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Prática de Drenagem Linfática Manual

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DESCRIÇÃO
Prática de drenagem linfática manual facial e manobras realizadas, cicatrização da ferida
cirúrgica e cirurgias plásticas estéticas faciais.
PROPÓSITO
Compreender a prática de drenagem linfática manual facial no campo da Saúde, Estética e
bem-estar, implementando terapêuticas adequadas, de acordo com a necessidade do paciente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Compreender as manobras da técnica drenagem linfática manual facial nas práticas clínicas
MÓDULO 2
Identificar a importância da drenagem linfática manual no processo de cicatrização da ferida
cirúrgica
MÓDULO 3
Reconhecer algumas cirurgias estéticas faciais
INTRODUÇÃO
A drenagem linfática manual (DLM) pode ser realizada em diferentes disfunções do corpo, de
forma isolada ou conjugada a outras técnicas. Além de ajudar no tratamento de patologia, a
DLM proporciona bem-estar, relaxando o indivíduo e prevenindo algumas complicações
cirúrgicas.
A procura por cirurgias estéticas faciais vem aumentando a cada dia. Assim, preparar a pele
para o procedimento cirúrgico é importante, pois proporciona uma cicatrização tecidual sem
complicações.
Nesse caminhar, o profissional de estética que atua nas áreas de Saúde, Estética e bem-estar
deve estar preparado para atuar no pré e pós-operatório. Dessa forma, ele poderá desenvolver
uma terapêutica adequada para que o paciente retorne às atividades diárias brevemente e sem
desconfortos.
MÓDULO 1
 Compreender as manobras da técnica drenagem linfática manual facial nas práticas
clínicas
REFLEXÃO SOBRE A DRENAGEM
LINFÁTICA MANUAL (DLM)
Imagine uma inundação na cozinha da sua casa. O que vem imediatamente à mente nesse
momento crucial:
Onde está o ralo para fazer o escoamento da água?
O próximo pensamento pode ser o seguinte:
Onde está o rodo para puxar a água até o ralo da cozinha e não deixar a água empoçada?
Qualquer semelhança com a drenagem linfática manual não é mera coincidência.
Podemos dizer que os gânglios seriam, em nossa reflexão, o ralo; o rodo corresponderia
a nossas mãos; e a água seria a linfa.
PRÁTICA DA DRENAGEM LINFÁTICA
MANUAL FACIAL (DLMF)
Esta prática, dentro do âmbito estético, possui objetivos de forma preventiva e terapêutica. Ela
pode ser executada de forma isolada ou em protocolos faciais, como, por exemplo:
PÓS-EXTRAÇÃO DE LIMPEZA DE PELE
TRATAMENTO DE ACNE
OLHEIRAS
RINITE
SINUSITE
ROSÁCEA
TELANGIECTASIAS
RUGAS
PRÉ-CIRÚRGICO
PÓS-CIRÚRGICO
A prática da drenagem linfática manual facial aumenta a nutrição tecidual celular e a defesa da
pele, retarda o envelhecimento cutâneo, diminui edemas, ajuda a retirar impurezas do tecido
etc.
Em média, uma sessão de DLM facial dura aproximadamente trinta minutos e, nos casos de
pós-cirurgia, só pode ser executada com liberação médica por escrito. Vale lembrar que,
primeiramente, o profissional deverá realizar a avaliação (anamnese + exame físico), iniciando
a técnica após higienização facial simples.
COMO FAZER HIGIENIZAÇÃO FACIAL SIMPLES?
Para preparar a pele do cliente para o procedimento (DLMF), é necessário realizar uma
higienização facial simples, que consiste somente em:
• Aplicar sabonete líquido. 
• Após retirar sabonete líquido, aplicar o esfoliante em movimentos circulares. 
• Após absorção de todo esfoliante pela pele, retirar com lenço umedecido ou algodão com
água. 
• Finalizar com aplicação de loção tônica facial.
 
Fonte: claires / Shutterstock.com
Feita essa etapa na região do colo, pescoço e face, a drenagem pode ser executada pelo
profissional.
Com o avanço das cirurgias plásticas faciais e o aumento da demanda pelo procedimento, a
indicação médica da DLM no período pré-cirúrgico tornou-se conduta. Muitas vezes, durante os
exames pré-operatórios, o médico orienta a necessidade da técnica antes e depois da cirurgia.
Pode acontecer de o médico-cirurgião indicar um profissional de sua confiança ou deixar por
conta do paciente.
 DICA
É muito válido trabalhar com parcerias. Nesse caso, o médico, antes mesmo da cirurgia, indica
a profissional habilitada em DLM para realizar a terapêutica após liberação do cirurgião.
A região da face apresenta uma resposta mais imediata aos resultados da DLM em relação à
região corporal, pois a posição gravitacional empurra a linfa para baixo, ajudando a ser
impulsionada para a região supraclavicular, diferente da região corporal, que precisa ir contra a
gravidade.
MANOBRAS FACIAIS E SUAS DESCRIÇÕES
Atualmente, o mercado da saúde, estética e bem-estar contempla vários métodos de execução
de manobras de drenagem linfática manual. Contudo, os métodos precursores de Vodder e
Leduc, que consistem em manobras de semicírculo, círculo, pressão, descompressão e
condução da linfa para região dos gânglios mais próximos, são os mais utilizados.
Devido à região facial possuir uma anatomia diferenciada, com a presença de vários órgãos
por centímetros de distância um dos outros, e ser bem menor em relação ao corpo, as
manobras faciais deverão ser executadas de forma mais delicada, seguindo as delimitações
entre os órgãos na estrutura facial.
Desta forma, a utilização de movimentos com a ponta dos dedos ou manobras de semicírculo é
mais indicada, pois a DLM facial deve proporcionar benefícios, e não desconforto.
Veja exemplos de movimentos que são utilizados:
MANOBRAS COM OS DEDOS
Devido às extremidades regionais faciais serem de tamanho reduzido, certas manobras
deverão ser realizadas com a ponta dos dedos (falanges) para melhor drenar a região a ser
tratada.
MANOBRA SEMICÍRCULO
Consiste em seguir sobre uma linha imaginária, realizando movimentos com quatro dedos
apoiados sobre a pele da região a ser drenada e seguir o trajeto linfático.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
MANOBRAS
DRENAGEM LINFÁTICA FACIAL
 
