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Apostila - ACONSELHAMENTO CRISTÃO

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ACONSELHAMENTO
CRISTÃO
Professor Me. Rubem Almeida Mariano
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
Roney de Carvalho Luiz
Design Educacional
Fernando Henrique Mendes 
Rossana Costa Giani 
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Editoração
José Jhonny Coelho
Revisão Textual
Jaquelina Kutsunugi, Keren Pardini, Maria 
Fernanda Canova Vasconcelos, Nayara 
Valenciano, Rhaysa Ricci Correa e Susana Inácio
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; MARIANO, Rubem Almeida.
 Aconselhamento Cristão. Rubem Almeida Mariano. 
 Reimpressão
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018.
 134 p.
“Graduação em Teologia - EaD”.
 
 1. Teologia. 2. Capelania cristã. 3. Aconselhamento. 4. EaD. 
I. Título.
ISBN 978-85-8084-271-5
 CDD - 22 ed. 230
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar – 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecida como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal 
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa-
zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa-
tível com os desafios que surgem no mundo contem-
porâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó-
gica e encontram-se integrados à proposta pedagó-
gica, contribuindo no processo educacional, comple-
mentando sua formação profissional, desenvolvendo 
competências e habilidades, e aplicando conceitos 
teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-
ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais 
têm como principal objetivo “provocar uma aproxi-
mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi-
bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação pes-
soal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cres-
cimento e construção do conhecimento deve ser 
apenas geográfica. Utilize os diversos recursos peda-
gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possi-
bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente 
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e en-
quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus-
sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de 
professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Diretoria Operacional 
de Ensino
Diretoria de 
Planejamento de Ensino
Professor Me. Rubem Almeida Mariano
Possui graduação em Teologia - Seminário Teológico de Londrina da 
Igreja Presbiteriana Independente (1990), graduação em Filosofia pela 
Universidade do Sagrado Coração (1999) e graduação em Psicologia pelo 
Centro Universitário de Maringá (2009). Mestrado em Ciências da Religião 
pela Universidade Metodista de São Paulo (1997). Tem experiência nas áreas 
de Metodologia de Ensino e Científica, Filosofia e Ética Profissional, Educação 
e Ensino Religioso, Psicologia Aplicada as organizações, à Saúde, à Educação 
e ao Direito. Ministra palestra sobre os seguintes temas: sociedade, filosofia, 
ética profissional, religião, Assédio Moral. Psicólogo Clinico, Organizacional e 
Perito - Assistente Técnico.
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TO
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SEJA BEM-VINDO(A)!
“Jesus era absolutamente honesto, profundamente compassivo, altamente sensível e espi-
ritualmente maduro”. 
Collys, G. R. em Aconselhamento Cristão.
Os estudos teológicos classicamente estão subdivididos em Teologia Bíblica, Teologia 
Sistemática e Teologia Prática. O primeiro volta-se para os fundamentos e os rudimentos 
dos textos bíblicos do Antigo testamento (AT) e Novo Testamento (NT); o segundo abor-
da as elaborações filosófico-teológicas enquanto sistema de interpretação e compreen-
são de doutrinas cristãs sistematicamente construídas, bem como dialoga com outros 
saberes como é o caso da Filosofia, Sociologia, Antropologia, Psicologia dentre outros 
e, por fim, a Teologia Prática, que tem como objetivo fundamentar construções teóri-
cas e práticas da ação evangélica. Nesse particular, em nossos dias, há uma significativa 
demanda para a Teologia Prática, haja vista que vivemos tempos de novos paradigmas, 
por que não dizer, os quais exigem maior rigor e necessidades de atuação da Teologia.
A disciplina “Aconselhamento Cristão” é uma disciplina que se coloca no eixo da Teologia 
Prática. É importante ressaltar que Teologia Prática, conforme Silva (2010), designaria 
a reflexão crítica sobre a ação eclesial. No contexto da Teologia Prática, todas as ações 
implicam no agir da Igreja como liturgia, ensino, diaconia, aconselhamento e capelania 
dentre outras. Para Szenmártony (1999), deve-se compreender a Teologia Prática como 
uma reflexão teológica sobre o conjunto das atividades nas quais a Igreja se encarna, 
tendo presente a natureza da Igreja e a situação atual desta no mundo.
Os referenciais teóricos utilizados foram de literatura, devidamente sustentados na 
visão clássicada Teologia, sem nunca perder o tom crítico; assim como, também, nos 
estudos sobre aconselhamento e capelania. Faz-se necessário sublinhar que as fontes 
bibliográficas publicadas sobre capelania são deveras escassas, diferentemente das so-
bre aconselhamento.
A lógica desta disciplina prima pelo diálogo e respeito entre os conhecimentos que 
fazem interface com a Teologia Prática, o qual não poderia ser diferente, contudo, foi 
opção respeitar as especificidades dos conhecimentos para a constituição do estudo 
desta disciplina, ou seja, referente ao aconselhamento cristão, primou-se em estudá-lo 
de forma muito peculiar junto com os conhecimentos de aconselhamento advindo do 
universo psicológico. Tal opção não tira em nada o brilho e a riqueza das elaborações e 
contribuições da Teologia Prática para a ação evangélica nessa área. Acredita-se sim que 
esse procedimento, na verdade, marca de forma indelével o respeito e o entendimento 
que os conhecimentos devem realmente exercitar, no contexto acadêmico, para a me-
lhor compreensão do objeto de estudo em comum entre esses dois saberes.
Quanto aos objetivos a serem alcançados nesta disciplina, procurou-se atender as três áre-
as enfatizadas pela didática, a saber: cognitiva, afetiva e motora. Nesta sequência e sentido, 
foram sendo elaborados os estudos tema a tema para que o aluno ou a aluna, ao final desta 
disciplina, tenha condições de conhecer e de refletir sobre os conhecimentos necessários 
para o exercício da Teologia, em especial, nas áreas do Aconselhamento e Capelania Cristã. 
APRESENTAÇÃO
ACONSELHAMENTO CRISTÃO
Por fim, a disciplina “Teologia, Aconselhamento e Capelania Cristã” está divida em 5 
unidades: UNIDADE I – Aconselhamento e Capelania Cristã: Marco Bíblico-Teológi-
co; UNIDADE II – Os Fundamentos do Aconselhamento e da Capelania Cristã; UNI-
DADE III – Teologia e Práticas em Aconselhamento Cristão; UNIDADE IV – O Perfil e 
Papel do Conselheiro e do Capelão Cristão e UNIDADE V – Temas e Procedimentos 
em Aconselhamento e Capelania Cristã.
8 - 9
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
8 - 9
UNIDADE I
ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ: MARCO 
BÍBLICO-TEOLÓGICO
13 Introdução
14 Diaconia, Ministério, Aconselhamento e Capelania Cristã 
16 Poimênica, Aconselhamento e Capelania Cristã 
21 Cuidado, Aconselhamento e Capelania Cristã 
26 Considerações Finais 
UNIDADE II
OS FUNDAMENTOS DO ACONSELHAMENTO E DA 
CAPELANIA CRISTÃ
33 Introdução
34 Aconselhamento e Capelania Cristã: Apontamentos Históricos 
35 Fundamentos e Teorias em Aconselhamento Cristão 
44 Os Fundamentos da Capelania Cristã 
47 Considerações Finais 
SUMÁRIO
10 - PB
UNIDADE III
TEOLOGIA E PRÁTICAS EM ACONSELHAMENTO CRISTÃO
59 Introdução
60 Propostas, Técnicas e Comportamentos em Aconselhamento Cristão 
66 Promovendo o Diálogo com o Aconselhando 
70 Considerações Finais 
UNIDADE IV
O PERFIL E O PAPEL 
DO CONSELHEIRO E DO CAPELÃO CRISTÃO
81 Introdução
81 Perfil e Atitudes do Conselheiro Cristão 
92 Perfil e Papel do Capelão Hospitalar 
98 Considerações Finais 
UNIDADE V
TEMAS E PROCEDIMENTOS EM ACONSELHAMENTO 
E CAPELANIA CRISTÃ
107 Introdução
108 Aconselhamento de Apoio 
112 Aconselhamento em Casos de Perda Pessoal 
116 Aconselhamento em Casos de Crise Matrimonial 
124 Considerações Finais 
131 CONCLUSÃO
133 REFERÊNCIAS
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Professor Me. Rubem Almeida Mariano
ACONSELHAMENTO E 
CAPELANIA CRISTÃ: MARCO 
BÍBLICO-TEOLÓGICO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Ressaltar os fundamentos bíblico-teológicos do Ministério, Cuidado, 
Poimênica, Aconselhamento e Capelania Cristã.
 ■ Assinalar os aspectos fundamentais do Aconselhamento e da 
Capelania Cristã.
 ■ Identificar os significados do termo “diaconia”, na Bíblia.
 ■ Conscientizar que o fazer Aconselhamento e Capelania Cristã são 
atos próprios do serviço cristão.
 ■ Conhecer os fundamentos bíblico-teológicos da poimênica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Diaconia, Ministério, Aconselhamento e Capelania Cristã
 ■ Poimênica, Aconselhamento e Capelania Cristã
 ■ Cuidado, Aconselhamento e Capelania Cristã
INTRODUÇÃO
“Os ensinos do Senhor são certos e alegram o coração. Os seus ensina-
mentos são claros e iluminam a nossa mente”. (Salmo 19: 8)
“A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos e luz para o meu 
caminho”. (Salmo 119:105)
“A Palavra era a fonte da vida e essa vida trouxe a luz para todas as pes-
soas”. (Evangelho de João 1: 4)
A boa tradição cristã, de corte Protestante, ressalta a Bíblia como uma das fon-
tes necessárias para o desenvolvimento da Fé Cristã. Nesse sentido, a presente 
unidade busca evidenciar os fundamentos para a prática do aconselhamento e 
da capelania cristã que assinalem, por um lado, uma genuína tradição cristã e, 
por outro, dialogue com as necessidades de nosso tempo.
