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Doenças Exantemáticas Conceito Exantema: erupção cutânea eritematosa, geralmente, disseminada. Etiologia Geralmente infecciosa, mais comum por vírus e depois por bactérias. Pode ser por alergia medicamentosa e doenças reumatológicas. Padrões ● Maculopapular: lesões máculas (manchas vermelhas) e pápulas (manchas vermelhas sobrelevadas) no corpo. Some a digitopressão. ● Papulovesicular: tem máculas, evoluem para pápulas e evoluem para vesículas (bolhas com líquido dentro), que estouram e viram crostas. Some a digitopressão. ● Petequial: decorrem de alterações vasculares, podem estar associados a distúrbios de plaquetas e de coagulação. Lesão vascular, que leva a saída de sangue e leva a necrose. Não some a digitopressão. Mais comum em doenças infecciosas bacterianas invasivas. Maculopapular Papulovesicular Petequial (Google Imagens) Fases clínicas 1. Incubação 2. Prodrômica: sintomas inespecíficos, ex: febre baixa, cefaleia, etc. 3. Exantemática 4. Convalescença Caracterização ● Idade da criança ● Sazonalidade ● Tipo de exantema ● Manifestações clínica associadas ○ mucosas; ○ febre; ○ sintomas de vias aéreas superiores. Débora Pimenta - Famed XIII Classificação 1ª doença - Sarampo Vacina disponível. Notificação compulsória. Sem casos autóctones desde 2001. 2013-2015: casos provenientes de outros países, 1310 casos (Pernambuco e no Ceará). 2017: venezuelanos (genótipo D8) em Roraima e no Amazonas. Etiologia Vírus RNA fita única. Família: Paramyxoviridae. Gênero: Morbillivirus Sazonalidade Verão e primavera Transmissão Gotículas Período de transmissibilidade Desde 2 dias antes do início do pródromo até 4 dias após o aparecimento do exantema. Taxa de ataque: 90%. Fisiopatologia Período de incubação de 8 a 12 dias, após o 1º contato, vírus migra para os linfonodos regionais e replica, assim, se dissemina para o sistema reticuloendotelial e replica novamente, inicia os sintomas prodrômicos: febre leve, conjuntivite com fotofobia e coriza e tosse, com pico no 1º dia de exantema (fácies sarampenta). Começa então a fase exantemática, com produção de anticorpos, melhorando os outros sintomas. 1-4 dias antes do exantema, na face interna da bochecha, comum na altura dos dentes molares, +/- 1 mm de diâmetro. Somem 2-3 dias após o exantema Manchas de Koplik (branco-azuladas) - Google Imagens Padrão Exantema maculopapular morbiliforme (se junta, formam placas maiores). As manchas aparecem 1 ou 2 dias antes do exantema e desaparecem 2 ou 3 dias depois. O exantema inicia-se atrás do pavilhão auricular, disseminando-se rapidamente para o pescoço, a face e o tronco e atinge a extremidade dos membros por volta do terceiro dia. Começa a desaparecer em torno do terceiro ou quarto dia, na mesma sequência que apareceu, deixando manchas acastanhadas. Diagnóstico Clínico-epidemiológico Achados laboratoriais Leucopenia com linfopenia. VHS e PCR normais. Sorologia (aumento de IgM na fase aguda, e aumento de IgG na fase convalescente) Tratamento Suporte → antitérmicos, hidratação, suporte nutricional. Precauções de contato e gotículas. Suplementação de Vitamina A (< 2 anos). Complicações Comum em < 5 anos (principalmente < 1 ano) e em > 20 anos. Ocorrem principalmente associadas a comorbidades: desnutrição, deficiência de vitamina A ou imunodeficiência. Suspeita-se quando há persistência ou recrudescência da febre após o exantema. Mais comum: otite média aguda. Causa mais morte: pneumonia. Mais graves: encefalites após e por sarampo, panencefalite esclerosante subaguda e sarampo negro. Profilaxia pós-exposição Vacina do sarampo em até 72 horas. Imunoglobulina em até 6 dias, em gestantes, menores de 6 meses e imunocomprometidos. Débora Pimenta - Famed XIII 2ª doença - Escarlatina Etiologia Bactéria gram- positiva Estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Streptococcus pyogenes. Reservatório natural: seres humanos. Sazonalidade inverno e início da primavera Transmissão Gotículas Período de transmissibilidade Período de incubação: 26 dias. Fase exantemática: 24-48 horas. Fisiopatologia Streptococcus pyogenes 1. Infecção direta: faringotonsilite, impetigo, infecções graves invasivas. 