Fonte: SciePro / Shutterstock.com
 Músculo esternocleidomastoideo na cor vermelha.
A DLM Facial compreende as regiões da cabeça, face e pescoço. Inicia-se pela região do
pescoço, trabalhando o ECOM (esternocleidomastoideo – músculo do pescoço) por meio de
círculos sobre as vias de evacuação até chegar à região retroclavicular de evacuação (ou
ângulo venoso  em algumas literaturas).
Para dar início à DLM, o profissional não pode esquecer de servir dois copos d’água ao cliente.
Como a drenagem linfática realiza a “limpeza do corpo”, eliminando toxinas, e trabalha vias de
excreção e sistema urinário, é recomendada a ingestão de água para ajudar o processo.
As manobras de semicírculos são executadas de forma suave. Com as pontas dos dedos
transportando a linfa às cadeias de gânglios mais próximas do seguimento linfático.
Veja as etapas da drenagem linfática manual facial (DLMF) clássica:
1ª ETAPA: PREPARATÓRIA
Consiste na:
• Realização da ficha de anamnese e exame físico com inspeção e palpação suave. 
• Antissepsia das mãos do profissional e do cliente. 
• Higienização da face de acordo com a orientação descrita no início do módulo. 
• Posicionamento do cliente na maca com a cabeça elevada a 45º graus com uso de uma
almofada. 
• Posicionamento do profissional atrás da cabeça do cliente na maca.
2ª ETAPA: INICIAL
Inicia-se com o:
• Movimento de respiração: inspira (pelo nariz) e expira (pela boca), somente três vezes, com
as mãos do profissional sobrepostas no esterno do cliente, realizando com suavidade o
movimento de empurra (esterno). 
• Bombeamento dos gânglios supra e infraclaviculares. 
• Desobstrução: cisterna de Picquet e colón intestinal.
3ª ETAPA: DESOBSTRUÇÃO DOS GÂNGLIOS DA FACE
Identificar a localização dos gânglios faciais; bombear (desobstrução) as regiões dos gânglios
linfáticos que fazem parte da evacuação da linfa da cabeça.
• Supraclavicular (Â – ângulo Venoso).
• ECOM (pescoço) - rotação (lateralizar suavemente) da cabeça (não realizar rotação da
cabeça em pós-operatórios imediatos). 
• Mento (mentoniana). 
• Submandibulares. 
• Pré-auricular. 
• Parótidas (ou profundo). 
• Occipital (movimento de servir). 
• Lacrimal.
4ª ETAPA: EXECUÇÃO (EXCEÇÃODAS MANOBRAS)
Trata de:
• Identificar as delimitações ou quadrantes para onde a linfa será direcionada para a evacuação
é de grande importância para realizar a DLM. 
• Traçar linhas imaginárias e seguir de forma direcional até a chegada ao gânglio de entrega,
por meio de pressão e descompressão, e carrear a linfa. 
• Escolher a manobra que melhor se encaixa na região a ser realizada (semicírculo ou dedos). 
• ECOM 
• Mento 
• Supralabial 
• Nariz 
• Masseter 
• Pálpebra Inferior (olheiras) 
• Pálpebra superior 
• Sobrancelhas (manobra de pinçamento) 
• Glabela (início da frontal) 
• Frontal (testa) 
• Orla do couro do cabeludo
5ª ETAPA: FINALIZAÇÃO
O movimento de finalização com deslizamento superficial (effleurage) abrange as regiões
sequenciais: pré-auricular, profundo, desce pelo ECOM e entrega da linfa no ângulo venoso.
Em pós-operatório imediato, não executar esta manobra.
No quadro a seguir, você verá, em uma escala de cores, a sequência e o seguimento da
DLM facial.
 
Fonte: Batalha, 2020.
 Representação da sequência das manobras faciais.
 RECOMENDAÇÃO DE PROTOCOLOS E PRÁTICAS
Caso o paciente apresente dor ou desconforto além do esperado, ou a pele apresente sinais de
inflamação com vermelhidão ou calor, deve-se orientar o paciente a entrar em contato com o
médico-cirurgião. O profissional da DLM também poderá entrar em contato com ele.
Outros pontos importantes são os gânglios da cabeça e do pescoço. Veja a imagem a seguir.
 
Fonte: Alila Medical Media / Shutterstock.com
 Linfonodos da cabeça e pescoço.
ENTENDENDO A DIFERENÇA ENTRE A
DRENAGEM LINFÁTICA FISIOLÓGICA E A
MANUAL
Nosso organismo por si só já realiza a DLM de forma fisiológica, que drena, em condições
normais, de dois a cinco litros a cada 24 horas, mas, com a execução da DLM, ocorre a
aceleração do mecanismo fisiológico que estimula o carreamento impulsionado da linfa, em
torno de 20 a 30 Litros a cada 24 horas, potencializado os efeitos fisiológicos da DL. Assim,
torna-se possível a captação, a evacuação e a reabsorção da linfa, contribuindo para
eliminação de edemas.
Justifica-se o bombeamento, a fim de estimular os gânglios a acelerar todo processo
realizado de trabalho no seu interior, recebendo uma quantidade excedente de linfa devido
ao aumento do fluxo que será enviado por meio da execução da DLM.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A DLM FACIAL, COMO FORMA INICIAL, APRESENTA A SEGUINTE
ORDEM DE EXECUÇÃO:
A) ECOM – ângulo venoso
B) Ângulo venoso – mento
C) Submandibulares – mento
D) Lábios – nariz
E) Masseter – frontal
2. A PRÁTICA DA DLM FACIAL TEM AÇÃO PREVENTIVA E
TERAPÊUTICA, ATUANDO DE FORMA ISOLADA OU INCLUSA EM
PROTOCOLOS FACIAIS. TODAS AS ALTERNATIVAS TÊM INDICAÇÃO
PARA A DLM, EXCETO:
A) Sinusite
B) Telangiectasias
C) Olheiras
D) Celulite facial
E) Rosácea
GABARITO
1. A DLM facial, como forma inicial, apresenta a seguinte ordem de execução:
A alternativa "A " está correta.
 