Por isso, nos voltamos para os fundamentos bíblicos e teológicos do pró-
prio ministério cristão em que se destacaram os seguintes temas: diaconia, 
ministério, poimênica e cuidado. Nossa fundamentação teórica parte do latino 
Gattinoni (apud CASTRO, 1973) sobre “As bases do ministério pastoral no Novo 
Testamento” e do americano Clinebell (2000) sobre “O aconselhamento pasto-
ral modelo centrado em libertação e crescimento no universo bíblico” dentre 
outros. Em ambos os autores citados, bem como nos outros, temos o objetivo 
maior de fundamentar biblicamente o aconselhamento e capelania cristã, como 
expressão mesma da ação cristã, ou seja, do próprio Cristo hoje.
Como se observou na apresentação, os estudos teológicos classicamente 
estão subdivididos em Teologia Bíblica, Teologia Sistemática e Teologia Prática. 
Esta última, a Teologia Prática, tem como objetivo fundamentar construções 
teóricas e práticas da ação evangélica. Nesse particular, em nossos dias, há uma 
significativa demanda para a Teologia Prática haja vista as necessidades do nosso 
tempo, as quais diferem de outros; há a necessidades de novos paradigmas, por 
que não dizer os quais exigem maiores, novas elaborações e ações da Teologia 
na sua modalidade prática.
Nesse sentido, nota-se uma demanda significativa para dois ministérios em 
especial da igreja hoje: aconselhamento e capelania cristã. Eles apontam para as 
necessidades individuais, grupais, comunitárias, familiares, conjugais, sociais 
Introdução
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ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ: MARCO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E14
dentre outras. Essas necessidades cobram respostas da igreja. Contudo, essas 
repostas precisam de fundamentação também Teológica, para que esses minis-
térios, ações e vocações da igreja estejam em consonância com a Palavra de Deus 
e, assim, sejam eficazes, do ponto de vista bíblico, teológico e prático.
DIACONIA, MINISTÉRIO, ACONSELHAMENTO E 
CAPELANIA CRISTÃ
O exercício do aconselhamento e da capelania cristã está na mesma perspectiva 
do ministério cristão, uma vez que o ato de servir e o diaconato é o ponto de 
partida e de chegada de toda e qualquer ação cristã. Isso pode ser evidenciado 
quando voltamos nosso olhar para o universo neotestamentário, o qual ressalta 
como fundamento essencial do ministério cristão, o serviço. Portanto, servir se 
constitui fundamentalmente no próprio ser e agir do ministério cristão, que tem 
no ato de cuidar, uma de suas facetas indeléveis. 
Inicialmente, Gattinoni (apud CASTRO, 1973) informa que o sentido eti-
mológico do termo “diákonos” indica uma tarefa de condutor de camelos no pó 
(poeira): diá = através kónos = pó, portanto diácono é um servente, um servidor. 
Exemplo maior é o próprio Jesus quando lava os pés dos discípulos (Jo. 13:1-17); 
o serviço é a definição própria da missão de Jesus, portanto ele veio para servir, 
pois é um servo (Lc. 22:27e Mc. 10:45). 
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Diaconia, Ministério, Aconselhamento e Capelania Cristã
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Compreende Gattinoni (apud CASTRO, 1973) que o ministério pastoral não 
pode deixar de evidenciar essa atitude serviçal. Tal atitude é imprescindível, con-
forme Mt. 20:25-28; 25:31-46; 10:24. Nesse perspectivo, tanto o aconselhamento 
quanto a capelania devem estar inseridos nessa visão bíblica: servir.
Gattinoni (apud CASTRO, 1973) apresenta outro significado para a palavra 
diaconia, a palavra grega “doulos”, no sentido “escravo”, que serve. A ideia fun-
damental desse vocábulo é ressaltar o espírito serviçal como sendo inerente ao 
ministério e a todo e qualquer cristão (intra e extracomunidade). O próprio Jesus 
Cristo recebeu esse título como sendo “O servo por excelência” (Fil. 2:5-11; Atos 
3:13,26; 4:27). Esse título é também conferido aos autores dos livros bíblicos: 
João 1:1, Atos 16:17, 2Cor. 4:5; 9:19; em II Ti. 2:24, o ministro como sendo servo; 
todos os cristãos assim o são: servos (Atos 2:18 e 4:29). Esse significado é desig-
nado universalmente e válido a todo o corpo de Cristo (I Cor. 7:22 e I Pedro 2:16). 
Portanto, os cristãos são chamados a servir a Cristo e ao seu Reino (Ro. 7:6; 
Col. 3:24; I Ts. 1:9; 1:1; 2:20;7;3); nesse sentido, o serviço aos homens é enten-
dido como servir ao Senhor Jesus Cristo (Ro. 14:18; Gá. 5:13; Ef. 9:9); a ideia de 
servir dos seres humanos como parte do serviço a Cristo (I Cor 16:15; II Cor. 
6, 8:4; 9:1, 12; Atos 20:28, 34, 35; II Ti. 1:18; Fim. 13) ou ainda, o servir às pes-
soas como sendo uma ação ao próprio Cristo (Mat. 25:31-46). Diaconia, nesse 
sentido, por fim, evoca de forma categórica que todo e qualquer ministério da 
Igreja, com destaque para o aconselhamento e capelania cristã, é um ato de ser-
viço ao próximo no mundo. Uma ação missionária que nasce do ministério de 
Jesus Cristo como identidade da Igreja. 
Por fim, outro sentido para “diaconia” é uma expressão, conforme Gattinoni 
(apud CASTRO, 1973), “Diaconia como um ministério da Igreja, a serviço da obra 
de Deus, no mundo”. Diaconia como ministério de toda a Igreja e de toda a comuni-
dade cristã, bem como de cada comunidade em particular – Ef. 4:12; Ap. 2:19; I Co.12 
e Ro. 12:1-8; ou seja, toda e qualquer comunidade que se diz cristã tem uma iden-
tidade em comum: ser sinal de Deus por meio do serviço da igreja às pessoas. Essa 
expressão coroa e assinala a riqueza dos sentidos para “diaconia” já observados acima. 
Compreende-se, sem dúvida, que os sentidos de “diaconia” abordados até 
o presente ressaltam biblicamente o serviço como fundamento para o exercício 
do ministério cristão, ou os mais diversos ministérios da igreja, com destaque 
para o aconselhamento e a capelania cristã. 
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ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ: MARCO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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POIMÊNICA, ACONSELHAMENTO E CAPELANIA 
CRISTÃ
Do ponto de vista bíblico-teológico, uma das imagens mais marcantes é o teste-
munho do cuidado de Deus pela humanidade. 
Assim, no Antigo Testamento, surge a imagem e a memória do Deus-Pastor 
como Aquele que conduz o povo, como faz um bom pastor ao conduzir suas 
ovelhas. Tal tradição faz parte da própria experiência existencial e de subsistên-
cia de todo um povo.
A vida do povo hebreu dependia do cultivo do rebanho de ovelhas. Este ani-
mal era a principal fonte de subsistência. Nesse sentido, a experiência pastoril 
e a subsistência humana que girava ao redor do rebanho não eram exclusivas 
de Israel, mas contemplavam todos os povos do mundo bíblico; assim como, 
também, para os povos mesopotâmicos. Por sinal, foram estes os primeiros a 
metaforizar a imagem do “pastor”.
Javé, portanto, é compreendido como o único e verdadeiro Pastor de Israel. 
Essa alegoria é celebrada no AT, especificamente, no Sl 23.1: “O Senhor é meu 
pastor, nada me faltará”. Ao lado Dele não há outro! Este Salmo revela a poimê-
nica, pois ele refere-se ao centro 
vital do ser humano, que é sua 
relação com Deus. Uma rela-
ção concretizada a partir da fé 
humana em Deus, enquanto 
Criador e Pastor da vida. 
Então, a poimênica, nesse con-
texto, remete para aquilo que 
permite e ajuda o ser humano 
a continuar a respirar, a man-
ter a sua vida saudável, afinal a 
morte para o semita é a falta da 
relação com Deus.
Nesse sentido, Hoepfner 
(2008), comenta:
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Poimênica, Aconselhamento e Capelania Cristã
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Assim a poimênica, no mundo semita, está muito próxima da luta cons-
tante do ser humano para manter ou resgatar a sua relação com Deus 
por meio das diferentes articulações da vida em comunidade, como o 
culto e o sacrifício a Deus. Entretanto, compreende igualmente a busca 
por uma plena e justa integração social do indivíduo que cai no abismo 
do isolamento, que negligencia a sua relação com Deus e, conseqüen-
temente, não mais se considera parte integrante do povo de Deus. Ali 
onde o ser humano petrifica o seu coração, onde vive exclusivamente 
a partir do seu próprio ar, da sua exclusiva respiração, - isto é, vive ao 
redor do seu próprio ser -, a nefesh sucumbe, já não encontrará fôlego 
de vida e, por fim, clamará: “Como suspira a corça pelas correntes de 
água, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma” (Sl 42.1). A tradução 
de Lutero é mais enfática, pois translada “suspira” por “gritar” (schreit). 
