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Introdução à imaginologia Ciência que possibilita uma visão interna de estrutura e constituintes anatômicos que não podem ser visualizadas ao olho nu. Raios X são feixes de energia que tem como característica penetrar na matéria e formar imagem em receptores de imagem. Esses raios produzem fluorescência em certas substâncias, se propagam em linha reta, impressionam chapas fotográficas e não são refletidos ou refratados por campo eletromagnético. Histórico dos raios X Até o século XIX não existia um método não invasivo para se examinar os órgãos profundos de pacientes, logo ocorria a necessidade de cirurgias, de forma que havia uma exposição grande a microrganismos e a biossegurança da época era muito falha acarretando muitas vezes a infecções. Roentgen a partir de experimentos conseguiu descobrir um novo tipo de radiografia capaz de atravessar corpos opacos e por não conhecer a origem desses raios ele foi chamado de Raio X. História das radiografias odontológicas Primeira radiografia intraoral feita por Otto Walkhoff: Chapa fotográfica envolta em uma borracha preta para evitar a contaminação por saliva. Essa chapa era uma placa de vidro impregnada por emulsão fotográfica e a exposição durava 25 min. Edmund Kells: primeiro a utilizar os raios X como método diagnóstico e plano de tratamento odontológico, além disso ele já falava sobre a necessidade de tridimensionalidade das imagens. Física das radiações Elétrons circulam em camadas (K, L, M, N, O, P, Q) Elétrons circulam ao redor de um núcleo de prótons e nêutrons devido a presença da energia de ligação que realiza o equilíbrio entre as forças. A energia de ligação é então uma força de atração entre o núcleo e os elétrons, sendo medida em elétron-volt (eV) ou quiloeletron-volt (KeV) Radiação: emissão e propagação de energia através do espaço na forma de ondas ou partículas. Ionização: é a produção de um par iônico quando um átomo neutro perde ou ganha elétrons • Quando um ou mais elétrons se desprendem do seu grupo original são formados íons positivos • Quando o elétron livre se une a um grupo novo são formados íons negativos Radiação ionizante: radiação capaz de formar íons com a remoção ou adição de elétrons Tipos de radiação ionizante • Radiação corpuscular: quando átomos maiores se quebram e liberam partículas alfa, beta ou gama • Radiação eletromagnética: movimento da energia através do espaço, acompanhada de campos de forças elétrica e magnética Tipo de radiação eletromagnética • Raios gama e raios x • Radiação ultravioleta • Luz visível • Infravermelho • Ondas de rádio Obs. Sequência escrita do maior para menor. Propriedades da radiação eletromagnética • Não possui massa • Velocidade da luz • Partículas e ondas • Gera campo magnético e elétrico perpendiculares entre si • Possui energias mensuráveis (frequência e comprimento de onda) A radiação eletromagnética pode se comportar como partículas (pacotes de energia) chamados de fótons ou quanta Fótons: pacotes de energia sem massa que se propagam na velocidade da luz e em linha reta Teoria ondulatória: Radiação se propaga em forma de ondas. Essas ondas possuem comprimento e frequência. • Comprimento de onda: menor distância entre 2 pontos consecutivos nos quais a perturbação se repete. • Frequência: número de oscilações produzidas pelos campos magnéticos durante um intervalo de 1 segundo (hertz). Alto comprimento e baixa frequência: baixa energia Menor comprimento e alta frequência: alta energia Obs. Ondas com baixa energia não conseguem atravessar corpos opacos, caso ela consiga um pouco mais de energia e atravesse o corpo opaco seu comprimento se torna maior – perca de energia. Logo, uma onda de alta energia atravessa os corpos e ao atravessar perde um pouco de energia também. Radiação X: radiação ionizante de alta energia, logo é ionizante pois forma íons pela remoção ou adição de elétrons. Raios X: são fótons eletricamente neutros que se propagam em forma de onda com uma frequência e com velocidade da luz. Propriedades dos raios X: • São invisíveis • Não tem massa ou peso • Eletricamente neutros • Possuem a velocidade da luz • Tem baixo comprimento de onda e alta frequência • Se propaga em linha reta • São divergentes • Poder de penetração e absorção • Promovem ionização • Provocam fluorescência • Sensibilizam receptores radiográficos Efeitos biológicos dos raios x: ocorre dano ao dna Formação dos raios X na ampola: Processos envolvidos: 1- geração de elétrons, 2- aceleração de elétrons 3- desaceleração de elétrons Ampola: estrutura que fica no cabeçote do raio X, temos uma ampola de vácuo com polo negativo que é o cátodo e o positivo que é o ânodo. Temos um filamento de tungstênio ligado ao cátodo e um ponto focal (placa de tungstênio) ligada ao ânodo. Essa ampola vai realizar a emissão do raio X. Fonte de energia: temos transformadores ligados a ampola TBT: transformador de baixa tensão – vai fornecer os elétrons através do aquecimento do filamento de tungstênio do cátodo. TAT: Transformador de alta tensão – vai promover a diferença de potencial/energia para aceleração os elétrons. Liga-se ao cátodo e ao ânodo. Formação de raios X na ampola: o filamento de tungstênio é aquecido pelo TBT liberando elétrons que formam uma nuvem de elétrons que se encontram parados. O TAT irá dar movimento a essa nuvem de elétrons ganhando energia cinética confrontando o alvo de tungstênio, essa energia cinética/de movimento será transformada 99% da energia em calor e 1% em fótons de raio x que irão sair pela janela de saída. Estrutura da ampola Ampola na formação do raio X Radiação de frenagem: a parada repentina ou desaceleração de elétrons de alta velocidade pelos núcleos de tungstênio no alvo irá produzir fótons de bremsstrahlung. Aparelhos de raios X Conjunto de peças organizadas que deve produzir uma radiação capaz de atingir o objeto e fazer com que essa energia tenha força suficiente para atravessá-lo e atingir o receptor de imagem Aparelhos intraorais – película radiográfica dentro da cavidade oral Aparelhos extraorais – película radiográfica fora da boca Componentes do aparelho: Cabeçote, painel de controle, braços articulares, base móvel ou fixa Cabeçote: É considerado o coração do raio X. • Elementos que compõe o cabeçote: → Ampola de vidro: → Filtro de alumínio: remove os fótons com baixa energia. Reduz a quantidade de radiação que chega ao paciente – dose de radiação Filtragem externa (filtro de alumínio) + filtragem inerente (óleo e ampola de vidro) = filtração total → Colimadores: Ficam na saída do cabeçote, à frente do filtro. Servem para limitar a área do paciente que será exposta aos raios X. → Cilindro localizador: indicam a direção dos feixes de raio X e definem a distância ideal do ponto focal à pele. Goniômetro: orienta a angulação vertical do aparelho Raio X. Painel de controle: Possui marcador de tempo de exposição, assim como seletor de tempo de exposição e disparador, além de avisos luminosos e sonoros. Braços articulares e base: Braços: sustentam o cabeçote e abrigam os cabos elétricos, além de permitir a movimentação do cabeçote. Base: sustentam o aparelho, pode ser fixa ou móvel. Indicação de livros para estudo: Se este material foi útil para você, não se esqueça de salvar, curtir e compartilhar com seus amigos
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