A ordem de execução da DLMF é iniciar pelo pescoço, trabalhando o ECOM, depois toda
região facial e a cabeça (orla do couro cabeludo).
2. A prática da DLM facial tem ação preventiva e terapêutica, atuando de forma isolada
ou inclusa em protocolos faciais. Todas as alternativas têm indicação para a DLM,
exceto:
A alternativa "D " está correta.
 
A celulite facial trata-se de um processo infeccioso. Sendo assim, drenagem linfática é
contraindicada, pois as células infecciosas podem cair no sistema linfático e se espalhar mais
facilmente pelo corpo.
MÓDULO 2
 Identificar a importância da drenagem linfática manual no processo de cicatrização
da ferida cirúrgica
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL FACIAL
NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO
A DLM no pré-operatório é chamada de drenagem clássica. Trata-se da realização das
manobras de DLM normais, tendo como objetivo preparar a pele para o procedimento cirúrgico.
Essa prática possibilita os seguintes benefícios:
• Aumenta a circulação local. 
• Diminui edema pós-cirúrgico. 
• Diminui equimoses e hematomas. 
• Mantém a camada córnea íntegra e hidratada. 
• Diminui a espessura do retalho cutâneo. 
• Estimula a produção de fibras de colágeno. 
• Auxilia o retorno venoso. 
• Acelera a cicatrização. 
• Prepara a musculatura local. 
• Diminui o risco de necrose.
 
Fonte: smirart / Shutterstock.com
A liberação do paciente para a realização da DLM facial pós-cirúrgica depende da orientação
do cirurgião plástico, mas costuma-se iniciar a DLM facial 48 horas após o término da cirurgia.
Cabe pontuar que não se deve utilizar produto cosmético sobre o tecido que foi manipulado e
que se encontra em fase de recuperação.
 RECOMENDAÇÃO DE PROTOCOLOS E PRÁTICAS
Deve-se respeitar curativos e imobilizações. Não podemos remover o curativo para executar a
DLM.
Para realizar a técnica, devemos estar habilitados para tal. Além de conhecer a evolução da
ferida (lesão), caso seja observada alguma anormalidade, precisamos saber orientar
corretamente o paciente.
DLM LINFÁTICA MANUAL FACIAL NO PRÉ
E PÓS-OPERATÓRIO
EDEMA NO LOCAL DA INCISÃO
Chamamos de incisão o corte na pele realizado com bisturi em procedimento cirúrgico ou
invasivo. A pele “entende” que uma incisão é uma agressão e vai reagir a essa lesão, com
inchaço inicial, que é natural, pois trata-se da resposta natural do organismo, processo
inflamatório e cicatrização. Esse edema costuma regredir; caso isso não ocorra, precisa ser
avaliado se há alguma complicação local, ou seja, na incisão cirúrgica.
Veja na imagem uma incisão cirúrgica ainda com os pontos. Ela apresenta pequeno inchaço
em alguns pontos. No entanto, é uma ferida (lesão) cirúrgica limpa, sem sinais de inflamação
(ferida limpa e seca).
 
Fonte: chatuphot / Shutterstock.com
 Edema nos pontos de uma incisão cirúrgica.
CONHECENDO FIOS DE SUTURA
Existem os tipos conhecidos como: absorvidos e inabsorvíveis.
Absorvíveis
São absorvidos por reação enzimática pela pele e irão desaparecer após alguns dias.
Conferem um custo mais alto, difícil esterilização em seu processo de utilização, além de
retardar a produção de colágeno.
Inabsorvíveis
São os pontos que o indivíduo precisa retornar ao médico para retirar. Compostos por fio de
algodão e seda, são mais utilizados em cirurgias de forma generalizada, devido ao seu baixo
custo e fácil esterilização. Eles não provocam reações alérgicas, mas apresentam propensa
atividade de infecção, pois retardam a cicatrização da lesão, levando à retirada dos pontos no
período entre sete e catorze dias aproximadamente.
CICATRIZAÇÃO DA PELE E SEUS ESTÁGIOS
A pele é um órgão de ação protetiva. Qualquer que seja a sua lesão ou trauma, ela “trabalha”
para fechar a sua abertura, evitando, assim, causar danos ao organismo, através da invasão
de agentes patógenos, ou seja, que causam doenças. O que chamamos de fechamento da
lesão é caraterizado como processo de cicatrização da pele, que ocorre devido a
procedimentos, como um corte causado por caco de vidro até um procedimento cirúrgico
(incisão).
O processo de cicatrização, seja por qualquer motivo, tem uma variação de tempo de indivíduo
para indivíduo. Vários fatores, como doenças instaladas previamente, nutrição e hidratação
corporal, higiene, obesidade, local da cirurgia e uso de certos medicamentos, podem influenciar
no processo de cicatrização de uma ferida cirúrgica.
 EXEMPLO
Um paciente diabético e obeso provavelmente terá uma cicatrização mais lenta.
No primeiro momento, há uma lesão inicial que surge a partir da incisão (corte cirúrgico), com
a interrupção do suprimento sanguíneo, oxigênio e danos celulares no local. Assim, inicia-se o
processo inflamatório na pele por meio de uma vasoconstrição, nos cinco a dez minutos
iniciais.
 
Fonte: gritsalak karalak / Shutterstock.com
FASE INFLAMATÓRIA
Sua duração é de 72 horas, começando no exato momento da lesão. Nesta fase, ocorrem
sinais de inflamação (calor, dor e vermelhidão) devido à presença de histamina, serotonina e
bradicinina, que promovemvasodilatação e, consequentemente, um aumento do fluxo
sanguíneo no local. Observamos também um aumento na ação dos leucócitos e edema
inflamatório. Assim, com a sinalização para o processo de aderência das plaquetas na região
da incisão, inicia-se a coagulação, como medida de unir as bordas separadas pelo “corte” da
incisão, evitando a contaminação por microrganismos externos.
 