Quer dizer, em meio ao abandono de Deus, o ser humano grita, geme, 
se desespera, pois enxerga com profundidade e dor o abismo em que 
sua aparente auto-suficiência o levou. “No culto se articulavam o grito, 
a lamentação e a prece por ajuda da pessoa que se encontrava fora da 
relação com Deus, que não conseguia mais enxergar o seu rosto” (p.55).
Nessa perspectiva, a poimênica tem a ver com o clamor e o louvor da criatura 
perante o seu Criador. O ser humano clama pelo hálito de vida que provém de 
Deus e o louva por este hálito que o mantém, como afirma o último salmo: “Todo 
ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!” (Sl 150.6).
Hoepfner (2008) afirma ainda que: 
Os principais agentes da poimênica eram, sobretudo, os Sacerdotes (Lv 
12ss.; 1 Sm 1.9ss.), os anciãos e juízes que tomam decisões em casos de 
conflito (Rt 4), os profetas que desenvolvem na sua prática a admoesta-
ção e a consolação individual e coletiva (2 Sm 12; Is 40.1ss.) e, em pri-
meiro lugar, os sábios, homens do povo que transmitiam como pais de 
família os conselhos da sabedoria popular para os filhos (Pv 4ss.) (p.56).
Nota-se que a poimênica está no coração do Antigo Testamento, pois ressalta e 
afirma categoricamente que tudo aquilo que torna plena a vida é concedida pelo 
Bom Pastor, Javé, o Deus que cuida de suas ovelhas, conforme o Salmo 23: “O 
Senhor é o meu Pastor e nada me faltará”.
Hoepfner (2008) observa que no Novo Testamento a poimênica tem nas ações e 
atitudes libertadoras de Jesus Cristo a expressão perfeita do que significa pasto-
rear. Ele sim é o verdadeiro Pastor que dá a sua vida por suas ovelhas, ressalta o 
Novo Testamento de forma vigorosa. Nesse sentido, tem-se nas ações e atitudes 
de Jesus Cristo a prática da poimênica como um modelo de ação.
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
Hoepfner (2008), nesse sentido, faz a seguinte observação sobre esse termo 
“poimênica” à luz do Novo Testamento:
A poimênica neotestamentária encontra no termo grego “paraclein”, 
“paraclesis”, o seu conceito-chave que aponta para a oferta de salvação 
e de vida em abundância oferecida por Cristo em sua vida e cruz. A 
“paraclesis” remete ao consolo da salvação que Cristo oferece por meio 
de sua graça (2 Ts 2.16); entretanto, igualmente admoesta às pessoas 
a transformarem suas vidas cotidianas, desafiando-as a realizar uma 
identificação com Jesus Cristo também no decurso de um sofrimento 
(2 Co 1.5-7). Após a reflexão acima, acerca do ministério de Cristo, 
viu-se que Ele guiou, vigiou, providenciou a vida e sentiu profunda afe-
tividade pelo povo do seu Pai. (p.65) 
Por fim, Hoepfner (2008) define poimênica a partir de quatro funções pastorais 
a partir do ministério de Jesus Cristo:
 ■ Poimênica é vigiar, em um sentido de observar atentamente o outro em 
uma relação de cuidado constante em que a solidariedade se dá viven-
ciando as dores do seu irmão e irmã. Um bom exemplo é de Zaquel em 
Lc 19.1-10, Jesus demonstra o amor que sente por Zaquel ao visitá-lo.
 ■ A poimênica consiste em constituir relacionamentos afetivos entre iguais. 
Nesse sentido Jesus foi um grande mestre que ensinou, pois apesar de ser 
o filho de Deus sempre se relacionou como sendo igual. Ele não agia com 
desdém, mas acolhia e ouvia pacientemente. 
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Poimênica, Aconselhamento e Capelania Cristã
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 ■ Poimênica é guiar. Mas não no sentido de se colocar como maioral ou 
superior; Jesus se colocou com um irmão, em conjunto pelos novos cami-
nhos que podem surgir, novas trilhas diante da adversidade, pois Ele é a 
própria esperança viva. Conforme Hoepfner (2008), Ele é o novo cami-
nho que possibilita a vida; Ele é o guia que leva a novas esperanças, a um 
novo caminho.
 ■ Não por último, poimênica é a afirmação de uma vida cheia de dignidade. 
Ali, onde a vida corre perigo com suas contradições sociais, por exemplo, 
essa vida se faz presente. É impossível desassociar a ajuda psicológica e 
espiritual da ação social. Nesse sentido, a poimênica em Cristo é anúncio 
de um evangelho integral. (p.p 65-66)
Portanto, podemos concluir por ora, que tanto a teoria quanto a prática da poimê-
nica está sustentada na tradição do Bom Pastor que dá a sua vida por suas ovelhas, 
como o Bom Pastor do Antigo Testamento, Javé. Jesus Cristo, sem dúvida, tes-
temunhou de maneira viva ao fazer poimênica como porta voz do Evangelho 
de Deus. Hoepfner (2008) nesse particular afirma: “É o Evangelho o esteio da 
poimênica cristã e Cristo o seu paradigma” (p.66)
Ainda sobre os fundamentos bíblico-teológicos da poimênica, Clinebell 
(2000) afirma reiteradamente as notáveis potencialidades dos seres humanos:
a. O ser humano é um pouco menor que Deus (Sl 8.5).
b. O ser humano foi criado a imagem e semelhança de Deus, imago Dei, 
(Gn 1:17).
c. Jesus veio para conceder vida e vida, em abundância (Jo. 10:10), O ser 
humano tem condições de desenvolver seus potenciais de sabedoria e de 
vida, segundo a parábola dos talentos (Mt. 25:14-30) e as admoestações 
de Paulo a Timóteo, para “acender a chama do dom de Deus que há em 
ti(...), pois o espírito que Deus deu é (...) para inspirar poder, amor e auto-
disciplina” (2 Tm. 1:6). 
É importante ressaltar, por fim, que a concepção bíblica nessa perspectiva 
deixa claro que os seres humanos, apesar de terem potencialidades, não são oni-
potentes. Somos seres finitos, limitados e marcados pelas condições efêmeras 
da nossa humanidade.
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ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ: MARCO BÍBLICO-TEOLÓGICO
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IU N I D A D E20
Outra ideia bíblica que Clinebell (2000) observa é a compreensão hebraica 
das pessoas. Era essencialmente não dualista, ou seja, a Bíblia assinala que a vida 
humana deve ser entendida de forma integral, em unidade de dimensões, den-
tro de uma visão holística, em uma visão comunitária:
a. É assim que a Bíblia reafirma o sentido de glorificar a Deus no corpo 
(1Cor. 6:19), e não fora dele ou desconsiderando-o. 
b. Que se deve amar a Deus com todas as dimensões humanas (Mc. 12:30).
c. Que se deve viver a vida alimentando os relacionamentos em paz, sha-
lom, do Antigo Testamento, ou em comunhão, koinonia, na perspectiva 
do Novo Testamento.
d. O respeito à Criação (ecologia) como ato único da vida. “E viu Deus que 
tudo era bom”.
e. A libertação é tanto pessoal quanto social. Tanto o pecado quanto a salvação 
são comunitários e sociais, assim como individuais, onde o Novo Testa-
mento afirma “Conheceres a liberdade e a verdade vos libertará” (Jo. 8:32). 
Nota-se que o ser humano é compreendido pelas escrituras em uma dimen-
são holística e integral para o crescimento, conforme Clinebell (2000). 
Essa visão deve demonstrar positivamente o fazer do aconselhamento e da cape-
lania cristã, pois ressalta tanto as condições existenciais da humanidade, suas 
potencialidade advindas do Criador, quanto os propósitos cristãos para essa huma-
nidade, ou seja, em Cristo, essa humanidade tem vida, e vida em abundância!
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Cuidado, Aconselhamento e Capelania Cristã
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Pode-se concluir, por enquanto, que o marco bíblico-teológico aponta 
tanto o termo “diaconia” quanto “poimênica” como palavras-chave da ação 
cristã da própria Igreja no mundo, ou seja, como expressão própria do mis-
tério cristão. Podemos assinalar, portanto, que todo e qualquer ministério da 
igreja, como o aconselhamento e a capelania, é ação da Missão de anúncio da 
Boa Nova, do cuidado que Deus tem pelo ser humano e, por outro lado, evi-
dencia também as potencialidades do ser humano, criadas pelo próprio Deus, 
as quais revelam as suas possibilidades para um desenvolvimento de forma 
integral em Cristo.
CUIDADO, ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ
Inicialmente, a palavra que melhor expressa bíblica e teologicamente tanto acon-
selhamento quanto capelania é o termo “cuidado”, ou o verbo “cuidar”. 
A seguir, vejamos o trabalho realizado por Hoepfner (2008) sobre a análise 
do termo “cuidar”, em que o referido autor faz um estudo sobre o termo em seu 
sentido etimológico e bíblico; bem como o trabalho de Oliveira (2004).
Para Hoepfner (2008), o termo cuidar provém do latim cura, que assinala 
uma relação de amor e amizade, uma atitude de cuidado, de desvelo, de preo-
cupação e de inquietação em relação a alguém ou a algo estimado. Portanto, o 
sentido aqui deve ressaltar, conforme observa Hoepfner (2008), uma relação 
pessoal,existencial, e, por consequência, estabelecer uma preocupação frente 
à vida de outra pessoa ou de algo, como o cuidado com os enfermos ou com o 
meio ambiente.
