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Psicopedagogia avaliação e diagnóstico

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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
MÓDULO: 
PSICOPEDAGOGIA: AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO. 
 
AUTORIA: 
Ma. DORALICE VEIGA ALVES 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2
Módulo de: Psicopedagogia: Avaliação e Diagnóstico. 
Autoria: Ma. Doralice Veiga Alves 
 
Primeira edição: 2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3
APRESENTAÇÃO 
A Psicopedagogia é uma disciplina que se ocupa com as dificuldades do processo de 
aprendizagem humana, colocando-se além dos limites da Psicologia e da própria Pedagogia. 
Este Módulo versa sobre a História da Psicopedagogia, bem como apresenta os conceitos, 
os campos de atuação e as áreas de estudo que referendam a prática Psicopedagógica. 
Ao longo das unidades, além de refletir sobre as origens teóricas da Psicopedagogia, será 
possível compreender a complexidade do processo de aprendizagem e as suas vinculações 
com as influências: emocionais, sociais, pedagógicas e orgânicas. 
Finalmente, o conteúdo do Módulo suscita questões éticas e conceituais que perpassam os 
temas: “avaliação e diagnóstico” e são cruciais para a Psicopedagogia, sobretudo, no que 
tange a formação do Psicopedagogo. 
É importante não esquecer que na Educação a Distância a aprendizagem acontece de 
maneira independente e autônoma. Portanto, tornar-se ativo no processo de aprendizagem e 
organizar o tempo para o estudo é fundamental.. 
Leia os textos com atenção. Procure o significado das palavras desconhecidas. Faça as 
tarefas sugeridas, pois, estas lhe darão mais informações para o entendimento do conteúdo 
das unidades. 
 
Feito isso, o resultado será o melhor possível 
Sucesso!. 
 
 
 
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4
OBJETIVO 
Capacitar profissionais para atuarem na área de Psicopedagogia, através de uma formação 
interdisciplinar, reflexão crítica e participação na produção e sistematização do Saber 
Psicopedagógico. 
 
EMENTA 
História, conceituação, campos de atuação e áreas de estudo. Conceitos e definições sobre 
aprendizagem. O processo de aprendizagem. Dificuldades de aprendizagem. Diagnóstico e 
Instrumentos. Relato de Experiência. Inteligências Múltiplas. Educação para a paz. 
 
SOBRE O AUTOR 
Doralice Veiga Alves: 
Mestra em Serviço Social, pela PUC/SP, 2000; 
Especialização em: 
 Didática do Ensino Superior, Universidade Bráz Cubas, 1995; 
Psicologia Clínica, Universidade Federal do Espírito Santo, 1981; 
Graduação em Serviço Social, Universidade Federal do Espírito Santo, 1981. 
 
 
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5
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 8 
Psicopedagogia: história e conceituação. ............................................................................. 8 
UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 12 
Psicopedagogia: campos de atuação e áreas de estudo .................................................... 12 
UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 18 
O que é aprendizagem ........................................................................................................ 18 
UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 21 
Definições de aprendizagem ............................................................................................... 21 
UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 28 
O processo de aprendizagem pós-piagetiano ..................................................................... 28 
UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 31 
As três concepções sobre o processo de aprendizagem .................................................... 31 
UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 34 
Dificuldades de aprendizagem I .......................................................................................... 34 
UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 38 
Dificuldades de aprendizagem II ......................................................................................... 38 
UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 41 
Diagnóstico: o que é?.......................................................................................................... 41 
UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 46 
Revisão das unidades anteriores ........................................................................................ 46 
UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 48 
Diagnóstico ......................................................................................................................... 48 
UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 52 
Diagnóstico ......................................................................................................................... 52 
UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 56 
Diagnóstico diferencial ........................................................................................................ 56 
UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 60 
Diagnóstico e avaliação: alguns instrumentos .................................................................... 60 
 
 
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6
UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 63 
Metodologia e instrumentos ................................................................................................ 63 
UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 66 
Testes projetivos ................................................................................................................. 66 
UNIDADE 17 .......................................................................................................................... 69 
Testes projetivos na Psicopedagogia .................................................................................. 69 
UNIDADE 18 .......................................................................................................................... 74 
Provas .................................................................................................................................74 
UNIDADE 19 .......................................................................................................................... 76 
Testes de Critérios (T.C.) .................................................................................................... 76 
UNIDADE 20 .......................................................................................................................... 78 
Testes de critério – Planejamento de ensino ...................................................................... 78 
UNIDADE 21 .......................................................................................................................... 82 
Testes de Critério – objetivos de ensino ............................................................................. 82 
UNIDADE 22 .......................................................................................................................... 85 
Testes de Critério - revisão ................................................................................................. 85 
UNIDADE 23 .......................................................................................................................... 88 
Portfólio ............................................................................................................................... 88 
UNIDADE 24 .......................................................................................................................... 91 
Relato de experiência ou prática ......................................................................................... 91 
UNIDADE 25 .......................................................................................................................... 95 
Relato de experiência ou prática ......................................................................................... 95 
UNIDADE 26 .......................................................................................................................... 98 
Relato da prática ou experiência ......................................................................................... 98 
UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 102 
Modelos de relato de experiência...................................................................................... 102 
UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 107 
Inteligências múltiplas ....................................................................................................... 107 
UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 110 
Educação para a paz ........................................................................................................ 110 
UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 117 
Avaliação do Módulo ......................................................................................................... 117 
 
 
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7
GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 120 
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 142 
 
 
 
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8
 
UNIDADE 1 
Objetivo: informar como surgiu e o que é Psicopedagogia. 
Esta unidade trabalhará com fragmentos da Dissertação de Mestrado “Construindo um 
espaço: ambiente computacional para aplicação no processo de avaliação psicopedagógica”. 
Sueli de Abreu, UFRJ/NCE, 2004. 
Psicopedagogia: história e conceituação. 
Como surgiu a Psicopedagogia 
A Psicopedagogia surgiu, no final do século XIX, com a característica de 
uma pedagogia curativa. Ou seja, despontou como possibilidade de se 
trabalhar crianças com lesões cerebrais e neurológicas, adquiridas ou 
congênitas. Dessa forma, emerge com o objetivo de recuperar aquelas 
crianças com dificuldades de aprendizagem, que não acompanhavam, 
em sala de aula, o ritmo dos demais colegas. Daí, sua natureza curativa. 
No Brasil, segundo Maria Irene Maluf, presidente da Associação Brasileira de 
Psicopedagogia - ABPp, a Psicopedagogia começou a ser ensinada em cursos esporádicos, 
ministrados por especialistas provenientes, inicialmente, da Argentina e do Uruguai. O 
primeiro curso oficial de Psicopedagogia foi oferecido pelo Instituto Sedes Sapientiae/SP, em 
1980. Após o término daquele curso, um grupo de pedagogas, liderado por Leda Barone e 
Edith Rubinstein, resolveu fundar uma Associação, que congregasse o grande número de 
profissionais, com formação em cursos livres de Psicopedagogia, em torno do estudo e da 
divulgação da profissão. 
Ainda hoje, o termo “Psicopedagogia” é desconhecido por grande parte da população 
brasileira. Os psicopedagogos, até então, são pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, enfim, 
profissionais com Pós-graduação em Psicopedagogia. A profissão de psicopedagogo, ainda 
 