Fonte: gritsalak karalak / Shutterstock.com
FASE PROLIFERATIVA
Tem início após o terceiro dia e persiste por até três semanas após a lesão. Esse estágio é o
fechamento da lesão, marco inicial da cicatriz. Com a reconstrução do tecido, ocorre a
angiogênese, processo celular dos fibroblastos, epitelização preenchendo a lesão até que a
fenda se fecha por completo por meio de um tecido de granulação. A partir desse momento,
inicia-se a reparação tecidual.
 
Fonte: gritsalak karalak / Shutterstock.com
FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAMENTO
Etapa final que ocorre aproximadamente 21 dias após a lesão, podendo levar meses ou até
anos para completar todo o processo de regeneração cutânea. O colágeno do tipo III e I (tipos
de colágenos que atuam na reparação tecidual) atuam nesta etapa, que é mais extensa de
todas, conhecida como fase da maturação tecidual. A fase de maturação estará concluída
quando ocorrer toda a reparação da lesão (tecido).
CICATRIZES CUTÂNEAS OU SEQUELAS
Após um trauma cutâneo proveniente de um corte, lesão ou incisão cirúrgica, a pele, muitas
vezes, em seu processo regenerativo de “fechar a lesão”, apresenta uma reparação tecidual
não perfeita, implicando no acometimento de cicatrizes inestéticas (ou sequelas), o que pode
ocasionar as conhecidas cicatrizes: hipertrófica, atrófica, queloide e fibrose.
Apresentam essa definição devido ao aspecto cutâneo, atribuído a várias situações como:
condições fisiológicas do tegumento anormal, quadro patológico, rompimento de sutura etc.,
que podem contribuir para uma cicatrização comprometida ou o que chamamos de cicatriz
inestética adquirida.
 
Fonte: Vulp / Shutterstock.com
 Cicatriz normal.
Veja a seguir especificações sobre os tipos de cicatrizes.
CICATRIZ HIPERTRÓFICA
A cicatriz hipertrófica tem seu processo de formação com bordas delimitadas, que seguem o
formato do corte, lesão ou ferida, formando um alto revelo que acompanha a pele normal. A
cicatriz hipertrófica apresenta um tom mais escuro que a pele local. Ela tem tendência à
regressão com a ação do tempo. A aplicação de cosméticos pode diminuir o relevo cutâneo. O
processo que causa o relevo cicatricial incide sobre a proliferação da síntese do colágeno, que,
durante a reparação tecidual, sai com uma anomalia na formação.
 
Fonte: Nicha11 / Shutterstock.com
 Cicatriz hipertrófica.
CICATRIZ ATRÓFICA
Esse tipo de cicatrização ocorre de forma inversa da hipertrófica, formando uma fenda
afundada em relação ao plano tecidual normal, de coloração esbranquiçada. As causas que
contribuem para esse processo de cicatrização normalmente são peles muito finas, de baixa
reparação de colágeno, vinculadas a determinadas patologias como: diabetes, carência
nutricionais, entre outras.
 
Fonte: HENADZI PECHAN / Shutterstock.com
 Cicatriz atrófica.
CICATRIZ QUELOIDIANA
O queloide tem surgimento mais incidente em indivíduos latinos e afrodescendentes. A
justificativa é que, em determinados indivíduos, durante o processo de cicatrização provocada
por uma lesão (corte, ferimentos, queimaduras, vacinas entre outros) em que os fibroblastos
irão atuar para o processo da cicatrização, ocorre uma falha na liberação da enzima
colagenase durante a síntese para reparar a lesão. Essa enzima controla o colágeno
produzido, degradando sua produção excessiva, porém, quando ocorre uma falha neste
controle enzimático, há uma produção de colágeno em excesso, que se deposita sobre a pele.
Nesse tipo de reparação tecidual, formam-se bordas irregulares, de coloração avermelhada ou
roxa, apresentando alto relevo proeminente sobre a pele, definido como cicatriz queloidiana.
 
Fonte: Prapat Aowsakorn / Shutterstock.com
 Cicatriz queloidiana no dorso da mão.
CICATRIZ FIBROSA
Resulta de um processo de cicatrização que ocorre de forma interna e profunda (derme e tela
subcutânea), situada em pós-cirúrgicos como lipoaspiração entre outros, em que houve o
deslocamento de pele. O tegumento, quando lesionado, tem como sua primeira medida “fechar
a parte externa” (epiderme) para evitar a contaminação por microrganismo e, dessa forma,
ocorre a cicatrização mais rápida. Já a parte mais interna (derme) tem sua cicatrização de
forma mais lenta (tardia), podendo levar a uma reparação fibrótica na região da lesão.
 
