Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 1 A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 2 A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 3 Para auxiliar a sua produção de texto, abaixo está uma lista com algumas palavras e significados: Alarido – confusão , algazarra , farra. Alcunha – apelido. Âmago – parte muito interior , cerne. Ardiloso – manhoso , esperto. Arroubo – entusiasmo , fervor , encanto. Balbúrdia – baderna , bagunça , confusão. Belicoso – que incita à guerra. Dilapidar – desperdiçar , estragar , destruir. Dândi – que procura se vestir com elegância. Fenecimento – fim , término. Fugaz – passageiro , que passa rápido. Fleumático – imperturbável Ígneo – próprio do fogo. Ignóbil – sem caráter , vergonhoso. ImplÍcito – escondido , não expresso , omisso. Insolente – desaforado , desagradável. Incólume – intacto. Inócuo – inofensivo. Justapor – colocar perto. Loquaz – falador. Pedante – nojento , exibido , audacioso. Perene – que dura muito , imortal. Permuta – troca , câmbio. Pernóstico – pretensioso , esnobe. Pérfido – cruel , traidor , desgraçado. Recôndito – escondido, encoberto, secreto, oculto Sumidade – personalidade importante , sábio. Suscitar – fazer surgir , encorajar , provocar. Tergiversar – desculpar-se. Taciturno – calado. Tênue – fraco , frágil. Veneta – ataque, acesso de loucura. Imprescindível – indispensável Imberbe – sem barba Indubitavelmente – sem dúvida Nefasta – pessoa que traz desgraça Pueril – infantil Misantropo – aquele que odeia as pessoas. Intrépido – destemido Trabalhando a coesão textual MODELO DE INTRODUÇÃO PARA PROBLEMAS SOCIAIS Veja o modelo de introdução usado para temas relativos a problemas sociais: Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX.(TEMA/PROBLEMA), (AMOSTRA DE OPINIÃO) reflete essa realidade. Essa introdução usa uma ideia do Bauman, um famoso pensador da atualidade, e sua modernidade líquida, que pode ser usada para balizar qualquer problema social do mundo de hoje. Após essa mostra de conhecimento de outras áreas, há o espaço para a tese, que deve, é claro, ser adaptada de acordo com cada tema. MODELO DE CONCLUSÃO PARA PROBLEMAS SOCIAIS Retomando a ideia inicial sobre vida líquida e elaborando uma proposta de intervenção, eis o modelo de conclusão: O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço (PROBLEMA), deve tornar-se efetivo, uma vez que (RETOMADA DA TESE). Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar (O PROBLEMA EM QUESTÃO), construindo uma sociedade mais fiel aos (IDEIAIS OU PRINCÍPIOS) da constituição. Perceba que nessa conclusão, apesar de ser um modelo, as partes que o redator deve completar são imprescindíveis A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 4 para deixar o parágrafo de acordo com o critério de avaliação número 5. MODELO DE INTRODUÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE OU PROBLEMAS AMBIENTAIS Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Logo, com o avanço do sistema capitalista, recai sobre o homem o compromisso de tornar o mundo mais sustentável. No século XXI, a preocupação com (TEMA/PROBLEMA), (AMOSTRA DE OPINIÃO), reflete essa realidade. Exatamente a mesma estratégia usada anteriormente, agora usando Sartre e adaptando a parte contextual. A tese sempre presente, é claro. MODELO DE CONCLUSÃO PARA SUSTENTABILIDADE OU PROBLEMAS AMBIENTAIS É preciso que os indivíduos assumam, portanto, sua responsabilidade diante do (PROBLEMA), uma vez que (RETOMADA DA TESE). Sendo assim, desde que haja a parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar os problemas ambientais, construindo um Brasil mais sustentável. MODELO DE INTRODUÇÃO PARA QUESTÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS Após a Guerra Fria, com o avanço do capitalismo, o processo de globalização intensificou-se, bem como seus efeitos. Diante disso, o contato entre diferentes povos ampliou o conceito de identidade nacional.(TEMA/PROBLEMA) reflete pontos (POSITIVOS E NEGATIVOS) dessa realidade. MODELO DE CONCLUSÃO PARA QUESTÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS Recai sobre o ser humano, portanto, o compromisso de administrar com mais consciência as mudanças proporcionadas pelo avanço do mundo globalizado, uma vez que (RETOMADA DA TESE). Sendo assim, desde que haja a parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar (PROBLEMA), construindo o progresso sem desconsiderar a ordem. BÔNUS: INTRODUÇÃO PARA TEMAS FILOSÓFICOS Nós não chegamos a desenvolver a conclusão para este eixo, que é um tanto raro no ENEM, mas você pode usar essa introdução se o tema tiver relação com questões filosóficas: Platão, filósofo grego, afirmou, através do Mito da Caverna, que o conhecimento na Terra são sombras, defendendo a importância da investigação filosófica na apreensão da realidade. No século XXI, alguns temas ainda reforçam essa ideia. A reflexão em torno do (TEMA), (AMOSTRA DE OPINIÃO), encaixa-se em tal cenário. Veja como a Fabi usou esse modelo para escrever uma redação sobre O Poder do Silêncio: Platão, filósofo grego, afirmou, através do Mito da Caverna, que o conhecimento na Terra são sombras, defendendo a importância da investigação filosófica na apreensão da realidade. No século XXI, alguns temas ainda reforçam essa ideia. A reflexão em torno do poder do silêncio, cuja polêmica está em quando a ausência do discurso é a melhor opção, encaixa-se em tal cenár FRASES PARA PENSAR E AGIR NA REDAÇÃO DO ENEM-2017 “Não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo.” (Paul Pilzer) “As melhores e as mais lindas coisas do mundo não se pode ver nem tocar. Elas devem ser sentidas com o coração.” (Charles Chaplin) “Nada substitui o conhecimento profundo.” (Edwards W. Deming) “Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações.” (Van Gogh) “Algumas pessoas amam o poder, outras, tem o poder de AMAR.” (Bob Marley) “É a qualidade dos “sim” e dos “não” que você diz hoje que definirá como será a sua vida amanhã.” (Roberto Shinyashiki) “A felicidade não entra em portas trancadas.” (Chico Xavier) “Ser normal é a meta dos fracassados.” (Carl Jung) “Um homem era tão pobre, mas tão pobre, que só tinha dinheiro.” (Chico Xavier) Quando você julga os outros, não os define, define