 
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não foi regulamentada, a exemplo de outros países, em especial da França e de Portugal. 
Em 2005, o primeiro curso de graduação em Psicopedagogia, nível graduação, foi oferecido 
pela PUC/RS. Nesta época, existiam outros cursos em andamento: no Centro Universitário 
La Salle,(Canos, RS) e no Centro Universitário FIEO (Osasco, São Paulo). O primeiro 
mestrado acadêmico, com área de concentração em Psicopedagogia, foi recomendado, em 
2006, pela CAPES A regulamentação brasileira tem avançado a partir do Projeto de Lei nº 
128/2000 e da Lei nº 10.891. Entretanto, a regulamentação de qualquer nova profissão, a 
exemplo da Psicanálise, tem encontrado uma forte barreira constitucional, pois o Art. 5º da 
Constituição Brasileira prevê o "livre exercício profissional", então, entende-se que é 
desnecessário e oneroso para o Estado a regulamentação de profissões, exceto quando há 
risco eminente para a sociedade. 
Enfim, o que é Psicopedagogia? 
”A Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana – o 
problema de aprendizagem, colocando num território pouco 
explorado, situado além dos limites da Psicologia e da própria 
Pedagogia – e evolui devido à existência de recursos, para 
atender esta demanda, constituindo-se assim, numa prática. 
Como se preocupa com o problema de aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente do 
processo de aprendizagem. Portanto, vê-se que a Psicopedagogia estuda as características 
da aprendizagem humana: como se aprende; como esta aprendizagem varia evolutivamente 
e está condicionada por vários fatores; como se produzem as alterações na aprendizagem; 
como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Este objeto de estudo, que é um sujeito a ser 
estudado por outro sujeito, adquire características específicas a depender do trabalho clínico 
ou preventivo.” (Sueli de Abreu, 2004). 
Atualmente, o enfoque da Psicopedagogia prioriza o processo de aprendizagem em sua 
amplitude e complexidade. Representa uma área de conhecimento interdisciplinar, pois, 
utiliza o conhecimento de várias disciplinas para desenvolver um quadro de referências 
teóricas adequadas a sua demanda. Portanto, a Psicopedagogia é um estudo que se 
constrói, originalmente, a partir de dois saberes e de suas práticas, a Pedagogia e a 
 
 
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10
Psicologia. No entanto, o campo dessa mediação recebe, também, influências da Linguística,da Semiótica, da Sociologia, da Neuropsicologia, da Psicofisiologia, da Filosofia e da 
Medicina. 
A Psicopedagogia representa uma prática interdisciplinar. A 
interdisciplinaridade surgiu da necessidade de criar laços/diálogos entre as 
disciplinas, em meados do século XX. Pesquisadores, como Jean Piaget, 
Edgar Morin, Eric Jantsch dentre outros, começaram a romper com as 
fronteiras entre as disciplinas. E, sobretudo, com a visão clássica do 
mundo, onde o conhecimento era excessivamente compartimentalizado. A 
interdisciplinaridade lida com a transferência de métodos de uma disciplina para outra. É 
muito importante que você compreenda o conceito de interdisciplinaridade para transitar 
bem pelo Módulo de Psicopedagogia. Pesquise e leia mais sobre o tema. 
No final do século XIX, demonstrando um significativo avanço do pensamento, surge um 
embrião da Psicopedagogia: a Pedagogia curativa. Entende-se como avanço, pois, a 
proposta de se romper com a compartimentalização do conhecimento surgiu somente no 
século XX, após a emergência da Física Quântica. Os cientistas rompem à época com a 
Ciência clássica e com os paradigmas que davam sustentação a Física clássica. Portanto, a 
Psicopedagogia é uma disciplina interdisciplinar que vem com a proposta de unir 
conhecimentos de outras disciplinas para fortalecer a pesquisa e a prática sobre o processo 
da aprendizagem humana. É uma disciplina bastante complexa, pois, a Neurociência, a 
Linguística, a Filosofia, etc, são ciências que ainda estão em processo acelerado de 
descobertas e que precisam, cotidianamente, serem apropriadas pela Psicopedagogia. 
 
 
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Para entender melhor o conceito de Interdisciplinaridade acesse o site 
http://ensino.univates.br/~4iberoamericano/trabalhos/trabalho052.pdf e leia as definições 
e as reflexões acerca do tema 
Considerações sobre o desenvolvimento deste módulo: 
1) Este módulo foi elaborado para constituir-se material marcado pela: 
- Facilidade nas abordagens. Os textos, feitos por meio de pesquisas na 
internet, são apresentados de forma simples e direta. A ideia central foi a de 
favorecer técnicas para que você possa elaborar material de auxílio para o seu futuro 
trabalho. 
2) Várias opções de material teórico você poderá encontrar como sugestão de leitura e de 
estudo na Bibliografia. 
3) Na prova presencial sempre cairá perguntas similares ao que foi trabalhado nos exercícios 
on-line e atividades reflexivas existentes nos textos. Por isto, se você realizar todos os 
exercícios e as propostas para os estudos levantados o sucesso estará garantido. 
 
 
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UNIDADE 2 
Objetivo: tratar sobre os campos de atuação e as áreas de estudo da Psicopedagogia. 
Seja curioso, pesquise. Esclareça suas dúvidas. Faça as tarefas sugeridas, pois as mesmas 
facilitarão o entendimento do conteúdo da unidade. 
Esta unidade trabalhará com fragmentos da Dissertação de Mestrado “Construindo um 
espaço: ambiente computacional para aplicação no processo de avaliação psicopedagógica”. 
Sueli de Abreu, UFRJ/NCE, 2004 
Psicopedagogia: campos de atuação e áreas de estudo 
Os campos de atuação da Psicopedagogia 
Observe que a Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do 
processo de aprendizagem e se tornou uma área de estudo específica que busca 
conhecimento em outros campos e cria seu próprio objeto de estudo. Ocupa-se do processo 
de aprendizagem humana: seus padrões de desenvolvimento e a influência do meio nesse 
processo. 
A clínica psicopedagógica corresponde a um de seus 
campos de atuação, cujo objetivo é diagnosticar e tratar os 
sintomas emergentes no processo de aprendizagem. O 
diagnóstico psicopedagógico busca investigar e pesquisar 
para averiguar quais são os obstáculos que estão levando 
o sujeito à não aprender; aprender com lentidão e/ou com 
dificuldade; esclarecer uma queixa do próprio sujeito, da 
família ou da escola. 
A distinção entre o trabalho clínico e o preventivo é fundamental. O primeiro visa buscar os 
obstáculos e as causas para o problema de aprendizagem já instalado; e o segundo, estudar 
 
 
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as condições evolutivas da aprendizagem apontando caminhos para um aprender mais 
eficiente. 
Veja a definição sobre os dois campos de atuação da Psicopedagogia: 
O trabalho clínico dá-se na relação entre um sujeito com sua história pessoal e sua 
modalidade de aprendizagem, buscando compreender a mensagem de outro sujeito, 
implícita no não aprender. Nesse processo, onde investigador e objeto-sujeito de estudo 
interagem constantemente, a própria alteração torna-se alvo de estudo da 
Psicopedagogia. Isto significa que, nesta modalidade de trabalho, deve o profissional 
compreender o que o sujeito aprende - como o sujeito aprende e porque o sujeito 
aprende, além de perceber a dimensão da relação entre psicopedagogo e o sujeito, de 
forma, a favorecer a aprendizagem. 
 
No enfoque preventivo a instituição, enquanto espaço físico e psíquico da aprendizagem - é 
objeto de estudo da Psicopedagogia, uma vez que são avaliados os processos didático-
metodológicos e a dinâmica institucional que interferem no processo de aprendizagem. 
No exercício clínico, o psicopedagogo deve reconhecer seu processo de 
aprendizagem, seus limites, suas competências, principalmente a 
intrapessoal e a interpessoal, pois seu objeto de estudo é o outro sujeito, 
sendo essencial o conhecimento e possibilidade de diferenciação do que é 
pertinente de cada um. Essa inter-relação de sujeitos, em que um procura 
conhecer o outro naquilo que o impede de aprender, implica uma temática muito complexa. 
O psicopedagogo tem como função identificar a estrutura do sujeito, suas transformações no 
tempo, influências do seu meio nestas transformações e seu relacionamento com o 
aprender. Este saber exige do psicopedagogo o conhecimento do processo de aprendizagem 
 
 
 
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e todas as suas inter-relações com outros fatores que podem influenciá-lo, das influências 
emocionais, sociais, pedagógicas e orgânicas. Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia 
implica refletir sobre suas origens teóricas, compreendendo o movimento interdisciplinar. E, 
sobretudo, perceber e garantir a aplicação dos conhecimentos disciplinares num novo quadro 
teórico próprio, nascido de sementes em comum. 
Áreas de estudo da Psicopedagogia 
A Psicologia e a Pedagogia são as áreas “mães” da 
Psicopedagogia, mas não são suficientes para embasar 
todo o conhecimento necessário a essa Ciência. Desta 
forma, foi preciso recorrer a outras áreas, como a 
Filosofia, a Neurologia, a Sociologia, a Psicolinguística, a 
Psicanálise, etc, no sentido de alcançar uma 
compreensão multifacetada do processo de 
aprendizagem. 
O campo de atuação da Psicopedagogia é focado no estudo do processo de aprendizagem, 
diagnóstico e tratamento dos seus obstáculos, sendo o psicopedagogo responsável por 
detectar e tratar possíveis obstáculos no processo de aprendizagem; trabalhar o processo de 
aprendizagem em instituições de indivíduos ou grupos e realizar processos de orientação 
educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo. 
Psicopedagogia é a área de estudo dos processos e das dificuldades de aprendizagem 
de crianças, adolescentes e adultos. Além de trabalhar em escolas, esse profissional 
pode atuar em hospitais, auxiliando os pacientes a manter contato com as atividades 
normais de aprendizado. Pode trabalhar também em centroscomunitários ou em 
consultório, público ou particular, orientando estudantes e seus familiares. 
 