Hoepfner (2008), baseado em Boff, faz a seguinte observação sobre o cuidado: 
[...]é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um 
momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de 
ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afeti-
vo com o outro, pois uma atitude perfaz uma fonte, pela qual descen-
dem muitos atos. (p.14-15)
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IU N I D A D E22
Nesse sentido ainda, Hoepfner (2008) exemplifica e comenta da seguinte maneira 
essa questão: 
Quando uma mãe afirma: “Estou cuidando do meu filho adoentado!”, 
subentendem-se, nesta afirmação, múltiplos atos. Atos como: estar 
preocupado com seu filho; levá-lo ao médico; dar a ele, não apenas 
remédios, mas, igualmente carinho; orar com e por ele, enfim, estar 
próximo dele por meio de ações diversas que compreendem uma ati-
tude de cuidado. Nesse sentido, pode-se afirmar que uma atitude de 
cuidado abarca o ser humano em sua totalidade de vida. No que tange 
ao relacionamento humano, tanto a pessoa que toma uma atitude de 
cuidar de alguém, quanto o indivíduo para o qual é dirigida tal atitude, 
há um contato não meramente físico, mas também afetivo-emocional, 
concretizando uma relação de sujeito para sujeito e não de sujeito para 
sujeito-objeto, ou seja, o cuidado possibilita a dignidade, pois abre mão 
do poder dominador e afirma uma comunhão entre seres reais. “A rela-
ção não é de domínio sobre, mas de com-vivência. Não é pura interven-
ção, mas interação” Por conseguinte, pode-se reiterar que só recebemos 
zelo se cuidarmos de outras pessoas; portanto, nessa dimensão, apenas 
nos tornamos pessoa no encontro com outra. Percebe-se, então, que a 
categoria cuidado tem conotações que superam as noções comuns que 
lhe são aplicadas. (p.15)
Nota-se que o sentido ora ressaltado assinala vigorosamente uma atitude de cui-
dado total, não com o que é particular ou pontual, mas sim com o ser humano 
em sua integralidade, em suas mais diversas áreas e dimensões: física, afetivo-e-
mocional, social, ecológica, cultural e espiritual. 
Outra questão importantíssima ressaltada ainda por Hoepfner (2008) é a 
relação entre os seres humanos que deve ser pautada não pelo domínio sobre, 
mas pela convivência. Pode-se compreender nessa perspectiva que só recebemos 
cuidado se cuidarmos também de outras pessoas; portanto, nessa dimensão ou 
relação, apenas nos tornamos pessoa efetivamente quando estamos no encontro 
com outra, ou seja, nos relacionamos respeitosamente como iguais.
Diante do exposto, Hoepfner (2008) conclui as seguintes considerações:
Explicitando, o cuidado vê os contornos concretos dos problemas, da 
realidade, enxerga e abraça o ser em sua integralidade vital e, portanto, 
não se resume a apenas fidelidade, a princípios profissionais e a deveres 
morais impostos por uma sociedade deveras injusta. Perceptivelmente 
esclarecedor é o vocábulo alemão Sorge, comumente traduzido ao ver-
náculo pátrio como “cuidado”, “preocupação”, “aflição”. Se por um lado, 
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a Sorge remete para o cuidado de si, por alguém ou por algo (Fürsorge), 
por outro, remete, igualmente, para uma situação existencial de aflição, 
ou seja, o de estar preocupado consigo mesmo, por alguém ou com algo 
(sich sorgen um). O termo inglês care, da mesma forma, traz consigo a 
idéia de um cuidar solícito, bem como o de um cuidar ansioso e aflito 
junto a alguém ou a algo. Conclui-se que, uma atitude de cuidado fren-
te a pessoas, requer envolvimento, pois “o cuidado é aquela relação que 
se preocupa e se responsabiliza pelo outro, que se envolve e se deixa 
envolver com a vida e o destino do outro, que mostra solidariedade e 
compaixão”. Tal atitude é a condição prévia para o eclodir da amorosi-
dade humana, afinal, quem cuida, ama e, quem ama, cuida (p.16)
Hoepfner (2008) faz ainda um estudo sobre expressões correlatas ao termo “cui-
dar” no Antigo Testamento e Novo Testamento: 
O principal correlato do termo cuidar no Antigo Testamento (AT) é 
o verbete shãmar. Ao longo do testamento hebraico ele aparece 420 
vezes. A ideia básica da raiz deste termo, conforme o Dicionário Inter-
nacional do Antigo Testamento, é a de “exercer grande poder sobre”, 
significado que permeia as várias alterações semânticas sofridas pelo 
verbo. Combinado com outros verbos, o sentido expresso é o de “fazer 
com cuidado”, “fazer diligentemente”, por exemplo, como aparece em 
Nm 23.12: “(...) Porventura, não terei cuidado de falar o que o Senhor 
pôs na minha boca”. O verbo pode vir a exprimir também a atenção cui-
dadosa que se deve ter com as obrigações contidas em leis e na própria 
aliança de Deus com o seu povo, como expresso em Gn 18.19 ou Êx 
20.6. Frequentemente, o verbo ainda é utilizado para designar a neces-
sidade de ser cuidadoso frente às próprias ações; frente à própria vida 
(Sl 39.1; Pv 13.3), ou ainda, designar a atitude de alguém de dar aten-
ção ou reverenciar Deus, outras pessoas ou ídolos (Os 4.10; Sl 31.6). O 
verbo shãmar abrange ainda os sentidos de “preservar”, “armazenar” e 
“acumular” a ira (Am 1.11), o conhecimento (Ml 2.7), o alimento (Gn 
41.35) ou qualquer coisa de valor (Êx 22.7). Um último desdobramento 
da raiz exprime a ideia de “tomar conta de” ou “guardar”, ou seja, en-
volve manter ou cuidar de um jardim (Gn 2.15), de um rebanho (Gn 
30.31) ou de uma casa (2 Sm 15.16). É nessa ótica que Davi admoesta 
Joabe a cuidar de Absalão: “Guardai-me o jovem Absalão” (2 Sm 18.12), 
ou quando Davi, nos Salmos 34.20; 86.2; 121.3-4 e 7, utiliza o termo 
para falar do cuidado e da proteção divina.
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IU N I D A D E24
No que tange ao Novo Testamento, o principal correlato de cuidar é o 
verbete grego merimna. Assim como o termo alemão sorge e o inglês 
care, merimna pode remeter a dois significados. Num sentido negati-
vo, é traduzido por “preocupação” ou “ansiedade” do ser humano. É 
nesse parâmetro que merimna é empregado no Sermão do Monte (Mt 
6.25-34). Jesus, nessa homilia, critica a demasiada preocupação do ser 
humano em torno de questões materiais que o afastam de Deus. Para-
lelamente, a passagem de Lc 21.34, adverte para as fúteis preocupações 
concernentes à vida diária. Já o sentido positivo de merimna, remete 
ao “ter cuidado de” ou “preocupar-se com” alguém ou algo. Em 2 Co 
11.28, o apóstolo Paulo se vê como aquele que deve preocupar-se com 
as igrejas. Já em 1 Co 12.25, a Igreja é vista como “corpo de Cristo”, no 
qual todos os membros cuidem e cooperem uns a favor dos outros. Em 
1 Pd 5.7, o ser humano é chamado a lançar toda a sua ansiedade aos 
cuidados de Deus.
Outras tantas passagens bíblicas poderiam ser aqui arroladas. Períco-
pes, que dependendo do testamento, utilizam os termos shãmar ou 
merimna, para expressarem a ampla ideia docuidado humano ou de 
Deus por sua criação. Entretanto, ressalta-se, a partir dessa breve inves-
tigação acerca dos correlatos bíblicos do termo cuidar, que em muitas 
passagens nas quais os termos shãmar e merimna são empregados, eles 
compreendem, ao menos indiretamente, uma atitude que lida com a 
própria condição de vida do ser humano. Atitude esta, profundamente 
arraigada na fé dos inspirados escritores bíblicos em Deus. (p.p 17-18)
Ainda nessa direção, Oliveira (2004) afirma, a partir das elaborações teológicas 
de Leonardo Boff sobre o cuidado com o ser humano no contexto maior que é 
o cuidado com a natureza, o seguinte: “cuidar da alma implica cuidados senti-
mentos dos sonhos, dos desejos, das paixões contraditórias, do imaginário, das 
visões e utopias que guar-
damos dentro do coração” 
(p.17). Tal elaboração aponta 
o cuidar como um ato inte-
gral da existência humana.
Oliveira (2004), tomando 
afirmação de Brakemeier, 
destaca que o cuidado com 
o ser humano está justamente 
na afirmação doutrinaria da 
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Imago Dei, ou seja, que o ser humano é imagem e semelhança de Deus. Portanto, 
há uma dignidade no ser humano que lhe é atribuída, concedida sem mereci-
mento que provém de Deus e que se manifesta em si mesmo.
Teologicamente, observa Oliveira (2004) que os atos de misericórdia e com-
paixão testemunhados por Jesus Cristo, em sua prática, revelam o próprio amor 
de Deus dispensado ao ser humano. Enquanto os atos de poder coisificavam o 
ser humano, escravizando-o, Jesus testemunhava o amor de Deus que transforma 
a dor e a escravidão em amor, saúde e vida, vida em abundância.