a si mesmo.” (Wayne W. Dyer) ”O tempo é limitado, não o desperdice.” (Steve Jobs) “Ninguém quer morrer. Nem mesmo as pessoas que querem ir para o Céu querem morrer para chegar lá.” (Steve Jobs) “Seu tempo é limitado, então não gaste o vivendo a vida de outra pessoa.” (Steve Jobs) “Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim.” (Steve Jobs) “Todas as coisas são difíceis antes de se tornarem fáceis.” (John Norley) “Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.” (Mario Quintana) “Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” (Albert Einstein) “Eles dizem que o sol brilha para todos, mas para algumas pessoas no mundo ele nunca brilha.” (Bob Marley) “A mudança maissignificante na vida de uma pessoa é uma mudança de atitude. Atitudes corretas produzem ações corretas.” (William J. Johnson) “Quem nunca errou é porque não está tentando fazer nada de diferente.” (Vicente Falconi) “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.” (Albert Einstein) “Costuma-se dizer, demos tempo ao tempo, mas aquilo que sempre nos esquecemos de perguntar é se haverá tempo para dar.” (Saramago) “As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.” (Chico Buarque) “O amor não morre de morte natural. Morre de sede, porque nos esquecemos da fonte.” (Paulo Coelho) http://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/gestaoeresultados/wp-content/uploads/2012/12/Ashampoo_Snap_2012.12.09_11h17m56s_004_.jpg A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 5 “Seu poder está naquilo que você faz, e naquilo que você se recusa a fazer.” (O Aleph) “O vigor físico é bom, o vigor intelectual melhor ainda. Mas acima de todos está o vigor do caráter.” (Roosevelt) “O preconceito é o analfabetismo da alma.” (Vinicius Kairalla) “Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.” (Friedrich Nietzsche) “Algo só é impossível até que alguém duvide e prove o contrário.” (Albert Einstein) “No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.” (Albert Einsten) “Muitas pessoas devem a grandeza de suas vidas aos problemas e obstáculos que tiveram de vencer.” (Spurgeon) “Não tenho medo das palavras dos violentos, e sim do silêncio dos honestos.” (Martin Luther King) “Do que adianta você ter essa alma colada aos ossos dessa carne errada? Sem o risco a vida não vale a pena.” (Goethe) “Faça sendo, aprenda fazendo.” (Buda) “Ao bem, o bem: ao mal, a justiça.” (Confúcio) “A fortuna é como um vestuário que, muito folgado nos embaraça, e muito apertado nos oprime.” (Horácio) “A forma de governo mais adequada ao artista é a ausência de governo. Autoridade sobre ele e a sua arte é algo de ridículo.” (Oscar Wilde) “A existência precede a essência.” (Jean-Paul Sartre) “A coragem é a primeira das virtudes do homem, porque é a virtude que garante as demais.” (Winston Churchill) FRASES PARA PENSAR E AGIR NA REDAÇÃO DO ENEM-2017– PARTE II 1. Educação: “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” (Paulo Freire – Educador, pedagogo e filósofo brasileiro) Paulo Freire “A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.” (Rubem Alves) “Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.” (Rubem Alves) “As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.” (Rubem Alves) 2. Política: “A política é a arte do possível.” (Bismark – Chanceler Alemão) Otto von Bismarck 3. Sociedade: “A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.” (Jean Jacques Rousseau – Filósofo Suíço) Jean Jacques Rousseau 4. Globalização: “A globalização encurtou as distâncias métricas, aumentando muito mais as distâncias afetivas.” (Jaak Bosmans – Escritor e representante da FALASP – Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo) 5. Economia Global: “O Governo do Estado moderno é apenas um comitê para gerir os negócios comuns de toda a burguesia.” (Karl Marx – Filósofo alemão) 6. Desigualdade Social: “O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.” (Darcy Ribeiro – Antropólogo, escritor e político brasileiro) Darcy Ribeiro http://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/gestaoeresultados/wp-content/uploads/2012/12/Ashampoo_Snap_2012.12.09_13h18m55s_010_.jpg A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 6 7. Juventude: “O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu caráter.” (Sócrates – Filósofo) Sócrates 8. Meio ambiente: “Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente.” (Paul Watson – Cofundador e diretor da fundação Greenpeace.) Paul Watson 9. Preconceito: “Todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância, e qualquer atividade cultural contra preconceitos é válida. ” (Paulo Autran – Ator) Paulo Autran 10. Relações humanas: “De tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas, com suas mudanças, sua extraordinária irracionalidade. ” (Virginia Woolf – Escritora) Virginia Woolf 11. Tecnologia: “Tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa Humanidade” (Albert Einstein – Físico) Albert Einstein OS 20 FILÓSOFOS ESSENCIAIS PARA A REDAÇÃO DO ENEM 1. Os filósofos pré-socráticos: os primeiros filósofos e cientistas (séc. VI a.C.). Preocupam-se mais com a questão da origem e da constituição da natureza (a questão da physis) do que com as questões éticas, políticas e epistemológicas. 2. Os sofistas: os primeiros professores profissionais de argumentação e retórica. São os primeiros “humanistas”. Defendem que “o homem é a medida de todas as coisas” (Protágoras) e que a verdade é relativa à força dos argumentos (Górgias). 3. Sócrates: o primeiro filósofo de fato. Faz oposição aos sofistas, por eles cobrarem pelos ensinamentos e não visarem à compreensão da verdade. Para Sócrates, o conhecimento mais importante é a consciência da própria ignorância. 4. Platão: aluno de Sócrates. Desenvolve a Teoria das Ideias. É contrário à democracia, vista como um regime no qual os mais ignorantes governam. Defende o governo dos mais sábios. 5. Aristóteles: aluno de Platão. Critica a Teoria das Ideias. Afirma ser necessário utilizar os sentidos para conhecer. Para ele, a virtude está na justa medida. A felicidade é o fim a que visam todas as ações humanas. 