 
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15
 
Acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego, entre na Classificação Brasileira de 
Ocupações (CBO), e busque “Psicopedagogo”, abrirá um link com o código 2394.25. 
Clique, do lado esquerdo, em Tabela de Atividades, para descobrir quantas são as 
atribuições desse profissional. 
http://www.mtecbo.gov.br/busca/dacum.asp?codigo=2394 
 
As áreas de estudo se traduzem na observação de diferentes dimensões no processo de 
aprendizagem: orgânico, cognitivo, emocional, social e pedagógico. A interligação desses 
aspectos ajudará a construir uma visão da pluricausalidade deste fenômeno, possibilitando 
uma abordagem global do sujeito em suas múltiplas facetas. 
A dimensão emocional está ligada ao desenvolvimento afetivo e sua relação com a 
construção do conhecimento e a expressão deste através de uma produção gráfica ou 
escrita. A Psicanálise é a área que embasa esta dimensão, trata dos aspectos inconscientes 
envolvidos no ato de aprender, permitindo-nos levar em conta a face desejante do sujeito. 
Neste caso, o não aprender pode expressar uma dificuldade na relação da criança com seu 
grupo de amigos ou com a sua família, sendo o sintoma de algo que não vai bem nesta 
dinâmica. 
A dimensão social está relacionada à perspectiva da sociedade, onde estão inseridas a 
família, o grupo social e a instituição de ensino. A Psicologia Social é a área responsável por 
este aspecto. Encarrega-se da constituição dos sujeitos, que responde às relações 
familiares, grupais e institucionais, em condições socioculturais e econômicas específicas e 
que contextualizam toda a aprendizagem. Um exemplo de sintoma do não aprender 
relacionado a este aspecto pode acontecer pelo fato do sujeito estar vivendo realidades em 
dois grupos de ideologia e prática com muitas diferenças. 
 
 
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A dimensão cognitiva está relacionada ao desenvolvimento das estruturas cognoscitivas do 
sujeito aplicadas em diferentes situações. No domínio desta dimensão, deve-se incluir: a 
memória, a atenção, a percepção e outros fatores que usualmente são classificados como 
fatores intelectuais. A Epistemologia e a Psicologia Genética são as áreas de pano de fundo 
para este aspecto; encarregam-se de analisar e descrever o processo construtivo do 
conhecimento pelo sujeito em interação com os outros objetos. 
A dimensão pedagógica está relacionada ao conteúdo, metodologia, 
dinâmica de sala de aula, técnicas educacionais e avaliações as quais o 
sujeito é submetido no seu processo de aprendizagem sistemática. A 
Pedagogia contribui com as diversas abordagens do processo ensino 
aprendizagem, analisando-o do ponto de vista de quem ensina. 
A dimensão orgânica está relacionada à constituição biofisiológica do sujeito que aprende. A 
Medicina e, em especial, algumas áreas específicas contribuem para o embasamento deste 
aspecto. Os fundamentos da Neurolinguística possibilitam a compreensão dos mecanismos 
cerebrais que subjazem ao aprimoramento das atividades mentais. Sujeitos com alteração 
nos órgãos sensoriais terão o processo de aprendizagem diferente de outros, pois precisam 
desenvolver outros recursos para captar material para processar as informações. 
A Linguística é a área que atravessa todas as dimensões. Apresenta a compreensão da 
linguagem como um dos meios que caracteriza o tipicamente humano e cultural: a língua 
enquanto código disponível a todos os membros de uma sociedade e a fala como fenômeno 
subjetivo, evolutivo e historiado de acesso à estrutura simbólica. 
Nenhuma dessas áreas surgiu para responder especificamente a questões da aprendizagem 
humana. No entanto, fornecem meios para que se possa refletir cientificamente e operar no 
campo psicopedagógico. 
 
 
 
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17
 
Reflexão sobre as áreas de estudo que perpassam o conhecimento psicopedagógico. 
Faça uma lista com as áreas de estudo e a sua correspondência nas diversas 
dimensões. Exemplo: Dimensão emocional: Psicanálise. Dimensão social; Dimensão 
orgânica, etc. Isto vai ajudá-lo a fixar o conhecimento, bem como a refletir sobre a 
complexidade interdisciplinar desses saberes. 
 
 
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UNIDADE 3 
Objetivo: estudar a evolução do entendimento humano sobre aprendizagem, desde a 
antiguidade até a década de trinta. 
Leia o texto com atenção e tranquilidade. Lembre-se, você tem autonomia e independência 
para organizar o seu tempo e a sua aprendizagem. Seja responsável. Textos extraídos da 
wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem#Hist.C3.B3rico. 
O que é aprendizagem 
A Psicopedagogia tem seu campo de atuação focado no estudo do processo de 
aprendizagem, diagnóstico e tratamento dos seus obstáculos. Esta unidade fará um breve 
histórico sobre a evolução do conceito de aprendizagem, desde a antiguidade até os dias 
atuais. Pois, especialmente para o psicopedagogo, é essencial a compreensão sobre o que é 
aprendizagem, antes de se propor a diagnosticar e tratar as suas dificuldades. 
Conhecendo a história: 
O processo de aprendizagem traduz a maneira como os seres adquirem novos 
conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Trata-se de um 
processo complexo que, dificilmente, pode ser explicado apenas através de recortes do todo. 
Como veremos, mas é interessante pontuar, uma definição sobre aprendizagem será 
derivada de pressupostos politico-ideológicos, relacionados a determinada concepção/visão 
de homem, de sociedade e de saber. 
Desde a antiguidade, o processo de aprendizagem é estudado e 
sistematizado. No Egito, China e Índia a aprendizagem tinha como 
finalidade transmitir as tradições e os costumes. 
Os gregos e os romanos, conceituaram a aprendizagem como 
pedagogia da personalidade visava a formação individual e Pedagogia Humanista que 
 
 
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19
trabalhava os indivíduos numa linha onde o sistema de ensino era representativo da 
realidade social e a ênfase era para a aprendizagem universal. 
Durante a Idade Média, a aprendizagem e o ensino, passaram a ser 
determinados pela religião e seus dogmas. No século XVI, com o 
advento do Humanismo, as teorias de ensino e aprendizagem passam a 
ser estudadas separadamente, e com certa independência em relação 
ao clero. 
Entre o século XVII até o início do século XX, a teoria central sobre a aprendizagem, 
procurava demonstrar, cientificamente, que determinados processos universais regiam os 
princípios da aprendizagem. À época a concepção científica era mecanicista, ou seja, 
Descartes viu o mundo como uma máquina, comparando a Natureza a um relógio de cordas. 
O método proposto por ele era: pegar um relógio, desmontá-lo e reduzi-lo a um punhado de 
peças para entender o todo. 
Portanto, as pesquisas desenvolvidas sobre a aprendizagem eram sistematizadas de acordo 
com o método cartesiano/mecanicista. A Metodologia da Pesquisa visava enquadrar o 
comportamento de todos os organismos num sistema unificado de leis, à exemplo da 
sistematização efetuada pelos cientistas para a explicação dos demais fenômenos das 
Ciências naturais. 
Muitos acreditavam que a aprendizagem era uma questão ligada ao condicionamento. Nesta 
época a teoria behavorista teve grande ascensão. Uma experiência sobre o condicionamento 
foi realizada pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem aosom 
de campainhas. 
Nos anos 30, os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman pesquisaram 
sobre as leis que regem a aprendizagem. 
Guthrie acreditava que as respostas, ao invés da(s) percepção/percepções ou os estados 
mentais, poderiam formar os componentes da aprendizagem. 
 