Oliveira (2004) assinala que a desesperança e o pessimismo podem ser 
revestidos pela ressurreição de Cristo, pois ela apresenta uma nova condição 
antropológica para a existência humana; bem como pela cruz que não nega o 
sofrimento, mas assinala que todos estão suscetíveis nesta condição humana, 
pois Jesus também recebeu cuidados quando de sua morte.
Por fim, o aconselhamento e a capelania cristã também são experiências 
construídas e contextualizadas pela riqueza do serviço cristão que se explicita 
no ato de cuidar do ser humano numa perspectiva bíblica. E essa tradição bíblica 
tem como eixo fundante e articulador o Cristo da Fé e o Jesus Histórico. No pri-
meiro, se evidencia a celebração da Vida e no segundo se ressalta as contradições 
existenciais da Vida. Nessa dinâmica é que se encontram relacionadas funda-
mentalmente o aconselhamento e a capelania cristã.
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ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ: MARCO BÍBLICO-TEOLÓGICO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno (a), esta nossa primeira unidade nos lançou no universo bíblico-teo-
lógico. Nela visitamos e revisitamos textos clássicos e fundamentais da Fé Cristã 
que são imprescindíveis não só para os nossos intentos, como para todo e qual-
quer objetivo que queira fundamentar o testemunho cristão.
Em nosso caso, olhamos firmemente para o campo da Teologia Prática, 
ou mais especificamente, para as áreas do Aconselhamento e da Capelania 
Cristã. Nesse sentido, quando estudamos a palavra “diaconia”, vimos como este 
termo é rico e diverso, bem como aponta indelevelmente para o ser próprio do 
Cristianismo: servir ao mundo. Destacou o nome e o sobrenome dessa essência 
diaconal: Jesus Cristo, o servo por excelência. Assim, ficou límpido que o minis-
tério cristão, guarda-chuva maior que abarca o Aconselhamento e a Capelania 
Cristã, é um instrumento de serviço no mundo, quer intra ou extraigreja.
Vimos ainda, juntos, o termo poimênica. Termo que deve ser entendido como 
ponto de partida e de chegada do aconselhamento cristão, e por que não dizer 
da Capelania Cristã também? Claro que sim. Esse termo alimenta essas duas 
atividades que, do ponto de vista bíblico-teológico, são instrumentos para pos-
sibilitar ajuda e crescimento a todo aquele que se encontra necessitado. Contudo, 
esse termo guarda também as potencialidades inerentes ao ser humano; isso não 
pode ser esquecido quando se faz Aconselhamento e Capelania nessa perspec-
tiva, pois o aconselhando não é um objeto, mas um sujeito em crescimento. Isso 
deve ser compreendido como um mote da ética da ajuda cristã.
Por fim, vimos cuidadosamente o verbo “cuidar”, ou o substantivo “cuidado”. 
Brincadeiras à parte. “Cuidar” e “cuidado” são as palavras, sem dúvida, que melhor 
interpretam, em última instância, toda e qualquer ação cristã. Nesse sentido, o 
oxigênio afetivo do Aconselhamento e da Capelania Cristã é justamente a boa 
nova de Salvação a todo aquele que crê: “Porque Deus amou (cuidou) do mundo 
de tal maneira que enviou o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê 
não pereça, mas tenha vida eterna” (João 3:16).
26 - 27
COMUNIDADE DE FÉ: ACONSELHAMENTO – MISSÃO E DIACONIA
“Enviou-os a pregar o Reino de Deus e a 
curar os enfermos” (Lc 9.2). No afã de anun-
ciar o Evangelho até aos confins da Terra, 
a Igreja centra-se muitas vezes na primeira 
parte deste mandato divino e esquece sua 
missão de “curar os enfermos”. O ser mis-
sionário se dá de forma plena quando 
assumidas todas as dimensões do Reino. 
Anunciar o Reino implica, na sua essência, 
a ajuda ao próximo, pois o ensinamento pri-
mordial de Jesus é o da caridade. Avaliando 
a ação da Igreja através da história, reco-
nhece-se hoje a necessidade de retomar 
as características primeiras da comunidade 
de fé cristã, ou seja, a recuperação de sua 
ação de diaconia.
As crises na vida do ser humano suscitam 
questionamentos existenciais. É bom que 
eu exista? Por que eu existo? São pergun-
tas que requerem respostas consistentes 
e efetivas para a vida da pessoa em crise. 
Estas perguntas podem ser resumidas na 
questão central: Como posso aceitar a vida 
passada e futura?
Esta pergunta primária, essência da busca 
de sentido do ser humano, aponta para 
além do mundo imamente. Ela expressa 
o desejo ilimitado do ser humano por 
felicidade, integridade, aceitação e paz 
consigo mesmo e com os outros. Os cris-
tãos acreditam que neste desejo pelo céu 
Deus mesmo permanece na lembrança 
da humanidade. As crises na vida levam, 
como nenhuma outra experiência biográ-
fica, a este desejo humano primário por 
Deus. A pessoa afetada por crises se depara 
irremediavelmente – quando se preocupa 
com estas questões - com a necessidade 
de Deus.
É na comunidade de fé que a pessoa deve 
encontrar apoio e arrimo na busca por res-
postas existenciais. Profissionais da área 
de Saúde Mental feriram por anos de sua 
história um direito fundamental do por-
tador de transtornos mentais ao ignorar 
sua dimensão espiritual. Dada a dificuldade 
de delimitar fé sincera e coerente como 
direito fundamental e a confusão mental 
relativa a elementos religiosos, optou-se 
não tocar neste aspecto da vida. Por outro 
lado, constata-se a dificuldade de institui-
ções denominacionais para tratar questões 
religiosas abertamente de forma a respeitar 
o direito à liberdade religiosa. Subestimar 
as capacidades mentais e cognitivas dos 
pacientes em instituições psiquiátricas 
constituiu-se em um entrave para avançar 
nas reflexões sobre a experiência religiosa 
no campo da Saúde Mental.
Por parte das comunidades de fé cristãs 
coexistem os bons propósitos a partir do 
Evangelho que ensina a não fazer acep-
ção de pessoas nas relações e cuidados e 
a crença milenar preconceituosa que vê as 
patologias mentais como possível castigo 
divino ou possessão demoníaca.
Para anunciar o Reino a todos – indiscri-
minadamente – é preciso superar tais 
paradigmas e construir um novo modo de 
integrar portadores de transtornos men-
tais nas comunidades. A comunidade de 
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fé é o espaço privilegiado para a concreti-zação do Reino aqui e agora. É nela que o 
portador de transtornos mentais faz a expe-
riência de um Deus de amor e ternura. O 
encontro de cristãos comprometidos com 
os valores do Evangelho permite uma 
aproximação real com Deus, mesmo que, 
dependendo do grau de transtorno mental, 
não haja uma sistematização e compre-
ensão da relação com a Transcendência. 
Antes da Palavra está a experiência. Se há 
limites para acolher a Palavra falada e sis-
tematizada, o mesmo não acontece com a 
Palavra encarnada, pois esta remete direta-
mente à experiência do sagrado, portanto, 
acessível a todos.
Geni Hoss
Fonte: <http://tede.est.edu.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=191 >.
Acesso em: 09 dez. de 2015..
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1. Como vimos nesta unidade, o termo “diákonos” é muito rico e diverso em sua 
significação. Aponte em que sentido Jesus é entendido como exemplo maior 
enquanto “diákonos”.
2. O estudo do termo “diákonos”, na perspectiva bíblica que vimos, é essencial para 
direcionar o Ministério Cristão, o qual também orienta o aconselhamento e a 
capelania cristã. Diante disso, interprete a seguinte afirmação: “Diaconia como 
um ministério da Igreja, a serviço da obra de Deus, no mundo”.
3. Fundamentar, bíblica e teologicamente, é indispensável para toda e qualquer 
teoria ou prática cristã. Nesse sentido, elabore um texto, entre 4 e 8 linhas, que 
ressalte o sentido de poimênica, no que concerne às potencialidades próprias 
dos seres humanos.
4. A partir da elaboração teológica do cuidado como fundamento para o aconse-
lhamento e capelania, aponte e argumente o porquê desse tema: “cuidado” é 
essencial para o exercício do aconselhamento e da capelania cristã.
5. Nesta unidade foram vistos os termos “Diaconia”, “Ministério Cristão” e “Cuidado”. 
Vimos que esses três termos são importantes para uma compreensão bíblico-
teológica do fazer aconselhamento e capelania cristã. Construa um texto argu-
mentativo entre 5 e 10 linhas, a partir desta unidade, que expresse a importância 
desses termos para a atividade de aconselhamento e capelania cristã.
MATERIAL COMPLEMENTAR
ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ: MARCO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Luz da Poimênica
Neste link, você encontrará mais informações sobre o cuidado à luz da poimênica. 
Especificamente, o texto enfoca a questão do cuidado de pastores e pastoras.
http://www3.est.edu.br/biblioteca/btd/Textos/Mestre/Oliveira_rmk_tm105.pdf
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Professor Me. Rubem Almeida Mariano
OS FUNDAMENTOS DO 
ACONSELHAMENTO E DA 
CAPELANIA CRISTÃ
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer as origens históricas do Aconselhamento e Capelania Cristã.
 ■ Assinalar os aspectos fundamentais das teorias em Aconselhamento 
e em Capelania Cristã.
 ■ Apontar atitudes em Aconselhamento e Capelania Cristã.