A fibrose é uma resposta à cicatrização ocasionada pelo aumento de fibras colágenas que
atuam na reparação tecidual de consistência dura, que conferem aparência visual e sensorial,
apresentando “nódulos” internos, retrações entre outros. Um pré e pós-operatório imediato com
a realização da DLM facial podem evitar ou amenizar o comprometimento fibrótico da pele.
QUAL É A IMPORTÂNCIA DA DLM PARA EVITAR A
FIBROSE E COMO PROCEDER?
Com o processo de cicatrização da pele, pode ocorrer a fibrose. Como a execução da
drenagem linfática manual atua na defesa e ação anti-inflamatória, redução de hematoma
e equimoses, a DLM ajuda a não se instalar a cicatrização endurecida (fibrótica),
causando percepção ao toque (sensorial) pelo cliente, o que pode acarretar em baixa estima.
Existe alguma forma de prevenir a fibrose?
Uma das formas de prevenir a fibrose é iniciar a DLM no pré-operatório com uma certa
antecedência ao agendamento da cirurgia. No pós-operatório imediato, é preciso seguir a
frequência de, pelo menos, duas vezes por semana, interagindo com o processo de
cicatrização tecidual, 48 horas logo após o ato cirúrgico, respeitando todas as recomendações
médicas.
Em alguns casos de fibrose, o paciente pode até ser submetido à realização de procedimento
invasivo para a retirada da fibrose. Assim, a realização e a orientação para a execução da
técnica de DLM são fundamentais para evitar esses acometimentos indesejáveis pós-
cirúrgicos.
A fibrose, uma vez instalada e tendo seu processo amadurecido (meses após a cirurgia
realizada), fica mais difícil de ser corrigida de forma rápida, sendo necessária a DLM
intensificada com outros recursos, como: carboxiterapia, ultrassom, ozônioterapia. Esses
recursos devem ser utilizados de forma pontual, a fim de desfazer o tecido fibrótico.
 ATENÇÃO
Para aplicar as técnicas de carboxiterapia e ozônioterapia, é necessário curso de
aperfeiçoamento técnico-profissional.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A DLM FACIAL, NOS PROCEDIMENTOS PRÉ-OPERATÓRIOS, TEM
COMO OBJETIVO O PREPARO DA PELE PARA O PROCEDIMENTO
CIRÚRGICO. TODAS AS ALTERNATIVAS A SEGUIR SE REFEREM AOS
BENEFÍCIOS DA DLM, EXCETO:
A) Acelera a cicatrização.
B) Aumenta a produção de fibras colágenas.
C) Diminui equimoses.
D) Diminuir edemas pós-cirúrgicos.
E) Aumenta os hematomas.
2. APÓS A REALIZAÇÃO DO ATO CIRÚRGICO, COSTUMA-SE LIBERAR O
PACIENTE PARA RECEBER A DLM FACIAL SOB AS SEGUINTES
CONDIÇÕES DE PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO:
A) 48 horas com liberação médica.
B) 24 horas sem liberação médica.
C) 72 horas com uso de cosmético.
D) 12 horas com autorização do cliente.
E) 8 horas com indicação do profissional.
GABARITO
1. A DLM facial, nos procedimentos pré-operatórios, tem como objetivo o preparo da
pele para o procedimento cirúrgico. Todas as alternativas a seguir se referem aos
benefícios da DLM, exceto:
A alternativa "E " está correta.
 
Um dos benefícios da DLM facial no pós-operatório trata-se da diminuição da presença dos
hematomas, muito ocorrentes após um trauma cirúrgico.
2. Após a realização do ato cirúrgico, costuma-se liberar o paciente para receber a DLM
facial sob as seguintes condições de pós-operatório imediato:
A alternativa "A " está correta.
 
Costuma-se iniciar a DLM facial em 48 horas após o término da cirurgia, sem a utilizaçãode
nenhum produto cosmético, somente com a liberação médica.
MÓDULO 3
 Reconhecer algumas cirurgias estéticas faciais
Fonte: Wikipedia.
PANORAMA MUNDIAL DAS CIRURGIAS
PLÁSTICAS ESTÉTICAS
À medida que a população envelhece, a vaidade do indivíduo rompe barreiras e,
independentemente de classe social, a busca por padrões de beleza, idealizados muitas vezes
pelo próprio indivíduo, elevou a busca por cirurgias estéticas.
O indivíduo também se tornou mais imediatista, desejando uma recuperação mais rápida, e
busca por cicatrizes menos visíveis, técnicas menos agressivas, invasivas e resultados mais
satisfatórios em seus procedimentos.
 
Fonte: Syda Productions / Shutterstock.com
 Cirurgia estética facial.
A cirurgia plástica visa o contentamento e a satisfação do cliente pela busca de sua aparência
desejada, seja por um nariz mais afilado, um rosto mais jovem ou lábio mais cheio, mantendo
uma harmonia facial.
Todavia, o ato de preparação cirúrgica, pré ou pós operatório, requer um trabalho estético.
Muitas vezes, há necessidade de uma limpeza de pele, hidratação facial ou peeling antes da
cirurgia ou procedimento mais invasivo.
A estética está muito presente nas etapas das cirurgias plásticas: reparadoras, reconstrutivas,
estéticas e, até mesmo, curativas. A DLM é uma grande aliada na recuperação sem
complicações, pois a técnica aplicada corretamente ajuda a diminuir o edema na região da
incisão cirúrgica, transmitindo acolhimento ao cliente e promovendo o bem-estar.
O termo cirurgia plástica origina-se da palavra grega plastikos, que significa moldar, reparar
etc. É preciso ressaltar que apesar de se relacionar com a palavra estética, existe diferença
entre ferimento e cicatriz, por mais que seja mínima.
 
Fonte: Gorodenkoff / Shutterstock.com
Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), em 2018, foram
registradas quase 1,5 milhão de cirurgias plásticas no Brasil.
Nos últimos três anos, os procedimentos estéticos com maior crescimento foram:
rejuvenescimento vaginal, abdominoplastia, gluteoplastia e rinoplastia.
Os implantes de mamas seguem como o procedimento mais popular, seguido da lipoaspiração
e blefaroplastia.
 SAIBA MAIS
O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos, só perde para os Estados
Unidos.
Vamos ver agora algumas cirurgias estéticas faciais que estão presentes na prática
clínica dos profissionais da área da Saúde e Estética?
REJUVENESCIMENTO OU LIFTING FACIAL
A vaidade humana, cada vez mais, vem estimulando profissionais a buscarem novas técnicas,
para desenvolverem procedimentos que atuem contra o envelhecimento, seja por meio dos
cosméticos com novas tecnologias ou de procedimentos cirúrgicos cada vez mais avançados.
Envelhecer é algo inevitável, faz parte da ordem cronológica de todo ser vivo, mas o que todos
desejam é manter aparência jovial por mais tempo, com o mínimo de rugas possível. Assim, a
cirurgia plástica cada vez mais vem realizando os liftings faciais. Esse tipo de cirurgia consiste
em uma técnica minuciosa para remover (descolar a pele facial, esticar e cortar) o excesso de
pele da região da face e do pescoço, levando a incisão para o couro cabeludo e atrás das
orelhas como forma de “esconder” o procedimento cirúrgico realizado.
Veja a comparação entre antes e depois de um lifting facial.
 