 
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Hull afirmava que a força do hábito, além dos estímulos originados pelas recompensas, 
constituía um dos principais aspectos da aprendizagem, a qual se dava num processo 
gradual. 
Tolman ensinava que o principal objetivo, visado pelo sujeito, era a base comportamental 
para a aprendizagem. Percebia o ser humano no contexto social, e, por essa razão, afirmava 
ser necessária uma maior observação de seu estado emocional. 
Pare por aqui - a próxima unidade abordará, em sequência, a evolução histórica do conceito 
de aprendizagem, estudando algumas definições, a partir da década da trinta, sob a ótica de 
autores contemporâneos. 
 
Pesquise e reflita sobre os conceitos de ensino e aprendizagem. Lembre-se que na 
antiguidade não se fazia distinção entre esses termos. E hoje, são conceitos distintos 
que os definem? Ou não? 
 
 
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UNIDADE 4 
Objetivo: dar sequência ao estudo da evolução histórica sobre aprendizagem, apresentando 
algumas definições, sob a abordagem de autores contemporâneos. 
Esta unidade trabalhará fragmentos de textos extraídos da wikipedia. Disponível em 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem#Hist.C3.B3rico 
Definições de aprendizagem 
Algumas definições de aprendizagem 
Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo 
integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura 
mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através 
da alteração de conduta de um indivíduo, seja por 
condicionamento operante, experiência, ou ambos, de uma forma 
razoavelmente permanente. As informações podem ser 
absorvidas através de técnicas de ensino, ou até, pela simples 
aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do 
psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a intenção de 
aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar informações para a 
aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando à melhora da própria 
aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro. Outro conceito de aprendizagem é uma 
mudança relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos 
sistemática, ou não, adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada. Na 
verdade, a motivação tem um papel fundamental na aprendizagem. Ninguém aprende se não 
estiver motivado, se não desejar aprender. 
O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos 
externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que 
 
 
 
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podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que 
ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a 
aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta 
muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas. 
 
O processo de aprendizagem na abordagem de Vygotsky 
Lev Semionovitch Vygotsky (1896-1934) foi um psicólogo, 
descoberto nos meios acadêmicos ocidentais depois da sua 
morte, causada por tuberculose, aos 37 anos. Pensador 
importante, foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento 
intelectual das crianças ocorre em função das interações 
sociais (e condições de vida). Apesar da vida breve, foi 
autor de uma obra muito importante, junto com seus 
colaboradores Alexander Luria e Alexei Leontiev - eles 
foram responsáveis pela disseminação dos textos de 
Vygostky, muitos deles destruídos com a ascensão de 
Stálin ao Kremlin; devido à censura soviética seus trabalhos 
ganharam dimensão há pouco tempo, inclusive dentro da Rússia. No ocidente, seu livro 
Pensamento e Linguagem foi lançado apenas em 1962, nos Estados Unidos. 
O ponto de partida desta análise é a concepção vygotskyana de que o pensamento verbal 
não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo 
histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser encontradas nas 
formas naturais de pensamento e fala. Uma vez admitido o caráter histórico do pensamento 
verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico, que são 
válidas para qualquer fenômeno histórico na sociedade humana (Vygotsky, 1993 p.44) 
Sendo o pensamento sujeito às interferências históricas às quais está o indivíduo submetido, 
entende-se que, o processo de aquisição da ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da 
linguagem escrita são resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino-
 
 
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aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto. Vygotsky diz ainda 
que o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por desejos e 
necessidades, interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência 
afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é 
possível quando se entende sua base afetivo-volutiva (Vygotsky, 1991 p. 101). 
Desta forma não seria válido estudar as dificuldades de aprendizagem sem considerar os 
aspectos afetivos. Avaliar o estágio de desenvolvimento, ou realizar testes psicométricos não 
supre de respostas às questões levantadas. É necessário fazer uma análise do contexto 
emocional, das relações afetivas, do modo como a criança está situada historicamente no 
mundo. Na abordagem de Vygotsky, a linguagem tem um papel de construtor e de propulsor 
do pensamento, afirma que aprendizado não é desenvolvimento, o aprendizado 
adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários 
processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer 
(Vygotsky, 1991 p. 101). 
A linguagem seria então o motor do pensamento, contrariando assim a concepção 
desenvolvimentista que considera o desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem. 
Vygotsky defende que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos 
de aprendizagem, uma vez que o desenvolvimento progride de forma mais lenta, indo atrás 
do processo de aprendizagem. Isto ocorre de forma sequencial. 
Os livros citados no texto acima: 
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991 
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 1993 
 
 
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Assista ao vídeo LEV VYGOTSKY. Série Grandes Educadores. Apresentação: Marta 
Kohl de Oliveira. São Paulo: ATTA Mídia e Educação, 2001. (41 min) 
 
O processo de aprendizagem na abordagem de Piaget 
Jean Piaget ( 9/10/1896 a 16/09/1980) estudou inicialmente biologia, na 
Suíça, e, posteriormente, se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e 
Educação. Foi professor de Psicologia na Universidade de Genebra de 
1929 a 1954, conhecido principalmente por organizar o desenvolvimento 
cognitivo em uma série de estágios. Piaget revolucionou as concepções de 
inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas 
na observação e em entrevistas que realizou com crianças. Interessou-se, 
fundamentalmente, pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que 
conhece e o mundo quetenta conhecer. Considerou-se um epistemólogo 
genético porque investigou a natureza e a génese do conhecimento nos seus processos e estágios 
de desenvolvimento. 
 
O papel da equilibração 
Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de 
equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo 
autorregulador, necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o 
meio-ambiente. 
 
 
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Piaget postula que todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar 
elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. E, postula também, que 
todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que assimila, isto é, 
a se modificar em função de suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua 
continuidade (portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem 
seus poderes anteriores de assimilação. (Piaget,1975, p.14) 
Em outras palavras, Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica em afirmar a 
presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais 
estruturas em caso de acomodações bem-sucedidas. 
Esta equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse, desenvolveria apenas 
alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo sua capacidade de 
diferenciação; em contrapartida, se uma pessoa só acomodasse, desenvolveria uma grande 
quantidade de esquemas cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu esquema 
de generalização de tal forma que a maioria das coisas seria vistas sempre como diferentes, 
mesmo pertencendo à mesma classe. 
Essa noção de equilibração foi a base para o conceito, desenvolvido por Sara Paín, sobre as 
modalidades de aprendizagem, que se servem dos conceitos de assimilação e acomodação, 
na descrição de sua estrutura processual. Observe a teoria de Paín na próxima unidade. 
Se a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta, então, fazer uma acomodação, 
modificando um esquema ou criando um esquema novo. Quando isso é feito, ocorre à 
assimilação do estímulo, e, nesse momento, o equilíbrio é alcançado. Segundo a teoria da 
equilibração, a integração pode ser vista como uma tarefa de assimilação, enquanto que a 
diferenciação seria uma tarefa de acomodação, contudo, há conservação mútua do todo e 
das partes. 
 
 
 
 
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Assista ao vídeo: 
JEAN PIAGET. Série Grandes Educadores. Apresentação: Yves de La Taille. São 
Paulo: ATTA Mídia e Educação, 2001. 1 vídeo cassete (53 min.): NTSC / VHS : son., 
color. 
 