2. Complicações não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica. 3. Produção de toxinas: erisipela, escarlatina e síndrome do choque tóxico. Fisiopatologia Escarlatina Tem-se a faringotonsilite, entretanto, o Streptococcus está infectado por um bacteriófago (produtor de toxinas eritrogênicas → exotoxinas pirogênicas estreptocócicas A, B e C). Pródromo: febre alta, mal estar e dor de garganta. Faringotonsilites Sazonalidade: inverno e início da primavera Transmissão: gotículas Faixa etário: 3 a 15 anos Impetigo Sazonalidade: verão Transmissão: contato com a pele não íntegra Faixa etário: 3 a 15 anos Padrão Exantema micropapular (em lixa), crânio-causal, somem a digitopressão, começa em tronco, geralmente some depois de 3-4 dias, descamação fina e periungueal, palma de mãos e pé. Linhas de pastia: acentuação do exantema ao longo de dobras aparece depois de 1-3 dias. Face esbofeteada. Sinal de Filatov. Língua em framboesa. Diagnóstico Clínico laboratorial (identifica o S. pyogenes, com padrão-ouro: cultura de SWAB de orofaringe). Tratamento Exantema autolimitado. Antibioticoterapia para erradicar bactéria: benzilpenicilina dose única via IM ou amoxicilina 10 dias VO. Antibioticoterapia encurta o curso clínico, evita complicações supurativas e previne febre reumática. Débora Pimenta - Famed XIII 3ª doença - Rubéola Vacina disponível. Notificação compulsória. Antes da vacinação ocorria mais em pré-escolares e escolares. Epidemias a cada 6-9 anos. Após a vacinação: queda incidência em mais de 99%. Mais comum em >19 anos. Rubéola em mulheres graves pode levar a síndrome da rubéola congênita (microcefalia, catarata, surdez e cardiopatia). Etiologia Vírus RNA fita única. Família: Togaviridae. Gênero: Rubivirus. Transmissão Gotículas Período de transmissibilidade 5 dias antes e 7 dias após o início do exantema. Fisiopatologia Período de incubação de 2 a 3 semanas. Sintomas prodrômicos podem não aparecer em crianças: febre leve, dor de garganta, hiperemia ocular e mal-estar. Sinal semiológico: linfadenopatia suboccipital. Começa então a fase exantemática. Padrão Exantema maculopapular rubeoliforme), começa em face e em tronco superior, sentido crânio-caudal com duração de 3 dias. Manchas de Forchheimer Não patognomônico Google imagens Diagnóstico Clínico-epidemiológico Achados laboratoriais Leucopenia com neutropenia. Trombocitopenia leve. Isolamento viral em nasofaringe. Sorologia ( IgM na fase aguda e IgG na fase convalescente). Tratamento Suporte → antitérmicos, hidratação, suporte nutricional. Em caso de trombocitopenia grave não remitente, pode-se usar corticóides e imunoglobulina. Precauções de contato e gotícula. Complicações Autolimitadas: trombocitopenia e artrite (geralmente em mulheres jovens). Graves: encefalite pós-infecciosa e panencefalite progressiva da rubéola. Profilaxia pós-exposição Controversa. Indicações em pessoas mais velhas (vacina em até 72h após o contato) e em gestantes (imunoglobulinas em até 6 dias). Débora Pimenta - Famed XIII 4ª doença - Doença de Filatov-Dukes (síndrome da pele escaldada estafilocócica) Etiologia Staphylococcus aureus. Fatores de virulência: cepas toxigênicas (71 e 55), produzem toxinas esfoliativas A ou B. Transmissão Gotículas ou por contato (infecção de pele, ex: coto umbilical). Disseminação de toxinas é hematogênica. Faixa etária acometida: lactentes (clearance renal reduzido). Fisiopatologia As toxinas esfoliativas A ou/e B degradam as proteases da desmogleína-1, que fica entre os queratinócitos, assim, tem-se uma clivagem na camada de gordura → síndrome da