6. Filosofia medieval: o processo de conciliação entre o pensamento filosófico grego e helênico e a religião cristã. Dois grandes períodos: a Patrística (do séc. IV ao VI; o principal representante é Agostinho) e a Escolástica (do séc. XI ao XV; o principal representante é Tomás de Aquino). 7. Thomas More: também conhecido como Thomas Morus, escreve, no séc. XVI, Utopia, descrição literária e filosófica de uma sociedade ideal, sem dinheiro nem violência contra as pessoas. 8. Maquiavel: escreve, também no séc. XVI, O Príncipe, no qual tenta apresentar as leis de funcionamento da política não a partir de uma idealização, mas a partir da história grega, romana e italiana. 9. René Descartes: no séc. XVII, o racionalista Descartes procura fundamentar todo o conhecimento não pela tradição nem pela experiência sensorial, mas pela razão. 10. Francis Bacon: propõe que a ciência funcionava por método indutivo: a repetição das observações e experimentos permitiria a inferência das leis de http://pt.wikipedia.org/wiki/Greenpeace https://oficinadefilosofia.com/2014/11/05/os-20-filosofos-essenciais-do-enem/ https://oficinadefilosofia.com/2014/11/05/os-20-filosofos-essenciais-do-enem/ A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 7 funcionamento da natureza. O erro do conhecimento é atribuído a ídolos: os ídolos da tribo, da caverna, do fórum e do teatro. 11. Thomas Hobbes: no séc. XVII, escreve Leviatã, onde defende que o Estado absolutista é necessário para evitar a guerra de todos contra todos. É um contratualista. É também empirista, afirmando que todo o conhecimento humano deriva das impressões sensoriais. 12. John Locke: concorda com o empirismo de Hobbes, mas discorda da defesa do Estado absolutista. Locke é um contratualistae jusnaturalista (acredita que existam leis naturais) que defende que o Estado deve manter e proteger todos os direitos dos cidadãos (direito à vida, à liberdade e à propriedade privada), exceto o direito de fazer justiça pelas próprias mãos. 13. Jean-Jacques Rousseau: no séc. XVIII, Rousseau afirma que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, especialmente por meio da propriedade privada. Essa é a base da tese do bom selvagem. Rousseau é um contratualista. 14. David Hume: o empirista David Hume, no séc. XVIII, aponta o problema da indução. Afirma que todo o conhecimento indutivo, incluindo a ciência, é inseguro, pois é baseado no mero hábito, e não na estrutura da natureza. Não é possível obter um conhecimento geral a partir de um conjunto limitado de dados. 15. Immanuel Kant: no século XVIII, defende que tanto o racionalismo quanto o empirismo têm razão parcialmente. Defende que é preciso conceber o conhecimento como uma síntese entre a coisa-em-si externa e uma estrutura prévia de conhecimento. A ideia de que o conhecimento revela mais sobre nós mesmos do que sobre a coisa conhecida é chamada por ele de revolução copernicana na filosofia. No campo da ética, criou o imperativo categórico, que diz que antes de agir o sujeito deve generalizar hipoteticamente sua ação para toda a humanidade – se o resultado de sua ação generalizada for benéfico para todos, ela deve ser praticada; se for maléfico, não deve. 16. Hegel: transforma o conceito de “dialética”: para Hegel, a dialética não tem dois pólos, mas três – tese, antítese e síntese, que se constitui como nova tese. 17. Bentham, Mill e o Utilitarismo: afirmam que devemos sempre agir sempre visando ao maior bem para a maior quantidade de pessoas. 18. Karl Marx: no século XIX, cria o materialismo dialético. Para compreender a sociedade, é preciso compreender sua infra-estrutura (o processo de produção). A superestrutura (valores, ideias, religião, cultura, educação et cetera) é mera consequência necessária da infraestrutura. 19. Jean-Paul Sartre: para Sartre (séc. XX), todo homem vive na liberdade absoluta. “O homem é condenado a ser livre”: não pode escapar do fato de que todas as suas ações são de sua inteira e exclusiva responsabilidade. O homem é livre mesmo que decida seguir ordens – pois o ato de seguir ordens não é necessário, e sim uma escolha livre de não ser livre, escolha que o homem pode mudar a qualquer momento. Sartre é um existencialista: para ele, a existência é anterior à essência, que é constituída livremente por cada homem. 20. Michel Foucault: no pensamento de Foucault (séc. XX), o poder não existe como algo de que alguém possa ter a “posse”; o poder não é localizado espacialmente, mas está distribuído em todas as relações sociais. Poder não se detém: se exerce. A forma do exercício do poder pode ser violenta ou sutil. A LITERATURA NA REDAÇÃO DO ENEM 1. “Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval.” (Vinicius de Moraes) 2. “A única pessoa livre é aquela que não tem medo do ridículo.” (Luis Fernando Veríssimo) 3. “Acreditar em nossa própria mentira é o primeiro passo para o estabelecimento de uma nova verdade.” (Carlos Drummond de Andrade) 4. “A primeira glória é a reparação do erro.” (Machado de Assis) 5. “Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga.” (Denis Diderot) 6. “Viver é negócio muito perigoso.” (João Guimarães Rosa) 7. “A democracia é um erro estatístico, porque na democracia decide a maioria e a maioria é formada de imbecis.” (Jorge Luis Borges) 8. “Todas as famílias felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” (Liev Tolstói) 9. “Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio.” (Umberto Eco) 10. “A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano.” (Victor Hugo) 11. “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.” (Voltaire) 12. “A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.” (William Shakespeare) 13. “Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.” (Nelson Rodrigues) 14. “Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo.” (Drummond) 15. “O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo.” (Clarice Lispector) 16. “Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.” (Drummond) 17. “Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.” (Drummond) 18. “A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.” (Machado de Assis) 19. “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” (Machado de Assis) 20. “A raiva e a intolerância são as inimigas gêmeas da compreensão correta.” (Gandhi) 21. “Dizes contentar-te com pouco; é essa, na