Fonte: TanyaLovus / Shutterstock.com
 
Fonte: TanyaLovus / Shutterstock.com
Como em todo procedimento cirúrgico, o ideal é que exista um preparo desta pele (face) antes
da realização do procedimento. Alguns cirurgiões plásticos orientam ao paciente que, antes da
cirurgia, façam uma limpeza de pele a fim de contribuir com o quadro de aparência estética, ou
seja, sem comedões, miliuns e afinar a camada córnea , além de iniciar as sessões de DLM
que antecederão o preparo pré-cirúrgico, como resposta de recuperação de forma acelerar a
cicatrização, com menos equimoses entre outros efeitos.
Atualmente, esse tipo de cirurgia está muito avançado e as intercorrências são mínimas, que
normalmente são responsabilidade do próprio paciente que descumpriu as orientações e as
recomendações pós-cirúrgicas. O mais ocorrente nesta fase inicial são os hematomas, muito
presentes, devido à resposta ao trauma cirúrgico promovido na pele; em seguida, o edema de
forma unilateral, devido ao descolamento facial, acompanhado de dor e desconforto por parte
do paciente.
RINOPLASTIA
Caracteriza-se pela cirurgia de reconstrução do nariz. Ao contrário do que muitas pessoas
pensam, é um procedimento muito antigo. Papiros egípcios datados em 1.500 A.C relataram
que ladrões e assassinos tinham seu nariz mutilado como forma de punição.
[...] A CIRURGIA PLÁSTICA REALIZADA NA REGIÃO
DO NARIZ, ENTRE TODAS, É A QUE REQUER MAIS
HABILIDADE, CONHECIMENTO ANATÔMICO E SENSO
ESTÉTICO APRIMORADO PARA REALIZAÇÃO DA
ARTE CIRÚRGICA ESTETICAMENTE PERFEITA DO
NARIZ.
Mauad, 2001.
Ao agendar a cirurgia de rinoplastia, é ideal que o indivíduo já tenha o profissional qualificado
para realizar a DLM de preparo para o procedimento; também é preciso ter o acompanhamento
em atendimento domiciliar já agendado. Indica-se que o pré-operatório inicie trinta dias antes
da cirurgia, com a execução da DLM facial para a preparação, a fim de contribuir com uma
recuperação assistida, redução de edemas, equimoses, relaxamento entre outros.
No pós-operatório de rinoplastia, a presença de edema, equimoses e rubor tende a se
encontrar por toda região facial, abrangendo olhos (orbicular dos olhos), lábios, entre outras
áreas, o que é perfeitamente normal, pois este procedimento compromete todo o entorno
nasal.
O paciente recebe uma imobilização (tala ou gesso) após a cirurgia para preservar a região e
ajudar na modulação nasal. Dessa forma, a DLM deve ser executada sem retirar o aparato
(tala, curativo ou qualquer recurso que esteja protegendo o nariz).
As manobras da DLM facial no pós-operatório são as mesmas da drenagem manual facial, mas
o que difere é a cautela na realização dos movimentos e na preservação da região nasal (não
trabalhar sobre a região da incisão, e sim em seu entorno), respeitando a tala colocada e o
período de permanência que o cirurgião determinar. Depois que o próprio médico fizer a
retirada, o que acontece aproximadamente até quinze dias após a cirurgia, a DLM facial deixa
de ser pós-operatório imediato, permitindo-se sua realização na região nasal.
O pós-operatório de rinoplastia costuma ser bastante desconfortável, muitos pacientes relatam
dor. A recomendação médica é a ingestão somente de líquidos. Os pacientes que não seguem
as orientações podem apresentar sangramento leve, moderado ou intenso. O paciente deve
ser orientado a permanecer com a cabeça a pelo menos 30 graus, sendo o ideal 45 graus, ou
seja, elevada.
 
Fonte: eldar nurkovic / Shutterstock.com
 Pós-operatório rinoplastia.
 DICA
Após sessão de DLM no pós-operatório tardio (após 28 dias), realize a finalização com
máscara calmante (Tília, Camomila, Betaglucan etc). Confira a autorização médica para
realizar a máscara.
Veja a comparação entre o antes e o depois de uma cirurgia de rinoplastia.
 
Fonte: logika600/ Shutterstock.com
 
Fonte: logika600/ Shutterstock.com
OTOPLASTIA
Trata-se de uma cirurgia corretiva na situação denominada popularmente “orelha de abano”
ou “orelha de lobo” (ponta dobrada) e “orelha de concha” (quando não apresenta bordas).
Essa situação ocorre devido a uma deformidade de origem congênita e, se não corrigida, pode
fazer com que o indivíduo sofra com bullying, causando, inclusive, baixa autoestima.
 
Fonte: Vladimir Gjorgiev / Shutterstock.com
Os procedimentos de DLM são realizados de forma mais segura em comparação a outros
procedimentos cirúrgicos porque a incisão fica protegida na região atrás do pavilhão auricular,
por não ser uma área de movimentação.
 
Fonte: HENADZI PECHAN / Shutterstock.com
ANÁLISE MÉDICA ANTES DA CIRURGIA
 
Fonte: LanaVeshta / Shutterstock.com
ANTES E DEPOIS DA OTOPLASTIA
MENTOPLASTIA
Corresponde à realização do aumento do queixo, em que, normalmente, desejava-se fazer
uma harmonização da estrutura facial com o nariz, olhos e boca. A mentoplastia ocorre
também devido à necessidade de cirurgia corretiva, chamada de retroposicionamento (queixo
retraído), podendo ter um implante de silicone (por via perigengival) ou outro recurso para
ajudar a deixar a região mais proeminente.
A imagem a seguir apresenta o antes e o depois de uma cirurgia como essa.
 
