
QUELOIDES
Os queloides são geralmente uma situação definitiva, não apresentam melhora espontânea, e a formação fibrosa estende-se além dos limites originais da lesão. O portador de queloide tem a sensação de queimação ou de ferroada, são indolores a palpação.
CICATRIZ ATROFICA
Corresponde ao desenvolvimento de um tecido cicatricial que faz com que a ferida tenha uma aparência afundada em relação à pele circundante, ou seja, diminuição do volume em relação à pele, perde de tecido.
tratamentos
OBS. Deiscência de sutura é a abertura dos pontos cirúrgicos ou da cicatriz ao longo de sua linha de incisão cirúrgica. Pode acontecer por diversos motivos, principalmente por não respeitar as orientações pós-operatória. 
A pressoterapia é um tratamento não invasivo que promove funções naturais do organismo, podendo melhorar a circulação sanguínea, sistema linfático atuando como drenagem linfática mecânica e tonificando a pele e os músculos. 
O tratamento de queloides é realizado através de prevenções cirúrgicas, mas, há grande risco em aparecer outro queloide sobre a antiga área que foi afetada. 
Na cicatriz hipertrófica o tratamento pode ser feito em diversas maneiras como terapia medicamentosa através de corticoides que tem como objetivo desacelerar a excessiva produção de colágeno de fibroblastos, assim como controlar a oxigenação da cicatriz; massagem cicatricial e também o tratamento feito com lasers, o laser vermelho e infravermelho são os mais adequados e sendo aplicados acima de 6 a 7J em uma cascata inibitória para tratar fibrose e hipertrofia por ponto que inibirá a fase proliferativa. Acima de 6J apresenta efeito inibidor e em 4J remodelador. 
QUEIMADOS E REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
epidemiologia
· Mais de 50% das vítimas são crianças;
· A maioria dos acidentes ocorre dentro do ambiente domiciliar.
ETIOLOGIA
· Chama de fogo – incidências, fogueiras, fogos de artifícios; 
· Contato com água fervente ou outros líquidos quentes;
· Contato com objetos aquecidos;
· Correte elétrica – considerada como queimadura de 4° e apresenta grande índice de mortalidade;
· Queimadura química.
FISIOPATOLOGIA
A queimadura compromete a integridade funcional da pele, alterando:
· Homeostasia;
· Função hidroeletrolítica;
· Controle de temperatura interna;
· Flexibilidade;
· Lubrificação da superfície corporal do tecido.
No nosso corpo temos a epiderme que possui o tecido epitelial e a derme e hipoderme que possuem o tecido conjuntivo, entre eles existem anexos cutâneos que possuem glândulas produtoras de sebo e suor, essa geração equilibrada gera a termorregulação.Com a queimadura temos alterações da homeostasia e função hidroeletrolítica pois há comprometimento no meio intra e extracelular gerando uma grande perda de calor, a lubrificação superficial da pele também é alterada o que resultará na perda da flexibilidade por conta do tecido cicatricial. 
CLASSIFICAÇÕES
Primeiro Grau:
Compromete a epiderme, apresenta como sintomas eritema, calor, dor e não apresenta bolhas. Regride sem deixar cicatriz e pode ser considerada em leve ou pequeno queimado, menos de 15%.
Segundo Grau:
A epiderme e a derme são comprometidas e gera sequelas como alteração de cor (superficial) e cicatrização lenta de 2 – 4 semanas (profunda). Os sintomas associados são eritema, edema, dor, erosão ou ulceração. Há formação de bolhas produzindo uma rede de proteção que lubrifica e hidrata aquela região para que não haja infecção na cicatrização. Médias ou médio queimado, 15 a 25%.
Terceiro Grau:
Compromete epiderme, derme, hipoderme, camada vascular e pode chegar à camada óssea podendo gerar necrose e o indivíduo acabar sofrendo amputação. Causa lesão branca ou marrom, seca, dura ou inelástica. Lembrando que é indolor e não há regeneração espontânea, necessitando de enxertia. Grave ou grande queimado, mais de 25%.
OBS. Quanto maior a profundidade maior será as complicações e o tempo de reabilitação.
Os riscos gerais dos queimados nas primeiras horas dependem fundamentalmente da extensão da área queimada, sendo maior a repercussão sistêmica.
 
TIPOS DE ENXERTO
Utiliza-se o enxerto quando o paciente sofre uma queimadura de segundo grau profunda e de terceiro grau.
· Auto-enxerto – retirada do nosso próprio corpo e as áreas de doação são abdômen, glúteos e coxas;
· Aloenxerto ou homoenxerto – remoção da pele de cadáver;
· Xenoenxerto ou heteroenxerto – doação de pele de animais como pele de tilápia e intestino do porco para gerar a cicatrização do indivíduo. 