realidade, a suprema sabedoria mas eu fui sempre a grande revoltada e a grande ambiciosa que só quer a felicidade quando ela seja como um turbilhão que dê a vertigem e que deslumbre!” (Florbela Espanca) 22. “A República não precisa de fazer-se terrível, mas de ser amável; não deve perseguir, mas conciliar; não carece de vingar-se, mas de esquecer; não tem que se coser na pele das antigas reações, mas que alargar e consolidar a liberdade.” (Rui Barbosa) 23. “O amor verdadeiro tem destas coisas: não se explica, não se controla, não se racionaliza, simplesmente toma conta. É uma droga, um vício, uma viagem entre o céu e o inferno, ida e volta, sem parar.” (Martha Medeiros) 24. “A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram.” (Shakespeare) 25. “As palavras estão cheias de falsidade ou de arte; o olhar é a linguagem do coração.” (Shakespeare) A MPB NA REDAÇÃO DO ENEM 1. Tocando em frente Renato Teixeira/Almir Sater “Cada um de nós compõe a sua própria história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz...” 2. Se todos fossem iguais a você Tom Jobim/Vinícius de Moraes “Se todos fossem iguais a você que maravilha viver...” http://pensador.uol.com.br/autor/nelson_rodrigues/ A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 8 3. A flor e o espinho Nelson Cavaquinho/Guilherme de Brito/Alcides Caminha “Tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor...” 4. Canção da América Milton Nascimento/Fernando Brant “Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito...” 5. Samba da bênção Baden Powell/Vinicius de Moraes “É melhor ser alegre que ser triste alegria é a melhor coisa que existe...” 6. Podres Poderes Caetano Veloso “Enquanto os homens exercem seus podres poderes morrer e matar de fome, de raiva e de sede são tantas vezes gestos naturais...” 7. A noite do meu bem Dolores Duran “Hoje eu quero o amor, o amor mais profundo eu quero toda a beleza do mundo para enfeitar a noite do meu bem...” 8. Tocando em frente Renato Teixeira/Almir Sater “Ando devagar porque já tive pressa levo esse sorriso porque já chorei demais...” 9. As rosas não falam Cartola “Queixo-me às rosas, mas que bobagem as rosas não falam simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti, ai...” 10. O tempo não para Cazuza/Arnaldo Brandão “Eu vejo o futuro repetir o passado eu vejo um museu de grandes novidades o tempo não para...” 11. Quando o amor acontece João Bosco/Abel Silva “O amor quando acontece a gente esquece logo que sofreu um dia...” 12. Caçador de mim Luiz Carlos Sá/Sérgio Magrão “...longe se vai sonhando demais...” 13. Jura Secreta Sueli Costa/Abel Silva “Só uma palavra me devora aquela que meu coração não diz só o que me cega, o que me faz infeliz é o brilho do olhar que não sofri...” 14. Começaria tudo outra vez Gonzaguinha “Começaria tudo outra vez Se preciso fosse, meu amor...” 15. Confesso Ana Carolina/Totonho Villeroy “...perdero vazio é empobrecer...” CHICO BUARQUE 1. “A felicidade Morava tão vizinha Que, de tolo Até pensei que fosse minha.” 2. “Que saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar...” 3. “As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.” 4. “Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu...” 5. “O que será ser só Quando outro dia amanhecer? Será recomeçar? Será ser livre sem querer?” 6. “Quem me vê sempre parado, distante Garante que eu não sei sambar Tou me guardando pra quando o carnaval chegar...” 7. “Menino quando morre vira anjo; Mulher vira uma flor no céu; Malandro quando morre vira samba.” 8. “Para sempre é sempre por um triz.” 9. “Não se afobe, não Que nada é pra já O amor não tem pressa Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário Na posta-restante Milênios, milênios No ar” 10. “E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz, você era a princesa que eu fiz coroar e era tão linda de se admirar...” 11. “A dor da gente não sai no jornal.” 12. “Mesmo com o todavia Com todo dia Com todo ia Todo não ia A gente vai levando” DEZ MÚSICAS DE PROTESTO O golpe militar de 1964 instaurou no Brasil uma forte censura, praticada através dos Atos Institucionais (AI’s) criados para aumentar a repressão do Estado sobre a população ou qualquer manifestação que fosse contrária ao governo imposto no país. Não demorou para a música – enquanto manifestação artístico-cultural de forte teor político – estar entre os principais alvos da censura. http://www.historiadigital.org/historia-do-brasil/brasil-republica/ditadura-militar/ http://www.historiadigital.org/historia-do-brasil/brasil-republica/ditadura-militar/6-atos-institucionais-do-regime-militar/ A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 9 1- Alegria, alegria A música Alegria, Alegria foi lançada em 1967, por Caetano Veloso. Valorizava a ironia, a rebeldia e o anarquismo a partir de fragmentos do dia-a-dia. Em cada verso, revelações da opressão ao cidadão em todas as esferas sociais. A letra critica o abuso do poder e da violência, as más condições do contexto educacional e cultural estabelecido pelos militares, aos quais interessava formar brasileiros alienados. Trecho: O sol se reparte em crimes/Espaçonaves, guerrilhas/Em cardinales bonitas/Eu vou… 2- Caminhando Caminhando (Pra não dizer que falei das flores) é uma música de Geraldo Vandré, lançada em 1968. Vandré foi um dos primeiros artistas a ser perseguido e censurado pelo governo militar. A música foi a sensação do Festival de Música Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para os cidadãos que lutavam pela abertura política. Através dela, Vandré chamava o público à revolta contra o regime ditatorial e ainda fazia fortes provocações ao exército. Trecho: Há soldados armados / Amados ou não / Quase todos perdidos / De armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam / Uma antiga lição: De morrer pela pátria / E viver sem razão 3- Cálice A música Cálice, lançada por Chico Buarque em 1973, faz alusão a oração de Jesus Cristo dirigida a Deus no Jardim do Getsêmane: “Pai, afasta de mim este cálice”. Para quem lutava pela democracia, o silêncio também era uma forma de morte. Para os ditadores, a morte era uma forma de silêncio. Daí nasceu a ideia de Chico Buarque: explorar a sonoridade e o duplo sentido das palavras “cálice” e “cale- se” para criticar o regime instaurado. Trecho: De muito gorda a porca já não anda (Cálice!) / De muito usada a faca já não corta / Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!) / Essa palavra presa na garganta 4- O bêbado e o equilibrista O bêbado e o equilibrista, foi composto por Aldir Blanc e João Bosco e gravado por Elis Regina, em 1979. Representava o pedido da população pela anistia ampla, geral e irrestrita, um movimento consolidado no final da década de 70. A letra fala sobre o choro de Marias e Clarisses, em alusão às esposas do operário Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir Herzog, assassinados sob tortura pelo exército. Trecho: Que sonha com a volta / Do irmão do Henfil / Com tanta gente que partiu / Num rabo de foguete / Chora! A nossa Pátria Mãe gentil / Choram Marias e Clarisses / No solo do Brasil… 5- Mosca na sopa Mosca na sopa é uma música de Raul Seixas, lançada em 1973. Apesar das controvérsias acerca do sentido da música, a letra faz uma referência clara à ditadura militar. Através de uma metáfora, o povo é a “mosca” e, a ditadura militar, “a sopa”. Desta forma, o povo é apresentado como aquele que incomoda, que não pode ser eliminado, pois sempre vão existir aqueles que se levantam contra regimes opressores. Trecho: E não adianta / Vir me detetizar / Pois nem o DDT / Pode assim me exterminar / Porque você mata uma / E vem outra em meu lugar… 6-É proibido proibir É proibido proibir é uma música de Caetano Veloso, lançada em 1968. Esta canção era uma manifestação das grandes mudanças culturais que estavam ocorrendo no mundo na década de 1960. Na apresentação realizada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, a música de Caetano foi recebida com furiosa vaia pelo público que lotava o auditório. Indignado, Caetano fez um longo e inflamado discurso que quase não se podia ouvir, tamanho era o barulho dentro do teatro. Trecho: Me dê um beijo meu amor / Eles estão nos esperando / Os automóveis ardem em chamas / Derrubar as prateleiras / As estantes, as estátuas / As vidraças, louças / Livros, sim… 7-Apesar de você Depois de Geraldo Vandré, Chico Buarque se tornou o artista mais odiado pelo governo militar, tendo dezenas de músicas censuradas. Apesar de você foi lançada em 1970, durante o governo do general Médici. A letra faz uma clara referência a este ditador. Para driblar a censura, ele afirmou que a música contava a história de uma briga de casal, cuja esposa era muito autoritária. A desculpa funcionou e o disco foi gravado, mas os oficiais do exército logo perceberam a real intenção e a canção foi proibida de tocar nas rádios. Trecho: Quando chegar o momento / Esse meu sofrimento / Vou cobrar com juros. Juro! / Todo esse amor reprimido / Esse grito contido / Esse samba no escuro 8- Acender as velas A música Acender as velas, lançada em 1965, é considerada uma das maiores composições do sambista Zé Keti. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964. A letra deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela. Faz uma crítica social as péssimas condições de vida nos morros do Rio de Janeiro, na década de 1960. Trecho: Acender as velas / Já é profissão / Quando não tem samba / Tem desilusão / É mais um coração / Que deixa de bater / Um anjo vai pro céu 9- Que as crianças cantem livres Que as crianças cantem livres é uma composição de Taiguara, lançada em 1973. No mesmo ano, o cantor se exilou em Londres, tendo sido um dos artistas mais perseguidos durante a ditadura militar. Taiguara teve 68 canções censuradas, durante o período de maior endurecimento do regime, no fim da década de 1960 até meados da década de 1970. Trecho: E que as crianças cantem livres sobre os muros / E ensinem sonho ao que não pode amar sem dor / E que o passado abra os presentes pro futuro / Que não dormiu e preparou o amanhecer… 10- Jorge Maravilha Jorge Maravilha, lançada em 1974, é mais uma música de Chico Buarque, agora sob o pseudônimo de Julinho de Adelaide, criado para driblar a censura. Os versos “você não gosta de mim, mas sua filha gosta” parecia uma relação conflituosa entre sogro, genro e filha. Mas, na verdade, fazia alusão à família do general Geisel. Geisel odiava Chico Buarque. No entanto, a filha do militar manifestava interesse pelo trabalho do compositor. Trecho: E como já dizia Jorge Maravilha / Prenhede razão / Mais vale uma filha na mão / Do que dois pais voando / Você não gosta de mim, mas sua filha gosta A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 10 OBRAS LITERÁRIAS NA REDAÇÃO DO ENEM Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Machado de Assis Uma desconstrução do Brasil, por meio da ironia, que escancara a hipocrisia da nossa elite dirigente no século 19. Machado de Assis dá voz a um narrador defunto que, longe da vida social, pode zombar do caráter das pessoas com quem conviveu. O romance também é importante por se valer de novas técnicas narrativas, fazendo-se a obra mais inovadora daquele século. O Ateneu (1888), Raul Pompeia É o precursor da autoficção, um romance carregadamente autobiográfico, centrado nas desilusões do menino Sérgio em um colégio que era tido como o melhor o país. Ele descobre a falsidade e os comportamentos sórdidos de um mundo onde não há lugar para o amor e a amizade. Escrito com um cuidado de poeta parnasiano, este é o romance brasileiro em que a linguagem literária chegou ao seu ápice. Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909), Lima Barreto É a obra que faz a passagem da língua mais formal, de matriz lusitana, para a linguagem quente das ruas, que representa os seres marginais em um Rio de Janeiro que sonha com a modernidade. Aqui, Lima Barreto acompanha o drama de um mulato inteligente, que é violentamente discriminado por sua cor, o que o autor promove é uma naturalização da linguagem para dar espessura humana a atores sociais que nunca haviam sido protagonistas na literatura brasileira. Macunaíma (1928), Mário de Andrade O mais divertido retrato do Brasil como um país que vive contemporaneamente em todas as idades do continente, no período pré-cabralino, no Brasil dos viajantes estrangeiros, na Colônia, no Império e na modernidade. O grande feito do livro é transformar as características do homem nacional tidas como defeitos em elementos positivos de nossa identidade malandra, ao mesmo tempo em que elege a pilhagem nos documentos como uma forma de invenção selvagem. Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos Um romance montado com cenas avulsas, a partir de quadros, em que Graciliano Ramos acompanha a rotina desesperadora de nordestinos que vivem de fazenda em fazenda, isolados do mundo. Fabiano e Sinhá Vitória têm que tomar uma decisão crucial, eternizar este ciclo de exploração ou tentar dar aos filhos o estudo que eles nunca tiveram. Mais do que um romance sobre a seca e o nordeste, é uma narrativa sobre o poder da linguagem. A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 11 Fogo Morto (1943), José Lins do Rego É a obra máxima do Ciclo da Cana de Açúcar, construída com recursos narrativos modernos, longe da memorialística de outros livros do autor. Em “Fogo Morto” ele transforma em mito e em fantasmagoria o fim de um período colonial da história do Brasil, mostrando a falência do modelo social dos engenhos, do qual ele se sente órfão. Aqui, a matéria nordestina ganha uma estrutura narrativa de planos que se sobrepõem, condensando todo um tempo. Grande Sertão: Veredas (1956), Guimarães Rosa Verdadeira enciclopédia do Sertão, este romance avança barrocamente para todos os lados, mostrando um narrador sertanejo que usa filosoficamente a linguagem, modificando-a para tentar dar vazão aos seus questionamentos interiores. Riobaldo narra para nos e para se convencer de sua inocência em relação a três episódios centrais: o pacto que ele teria feito com o diabo, o fato de amar em Diadorim (a guerreira travestida de jagunço) a mulher e não o homem e as mortes que ele comete na jagunçagem. A Paixão Segundo GH (1964), Clarice Lispector É o livro mais importante de Clarice Lispector, marcado por uma estrutura solta, que não tem começo nem fim — inicia e termina com reticências. O que o leitor acompanha é parte dos intermináveis questionamentos de uma narradora atormentada pela necessidade de se conhecer, ampliando metaforicamente o eu e o agora até os primórdios da vida no planeta. O Coronel e o Lobisomem (1964), José Cândido de Carvalho Ambientado no litoral carioca, este romance coloca em cena um narrador mentiroso, que gosta de contar vantagem, mas que revela, em cada episódio, a sua ingenuidade de roceiro. O coronel que acreditava em lobisomem é completamente enganado por figuras urbanas, cifrando o fim deste mundo mítico, que não tem mais continuidade no presente. Aqui, a linguagem sertaneja ganha um colorido deslumbrante para cifrar o descompasso deste mundo. A Pedra do Reino (1971), Ariano Suassuna Obra monumental, de incorporação da cultura popular, que se apresenta programaticamente inconclusa, na qual o narrador, preso por seu envolvimento com um episódio trágico do sertão (a degola de animais e pessoas para instaurar o Império da Pedra do Reino) constrói o romance como uma peça de defesa, tentando nos convencer de sua inocência. Farsa e fanatismo dão a tônica ao romance. POEMAS E POESIA NO ENEM 1 — A Terra Desolada (T. S. Eliot) Abril é o mais cruel dos meses, germina Lilases da terra morta, mistura Memória e desejo, aviva Agônicas raízes com a chuva da primavera. O inverno nos agasalhava, envolvendo A terra em neve deslembrada, nutrindo Com secos tubérculos o que ainda restava de vida. O verão; nos surpreendeu, caindo do Starnbergersee Com um aguaceiro. Paramos junto aos pórticos E ao sol caminhamos pelas aleias de Hofgarten, Tomamos café, e por uma hora conversamos. Big gar keine Russin, stamm’ aus Litauen, echt deutsch. Quando éramos crianças, na casa do arquiduque, A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 12 Meu primo, ele convidou-me a passear de trenó. E eu tive medo. Disse-me ele, Maria, Maria, agarra-te firme. E encosta abaixo deslizamos. Nas montanhas, lá, onde livre te sentes. Leio muito à noite, e viajo para o sul durante o inverno. Que raízes são essas que se arraigam, que ramos se esgalham Nessa imundície pedregosa? Filho do homem, Não podes dizer, ou sequer estimas, porque apenas conheces Um feixe de imagens fraturadas, batidas pelo sol, E as árvores mortas já não mais te abrigam, nem te consola o canto dos grilos, E nenhum rumor de água a latejar na pedra seca. Apenas Uma sombra medra sob esta rocha escarlate. (Chega-te à sombra desta rocha escarlate), E vou mostrar-te algo distinto De tua sombra a caminhar atrás de ti quando amanhece Ou de tua sombra vespertina ao teu encontro se elevando; Vou revelar-te o que é o medo num punhado de pó. (Trecho de Terra Desolada, de T. S. Eliot. Tradução de Ivan Junqueira) 2 — Tabacaria (Fernando Pessoa) Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo. que ninguém sabe quem é ( E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida. Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu. Estou hoje dividido entre a lealdade que devo À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, E à sensação de que tudo é sonho,como coisa real por dentro. Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. A aprendizagem que me deram, Desci dela pela janela das traseiras da casa. (Trecho de Tabacaria, de Fernando Pessoa) 3 — A Máquina do Mundo (Carlos Drummond de Andrade) E como eu palmilhasse vagamente uma estrada de Minas, pedregosa, e no fecho da tarde um sino rouco se misturasse ao som de meus sapatos que era pausado e seco; e aves pairassem no céu de chumbo, e suas formas pretas lentamente se fossem diluindo na escuridão maior, vinda dos montes e de meu próprio ser desenganado, a máquina do mundo se entreabriu para quem de a romper já se esquivava e só de o ter pensado se carpia. Abriu-se majestosa e circunspecta, sem emitir um som que fosse impuro nem um clarão maior que o tolerável pelas pupilas gastas na inspeção contínua e dolorosa do deserto, e pela mente exausta de mentar toda uma realidade que transcende a própria imagem sua debuxada no rosto do mistério, nos abismos. Abriu-se em calma pura, e convidando quantos sentidos e intuições restavam a quem de os ter usado os já perdera e nem desejaria recobrá-los, se em vão e para sempre repetimos os mesmos sem roteiro tristes périplos, convidando-os