Fonte: logika600 / Shutterstock.com
 
Fonte: logika600 / Shutterstock.com
 Antes e depois da mentoplastia.
O pós-operatório restringe a alimentação, permitindo a ingestão somente de líquidos. Devido
ao procedimento realizado, os movimentos mastigação não devem ocorrer, a fim de preservar
a cicatrização local.
A DLM facial é realizada como característica de pós-operatório, de forma imediata ou tardia,
seguindo todas as orientações profissionais (paramentação, biossegurança, ética etc.).
BLEFAROPLASTIA
A blefaroplastia, que vem do termo blepharos, que significa pálpebra, consiste na realização da
cirurgia de pálpebra superior, devido à ptose do tecido, retirando o excesso de pele, decorrente
da inativação muscular de elevar a pálpebra do sulco palpebral superior, tendo como origem
congênita ou adquirida, reconstruindo um olhar mais jovial. Já na parte da pálpebra inferior,
bolsas de gorduras, o procedimento é realizado por meio incisão transconjuntival (diminui as
cicatrizes). Pode ser realizada junto ao lifting facial ou separado.
As cirurgias de blefaroplastia são bem simples e rápidas de executar. O procedimento tem a
duração de aproximadamente uma hora. O pós-operatório consiste em drenagem linfática
manual, após esferas frias na região, aplicação de arnica e camomila para ajudarem na
recuperação alternado com a DLM, uso de óculos de sol e protetor solar.
 
Fonte: Gerain0812 / Shutterstock.com
 Blefaroplastia.
Veja a seguir a representação de um antes e depois de uma cirurgia de blefaroplastia.
 
Fonte: Artemida-psy / Shutterstock.com
 Blefaroplastia.
PREENCHIMENTO FACIAL
Quando o assunto é referente ao preenchimento facial, um leque opcional nos vem à mente.
São tantos, atualmente, existentes no mercado, sendo necessário haver uma orientação
profissional muito esclarecedora. De início, deve ficar evidente que, como o próprio nome diz,
preenchimento consiste em preencher, encher, aumentar. O preenchimento, também conhecido
como bioplastia, pode ser temporário, como exemplo o ácido hialurônico, preenchendo e dando
volume nos sucos (dura até 18 meses), ou definitivo, conhecido como PMMA.
 
Fonte: Prostock-studio / Shutterstock.com
Preenchimento facial definitivo ou permanente – polimetilmetacrilato (PMMA) – é um
preenchimento um pouco controverso, por ser de atuação definitiva. Assim, caso o indivíduo
não goste do efeito, fica muito mais difícil reverter a situação. As regiões que mais utilizam
esse tipo de preenchimento são: maçãs do rosto (região malar e zigomática), queixo, rugas e
contorno da mandíbula.
Muito utilizado como efeito rejuvenescedor, mas não preenchedor, a toxina botulínica, ou
simplesmente Botox, é fabricada a partir da bactéria Clostridium botulinum, cuja atuação
impede a contração muscular momentânea (paralisia), impedindo a aparência de rugas. Seu
tempo de duração é de três a seis meses, dependo do cliente. Nas primeiras 48 horas (tempo
de fixação do produto) já é possível perceber a diferença.
As aplicações do Botox são mais realizadas nas regiões: frontal (testa), “pés-de-galinha”
(orbicular dos olhos) e glabela (entre as sobrancelhas). Os resultados podem ser mais
percebidos pelo cliente somente após 15 dias da aplicação. O Botox costuma durar em torno
de quatro a seis meses, após seu efeito começa a ser reduzido. Em relação à indicação da
drenagem linfática manual, alguns profissionais contraindicam o procedimento, pois a
execução da DLM facial na região que recebeu o Botox reduz seu efeito, diminuindo o tempo
de ação da toxina. Neste caso, o recomendado é realizar a DLM antes do procedimento ser
realizado ou receber drenagem linfática somente corporal.
 SAIBA MAIS
Preenchimento e aplicação de Botox não é de competência do esteticista, mas é importante
conhecer o procedimento caso seja necessário realizar drenagem linfática manual facial na
região em que não for aplicado o Botox.
Como proceder no pós-operatório imediato?
O curativo está presente e não deve ser retirado de forma alguma. Somente o profissional,
cirurgião plástico deverá removê-lo. Sob essas condições, de pós-imediato, o profissional
terapeuta da DLM deve proceder com a sua técnica de forma cautelosa, pois a pele está
iniciando todo seu processo inflamatório e encontra-se sensibilizada. Assim, é preciso realizar
a estimulação (bombeamento) dos gânglios linfáticos, liberados da região facial (que não
estejam cobertos pelo curativo) e proceder com a DLM de forma mais lenta e suave que a
normal.
Após a retirada dos curativos (faixas, ataduras, mantas compressivas entre outros) pelo
cirurgião, o edema costuma aumentar devido à descompressão realizada, o que é normal.
As sessões de DLM faciais devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana. Caso o
paciente tenha condições, pode ser executada de forma inicial até 28 dias após a realização do
procedimento, em dias alternados, sem o uso de cosméticos ou aparelhos, para não provocar o
rompimento da pele e causar dano a todo o processo cirúrgico realizado.
Depois da retirada dos pontos (pelo cirurgião), o que normalmente ocorre no período de sete
dias, a DLM continua a seguir sua frequência, só que agora de forma mais normalizada, pois,
sem as ataduras e os pontos, o profissional tem mais campo de trabalho para atuar. Ainda
assim, existe uma sensibilidade na região facial. Por isso, a cautela ainda se faz necessária.
Somente após 28 dias, aproximadamente, é que há um quadro de estabilidade, que vai se
consolidando sucessivamente.
Durante a visita profissional, para execução da DLM, caso seja identificado que algo não está
dentro de um padrão normal, como, por exemplo, sangramento, febre, seroma etc., é preciso
entrar em contato com o cirurgião responsável pelo procedimento.
Veja algumas dicas profissionais importantes a seguir:
ATENDIMENTO
Ao combinar com o cliente para acompanhar o pós-cirúrgico, veja as orientações médicas,
solicite o contato do cirurgião plástico (telefone), anote na ficha desse cliente para qualquer
situação que você precise esclarecer sobre problemas percebidos durante a DLM (não
esqueça de se identificar de forma imediata para o cirurgião como terapeuta da DLM do
paciente X, operada dia Y que realizou o procedimento Z) e seja objetivo em suas colocações.
PÓS-CIRURGIA
Para constar, o pós-cirúrgico imediato compreende o período de 28 dias a contar da realização
da cirurgia e é habitual o atendimento em domicílio (home care) dentro dessas condições, em
que se faz necessária a paramentação profissional completa e a biossegurança, além da
pontualidade, postura e ética profissional. Também se costuma, dependendo da cirurgia
realizada, utilizar acessório para realizar a DLM, como almofada triângulo para apoio do corpo
e elevação da cabeça do cliente.
CUIDADOS NECESSÁRIOS
Não se trabalha sobre a incisão cirúrgica (ou cicatriz), mas em seu entorno. O uso de luvas
descartáveis se faz necessário, principalmente em caso de contato com drenos.
ANOTAÇÕES DO PROFISSIONAL
Todo acompanhamento, principalmente pós-cirúrgico, deve conter relatório a cada sessão
(ficha de evolução de tratamento ou prontuário de tratamento de DLM). Essa ficha é
preenchida a cada sessão de tratamento do cliente. Ela deve conter o relato da sessão
realizada, se tudo transcorreu bem, se o cliente relatou dor, náuseas ou qualquer situação que
demande descrição, assim como as datas de sua visita para realização da DLM.
O QUE É SEROMA?Qualquer tipo de cirurgia pode levar a um quadro de complicação com excesso de conteúdo
líquido, causando um processo inflamatório. O seroma pode ser derivado de um hematoma
não identificado no pós-operatório imediato. Deve ser observado, pois, se for de pouco volume,
será reabsorvido de forma natural, mas, se tiver um volume maior, pode caracterizar
necessidade de procedimento médico para resolver o problema.
Compete ao profissional que executa a DLM facial observar e relatar quaisquer situações que
fujam de um padrão normal no pós-cirúrgico imediato, comunicando ao médico responsável
pelo procedimento de forma imediata.
DLM NO PREENCHIMENTO FACIAL E
BOTOX
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DENTRO DAS RECOMENDAÇÕES, COMPETE AO PROFISSIONAL DA
DLM FACIAL, AO ATENDER EM DOMICÍLIO, RELATAR POR ESCRITO E
ASSINAR O OCORRIDO DURANTE A SESSÃO COM O CLIENTE. ESSAS
ANOTAÇÕES SERÃO REALIZADAS NA:
A) Ficha de anamnese
B) Bloquinho de anotações
C) Ficha de evolução
D) Folha de observações
E) Ficha de cadastro de clientes
2. INDIQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA ATITUDE
INCORRETA DURANTE O ATENDIMENTO AO CLIENTE NO PÓS-
OPERATÓRIO IMEDIATO:
A) Usar paramentação completa (jaleco, calça, sapatos etc.)
B) Usar luvas descartáveis durante a execução da DLM.
C) Retirar os curativos para realizar a DLM melhor.
D) Realizar os movimentos com cautelas e suavidade.
E) Respeitar as recomendações e ordens médicas.
GABARITO
1. Dentro das recomendações, compete ao profissional da DLM facial, ao atender em
domicílio, relatar por escrito e assinar o ocorrido durante a sessão com o cliente. Essas
anotações serão realizadas na:
A alternativa "C " está correta.
 