 ■ Identificar os objetivos principais do Aconselhamento e Capelania 
Cristã.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Aconselhamento e Capelania Cristã: Apontamentos Históricos
 ■ Fundamentos e Teorias em Aconselhamento Cristão
 ■ Os Fundamentos da Capelania Cristã
 ■ Capelania Hospitalar
INTRODUÇÃO
“Assim como o corpo precisa do médico, a vida espiritual da pessoa 
precisa do capelão”.
Jung, G. In: Silva – Capelania Hospitalar e terapia
da enfermidade: uma visão pastoral.
No contexto religioso de corte cristã, são duas as práticas, em especial, o 
Aconselhamento e a Capelania, que são marcadas pelo termo “ajuda”. Ambas 
se encontram no campo da Teologia Prática, bem como a liturgia, a educação, a 
pastoral e o cuidado (diaconia).
Especifi camente, como bem ressalta Barrientos (1991), o tema do aconselha-
mento é bastante amplo e delicado, enquanto o tema da capelania ainda é pouco 
conhecido. Nessa área há questões polêmicas, como a utilização ou não de téc-
nicas e procedimentos do aconselhamento psicológico para o aconselhamento 
ou a capelania cristã. Contudo, este livro tem o objetivo de ser didático, ou seja, 
ser uma introdução aos temas do aconselhamento e da capelania para a forma-
ção universitária em Teologia. Não obstante, o leitor atento e interessado deve 
buscar na literatura especializada seu aprofundamento. É verdade, até então, 
que há bem mais material disponível em aconselhamento do que em capelania.
Diante disso, esta unidade desenvolve estudos nos campos da história e das teo-
rias puras, bem como das teorias sobre as práticas 
do Aconselhamento e da Capelania Cristã. É 
importante ressaltar que focamos na área 
Hospitalar em Capelania e, ainda, que 
os conceitos, a natureza, os objetivos, o 
intento, as dimensões, os procedimentos, 
as atitudes, os instrumentos e os com-
portamentos em Aconselhamento e 
Capelania Cristã foram observa-
dos e abordados à luz de diferentes 
autores, uns bem conhecidos e 
outros menos pelo público 
especializado.
rias puras, bem como das teorias sobre as práticas 
do Aconselhamento e da Capelania Cristã. É 
importante ressaltar que focamos na área 
Hospitalar em Capelania e, ainda, que 
os conceitos, a natureza, os objetivos, o 
intento, as dimensões, os procedimentos, 
as atitudes, os instrumentos e os com-
portamentos em Aconselhamento e 
Capelania Cristã foram observa-
Introdução
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IIU N I D A D E34
ACONSELHAMENTO E CAPELANIA CRISTÃ: 
APONTAMENTOS HISTÓRICOS
Acompanhar, ajudar e fortalecer na fé sempre foi uma atividade própria da Igreja 
de Cristo. Flor (2010) observa três modelos básicos de aconselhamento cristão 
durante o período Antigo e Medieval:
a) poimênica como instrumento a serviço da disciplina eclesiástica” (cuidado 
com a fé para que ninguém se afastasse do caminho reto);
b) “poimênica como caminho de aperfeiçoamento da vida monástica” (cuidado 
com a vida interior e experiência mística de união com Deus);
c) “poimênica como função terapêutica” (na visão de luta entre poderes, era 
comum a busca de cura de males atribuídos aos espíritos imundos).
Outras referências históricas dessa atividade podem ser encontradas logo nos 
primeiros cem anos da Igreja Cristã. A história registra textos cuidadosos como, 
por exemplo, a Carta a uma Jovem Viúva, escrita por João Crisóstomo em 380; 
o “Livro de Cuidado Pastoral”, de Gregório, o Grande, no final do século VI ou a 
carta “Catorze Consolos Para os Exaustos e Sobrecarregados”, escrita por Martinho 
Lutero em 1520. Em cada um destes há a demonstração de um tempo na Igreja 
Cristã em que o cuidado era parte integrante do ensino e da vivência pastoral 
(FLOR, 2010).
Como é bom estar localizado ou contextualizado. Isso não é diferente quando 
estudamos o tema da capelania. Saber nossas origens, e, principalmente, os fun-
damentos da nossa forma de pensar, bem como os motivos que estão na base 
de uma determinada ação ou atitude é sempre importante. Conforme Gentil, 
Guia e Sanna (2011):
Historicamente o termo “capelania” foi criado na França, em 1700 
porque, em tempos de guerra, o rei costumava mandar para os acam-
pamentos militares, uma relíquia dentro de um oratório, que recebia 
o nome de “Capela”. Essa capela ficava sob a responsabilidade do sa-
cerdote, conselheiro dos militares. Em tempos de paz, a capela voltava 
para o reino, ainda sob a responsabilidade do sacerdote, que continuava 
como líder espiritual do rei, e assim ficou conhecido por capelão. Com 
o tempo, o serviço de capelania se estendeu aos parlamentos, colégios, 
cemitérios e prisões (p.1).
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Silva (2010), ao tratar sobre a conceituaçãode capelania, observa que o termo 
aponta para o cargo, a dignidade e o ofício de capelão. Tal atividade é exercida 
por um religioso, católico ou protestante, responsável em prestar assistência reli-
giosa e/ou realizar culto ou missa nas instituições que serve. É comum ter um 
local denominado capela em repartições públicas ou privadas, escolas, hospi-
tais, quartéis, presídios, universidades etc., onde o capelão atende às pessoas e 
essas podem também exercitar a sua fé. Observa ainda Silva (2010) que é comum 
haver instituições que só têm capelão católico ou protestante, mas há também 
instituições que comportam as duas ramificações do cristianismo, bem como 
fora do país há outras religiões que também têm exercido essa mesma função.
Silva (2010) destaca em seu texto a importância do papel do capelão enquanto 
facilitador. Ele observa que Jung atribuía ao capelão o papel de sujeito facilita-
dor do encontro do homem com a sua dimensão espiritual; assim como o corpo 
precisa do médico, a vida espiritual da pessoa precisa do capelão, compreendia 
Jung, conforme Silva (2010).
FUNDAMENTOS E TEORIAS EM ACONSELHAMENTO 
CRISTÃO
A compreensão tradicional de aconselhamento cristão pode ser identificada nas 
palavras de Cunha (2004) ao tratar sobre o tema citando Mack:
O aconselhamento para ser chamado cristão precisa possuir quatro ca-
racterísticas: 1. Ser realizado por um cristão; 2. Ser centrado em Cristo 
(Cristo não é um adendo ao aconselhamento, mas é a alma e o coração 
do aconselhamento, a solução para os problemas. Isto contrata com o 
caráter antropocêntrico das psicologias modernas); 3. Ser alicerçado na 
Igreja (a Igreja é meio principal pelo qual Deus trás às pessoas ao seu 
convívio e as conforma ao caráter de Cristo); 4. Ser centrado na Escri-
tura Sagrada (a Bíblia ajuda a compreender os problemas das pessoas e 
prover solução para os mesmos)” (p.1).
OS FUNDAMENTOS DO ACONSELHAMENTO E DA CAPELANIA CRISTÃ
Reprodução proibida. A
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IIU N I D A D E36
Contudo, tomemos em ter-
mos o conceito advogado 
por Clinebell (2000), que vê 
o aconselhamento, o qual 
constitui uma dimensão da 
poimênica, como a “utilização 
de uma variedade de métodos 
de cura (terapêuticos) para 
ajudar as pessoas a lidar com 
seus problemas e crises de uma 
forma mais conducente ao crescimento e, assim, a experimentar a cura de seu 
quebrantamento” (p.25). Nesse sentido, o aconselhamento tem função repara-
dora quanto ao crescimento de uma pessoa.
É importante, inicialmente, nos localizarmos sobre qual modalidade de 
aconselhamento nós estamos nos referindo ou tratando aqui. Barrientos (1991) 
apresenta quatro tipos de aconselhamento:
1. Aconselhamento popular
É o que ocorre nos relacionamentos diários das pessoas que trocam problemas 
e conselhos entre si.
2. Aconselhamento comunitário
Em muitos grupos latino-americanos, especialmente os de cultura indígena, existe 
essa prática de aconselhamento em grupo. Se uma pessoa tem dificuldades em 
seu lar recorre aos líderes da tribo, então eles, em grupo, escutam e aconselham.
3. Aconselhamento pastoral
É uma prática exercida por um pastor junto a sua comunidade. Precisa de pre-
paro e muita competência para tratar os mais diversos temas, como: problemas 
matrimoniais, relacionamentos entre pais e filhos, disputas entre irmãos na fé, 
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dificuldades econômicas, dificuldades sobre a fé, falta de sentido na vida, homos-
sexualidade, alcoolismo, vício de drogas, prostituição e problemas emocionais 
mais profundos. 
4. Aconselhamento profissional
Esse tipo de aconselhamento é exercido por conselheiros, psicólogos e psiquiatras. 
Esses são profissionais que o pastor pode e deve trabalhar junto, pois há proble-
mas mais profundas na comunidade e por isso necessitam de um cuidado maior. 
Nossos estudos assinalam o aconselhamento pastoral primeiramente, bem 
como o profissional, com destaque para o aconselhamento psicológico. Nossa 
perspectiva é o diálogo. Esse diálogo está imbuído pelo respeito e consideração 
entre os conhecimentos da Teologia e da Psicologia.
Avançando um pouco mais, Barrientos (1991) apresenta as cinco objetivos 
do aconselhamento, e ainda destaca que o mesmo não está indicado somente 
para os momentos de crise, mas é também um meio de ajuda, com isso corro-
borando com a ideia acima de Clinebell (2000). Vejamos os cinco objetivos:
1. Relatar a situação que está enfrentando.
2. Obter uma visão global do problema, e não reparar apenas em detalhes.
3. Descobrir as causas.
4. Tomar decisões.
5. Amadurecer para que, em situações futuras, possa resolvê-los por si 
mesmo.