pele escaldada estafilocócica. Comorbidades associadas: alterações de função renal e imunodeprimidos. Incubação de 2-4 semanas, pródromo (febre, IVAS ou conjuntivite, irritabilidades), fase exantemática (dor a palpação da pele).Padrão Exantema escarlatiniforme heterogêneo e difuso. Sinal de Nikolsky (descamação laminar da pele quando fricciona). Crostas melicéricas superficiais (face, ao redor da boca/nariz/olhos). Diagnóstico Clínico + laboratorial (isolamento do S. aureus pela cultura local de infecção inicial, identificação das toxinas por PCR, biópsia de pele → clivagem intraepidérmica na camada granulosa) Tratamento Local: limpeza e curativo, não é necessário antibiótico tópico. Antibioticoterapia (oxacilina EV + clindamicina). Suporte: analgesia, hidratação EV, correção hidroeletrolítica. Complicações Sepse, distermia, pneumonia, celulite, distúrbios hidroeletrolíticos Prognóstico Baixa mortalidade 1-5% Débora Pimenta - Famed XIII 5ª doença - Eritema infeccioso Etiologia Parvovirus B19 DNA fita única. Família: Parvoviridae. Gênero: Erythrovirus Sazonalidade fim do inverno e início da primavera Transmissão Gotículas, transplacentária e sanguínea Período de transmissibilidade Acomete escolares 5-15 anos. Taxa de ataque domiciliar 13-50% e escolar 10-60% Fisiopatologia Período de incubação 4-14 dias. Pródromo: febre baixa, cefaleia e IVAS . Depois, fase exantemática. Causa infecção dos precursores eritróides (pro-normoblasto), assim, leva a lise de células → depleção progressiva, ocorre então parada transitória da eritropoiese. Eritema infeccioso e artrite são fenômenos imunológicos pós-infecciosos e a crise aplásica transitória é resultado da infecção viral direta. Padrão Exantema maculopapular rendilhado, começa no tronco e depois extremidades, aparece depois 1 a 4 dias, poupando palmas da mão e plantas do pé, desaparece depois de 10 dias, não deixa descamação. Fases exantemáticas 1ª Fase esbofeteada: eritema em região malar, polpa fronte, testa, nariz e região perioral. 2ª fase exantema maculopapular rendilhado: tem clareamento central. 3ª fase recidiva do exantema rendilhado: por 1 a 3 semanas e pós-exposição solar, calor, exercícios físicos e estresse. Diagnóstico Clínico, sorológico (IgM por 6 a 8 semanas ou IgG soroconversão), identificação do DNA viral. Tratamento Suporte. Em casos de crise aplásica, pode ser necessário o uso de imunoglobulinas EV. Complicações Artrite e artralgias geralmente em mulheres jovens depois da resolução do exantema. Púrpura trombocitopênica. Meningite asséptica e síndrome hemofagocítica (geralmente em imunodeprimidos). Débora Pimenta - Famed XIII 6ª doença - Exantema súbito (roséola) Etiologia Herpesvírus humano 6/7 - DNA fita única. Família: Herpesviridae. Subfamília: Beta-herpesvírus. Sazonalidade Não tem. Transmissão Gotículas Período de transmissibilidade Acomete lactentes com pico de 6-15 meses. Tempo de contágio: durante a fase de viremia, sobretudo no período febril. Fisiopatologia Período de incubação 5-15 dias. Pródromo: coriza leva, faringite, hiperemia conjuntival. Depois evolui com febre alta por 3 a 5 dias, pode haver convulsão febril. Febre desaparece em crise e aparece a fase exantemática 12-24 horas após a febre. Aparece então o exantema. Padrão Exantema maculopapular róseo, começa no tronco e vai para pescoço, face e extremidades, dura de 1 a 3 dias, não deixa descamação. Diagnóstico Clínico, sorológico (IgM por 5-7 dias com pico em 2-3 semanas, ou IgG soroconversão em 2-3 semanas), cultura viral ou PCR. Tratamento Suporte com antitérmicos. Em imunodeprimidos pode ter encefalite e pneumonite, usa ganciclovir por 2-3 semanas. Débora Pimenta - Famed XIII Varicela (catapora) Etiologia Vírus varicela-zoster - vírus de DNA fita dupla. Família: Herpesviridae. Subfamília: alfa-herpesvírus. Sazonalidade inverno e primavera Transmissão aerossol, contágio direto e vertical