É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob seus 
aspectos mais intelectuais é indissociável do conjunto das relações afetivas, sociais e morais 
que constituem a vida da instituição educacional. 
À primeira vista, o desabrochamento da personalidade parece 
depender, sobretudo, dos fatores afetivos; na realidade, a 
educação forma um todo indissociável e não é possível formar 
personalidades autônomas no domínio moral se o indivíduo 
estiver submetido a uma coerção intelectual tal que o limite a 
aprender passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a 
verdade: se ele é passivo intelectualmente não será livre moralmente. Mas reciprocamente, 
se sua moral consiste exclusivamente numa submissão à vontade adulta e se as únicas 
relações sociais que constituem as relações de aprendizagem são as que ligam cada 
estudante individualmente a um professor que detém todos os poderes, ele não pode 
tampouco ser ativo intelectualmente. (Piaget, 1982) 
Piaget afirma que "adquirida a linguagem, a socialização do pensamento manifesta-se pela 
elaboração de conceitos e relações e pela constituição de regras. É justamente na medida, 
até, que o pensamento verbo-conceptual é transformado pela sua natureza coletiva que ele 
se torna capaz de comprovar e investigar a verdade, em contraste com os atos práticos dos 
 
 
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atos da inteligência sensório-motora e à sua busca de êxito ou satisfação" (Piaget, 1975 
p.115). 
Descubra mais sobre o autor, lendo os livros citados no texto acima: 
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro : Zahar, 1975. 
PIAGET, Jean e INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo : Difel, 1982. 
 
 
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UNIDADE 5 
Objetivo: entender o processo de aprendizagem pós-piagetiano. 
Mergulhe no texto com atenção e prazer. Como anda a concentração? Você tem conseguido 
disciplinar seus estudos? Esta unidade trabalhará fragmentos de textos extraídos da 
wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem# 
O_processo_de_aprendizagem_p.C3.B3s-piagetiano 
O processo de aprendizagem pós-piagetiano 
Sara Paín (1989) descreve as modalidades de aprendizagem sintomática, tomando por base 
o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e a acomodação, atuam no modo 
como o sujeito aprende, e, como isso, pode ser sintomatizado, tendo assim características de 
um excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado final. 
Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín parte desse 
pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a uma 
hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipoatuação da outra, gerando as 
modalidades de aprendizagem sintomática a seguir: 
 
Hiperassimilação 
Sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo qual, os 
elementos do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito, numa 
aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação desse 
movimento, de modo que o aprendiz não se resigna ao aprender. Há o 
predomínio dos aspectos subjetivos sobre os objetivos. Esta sintomatização vem 
acompanhada da hipoacomodação. 
 
 
 
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Hipoacomodação 
A acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A sintomatização da 
acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de 
internalizar os objetos. 
 
Hiperacomodação 
 
Acomodar-se é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma 
pobreza de contato com a subjetividade, levando à submissão e à obediência 
acrítica. Essa sintomatização está associada à hipoassimilação. 
 
Hipoassimilação 
Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta em pobreza no contato 
com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo. A 
aprendizagem normal pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão 
em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é predomínio de um 
movimento sobre o outro. 
Quando há o predomínio da assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da 
não resignação, o que leva o sujeito a interpretar os objetos de modo subjetivo, não 
internalizando as características próprias do objeto. 
Quando a acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos, 
antes, resigna-se sem criticidade. O sistema educativo pode produzir sujeitos muito 
acomodativos se a reprodução dos padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da 
autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma sintomatização na modalidade 
 
 
 
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hiperacomodativa/hipoassimilativapode não ser visto como tendo “problemas de 
aprendizagem”, pois, consegue reproduzir os modelos com precisão. 
 
Estudo dirigido 
Descreva os conceitos piagetianos de assimilação e acomodação: 
 Assimilação: 
 Acomodação: 
Conceitue as modalidades de aprendizagem propostas por Paín. 
 Hiperassimilação: 
 Hipoacomodação: 
 Hiperacomodação: 
 Hipoassimilação: 
 
 
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UNIDADE 6 
Objetivo: sintetizar as três concepções mais utilizadas sobre o processo de aprendizagem. 
Perceba as nuances entre as diversas concepções do processo de aprendizagem. Os textos 
utilizados são fragmentos da wikipedia. Disponível em 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem#O_processo_de_aprendizagem_em_outras_conce
p.C3.A7.C3.B5es 
As três concepções sobre o processo de aprendizagem 
Nas unidades anteriores foi feita uma abordagem mostrando as diferentes concepções da 
aprendizagem nos diversos períodos da história humana; um roteiro sobre o que é 
aprendizagem e algumas de suas definições. Agora, verifique a existência de três 
concepções distintas sobre o processo de aprendizagem, cada uma delas cunhada sob 
distintas teorias. Observe: 
 
Concepção da Análise do Comportamento 
De acordo com a concepção da Análise do Comportamento, o processo de aprendizagem 
acontece na relação entre o objeto de conhecimento e o aluno. O professor programa a 
forma como o objeto de conhecimento será organizado, respeitando as características 
individuais do aluno. O objetivo é que o aluno se interesse pelo processo de conhecimento e 
aja sobre o objeto de conhecimento. Apesar de alguns críticos erroneamente afirmam, para 
os analistas do comportamento, que o aluno deve assumir uma posição passiva durante o 
aprendizado. Pelo contrário, responder a questões, formular questões e relacionar diferentes 
conteúdos é fundamental. Para que a aprendizagem seja mais efetiva, o professor deve 
investigar o nível de conhecimento do aluno, identificando seus pontos fortes e fracos e 
adaptando os conteúdos de forma a facilitar o ensino. 
 
 
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Concepção Racionalista 
Na concepção racionalista, a aprendizagem é fruto da capacidade interna do aluno. Ele é, ou 
não, “inteligente” porque já nasceu com a capacidade, ou não, de aprender. Sua 
aprendizagem também estará relacionada à maturação biológica, só podendo aprender 
determinados conteúdos quando tiver a prontidão necessária para isso. O aluno já traz uma 
capacidade inata para aprender. Quando não aprende, é considerado incapaz, se aprende 
diz-se que tem um bom grau de quociente intelectual (Q.I.). Nesta concepção, o papel do 
professor é de organizador do conteúdo, levando em consideração a idade do indivíduo. 
 
Concepção Construtivista 
A concepção construtivista define a aprendizagem como um processo de troca mútua entre o 
meio e o indivíduo, tendo o outro como mediador. O aluno é um elemento ativo que age e 
constrói sua aprendizagem. Cabe ao professor instigar o sujeito, desafiando, mobilizando, 
questionando e utilizando os “erros” de forma construtiva, garantindo assim uma 
reelaboração das hipóteses levantadas, favorecendo a construção do conhecimento. Nesta 
concepção o aluno não é apenas alguém que aprende, mas sim o que vivencia os dois 
processos sendo ao mesmo tempo ensinante e aprendente. 
A Psicopedagogia defende que “para que haja aprendizagem, intervêm o nível cognitivo e o 
desejante, além do organismo e do corpo” (Fernández, 1991, p.74), por isso aproxima-se dos 
referenciais teóricos do construtivismo, pois foca a subjetivação, enfatizando o 
interacionismo; acredita no ato de aprender como uma interação, crença esta fundamentada 
nas ideias de Pichon Rivière e de Vygotsky; defende a importância da simbolização no 
processo de aprendizagem baseada nos estudos psicanalíticos, além da contribuição de 
Jung. 
É necessário que o psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das 
dificuldades de aprendizagem, indo além dos problemas biológicos, rompendo assim com a 
 
 
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visão simplista dos problemas de aprendizagem, procurando compreender mais 
profundamente como ocorre este processo de aprender, numa abordagem integrada na qual 
não se toma apenas um aspecto da pessoa, mas sua integralidade. 
Necessariamente, nas dificuldades de aprendizagem que apresenta um 
sujeito, está envolvido também o que ensina. Portanto, o problema de 
aprendizagem deve ser diagnosticado, prevenido e curado, a partir dos 
dois personagens e no vínculo. 
Assim, cabe ao psicopedagogo voltar seu olhar para esses sujeitos, o educador e o 
educando, como para os vínculos e a circulação do saber entre eles. Como afirma Paín, uma 
tarefa primordial no diagnóstico é resgatar o amor. Em geral, os terapeutas tendem a 
carregar nas tintas sobre o desamor, sobre o que falta, e poucas vezes se evidencia o que se 
tem e onde o amor é resgatável. Sem dúvida, isto é o que nos importa no caminho da cura 
(Paín, 1989, p.35). 
Observe, a partir das concepções acima, na escola em que tem proximidade, a 
concepção utilizada no processo de aprendizagem dos alunos. Faça uma observação 
com um roteiro previamente elaborado com as características de cada concepção. 
Faça uma análise sobre a justaposição de teorias. Perceba quando acontece a 
justaposição. Reflita e anote as características da educação oferecida. 
 