Mannóia (1985) também corrobora ao apresentar os seguintes objetivos:
a. Auxiliar o indivíduo a alcançar o conhecimento e a aceitação de si mesmo.
b. Auxiliar o indivíduo a analisar rumos de ação alternativos.
c. Oferecer oportunidades ao indivíduo de escolher um modo de proce-
der que seja viável.
d. Oferecer ao indivíduo uma situação na qual tome iniciativa e aceite se 
responsabilizar por ela.
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Para Collins (1995), o aconselhamento tem os seguintes objetivos:
a. Estimular o desenvolvimento da personalidade.
b. Enfrentar mais eficazmente os problemas da vida, os conflitos íntimos e 
as emoções prejudiciais.
c. Promover encorajamento e orientação para aqueles que perderam alguém 
querido ou que estejam sofrendo uma decepção.
d. Assistir as pessoas cujo padrão de vida lhes cause frustração e infelicidades.
e. Levar o indivíduo a uma relação pessoal com Jesus Cristo. 
Collins (1995) ressalta, ainda, os seguintes alvos do aconselhamento:
a. Autocompreensão – compreender a si mesmo é o primeiro passo para 
a cura.
b. Comunicação – é essencial para a pessoa. Isso envolve a expressão da 
pessoa e a capacidade de receber mensagens corretas por parte de outras.
c. Aprendizagem e Modificação de comportamento – desenvolver com-
portamentos adequados e abandonar os inadequados é essencial para o 
aconselhando.
d. Autorrelização – desenvolver uma vida realizada em Cristo, na força do 
Espírito Santo, em que nota-se o amadurecimento espiritual do aconse-
lhando.
e. Apoio – o aconselhando em situações de crise pode necessitar de apoio 
para enfrentá-las.
Já Clinebell (2000) apresenta o seguinte quadro de áreas funcionais onde há opor-
tunidades dentre as quais o aconselhamento se desenvolve de maneira efetiva:
FUNÇÃO
POIMÊNICA
EXPRESSÕES
HISTÓRICAS
EXPRESSÕES ATUAIS EM POIMÊNICA
E ACONSELHAMENTO
Cura
Unção, exorcismo, san-
tos e relíquiasm curan-
deiros carismáticos.
Psicoterapia pastoral, cura espiritual, 
aconselhamento e terapia matrimo-
nial.
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FUNÇÃO
POIMÊNICA
EXPRESSÕES
HISTÓRICAS
EXPRESSÕES ATUAIS EM POIMÊNICA
E ACONSELHAMENTO
Sustentação
Preservar, consolar e 
consolidar.
Poimênica e aconselhamento de 
apoio, aconselhamento em casos de 
crise, poimênica e aconselhamento 
em casos de luto ou perda.
Orientação
Dar conselhos, exorcís-
mo, escutar.
Aconselhamento educativo, tomada 
de decisões em curto prazo, aconse-
lhamento de confrontação, orienta-
ção espíritual.
Reconciliação
Confissão, perdão, disci-
plinamento.
Aconselhamento matrimonial. Acon-
selhamento existencial (Reconcilia-
ção com Deus).
Nutrição
Treinamento de mem-
bros, novos na vida cris-
tã, educação religiosa.
Aconselhamento educativo, grposde crescimento, enriquecimento do 
matrimônio e da famíliam assistência 
para a possibilidade de crescimento 
através de crises desenvolvimentais.
Clinebell (2000) observa que o fim último do aconselhamento é o crescimento 
espiritual integral das pessoas. Para isso, o conselheiro deve utilizar os instru-
mentos que são próprios ao cristianismo, como: 
 ■ A bíblia.
 ■ A oração.
 ■ A visitação.
 ■ A meditação.
 ■ A exortação.
 ■ O perdão.
 ■ A comunhão, dentre outros. 
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OS FUNDAMENTOS DO ACONSELHAMENTO E DA CAPELANIA CRISTÃ
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IIU N I D A D E40
Se assim podemos nos referir, 
esses instrumentos têm o objetivo 
de potencializar esse crescimento 
espiritual integral à luz da ação do 
Espírito Santo. 
Nessa perspectiva, Clinebell 
(2000) observa, ainda, seis dimen-
sões da integralidade da vida de uma 
pessoa:
1. Avivamento da sua mente.
2. Revitalização de seu corpo.
3. Renovação e enriquecimento de seus relacionamentos íntimos.
4. Aprofundar sua relação com a natureza e a biosfera.
5. Crescimento em relação às instituições significativas em sua vida.
6. Aprofundamento e vitalização de seu relacionamento com Deus.
Castro (1974) faz a seguinte pergunta: qual será a meta da atividade pastoral? Ele 
mesmo responde assim “logicamente como todo conselheiro, procura ajudar a 
recuperar a saúde plena da personalidade do aconselhando” (p.182). Nessa dire-
ção, Castro (1974) destaca as seguintes questões do aconselhamento:
a) A capacidade de uma pessoa de ter o controle sobre seu próprio destino.
b) Fazer suas próprias escolhas.
c) Ser responsável tanto no desenvolvimento de suas ações como nos resul-
tados das mesmas. 
É fundamental ressaltar que Castro (1974) assevera que tais questões do aconse-
lhamento, que se apresentam como objetivos que devem ser tomados dentro da 
seguinte perspectiva: “vão acompanhados normalmente por uma militância ser-
viçal, uma atitude vicária em relação com o mundo, com o exemplo de Zaquel” 
(p. 183), ou seja, servir ao Senhor Jesus Cristo.
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Schipani (2004) parte dessa mesma direção quando observa que:
[...] o aconselhamento pastoral é um ofício e uma forma especial do 
ministério do cuidado pastoral na Igreja. No aconselhamento pasto-
ral, o emergir humano é promovido de maneira especial por meio de 
uma forma distinta de caminhar com as pessoas, casais e membros de 
famílias ou pequenos grupos, no momento em que enfrentam desafios 
e dificuldades na vida. O objetivo maior, termos simples, é que vivam 
sabiamente à luz do Deus (p.97). 
Por isso, para Schipani (2004) aconselhamento pastoral deve ser entendido teo-
logicamente como:
a) Adoção da sabedoria à luz de Deus como a metáfora fundamental que 
reconstrói a estrutura teórica e os fundamentos teológicos do aconselha-
mento pastoral em solo firme.
b) Integração das perspectivas psicológicas e teológicas à luz da sabedoria 
de Deus como o princípio digno para orientar, compreender e realizar 
um tipo de aconselhamento pastoral ao mesmo tempo plenamente acon-
selhador e plenamente pastoral.
c) A luz de Deus que define a natureza e a orientação de forma do ministé-
rio cristão, de modo que prontamente reconhecemos as dimensões éticas 
e o contexto moral do aconselhamento.
d) A luz de Deus que orienta os aconselhadores pastorais a caminharem com 
os outros na esperança de construir uma sociedade de liberdade, justiça, 
paz, amor e integridade e os chama, de forma singular, a se tornar em 
terapeutas para um mundo melhor.
Schipani (2011) observa ainda que em aconselhamento pastoral é imprescindível 
que se tenha claro que cada situação requer formulação de objetivos específicos, 
bem como, em cada situação, que se apliquem estratégias próprias. Contudo, há 
também de se reconhecer que há muitas ocorrências em comum que apontam 
para um propósito geral ou fundamental, o qual, nesse caso, é a sabedoria à luz 
de Deus. Portanto, o propósito mais amplo de crescer em sabedoria inclui três 
aspectos inseparáveis para se buscar alívio e resolução, advoga Schipani (2011):
OS FUNDAMENTOS DO ACONSELHAMENTO E DA CAPELANIA CRISTÃ
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5. Crescimento na visão
A experiência do aconselhamento pastoral tem de ser orientada para ajudar o 
aconselhando a encontrar novas e melhores formas de conhecer e compreender 
a realidade, incluindo as dimensões da sua própria pessoa, o mundo social, as 
ameaças do vazio e a realidade da graça do Sagrado.
6. Crescimento em virtude
A experiência do aconselhamento deve convidar o aconselhando a descobrir 
maneiras de ser e amar mais satisfatoriamente, com particular ênfase na sua 
relação com outras pessoas - especialmente amigos, familiares e colegas de tra-
balho - com o Espírito de Deus e consigo mesmo.
7. Crescimento em vocação
A experiência de aconselhamento pastoral procura capacitar o aconselhando a 
tomar boas decisões e investir energias novas em relacionamentos interpesso-
ais, profissionais, nas horas de descanso, lazer, alimentação espiritual, serviço, 
e encontrar formas de apoiar essas decisões com integridade. É fundamental 
encontrar uma orientação para a vida que seja mais livre e esperançosa, em meio 
à situação social que vivemos.
Portanto, Schipani (2011) entende que o propósito geral do aconselhamento 
pastoral é ajudar o aconselhando a descobrir como viver uma vida mais ínte-
gra, moral e plena. 
Brister (1980), ao tratar da natureza do aconselhamento pastoral, observa 
que há muitos problemas, dos mais diversos possíveis, entre as pessoas hoje. Tal 
realidade assinala a necessidade de um melhor preparo por parte de pastores e 
pastoras, bem como liderança religiosa como um todo, incluindo entendimento 
técnico e busca por resultados efetivos. Deve-se reconhecer que o aconselhamento 
pastoral não é uma atividade nova, por mais que tenha ganhado visibilidade 
atualmente, como nos cursos de formação teológica e na própria comunidade 
cristã, ele é muito antigo.