a todos, em coorte, a se aplicarem sobre o pasto inédito da natureza mítica das coisas. (Trecho de A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade) 4 — Os Homens Ocos (T. S. Eliot) Nós somos os homens ocos Os homens empalhados Uns nos outros amparados O elmo cheio de nada. Ai de nós! Nossas vozes dessecadas, Quando juntos sussurramos, São quietas e inexpressas Como o vento na relva seca Ou pés de ratos sobre cacos Em nossa adega evaporada Fôrma sem forma, sombra sem cor Força paralisada, gesto sem vigor; Aqueles que atravessaram De olhos retos, para o outro reino da morte Nos recordam — se o fazem — não como violentas Almas danadas, mas apenas Como os homens ocos Os homens empalhados. II Os olhos que temo encontrar em sonhos No reino de sonho da morte Estes não aparecem: Lá, os olhos são como a lâmina Do sol nos ossos de uma coluna Lá, uma árvore brande os ramos E as vozes estão no frêmito Do vento que está cantando Mais distantes e solenes Que uma estrela agonizante. Que eu demais não me aproxime Do reino de sonho da morte Que eu possa trajar ainda Esses tácitos disfarces Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas E comportar-me num campo Como o vento se comporta Nem mais um passo — Não este encontro derradeiro No reino crepuscular (Trecho de Os Homens Ocos, de T.S. Eliot. Tradução de Ivan Junqueira) 5 — Velejando para Bizâncio (William Buttler Yeats) Aquela não é terra para velhos. Gente jovem, de braços dados, pássaros nas ramas — gerações de mortais — cantando alegremente, salmão no salto, atum no mar, brilho de escamas, peixe, ave ou carne glorificam ao sol quente tudo o que nasce e morre, sêmen ou semente. Ao som da música sensual, o mundo esquece as obras do intelecto que nunca envelhece. A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 13 Um homem velho é apenas uma ninharia, trapos numa bengala à espera do final, a menos que a alma aplauda, cante e ainda ria sobre os farrapos do seu hábito mortal; nem há escola de canto, ali, que não estude monumentos de sua própria magnitude. Por isso eu vim, vencendo as ondas e a distância, em busca da cidade santa de Bizâncio. Ó sábios, junto a Deus, sob o fogo sagrado, como se num mosaico de ouro a resplender, vinde do fogo santo, em giro espiralado, e vos tornai mestres-cantores do meu ser . Rompei meu coração, que a febre faz doente e, acorrentado a um mísero animal morrente, já não sabe o que é; arrancai-me da idade para o lavor sem fim da longa eternidade. Livre da natureza não hei de assumir conformação de coisa alguma natural, mas a que o ourives grego soube urdir de ouro forjado e esmalte de ouro em tramas, para acordar do ócio o sono imperial; ou cantarei aos nobres de Bizâncio e às damas, pousado em ramo de ouro, como um pássaro, o que passou e passará e sempre passa. (Trecho de Velejando para Bizâncio, de William Buttler Yeats. Tradução de Augusto de Campos) 6 — À Espera dos Bárbaros (Konstantinos Kaváfis) O que esperamos na ágora reunidos? É que os bárbaros chegam hoje. Por que tanta apatia no senado? Os senadores não legislam mais? É que os bárbaros chegam hoje. Que leis hão de fazer os senadores? Os bárbaros que chegam as farão. Por que o imperador se ergueu tão cedo e de coroa solene se assentou em seu trono, à porta magna da cidade? É que os bárbaros chegam hoje. O nosso imperador conta saudar o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe um pergaminho no qual estão escritos muitos nomes e títulos. Por que hoje os dois cônsules e os pretores usam togas de púrpura, bordadas, e pulseiras com grandes ametistas e anéis com tais brilhantes e esmeraldas? Por que hoje empunham bastões tão preciosos de ouro e prata finamente cravejados? É que os bárbaros chegam hoje, tais coisas os deslumbram. Por que não vêm os dignos oradores derramar o seu verbo como sempre? (Trecho de À Espera dos Bárbaros, de Konstantinos Kaváfis. Tradução de José Paulo Paes) 7 — O Cemitério Marinho (Paul Valéry) Esse teto tranquilo, onde andam pombas, Palpita entre pinheiros, entre túmulos. O meio-dia justo nele incende O mar, o mar recomeçando sempre. Oh, recompensa, após um pensamento, Um longo olhar sobre a calma dos deuses! Que lavor puro de brilhos consome Tanto diamante de indistinta espuma E quanta paz parece conceber-se! Quando repousa sobre o abismo um sol, Límpidas obras de uma eterna causa Fulge o Tempo e o Sonho é sabedoria. Tesouro estável, templo de Minerva, Massa de calma e nítida reserva, Água franzida, olho que em ti escondes Tanto de sono sob um véu de chama, — Ó meu silêncio!… Um edifício na alma, Cume dourado de mil, telhas, teto! Templo do Templo, que um suspiro exprime, Subo a este ponto puro e me acostumo, Todo envolto por meu olhar marinho. E como aos deuses dádiva suprema, O resplendor solar sereno esparze Na altitude um desprezo soberano. Como em prazer o fruto se desfaz, Como em delícia muda sua ausência Na boca onde perece sua forma, Aqui aspiro meu futuro fumo, Quando o céu canta à alma consumida A mudança das margens em rumor. (Trecho de O Cemitério Marinho, de Paul Valéry. Tradução de Darcy Damasceno) 8 — Hugh Selwyn Mauberly (Ezra Pound) Vai, livro natimudo, E diz a ela Que um dia me cantou essa canção de Lawes: Houvesse em nós Mais canção, menos temas, Então se acabariam minhas penas, Meus defeitos sanados em poemas Para fazê-la eterna em minha voz Diz a ela que espalha Tais tesouros no ar, Sem querer nada mais além de dar Vida ao momento, Que eu lhes ordenaria: vivam, Quais rosas, no âmbar mágico, a compor, Rubribordadas de ouro, só Uma substância e cor Desafiando o tempo. Diz a ela que vai Com a canção nos lábios Mas não canta a canção e ignora Quem a fez, que talvez uma outra boca Tão bela quanto a dela Em novas eras há de ter aos pés Os que a adoram agora, Quando os nossos dois pós Com o de Waller se deponham, mudos, No olvido que refina a todos nós, Até que a mutação apague tudo Salvo a Beleza, a sós. (Trecho de Hugh Selwyn Mauberly, de Ezra Pound. Tradução de A. de Campos) 9 — Poema em Linha Reta (Fernando Pessoa) Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido maisridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida… A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 14 Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. (Trecho de Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa) 10 — Poema Sujo (Ferreira Gullar) turvo turvo a turva mão do sopro contra o muro escuro menos menos menos que escuro menos que mole e duro menos que fosso e muro: menos que furo escuro mais que escuro: claro como água? como pluma? claro mais que claro claro: coisa alguma e tudo (ou quase) um bicho que o universo fabrica e vem sonhando desde as entranhas azul era o gato azul era o galo azul o cavalo azul (...) (não como a tua boca de palavras) como uma entrada para eu não sabia tu não sabias fazer girar a vida com seu montão de estrelas e oceano entrando-nos em ti bela bela mais que bela mas como era o nome dela? Não era Helena nem Vera nem Nara nem Gabriela nem Tereza nem Maria Seu nome seu nome era… Perdeu-se na carne fria perdeu na confusão de tanta noite e tanto dia (Trecho de Poema Sujo, de Ferreira Gullar) O ENEM EM FILMES 1 — O Segredo dos Seus Olhos (Juan José Campanella, 2010) “Benjamin Esposito (Ricardo Darín) se aposentou recentemente do cargo de oficial de justiça de um tribunal penal. Com bastante tempo livre, ele agora se dedica a escrever um livro. Benjamin usa sua experiência para contar uma história trágica, a qual foi testemunha em 1974. Na época o Departamento de Justiça onde trabalhava foi designado para investigar o estupro e consequente assassinato de uma bela jovem. É desta forma que Benjamin conhece Ricardo Morales (Pablo Rago), marido da falecida, a quem promete ajudar a encontrar o culpado. Para tanto ele conta com a ajuda de Pablo Sandoval (Guillermo Francella), seu grande amigo, e com Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil), sua chefe imediata, por quem nutre uma paixão secreta.” 2 — Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2010) “Segunda Guerra Mundial. A França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz), o que faz com que fuja para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e dona de um cinema local, enquanto planeja um meio de se vingar.” A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 15 3 — Intocáveis (Eric Toledano e Olivier Nakache (2012) “Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabelece, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.” 4 — Meia Noite em Paris (Woody Allen, 2011) “Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e sonhou ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que fez com que fosse muito bem remunerado, mas que também lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.” 5 — O Curioso Caso de Benjamin Button (David Fincher, 2009) “Nova Orleans, 1918. Benjamin Button (Brad Pitt) nasceu de forma incomum, com a aparência e doenças de uma pessoa em torno dos oitenta anos mesmo sendo um bebê. Ao invés de envelhecer com o passar do tempo, Button rejuvenesce. Quando ainda criança ele conhece Daisy (Cate Blanchett), da mesma idade que ele, por quem se apaixona. É preciso esperar que Daisy cresça, tornando-se uma mulher, e que Benjamin rejuvenesça para que, quando tiverem idades parecidas, possam enfim se envolver.” 6 — Perfume — A História de um Assassino (Tom Tykwer, 2007) “Paris, 1738. Jean-Baptiste Grenouille (Ben Whishaw) nasceu em um mercado de peixe, onde sua mãe (Birgit Minichmayr) trabalhava como vendedora. Ela o tinha abandonado, mas o choro de Jean-Baptiste faz com que seja descoberto pelos presentes na feira. Isto também faz com que sua mãe seja presa e condenada à morte. Entregue aos cuidados da Madame Gaillard (Sian Thomas), que explora crianças órfãs, Jean-Baptiste cresce e logo descobre que possui um dom incomum: ele é capaz de diferenciar os mais diversos odores à sua volta. Intrigado, Jean-Baptiste logo demonstra vontade de conhecer todos os odores existentes, conseguindo diferenciá-los mesmo que estejam longe do local em que está. Já adulto, ele torna-se aprendiz na perfumaria de Giuseppe Baldini (Dustin Hoffman), que passa por um período de pouca clientela. Logo Jean-Baptiste supera Baldini e, criando novos perfumes, revitaliza a perfumaria. Jean-Baptiste cada vez mais se interessa em manter o odor de forma permanente, o que faz com que busque meios que possibilitem que seu sonho se torne realidade. Só que, em suas experiências, ele passa a tentar capturar o odor dos próprios seres humanos.” A Redação no Enem: Estrutura e Repertório sociocultural 16 7 — Relatos Selvagens (Damián Szifron, 2014) “Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um lugar fora de controle.” 8 — O Grande Hotel Budapeste (Wes Anderson, 2015) “No período entre as duas guerras mundiais, o famoso gerente de um hotel europeu conhece um jovem empregado e os dois tornam-se melhores amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século 20.” 9 — Onde os Fracos Não Têm Vez (Joel Coen e Ethan Coen, 2008) “Texas, década de 80. Um traficantede drogas é encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).” 10 — Quem Quer Ser um Milionário? (Danny Boyle, 2009) “Jamal K. Malik (Dev Patel) é um jovem que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing. Sua infância foi difícil, tendo que fugir da miséria e violência para conseguir chegar ao emprego atual. Um dia ele se inscreve no popular programa de TV “Quem Quer Ser um Milionário?”. Inicialmente desacreditado, ele encontra em fatos de sua vida as respostas das perguntas feitas.” Fonte de pesquisa: http://www.revistabula.com/4546-os-10-melhores-filmes- dos-ultimos-10-anos/ http://www.revistabula.com/254-os-10-maiores-poemas- dos-ultimos-200-anos/ http://www.revistabula.com/3944-os-10-romances-mais- importantes-da-literatura-brasileira/ https://cursandomedicina.wordpress.com/tag/exemplos- de-redacao-nota-1000/ http://www.mensagenscomamor.com/frases-da-mpb http://www.historiadigital.org/musicas/10-musicas-de- protesto-a-ditadura-militar/ https://oficinadefilosofia.com/2014/11/05/os-20-filosofos- essenciais-do-enem/ http://www.historiadigital.org/musicas/10-musicas-de-protesto-a-ditadura-militar/ http://www.historiadigital.org/musicas/10-musicas-de-protesto-a-ditadura-militar/ https://oficinadefilosofia.com/2014/11/05/os-20-filosofos-essenciais-do-enem/ https://oficinadefilosofia.com/2014/11/05/os-20-filosofos-essenciais-do-enem/
Compartilhar