 
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UNIDADE 7 
Objetivo: compreender em que consistem as dificuldades de aprendizagem e, 
especificamente, entender o que é dislexia. 
Os textos utilizados são fragmentos extraídos de trechos do artigo intitulado DISLEXIA de 
Dany Kappes, Gelson Franzen, Glades Teixeira e Vanessa Guimarães. Disponível em 
http://www.Psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=888 
Dificuldades de aprendizagem I 
As dificuldades de aprendizagem são decorrentes de aspectos naturais ou secundários são 
passíveis de mudanças através de recursos de adequação ambiental. 
As dificuldades de aprendizagem decorrentes de aspectos secundários são advindas de 
alterações estruturais, mentais, emocionais ou neurológicas, que repercutem nos processos 
de aquisição, construção e desenvolvimento das funções cognitivas. 
Veja as dificuldades mais comuns: Dislexia, Disgrafia e Discalculia. 
 
Dislexia 
(do grego: dus = difícil, dificuldade; lexis = palavra) é um distúrbio ou transtorno de 
aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior 
incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que cerca de 
10 a 15% da população mundial é disléxica. 
“A definição mais utilizada, segundo a ABD é a de 1994 da International Dyslexia Association 
(IDA): “Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico de 
origem constitucional caracterizado por uma dificuldade na decodificação de palavras 
simples que, como regra, mostra uma insuficiência no processamento fonológico. Essas 
 
 
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dificuldades não são esperadas com relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas 
cognitivas; não são resultados de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. “A 
dislexia se manifesta por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem, 
frequentemente, incluindo, além das dificuldades com leitura, uma dificuldade de escrita e 
soletração.” 
Dentro do quadro de Dislexia deve-se estar atentos ao histórico familiar para parentes 
próximos queapresentem a mesma deficiência de linguagem. Também a aspectos pré, peri 
e pós-natal, se o parto foi difícil, se pode ter ocorrido algum problema de anoxia (asfixia 
relativa), prematuridade do feto (peso abaixo do normal), ou hipermaturidade (nascimento 
passou da data prevista para o parto). Se a criança adquiriu alguma doença infecto-
contagiosa, que tenha produzido convulsões ou perda de consciência; se ocorreu algum 
atraso na aquisição da linguagem ou perturbações na articulação da mesma, se houve um 
atraso para andar, e algum problema de dominância lateral (uso retardado da mão esquerda 
ou direita), entre outros. 
Dentro da etiologia da Dislexia sempre deverão ser considerados dois aspectos, que podem 
estar isolados ou relacionados, como também serem complementares: causas genéticas e 
causas adquiridas. A etiologia pode ser dividida em: genética, adquirida e multifatorial ou 
mista. 
 
Tipos de Dislexia 
A Dislexia pode ser classificada de várias formas. 
Alguns autores classificam a dislexia tendo como base testes diagnósticos, fonoaudiológicos, 
pedagógicos e psicológicos. 
Conforme Ianhez (2002), a dislexia pode ser classificada em: 
1 Dislexia disfonética: dificuldades de percepção auditiva na análise e síntese de fonemas, 
dificuldades temporais, e nas percepções da sucessão e da duração (troca de fonemas – 
 
 
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sons, grafemas – diferentes, dificuldades no reconhecimento e na leitura de palavras que 
não têm significado, alterações na ordem das letras e sílabas, omissões e acréscimos, maior 
dificuldade na escrita do que na leitura, substituições de palavras por sinônimos); 
2 Dislexia diseidética: dificuldade na percepção visual, na percepção gestáltica, na análise e 
síntese de fonemas (leitura silábica, sem conseguir a síntese das palavras, aglutinações e 
fragmentações de palavras, troca por equivalentes fonéticos, maior dificuldade para a leitura 
do que para a escrita); 
3 Dislexia visual: deficiência na percepção visual; na coordenação visomotora (não visualiza 
cognitivamente o fonema); 
4 Dislexia auditiva: deficiência na percepção auditiva, na memória auditiva. 
5 Dislexia mista: que seria a combinação de mais de um tipo de dislexia. 
Para Rotta (2006), é possível classificar a dislexia em três tipos: 
1 Dislexia fonológica (sublexical ou disfonética): caracterizada por uma dificuldade seletiva 
para operar a rota fonológica durante a leitura, apresentando, não obstante, um 
funcionamento aceitável da rota lexical; com frequência os problemas residem no conversor 
fonema-grafema e/ou no momento de juntar os sons parciais em uma palavra completa. 
Sendo assim, as dificuldades fundamentais residem na leitura de palavras não familiares, 
sílabas sem sentido ou pseudopalavras, mostrando melhor desempenho na leitura de 
palavras já familiarizadas. Subjacente a essa via, encontra-se dificuldades em tarefas de 
memória e consciência fonológica. Considerando o grande esforço que fazem para 
reconhecer as palavras, portanto, para manter uma informação na memória de trabalho, são 
obrigados a repetir os sons para não perdê-los definitivamente. Como consequência, toda 
essa concentração despendida no reconhecimento das palavras acarreta em dificuldades na 
compreensão do que foi lido. 
2. Dislexia lexical (de superfície): as dificuldades residem na operação da rota lexical 
(preservada ou relativamente preservada a rota fonológica), afetando fortemente a leitura de 
palavras irregulares. Nesses casos, os disléxicos lêem lentamente, vacilando e errando com 
 
 
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frequência, pois ficam escravos da rota fonológica, que é morosa em seu funcionamento. 
Diante disso, os erros habituais são silabações, repetições e retificações, e , quando 
pressionados a ler rapidamente, cometem substituições e lexicalizações; às vezes, situam 
incorretamente o acento prosódico das palavras. 
3. Dislexia Mista: nesse caso, os disléxicos apresentam problemas para operar tanto com a 
rota fonológica quanto com a lexical. São assim situações mais graves e exigem um esforço 
ainda maior para atenuar o comprometimento das vias de acesso ao léxico. 
Entre as consequências da dislexia encontramos a repetência e a 
evasão, pois se o problema não é detectado e acompanhado, a 
criança não aprende a ler e escrever. Acontece também o 
desestímulo, a solidão, a vergonha, e implicações em seu 
autoconceito e rebaixamento de sua autoestima, porque o aluno 
perde o interesse em aprender, achando-se incapaz e desprovido dos recursos intelectuais 
necessários para tal. 
Pode apresentar uma conduta inadequada com o grupo, gerando problemas de 
comportamento, como agressividade e até envolvimento com drogas. Como se pode 
constatar, as sequelas são as mais abrangentes, em todos os setores da vida. Começa com 
um distúrbio de leitura e escrita e acaba com problemas que podem durar a vida inteira, 
como depressão e/ou desvio de conduta.”. 
 
Curiosidade 
Alguns disléxicos famosos: Agatha Christie (escritora); Charles Darwin (cientista); Cher 
(cantora); Leonardo Da Vinci (artista e inventor); Napoleão Bonaparte (imperador da França); 
Pablo Picasso (artista plástico); Robin Williams (ator); Thomas A. Edison (inventor da 
lâmpada); Tom Cruise (ator); Vincent van Gogh (pintor); Winston Churchill (primeiro-ministro 
britânico); Walt Disney (fundador dos estúdios Disney); Whoopi Goldberg (atriz). 
 
 
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UNIDADE 8 
Objetivo: compreender a Disgrafia e a Discalculia, dificuldades comuns de aprendizagem. 
Leia com atenção e curiosidade. Desejo-lhe um bom estudo. A origem das informações é a 
wikipedia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Discalculia 
Dificuldades de aprendizagem II 
Disgrafia e a Discalculia 
A Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores. 
A escrita disgráfica pode ser observada através das seguintes manifestações: 
 Traços pouco precisos e incontrolados; 
 Falta de pressão com debilidade de traços; 
 Traços demasiado fortes que marcam o papel; 
 Grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho; 
 Escrita desorganizada que se pode referir não só a irregularidades e falta de ritmo dos 
signos gráficos, mas também a globalidade do conjunto escrito; 
 Realização incorreta de movimentos de base, especialmente ligados a problemas de 
orientação espacial. 
Discalculia é definida como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de 
uma pessoa para compreender e manipular números. A Discalculia pode ser causada por um 
déficit de percepção visual. 
 