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Em seu estudo pela compreensão da natureza do aconselhamento pastoral, 
Brister (1980) destaca os seguintes elementos:
a) O aconselhamento pastoral pressupõe um diálogo entre Deus e o ser 
humano, na perspectiva da Fé Cristã. Seja em que situação for, Deus sem-
pre se fará presente nessa relação (Mt. 18:20), por isso em certo sentido, 
do ponto de vista teológico, a experiência do aconselhamento deve ser 
compreendida como uma oração, uma conversa com Deus na presença 
de outra pessoa. Que responsabilidade nossa, você não acha?
b) O aconselhamento pastoral tem como contexto o ambiente cristão e recur-
sos ou fontes únicas. Ou seja, sempre está relacionado à igreja e ao contexto 
tipicamente comunitário. Como, por exemplo, na visão dos membros da 
comunidade um conselheiro pastor é um guia espiritual. Ele pode até 
não usar desse poder, mas tal realidade 
é difícil de desvencilhar. Por isso, cabe ao 
conselheiro possibilitar ajuda adequada à 
pessoa, oportunizando para que ela tenha 
um melhor entendimento da sua situa-
ção e das condições proporcionadas por 
essa relação de ajuda.
c) O aconselhamento pastoral é distinto das 
outras modalidades de aconselhamento 
profissional, por exemplo, pois ele é um 
processo de conversaçãoentre um pastor 
responsável e um indivíduo preocupado 
ou grupo íntimo, com a intenção de per-
mitir que tais indivíduos resolvam as suas 
preocupações, e assim, possam atingir 
uma ação construtiva. Nesse sentido, é fundamental a criação de víncu-
los antes mesmo de qualquer utilização de técnica.
OS FUNDAMENTOS DO ACONSELHAMENTO E DA CAPELANIA CRISTÃ
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OS FUNDAMENTOS DA CAPELANIA CRISTÃ 
No que se refere à capelania deve-se observar, inicialmente, que é uma ação que 
nasce a partir da interação e da relação de ajuda, de auxílio, de cooperação e de 
cuidado humanizado, onde a marca principal é a da solidariedade e da fraterni-
dade, conforme Souza (2006).
Segundo Barros (2008), Capelania é uma atividade cuja missão é colaborar na 
formação integral do ser humano, oferecendo oportunidades de conhecimento, 
reflexão, desenvolvimento e aplicação dos valores e princípios ético-cristãos e 
da revelação de Deus para o exercício saudável da cidadania. 
Na atualidade há diversas modalidades de Capelania, contudo se destacam 
entre as mais conhecidas:
 ■ Educacional.
 ■ Carcerária.
 ■ Hospitalar.
 ■ Militar.
 ■ Empresarial.
Essas modalidades já estão em todo Brasil, devidamente reconhecidas por lei 
com uma longafolha de serviços prestados à sociedade, como é o caso da cape-
lania militar. 
O capelão, seja qual for o contexto em que os tiver inserido, tem a missão 
de ajudar a pessoa em seu crescimento utilizando os instrumentos próprios da 
ajuda cristã ou pastoral, os quais já foram citados acima a bíblia, a oração, a visi-
tação, a meditação, a exortação, o perdão, a comunhão, dentre outros. 
Nesse sentido, cabe ao capelão desenvolver procedimentos contextualiza-
dos à sua área de ação, ou seja, escola, universidade, quartel, presídio, hospital 
buscando sempre uma atuação em equipe, mas que ressalte as contribuições 
específicas e próprias do trabalho espiritual; sempre ciente de que a pessoa é 
um ser de várias dimensões, e por isso ele deve exercer seu trabalho à luz da 
interdisciplinaridade.
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Os Fundamentos da Capelania Cristã 
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CAPELANIA HOSPITALAR
Um bom exemplo é a atuação do capelão 
no hospital. Esse contexto tem suas especi-
ficidades, sendo muitas vezes marcado por 
contradições que lhe são próprias, como: 
a) De um lado, o adoecer, a doença, o 
morrer e a morte.
b) De outro, a convivência com diver-
sos profissionais da área da saúde 
e áreas afins que, independente de 
suas possíveis crenças, têm uma formação profissional específica que pauta 
a sua atuação, como é o caso da enfermagem, da medicina, da fisiotera-
pia, da psicologia, da assistência social, da administração dentre outras. 
A capelania hospitalar é uma atividade que remonta a datas longínquas da nossa 
história, por volta dos cem primeiros anos da Era Cristã, conforme Silva (2010). Hoje 
ela já é respeitada e presente positivamente nos hospitais. Quem faz uma exposi-
ção muito interessante sobre a capelania hospitalar em nossos dias é Silva (2010). A 
seguir, transcrevemos algumas de suas principais ideias sobre essa questão. Vejamos:
Silva (2010) localiza a capelania hospitalar no contexto da teologia pastoral, 
mais especificamente na tradição da Teologia Prática, que tem sua origem nos 
estudos de Schleiermacher (1768-1834). Este Teólogo foi responsável por chamar 
a atenção dos estudos teológicos para a prática pastoral como uma área autô-
noma, pois compreendia que a riqueza da teologia está justamente em sua ação 
ou aplicabilidade. Nesse sentido, o teólogo brasileiro Zabatieiro (2005) observa 
que toda teologia é prática, no sentido de finalidade mais premente. 
Silva (2010) faz o seguinte comentário sobre a localização da capelania hos-
pitalar no contexto da Teologia Prática:
A capelania hospitalar se insere na chamada ‘’teologia prática’’ como o 
serviço cristão da Igreja ao mundo dos doentes, nas casas, nos hospi-
tais. Com o objetivo de ajudá-los a partir da fé, da esperança e da cari-
dade, em sua luta pela recuperação de sua saúde ou pela cura integral 
da aceitação e da humanização dos últimos momentos da existência 
mediante o diálogo... 
OS FUNDAMENTOS DO ACONSELHAMENTO E DA CAPELANIA CRISTÃ
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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O serviço de capelania hospitalar consiste num ministério de apoio, 
fortalecimento, aconselhamento e consolação, desenvolvidos junto aos 
enfermos e seus familiares, funcionários e médicos do hospital... É um 
serviço de dimensão holística, que considera o enfermo uma unidade 
pluridimensional. Consiste em levar conforto em horas de angústia, in-
certeza, aflição, desespero e compartilhar o amor de Deus por meio de 
atitudes concretas: presença; gestos; palavras; orações; textos bíblicos; 
música e silêncio. A capelania hospitalar é uma organização religiosa 
interdenominacional com a finalidade principal de prestar assistência 
espiritual em instituições hospitalares...
A capelania colabora na formação integral do ser humano, oferecendo 
oportunidade de conhecimento, reflexão, desenvolvimento e aplicação 
dos valores e princípios éticos, na revelação de Deus para o exercício 
da cidadania. A capelania realiza também a assistência espiritual, social 
e emocional às famílias de enfermos, equipes de saúde dos hospitais e 
estudantes de medicina.
De acordo com Bautista, a capelania hospitalar tem como característi-
ca ser um serviço sanativo, porque pretende a apropriação da realidade 
pessoal até o último instante de vida. Esse serviço (diaconia) exige, em 
primeiro lugar, a colaboração dos cristãos próximos ao mundo do enfer-
mo, especialmente os agentes mais idôneos, desde os pastores, diáconos 
e os leigos que vivem e conhecem o contexto hospitalar e podem ajudar 
nas atividades no hospital. Esse trabalho é baseado no conceito de “aten-
dimento integral” em que o paciente tem uma aceitação melhor da hos-
pitalização e tem mais chances de um rápido reestabelecimento por ter 
também contemplados os aspectos espirituais e emocionais. (p.p 26-27)
Teologicamente, Silva (2010) lembra que como toda ação pastoral, a capelania 
hospitalar está fundamentada na própria prática de Jesus, pois Ele atendeu e 
cuidou dos enfermos e doentes de sua época, em um contexto bem peculiar de 
pobreza e de contradições socioeconômicas. O próprio testemunho bíblico do 
Novo Testamento assinala que Ele atendia os que sofriam, curando-os e anun-
ciando o Reino de Deus, de vida e paz. 
Silva (2010) observa o papel imprescindível do capelão ao afirmar:
O profissional da saúde nem sempre está preparado para trazer rela-
ções saudáveis de ajuda. Depois de esgotadas todas as possibilidades 
técnicas e feito todo o possível do ponto de vista clínico, justamen-
te, então, estaremos diante do momento de maior vulnerabilidade e 
de maior necessidade do enfermo. E quase sempre nessa situação, os 
profissionais da saúde deixam o doente sozinho e desamparado. Por 
Considerações Finais
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diversos fatores alheios a nossa vontade, não se leva a sério com a de-
vida frequência, intensidade e consideração, a máxima de que o doente 
deve ser protagonista da visita do médico, da enfermeira e do visitador. 
Deve, portanto, ser o centro do hospital e de todo o sistema de saúde. 
Por isso, precisamos fortalecer a redescoberta da capelania hospitalar, 
uma capelania da humanização e da vida para com os doentes, espe-
cialmente os marginalizados, esquecidos e abandonados. (p.p. 27-28)
Portanto, a Capelania Cristã é uma atividade

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