OBS. O Aloenxerto e Xenoenxerto são curativos biológicos, ou seja, não é uma pele definitiva, as células tronco da camada basal vão gerar a proliferação celular e em média de 2 a 4 semanas ela se desprenderá fisiologicamente. 
PRIMEIROS CUIDADOS
Redução da morbidade e da mortalidade dependem:
· Remoção da fonte de calor;
· Afastando a vítima da chama ou retirando o objeto quente;
· As vestes devem ser retiradas, desde que não aderidas à pele;
· Resfriamento da área queimada.
CIRÚRGIA PLÁSTICA E ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL
As cirurgias corporais mais realizadas no Brasil são:
· Abdominoplastia – corrigir excesso de pele e gordura no abdômen;
· Lipoaspiração – corrigir excesso de gordura localizada;
· Prótese mamaria – melhora a posição da mama das mulheres. 
Na região de face, as cirurgias mais realizadas são:
· Cirurgia de pálpebras; 
· Lifting facial;
· Rinoplastia;
 As cirurgias podem ser divididas em reparadora onde possui objetivo de corrigir a função, após um trauma ou disfunção genética que impactam na função daquele segmento; e a estética que consiste em melhorar a aparência corporal ou fácil de maneira geral.
COMPLICAÇÕES
· Edema – considerado mais como uma consequência de um procedimento cirúrgico;
· Seroma – é um líquido proteico na junção profunda encapsulado em uma bolsa no tecido conjuntivo, é um excesso de líquido na camada hipodérmica; a função do Fisioterapeuta é identificá-lo; o paciente estará em órtostase e devemos observar um aumento de volume localizado nas regiões das cicatrizes, na palpação, sentimos uma sensação de flutuação ou de líquido preso. Após o tratamento médico o Fisioterapeuta intervém com a compressão que faz com que o espaço morto não produza mais colágeno e gere uma fibrose. 
· Equimose – roxeado esverdeado que aparece na pele;
· Hematoma – mais superficial, resultado da ruptura dos vasos de grande calibre fazendo com que haja perda da vascularização e oxigenação tecidual;
· Fibrose – na fase proliferativa o resultado em produção em excesso da matriz extracelular de colágeno e elastina;
· Deiscência de sutura – afastamento das bordas em lesão, acontece em frequência em abdominoplastia e mamoplastia redutora.
CIRURGIAS FACIAIS
· Lifting facial – repuxar da pele, tracionar a pele em algumas regiões de face e pescoço;
· Minilifting;
· Blefaroplastia – correção de pálpebras;
· Mentoplastia – projeção do mento colocando uma prótese de silicone;
· Rinoplastia – correção do nariz.
Lifting facial ou Ritidoplastia:
Melhora sinais visíveis de envelhecimento no rosto e no pescoço, tais como:
· Flacidez no terço médio da face;
· Vincos profundos abaixo das pálpebras inferiores;
· Vincos profundos ao longo do nariz, que se estende ao canto da boca;
· Gordura que tenha baixado ou tenha sido deslocada.
Blefaroplastia:
Conhecida também como cirurgia das pálpebras, melhora a aparência das pálpebras superiores, inferiores ou de ambas.
· Apresenta aparência rejuvenescida na área ao redor dos olhos;
· O Fisioterapeuta intervém com fototerapia e drenagem linfática nos primeiros 3 dias pós-operatório; a partir do 4° dia utiliza a cinesioterapia com um cotonete e força o paciente a abrir os olhos, ganhando elasticidade e evitando ressecamento.
Mentoplastia:
· Tratamento fisioterapêutico também será realizado com drenagem linfática, mobilização e fototerapia para facilitar a cicatrização.
Rinoplastia:
· O tratamento utilizará recursos como drenagem linfática, fototerapia para cicatrização e manipulação dos lábios superiores utilizando a mimica facial para melhorar a expressão da paciente. 
 CIRURGIAS CORPORAIS
Grupo I – Lipoaspiração pura e simples:
· Realizada em pacientes jovens;
· Faixa etária até 40 anos;
· Pele elástica e com gordura localizada;
· Apresentando musculatura abdominal íntegra.
Grupo II – Dermolepectomia clássica:
· Indicada em pacientes com grande predominância de pele e massa gordurosa da parede abdominal;
· Paciente multíparas, acima dos 45 anos;
· Pacientes pós-bariátricas; 
· Não tem associação com a lipoaspiração. 