 
 
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O termo Discalculia é usado frequentemente para caracterizar, especificamente, a inabilidade 
de executar operações matemáticas ou aritméticas. Mas é definido por alguns profissionais 
educacionais, como uma inabilidade fundamental, para entender o número como um 
conceito abstrato de quantidades comparativas. 
É uma inabilidade menos conhecida, bem como e potencialmente relacionada à Dislexia e a 
Dispraxia. A Discalculia ocorre em pessoas que têm frequentemente problemas específicos 
com Matemática, tempo, medida, etc. Discalculia não é rara. Muitas daquelas pessoas com 
Dislexia ou Dispraxia, podem apresentar, também, Discalculia. A Discalculia atinge crianças 
e adultos. 
A palavra discalculia vem de grego (dis, mal) e do Latin (calculare, contar) formando: 
contando mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de cálculo, que significa o seixo ou 
um doscontadores em um ábaco. 
Discalculia é um impedimento do entendimento da Matemática, junto com outras limitações, 
tais como a introspecção espacial, o tempo, a memória pobre, e os problemas da ortografia. 
A Discalculia pode ser detectada em uma idade nova e medidas podem ser tomadas para 
facilitar o enfrentamento dos problemas dos estudantes mais novos. O problema principal 
está compreendido na maneira em que a Matemática é ensinada às crianças. A Discalculia é 
o menos conhecido destes tipos de desordem de aprendizagem e assim não é reconhecido 
frequentemente. 
 
Sintomas potenciais da Discalculia: 
 Dificuldades frequentes com os números, confusão com os sinais: +/ - / ÷ / x; 
 Problemas de diferenciar entre esquerdo e direito; 
 Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste) e, pode também, indicar 
dificuldade com um compasso; 
 
 
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 A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior; 
 Dificuldade com tabelas de tempo, aritmética mental, etc.; 
 Melhor nos assuntos tais como a ciência e a geometria, que requerem a lógica mais 
que as fórmulas, até que chegue a um nível mais elevado que cálculos sejam necessários; 
 Dificuldade com tempo conceitual e com o julgar a passagem do tempo; 
 Dificuldade com tarefas diárias como verificar a mudança e ler relógios analógicos; 
 A inabilidade de compreender o planejamento financeiro (exemplo: estimar o custo 
dos artigos em uma cesta de compras); 
 Dificuldade mental para estimar a medida de um objeto ou de uma distância (por 
exemplo, se algo está afastado 10 ou 20 metros); 
 Inabilidade em apreender e recordar conceitos matemáticos, regras, fórmulas, e 
sequências matemáticas; 
 Dificuldade de manter a contagem durante jogos. 
Os exemplos de distúrbios de aprendizagem apresentados, nas duas unidades acima, são 
ilustrativos, e, não pretendem abarcar o universo de classificação, atualmente utilizado pela 
ciência. Existem autores que trabalham com outras classificações. Ainda, classificam 
Disgrafia ou Disortografia como a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da 
habilidade da linguagem escrita expressiva. 
O essencial para o profissional, não é rotular a criança, o jovem ou o adulto, mas, sim, 
diagnosticar suas dificuldades para posteriormente, planejar uma intervenção adequada para 
cada caso. 
 
 
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UNIDADE 9 
Objetivo: tratar sobre o que é diagnóstico. 
O texto utilizado foi extraído de trechos do artigo intitulado DISLEXIA de Dany Kappes, 
Gelson Franzen, Glades Teixeira e Vanessa Guimarães. Disponível em 
http://www.Psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=888 
Diagnóstico: o que é? 
Como já foi dito anteriormente, o campo de atuação da Psicopedagogia é direcionado ao 
estudo do processo de aprendizagem, diagnóstico e tratamento de seus entraves. O 
psicopedagogo é responsável por diagnosticar e tratar os transtornos no processo de 
aprendizagem. 
A Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana, ou seja, como se 
aprende - como a aprendizagem varia historicamente e está condicionada por inúmeros 
fatores, como reconhecer as alterações na aprendizagem, como tratá-las e preveni-las. 
O diagnóstico psicopedagógico busca investigar, pesquisar para averiguar 
quais são os obstáculos que estão levando o sujeito à situação de não 
aprender, aprender com lentidão e/ou com dificuldade; esclarece uma 
queixa do próprio sujeito, da família ou da escola. 
Alerta: 
No exercício clínico, o psicopedagogo deve sentir a complexidade de conhecer no outro 
aquilo que o impede de aprender. Os rótulos são desnecessários e, extremamente, 
limitadores da ação. 
Observe um texto sobre diagnóstico, em que o foco é a Dislexia. 
 
 
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Diagnóstico provém do (<grego original διαγηοστικόη, pelo latim diagnosticu =[dia="através 
de, durante, por meio de"]+ [gnosticu="alusivo ao conhecimento de"]). 
“Se nos atemos à origem etimológica e não ao uso comum (que pode significar rotular, 
definir, etiquetar), podemos falar de diagnóstico como “um olhar - conhecer através de”, 
relacionado com um processo, com um transcorrer, com um ir olhando através de alguém 
envolvido mesmo como observador, através da técnica utilizada e, nesta circunstância, 
através da família.” (FERNANDEZ, 1991). 
Para fazer um diagnóstico correto, deve-se verificar inicialmente, se na história familiar 
existem casos de Dislexia ou de dificuldades de aprendizagem e se na história do 
desenvolvimento da criança, ocorreu um atraso na aquisição da linguagem, pois as pessoas 
disléxicas pensam, primariamente, através de imagens e sentimentos, e não com sons e 
palavras, sendo bastante intuitivas. 
O primeiro passo é excluir as possibilidades de outros distúrbios. Pesquise se há problemas 
de origem neurológica, sensoriais, emocionais ou mesmo dificuldades de aprendizagem por 
falta de ensino adequado ou de um meio sociocultural satisfatório. 
Segundo orientação da ABD, o diagnóstico só pode ser feito após a alfabetização, entre a 
primeira e a segunda série. Pois a escola alfabetiza precocemente, e a criança não 
acompanha porque não tem maturidade neurológica suficiente. 
Como o diagnóstico é realizado por uma equipe multidisciplinar, a avaliação deverá 
identificar dificuldades e necessidades da criança, assim como suas potencialidades. 
A avaliação tem seu início com o psicólogo entrevistando os pais, e enviando um 
questionário para o professor. Após, o psicólogo realizará uma bateria de testes, onde 
avaliará o nível de inteligência e aplicará testes visomotores, neuropsicológicos e de 
personalidade. 
Seguindo a avaliação, o fonoaudiólogo e o psicopedagogo aplicarão testes de lateralidade 
(direita, esquerda, mista) e avaliação da aquisição das habilidades (organização espacial e 
temporal, discriminação e percepção visual e auditiva, memórias tátil e cinestésica, memória 
 
 
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imediata e de longo prazo, organização de figuras e praxias orofaciais), teste de leitura 
(segmentação de palavras – sons unitários e em sílabas, grupos consonantais, dígrafos, 
vocabulário adquirido, leitura oral e silenciosa, com compreensão e habilidade para a 
aquisição fonológica) e testes de linguagem escrita (ditado, cópia, escrita espontânea e 
material escolar). Também, são solicitados parecer neurológico e testes oftalmológicos e 
audiométrico. 
O diagnóstico final só acontece quando a equipe discute e direciona as suas necessidades, 
através da entrevista devolutiva, que é feita com os pais. 
Se o disléxico não for submetido a uma instrução especializada, pode permanecer analfabeto 
ou semi-alfabetizado. Geralmente os disléxicos ficam excluídos das profissões e vocações 
que exigem uma preparação acadêmica. 
A criança com dislexia precisa de acompanhamento para estudar. Condemarin (1986), diz 
que o objetivo principal do tratamento re-educativo é solucionar as dificuldades localizadas 
no diagnóstico, que impedem ou dificultam o desenvolvimento normal do processo da leitura. 
O tratamento inclui dinâmicas com exercícios auditivos, visuais e de memória. Há programas 
de computador desenvolvidos para isso. 
É importante definir um programa em etapas e somente passar para a seguinte após 
confirmar que a anterior foi devidamente absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. 
É o que se chama de sistema MULTISSENSORIAL e CUMULATIVO”. 
 