A cada sessão de atendimento ao cliente, deve ser preenchida a ficha de evolução de
tratamento ou prontuário de tratamento de DLM, com a finalidade de relatar como procedeu a
visitação do profissional diante do atendimento home care.
2. Indique a alternativa que apresenta uma atitude incorreta durante o atendimento ao
cliente no pós-operatório imediato:
A alternativa "C " está correta.
 
Somente o cirurgião que realizou o procedimento pode proceder com a retirada dos curativos
(faixas, ataduras, manhas compressivas entre outros) e não é permitido ao profissional que
executa a DLM mexer ou remover nesses curativos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta abordagem referente à técnica de drenagem linfática manual facial por meio da
execução de manobras foram evidenciadas as aplicabilidades terapêuticas, tanto no preparo
do paciente para o procedimento, a partir de um agendamento cirúrgico, no chamado pré-
operatório, quanto no procedimento realizado, o pós-operatório.
Assim, observaram-se os diversos efeitos benéficos proporcionados pela realização da DLM
facial, como a aceleração do processo de cicatrização, recuperação e bem-estar do paciente.
Foram direcionadas ao profissional instruções importantes, com ênfase no pós-operatório
imediato, citando o atendimento em domicílio (home care), bastante procurado, devido ao
repouso necessário que algumas cirurgias necessitam ou, até mesmo, devido à comodidade
que proporciona ao paciente.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BORGES, F. dos S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas.
São Paulo: Phorte, 2006.
ELWING, A. Drenagem linfática manual: teoria e prática. São Paulo: SENAC, 2010.
EVANS, G. R. D. Cirurgia plástica: estética e reconstrutora. Rio de Janeiro: Revinter, 2007.
GARCIA, N. Mª. Passo a passo da Drenagem Linfática Manual em Cirurgia Plástica. Brasília:
Senac, 2010.
GODOY, J. M. P.; GODOY, M. F. G. Drenagem linfática manual: novo conceito. Jornal
Vascular Brasileiro, v. 3, p. 35. São Paulo: Manole, 2007.
VANS, G. R. D. Cirurgia plástica: estética e reconstrutora. Rio de Janeiro: Revinter, 2007.
INTERNATIONAL SOCIETY OF AESTHETIC PLASTIC SURGERY. Mais recente estudo
internacional demonstra crescimento mundial em cirurgia estética. Consultado em meio
eletrônico em: 17 nov. 2020.
MAUAD, R. J.J. Estética e Cirurgia Plástica: Tratamento no pré e pós-operatório. São Paulo:
SENAC, 2001.
EXPLORE+
Leia o artigo científico Cicatrização: conceitos atuais e recursos auxiliares – Parte I, de
Samuel Henrique Mandelbaum, Érico Pampado Di Santis e Maria Helena Sant'Ana
Mandelbaum.
Consulte também o texto Os benefícios da drenagem linfática manual no pós-operatório
de rinoplastia. Nesse artigo, Jane Regina Frewyd Sawntsy e Flaviano Gonçalves Lopes
de Souza buscam comprovar esses benefícios, por meio de revisão bibliográfica.
CONTEUDISTA
Cláudia Batalha
 CURRÍCULO LATTES
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