Grupo III – Lipoabdominoplastia: 
· Praticamente todos os pacientes candidatos à abdominoplastia clássica poderão ser submetidos à Lipoabdominoplastia;
· Com excesso daqueles que classificamos no Grupo I ou pacientes de cirurgias pós-bariátricas.
Grupo IV – Mini-lipoabdominoplastia:
· Indicado tanto em pacientes com ou sem diástase de retos abdominais (porção inferior) ou mesmo candidatos à lipoaspiração;
· Pacientes magros, jovens e de boa conformação estética; 
· Diminuição da bolsa ou dobra que fica localizada no abdômen. 
LIPOASPIRAÇÃO
· Não constitui método de emagrecimento;
· Tipos – seca e molhada. 
Atualmente a técnica molhada é mais utilizada. Com a técnica seca o risco de lesão, hemorragia e trombose são maiores por possuir muito risco a técnica foi mudada que previne o extravasamento do sangue através da solução intumescente gerando uma vasoconstrição para evitar esse sangramento em excesso. 
Zonas aspiradas normalmente: abdômen, flancos, culotes, região mamaria, face posterior de braço, interno de coxas e interno de joelhos.
Pacientes Indicados:
· Adultos, com seu peso ideal, que têm a pele firme e com bom tônus muscular;
· Indivíduos saudáveis que não têm doenças associadas;
· Não-fumantes;
· Indivíduos com atitude positiva e expectativa realista do resultado cirúrgico;
· Indivíduos determinados a seguir recomendações da cirurgia plástica. 
OBS. A utilização da cinta, meia compressiva e artefatos para aumento de compressão indica que quanto maior a compressão melhor será a absorção do edema e da diminuição do espaço morto que resultará a menor produção de tecido fibroso.
Riscos e complicações:
· Cicatrizes desfavoráveis;
· Riscos anestésicos;
· Má-cicatrização;
· Necrose da pele;
· Dormência ou demais alterações de sensibilidade da pele;
· Assimetria;
· Queimaduras causadas pelo ultrassom – técnica de lipoaspiração assistida por ultrassom;
· Trombose venosa profunda, complicações cardíacas e pulmonares.
ABdominoplastia/dermolipectomia
É uma cirurgia com incisão horizontal infra umbilical baixa ou supra, com transposição do umbigo. 
Indicação:
· Correçãodo abdômen após gestações;
· Excesso de pele após grande perda de peso;
· Abdômen em avental;
· Estrias associadas com flacidez de pele.
Complicações:
· Dor;
· Aderências;
· Deiscências de suturas;
· Limitações de ADM.
mamoplastia de aumento
· Aumenta o tamanho e projeção do seio;
· Melhorar o equilíbrio do corpo;
· Melhorar a autoestima.
A projeção da mama da mama pode ser de perfil alto (desenho bem marcado do colo e aumento do volume), perfil baixo (não mostra desenho do colo, só volume) e perfil médio (desenho discreto do colo e volume). Os modelos de próteses de silicone são:
Acesso cirúrgico:
· Infra mamário;
· Areolar;
· Axilar.
OBS. Quando a prótese é inserida abaixo do músculo peitoral a mama fica mais firme e a paciente a longo prazo não apresenta caimento da mama; já quando é colocada abaixo da glândula não tem sustentação e com o processo de envelhecimento a mama fica mais flácida e há caimento. 
mampoplastia redutora
A mama normal é um cone glandular, onde vasos e nervos direcionam-se da base para o ápice. A redução da mama vai remover o excesso de gordura, o tecido glandular e a pele para atingir um tamanho de mama proporcional com o seu corpo e aliviar o desconforto associado com seios muito grandes.
Seios excessivamente podem causar:
· Problemas emocionais e de saúde;
· Prejudica a capacidade de levar uma vida ativa;
· Podem causar desconforto e dor.
Técnicas cirúrgicas:
· Periareolar;
· T invertido.
A escolha da técnica é estabelecida pelo médico, conforme as alterações apresentadas.
Complicações:
· Hematomas;
· Infecções;
· Necrose;
· Deiscências de suturas;
· Edemas;
· Tensão muscular – Trapézio e ECOM;
· Processos dolorosos compensatórios; 
· Alterações posturais;
· Cicatriz hipertrófica e hipercrômica.
Pós-operatório:
· Sustentação;
· DLM – drenagem linfática manual;
· Repouso para MMSS;
· Eletroterapia.
Orientações:
· Proibido elevações e movimentação dos MMSS;
· Retorno de atividades, dirigir – 30 dias após a depender da liberação médica;
· Proibido deitar em DV ou DL – mínimo 30 dias.

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