Período de transmissibilidade Acometia pré-escolares antes da vacinação universal, depois da vacinação acomete escolares. Tempo de contágio: do 10º dia após o contato até a formação de crostas de todas as lesões. Taxa de ataque domiciliar: 65-85%. Fisiopatologia Incubação de 10-21 dias. Pródromo: febre, mal-estar, cefaleia e dor abdominal leve. Depois começa a fase exantemática. Infecção 1ª gera varicela, fica latente nos gânglios nervosos sensoriais, pode gerar infecção recorrente → herpes zoster. Recorrente em 10-15% dos casos, geralmente, aos > 45 anos de idade. Inoculação vírus mucosa de via aérea superior, ocorre replicação no tecido linfóide local, segue com disseminação para o sistema reticuloendotelial. Gera 2ª viremia, com apresentação clínica: exantema. Resposta imune celular e humoral para controlar o vírus. Padrão Exantema polimórfico maculopapulovesicular. Começa geralmente em couro cabeludo, face e pescoço, depois tronco e extremidades. 3-5 dias aparece novas lesões (nova viremia), pode ter lesões ulcerativas em mucosas Varicela modificada Ocorre em crianças previamente vacinadas, exantema maculopapular (<50 lesões), febre baixa, menos contagiosa. Varicela progressiva Ocorre mais em imunodeprimidos, há desenvolvimento contínuo de lesões → varicela hemorrágica. Nesses casos, pode ter envolvimento visceral e dor abdominal intensa (comprometimento principalmente hepático), coagulopatias e hemorragias, mortalidade de 20%. Diagnóstico Clínico + laboratorial (leucopenia nas primeiras 72 horas, linfocitose, elevação de transaminases) + etiológico (em casos graves e com dúvida diagnóstico - identificação viral PCR nas lesões e sorologia pareada) Tratamento Sintomático com antitérmicos e anti-histamínicos (para diminuir prurido). Não usar AAS, pois há risco de síndrome de Reye (hepatite). Aciclovir oral nas primeiras 24h e mantém por 5 dias em risco de doença grave (adolescentes, doenças crônicas e uso crônico de corticoides). Aciclovir EV por 7 dias em doença grave, disseminada, grávidas e imunodeprimidos. Maior morbimortalidade lactentes, adultos e imunocomprometidos Complicações Infecção bacteriana 2ª das lesões. S. aureus ou S. pyogenes, eritema na base da vesícula, recrudescência da febre após 3-4 dias do início do exantema. Hepatite: leve e assintomática. Trombocitopenia: petéquias. Complicações graves Infecções invasivas: pneumonia (adultos). Doenças mediadas por toxinas. SNC: autolimitadas 1-3 dias: ataxia cerebelar, meningoencefalite. Profilaxia Vacina com 15 meses e 4 anos, isolamento de contato e respiratório de gotículas. Profilaxia pós-exposição Imunocompetentes: em surtos hospitalares, vacina em até 3-5 dias. Em surto hospitalar criança < 1 ano usa IGHAVZ. Imunodeprimidos, grávidas e recém-nascidos: IGHAVZ (imunoglobulina humana) em até 4 dias Débora Pimenta - Famed XIII Herpes zoster Etiologia Reativação do vírus varicela-zoster - vírus de DNA fita dupla. Família: Herpesviridae. Subfamília: alfa-herpesvírus. Período de transmissibilidade Adultos >45 anos, criança imunocomprometida, varicela precoce <6 meses Fisiopatologia Latência nos gânglios nervosos sensoriais, ocorre queda transitória da imunidade e replicação viral. Há neurite onde estava latente, gera dor, lesões de pele acompanhando dermátomo. Pródromo: dor e parestesia na região do dermátomo 3-5 dias antes da erupção. Erupção herpes-zoster. Sintomas sistêmicos: mal-estar, febre, cefaleia. Padrão Exantema maculopapulovesicular localizado. Tratamento Suporte. Aciclovir oral para redução da duração da neuralgia. Aciclovir EV em imunocomprometidos, zoster oftálmico. VAcina herpes-zoster (> 60 anos para reduzir neuralgia). Complicações Neuralgia pós-herpética 20-40% dos casos, oftálmico: risco de cegueira. Disseminado: imunocomprometido. Herpes simples Etiologia vírus da HSV-1, do grupo herpes Transmissão contato direto com secreções orais