O papel dos pais 
“Os pais conhecem seus filhos melhor do que ninguém, poreste motivo, devem ser atentos 
as frustrações, tensões, ansiedades, baixo desempenho e desenvolvimento. É deles a 
responsabilidade de ajudar a criança a ter resultados melhores, e deve partir deles, a procura 
por profissionais para realizar um diagnóstico multidisciplinar acerca das dificuldades da 
criança, porque quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e intervenção melhor, maiores 
são as oportunidades de sucesso. 
 
 
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O encorajamento, a ajuda, a compreensão e a paciência (pois o 
disléxico leva mais tempo para realizar algumas tarefas, e poderá ter 
de repeti-las várias vezes para retê-las), fazem parte do papel dos 
pais, assim como, ir em busca de uma instituição educacional que 
atenda da melhor maneira às necessidades da criança (por exemplo, 
estudar o currículo da escola e seu método de ensino). E, ter uma 
relação de troca, fazendo um intercâmbio entre os acontecimentos em casa, na escola e com 
os profissionais envolvidos. . 
Apesar de suas dificuldades o disléxico apresenta muitas habilidades e talentos, como a 
facilidade para construir, ou consertar as coisas quebradas, ser um ótimo amigo, ter ideias 
criativas, achar soluções originais para os problemas, desenhar e/ou pintar muito bem, ter 
ótimo desempenho nos esportes e na música, demonstrar grande afinidade com a 
Matemática, revelar-se bom contador de histórias, sobressair-se como ator ou dançarino e 
lembrar-se de detalhes. 
Portanto, é importante que os pais focalizem sempre o que ele faz melhor, encorajando-o a 
fazê-lo. Faça elogios, por ele tentar fazer algo que considera difícil e não o deixando desistir. 
Ressalte sempre as respostas corretas e não as erradas, valorizando seus acertos. 
Tranquilize a criança, pois apesar das dificuldades de aprendizagem, ela é inteligente e 
esperta. E não deixe a criança sentir que o seu valor está relacionado ao seu desempenho 
escolar. 
É importante, a criança notar que as pessoas a sua volta estão auxiliando-a, isso a deixará 
mais segura. O acompanhamento e/ou programas especializados na alfabetização também 
auxiliam. Os pais precisam mostrar que estão interessados em sanar a sua dificuldade, pois 
quanto mais ajuda, zelo, carinho, afeto e compreensão mais ela se sentirá capaz para 
evoluir. 
Os pais podem auxiliar seu filho disléxico, programando o seu dia, através do horário do 
sono, incentivando a comunicação (falar e escutar são importantes), conversando bastante 
 
 
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com a criança, expressando sentimentos, demonstrando interesse, tendo vocabulário e fala 
fluente e estimulando suas habilidades. 
Para o disléxico organizar-se, é necessário dividir o tempo, para fazer 
as lições de casa, dividir trabalhos longos em partes menores, ter um 
lugar específico para fazer as lições e atividades, usar agenda, 
calendário visíveis e fazer planejamento diário para suas tarefas. 
O fundamental é identificar o problema e dar instrumentos para a 
criança, apesar da dificuldade, levar vida normal do ponto de vista 
acadêmico, familiar e afetivo. Há indivíduos que vão depender 
sempre de um corretor de texto. Mas, muitos escritores famosos fazem isso sem 
constrangimento. “Como eles, os disléxicos, também podem escrever livros belíssimos, 
desde que corretamente orientados e incentivados.” 
 
 
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UNIDADE 10 
Objetivo: exercitar os conteúdos das unidades anteriores. 
Responda as questões com afinco, pois, estas lhe darão entendimento quanto ao conteúdo 
estudado. E, também, serão importantes para o seu desempenho nas avaliações. 
É hora de verificar o entendimento dos conteúdos das nove unidades anteriores. Fazer 
exercícios. Responder questões pertinentes a cada unidade estudada. Bom estudo! 
Revisão das unidades anteriores 
Estudo dirigido 
 Quando surgiu a Psicopedagogia? Qual era a sua natureza à época? Justifique: 
 Qual é o objeto de estudo da Psicopedagogia? 
 A Psicopedagogia é uma prática interdisciplinar. Por quê? Justifique: 
 Quais são os campos de atuação da Psicopedagogia? Faça as distinções: 
 Cite algumas áreas que embasam o conhecimento da Psicopedagogia: 
 Diferentes áreas de estudo perpassam o conhecimento psicopedagógico e têm 
correspondência com determinada dimensão do processo de aprendizagem. Localize as 
disciplinas em cada uma das dimensões: orgânica, cognitiva, emocional, social e 
pedagógica. 
 Como os gregos e os romanos conceituavam a aprendizagem? 
 Qual era a teoria geral da aprendizagem entre os séculos XVII e início do século XX? 
 Com base na Unidade 04, elabore um conceito sobre aprendizagem. 
 
 
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 De acordo com o material estudado na Unidade 04, comente a afirmação: O ser 
humano nasce potencialmente inclinado a aprender. 
 O que Vygotsky afirma sobre o pensamento? Mergulhe na concepção vygostskyiana e 
responda a questão. 
 Comente a teoria da equilibração, de Piaget, conceituando a assimilação e a 
acomodação. 
 Como Sara Paín classifica as modalidades de aprendizagem? 
 Defina as três concepções sobre o processo de aprendizagem: 
 Em que consistem as dificuldades de aprendizagem? 
 Comente sobre a Dislexia: 
 Quais são os tipos existentes de Dislexia? 
 Comente sobre a Disgrafia e a Discalculia: 
 O que é diagnóstico? 
 Quais os recursos utilizados para se fazer um diagnóstico? 
Agora, acesse sua sala de aula, no site da ESAB, e faça a Atividade 1, no link 
“Atividades”. 
 
 
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UNIDADE 11 
Objetivo: As unidades 11, 12 e 13 terão por finalidade aprofundar questões relativas ao tema 
diagnóstico. 
Diagnóstico 
Questões éticas e conceituais perpassam os temas “avaliação e diagnóstico” e são cruciais 
para a Psicopedagogia, sobretudo, no que tange a formação do psicopedagogo.É necessário 
que este debate seja visto como permanente, dinâmico e pertinente, portanto, a proposta das 
três próximas unidades é estimular a reflexão acerca da essência do fazer psicopedagógico. 
Leia o texto com tranquilidade. Destaque as partes mais significativas. 
Para tanto, será trabalhado o artigo intitulado Uma caracterização sobre distúrbios de 
aprendizagem de Lourdes P.de Souza Manhani, Regina Célia T.Craveiro, Rita Cássia 
A.Rodrigues, Rose Inês Marchiori. Disponível em http://www.abpp.com.br/artigos/58.htm. 
Nas literaturas sobre aprendizagem, muito se tem discutido 
sobre distúrbios versos dificuldade de aprendizagem, ficando 
claro que não são sinônimos. Sem pretensão de esgotar o 
assunto, será apresentado uma revisão bibliográfica na visão 
de diversos autores sobre as terminologias adotadas. 
No Brasil, foi Lefèvre (1975) que introduziu o termo distúrbio de aprendizagem como sendo: 
“Síndrome que se refere à criança de inteligência próxima à média, média ou superior à 
média, com problemas de aprendizagem e/ou certos distúrbios do comportamento de grau 
leve a severo, associados a discretos desvios de funcionamento do Sistema Nervoso Central 
(SNC), que podem ser caracterizados por várias combinações de déficit na percepção, 
conceituação, linguagem, memória, atenção e na função motora”. 
 
 
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Após esta data, muito se tem discutido e abordado sobre o assunto, visto a importância no 
contexto da aprendizagem, surgindo diversos trabalhos e outras definições sobre o assunto. 
Conforme Fonseca, distúrbio de aprendizagem está relacionado a um grupo

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