infectadas Período de transmissibilidade Tempo de incubação: 2 dias a 2 semanas. Tempo de contágio: na primoinfecção oral herpética, o contágio ocorre de 1 a várias semanas após o surgimento das lesões, ao passo que nas infecções recorrentes, o período de contágio se restringe a cerca de 3 a 4 dias Fisiopatologia A primoinfecção causada por esse herpes-vírus humano, como regra, é a gengivoestomatiteherpética. É uma moléstia que, em geral, acomete crianças e caracteriza-se por quadro febril de 2 a 3 dias, que evolui com o aparecimento de lesões orais, vesiculares, muito dolorosas, por vezes acometendo os lábios. As reativações apresentam-se como herpes labial. Entretanto, em pacientes com deficiência imunológica grave, as lesões podem ser disseminadas, lembrando varicela Diagnóstico Detecção de anticorpos no soro, em duas titulagens ou a presença de anticorpos da classe IgM Tratamento Na criança imunocompetente, o uso de aciclovir pode ser benéfico nos casos muito extensos e com comprometimento sistêmico. Débora Pimenta - Famed XIII Exantema papular (Síndrome de gianotti-Crosti) Etiologia Erupção inespecífica primariamente associada à infecção pelo vírus da hepatite B. Outros agentes envolvidos: enterovírus, particularmente o coxsackie A16, o vírus Epstein-Barr, o citomegalovírus, o vírus da hepatite A, o vírus parainfluenza e o estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Fisiopatologia Ocorre, em geral, nas crianças entre 2 e 6 anos de idade, com aparecimento súbito de uma erupção monomórfica, eritematopapular, não pruriginosa, com pápulas de 1 a 5 mm de diâmetro, com o topo achatado e que ocupa simetricamente a face, as nádegas e as extremidades. As lesões permanecem por 15 a 20 dias e depois desaparecem, deixando uma descamação. Linfonodomegalia axilar e linfonodomegalia inguinal podem ser notadas por 2 a 3 meses durante o curso da doença, juntamente com hepatomegalia moderada. Quando a síndrome é causada por esses outros agentes, eventualmente as lesões podem ser pruriginosas e papulovesiculares e acompanhadas de sintomas gerais como febre e mal-estar Enterovírus Etiologia Vírus RNA fita única. Família: Picornaviridae. Gênero enterovírus. Sazonalidade ano todo Transmissão fecal-oral, gotículas, fômites, vertical Período de transmissibilidade Mais comum em < 1 ano. A transmissão por via respiratória pode durar de 1 a 3 semanas e via intestinal de 7 a 11 semanas. Incubação 3-6 dias. Subgrupos 1.Poliovírus: Poliomelite 2.Echovirus 3.Coxsackievírus Manifestações clínicas Miocardite e pericardite: coxsackievirus B. Herpangina: coxsackievírus A e enterovírus 71. Doença mão-pé-boca. Doença mão-pé-boca Coxsackievírus A16, enterovírus 71. Aquisição via oral e respiratória, replica-se em células de mucosa (faringe, intestino e tecido linfoide, em seguida, se dissemina para o sistema reticuloendotelial (onde estimula resposta imune do hospedeiro). Viremia secundária: lesões de pele e mucosa. Incubação de 3 a 6 dias. Pródromo: febre baixa. Evolui com lesões vesiculares em boca e exantema (pode ser maculopapular com vesículas em mãos e pés). Diagnóstico clínico e etiológico (cultural viral em sangue, urina, orofaringe e até LCR). Tratamento: antitérmico e etiológico (internação: má aceitação oral para fluidoterapia). Importante ter precauções de contato! Herpangina: Coxsackievirus A enterovírus 71. Febre alta súbita com dor de garganta e disfagia.Há vesículas em orofaringe posterior, que dura geralmente 7 dias. Não gera exantema. Tratamento sintomático: geralmente analgésico tópico. Referências Bibliográficas 1. NELSON. Tratado de pediatria. 18ª ed. Elsevier, 2009. 2. Tratado de pediatria : Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores Dennis Alexander Rabelo Burns... [et al.]]. V. 1, 4. ed. --Barueri, SP : Manole, 2017. Débora Pimenta - Famed XIII
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