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1 Cláudio F. Tormena tormena@unicamp.br Sala I-201 Lab. I-200 PAD Jonatas Viana de Souza j219025@dac.unicamp.br QO-424 Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear 2 Ressonância Magnética Nuclear ✓ Princípios Físicos Fundamentais. ✓ O fenômeno da Ressonância. ✓ Preparação da Amostra e Obtenção do Espectro de RMN de 1H. ✓ Origem do Deslocamento Químico. ✓ Acoplamento Spin-Spin. ✓ Deslocamento Químico de 1H. ✓ Espectro de RMN de 13C ✓ Deslocamentos Químicos de 13C ✓ Efeitos Eletrônicos. ✓ Anisotropia. 3 ✓ Efeitos do Solvente ✓ Acoplamento 1H-1H ✓ Equivalência Química ✓ Equivalência Magnética ✓ Espectros de 1a e 2a Ordem. ✓ Moléculas Rígidas. ✓ Moléculas Flexíveis (Mudança conformacional). ✓ Processos de Troca Química. ✓ Acoplamentos com outros Núcleos. ✓ Efeitos Isotópicos. Ressonância Magnética Nuclear 4 ✓ RMN de outros núcleos ✓ Outros experimentos, tais como DEPT, COSY, HSQC, HMBC e NOESY Ressonância Magnética Nuclear 5 Bibliografia ✓ R. M. Silverstein, F. X. Webster, D. J. Kiemle, Spectrometric Identification of Organic Compounds, 7th ed, John Wiley & Sons. New York, 2005. ✓ D. L. Pavia, G. M. Lampman, G. S. Kriz, Introduction to Specxtroscopy. A guide for Studentes of Organic Chemistry, 2nd ed. Saunders; Orlando, 1996. ✓ J. Mohan, Organic Spectroscopy: Principles and applications, 2nd edition, Alpha Science (2004) ✓J. Keeler, Understanding NMR spectroscopy, 2nd edition; Wiley, 2010. ✓M. H. Levitt, Spin Dynamics: Basic of NMR, 2nd ed., Wiley (2008) 6 Mês Dias Setembro 17, 24 Outubro 01, 08, 15, 29 Novembro 05, 12, 19 (Atividade I 05/11) Dezembro 03, 10, 17 (Atividade II 10/12) Janeiro 07, 14 (prova 14/01) exame 21/01 Calendário das aulas Critérios de Avaliação e Aprovação Uma Prova (P1) mais duas atividades A1 e A2. A média final será MF = 0,7xP1 + 0,3x(média aritmética das atividades). Nota < 5 exame. Para quem for para exame: (MF + Nota Exame)/2, se ≥ 5 aprovado; se < 5 reprovado. 7 RMN Energia magnética do núcleo (Spin) Campo Magnético Externo (B0) Espectroscopia E = h 8 Espectro eletromangético 9 A RMN ➢ A técnica mais empregada na elucidação estrutural de compostos em solução. ➢ Pode-se trabalhar com todos os elementos da Tabela Periódica. Desde que os elementos (núcleos) tenham Spin 0 (I 0) ➢ Spin está relacionado com o número de prótons e nêutrons do núcleo. 10 RMN em líquidos e sólidos Edward Purcell MIT 14 de Dezembro de 1945 Parafina Felix Bloch Stanford Janeiro de 1946 H2O Prêmio Nobel 1952 11 Sinal do Hidrogênio da H2O 7.76 MHz Bloch, Hansen and Packard, Phys. Rev. 70, 474 (1946) 12 RMN na Química 1950 ➢ Medidas mais refinadas em RMN foram realizadas. ➢ W. Proctor e Fu Chun Yu (Stanford). NH4NO3 Dois sinais para o núcleo de 14N. = (/2)B0 They also offered a correct explanation for the distinct peaks and verified experimentally that their separation was proportional to the external magnetic field. The phenomenon became later known as "chemical shift", meaning that the magnetic field perceived by a nucleus - and thus its magnetic resonance frequency - depends on its chemical environment in a molecule. Fuchun Yu in the USA (probably in 1949 at Ohio State University) 13 M. Packard - 1951 CH3CH2OH ➢ Efeito atribuído aos elétrons em orbita ao redor dos núcleos de 1H. 14 Primeiro equipamento Comercial - 1952 15 RMN Moderna Pulsos de radiofreqüência (RMN Pulsada) Computador Transformada de Fourier Richard Ernst (1964) 16 Espectro de RMN 1H da progesterona 0.011 M Premio Nobel (1992) 17 A limitação na época era a intensidade do campo magnético, gerado por eletroimã. 18 Supercondutores 19 Um equipamento de RMN moderno 20 Aplicações ➢ Química ➢ Análise estrutural de compostos orgânicos e inorgânicos. ➢ Solução e Estado sólido ➢ Industria do Petróleo (catalisadores) ➢ Polímeros ➢ Estudos de Interações moleculares ➢ Industria Farmacêutica ➢ Controle de qualidade de fármacos ➢ Bioquímica ➢ Estudos da estrutura (enovelamento) de proteínas e peptídeos em solução. 21 Paul Lauterbur (1972) Variação do Campo Magnético através do espaço. Gradiente de Campo Magnético Sir Peter Mansfield (1976) Microscopia de RMN em sólido Primeira imagem de um organismo humano vivo RMN na Medicina 22 Aplicações da RMN Diagnóstico por imagem 23 24 25 Food-NMR: Controle de qualidade de vinhos, sucos, queijos, café, etc... 26 Biologia Estrutural Estudo de interação substrato-receptor, estruturas de proteínas e principalmente dinâmica de proteínas. 27 Química 28 O O OH O 29 Estrutura atômica Prótons, nêutrons e elétrons Elétrons Quatro números quânticos são necessários para descreve a trajetória e o movimento de cada elétron em um átomo. ✓ Número quântico principal n ✓ Número quântico de momentum angular l ✓ Número quântico magnético ml ✓ Número quântico de spin ms Como os elétrons se comportam, formam ligações, se rearranjam quando ligações são formadas ou quebradas? Por que se transferem para formar íons? Por que determinadas reações acontecem? 30 Nêutrons e prótons são compostos por três quarks Partícula Massa / kg Carga Spin e 9,109 x 10-31 -e ½ n 1,675 x 10-26 0 ½ p 1,673 x 10-26 +e ½ fóton 0 0 1 Algumas propriedades importantes das partículas Spin Carga Carga = 0 Spin = ½ − 1 3 𝑒 + 2 3 𝑒 − 1 3 𝑒 Spin Carga Carga = +e Spin = ½ − 1 3 𝑒 + 2 3 𝑒 + 2 3 𝑒 M. H. Levitt, Spin Dynamics: Basic of NMR, 2nd ed., Wiley (2008) 31 Fontes de magnetismo ➢ Circulação de corrente elétrica ➢ Momento magnético dos elétrons ➢ Momento magnético dos núcleos atômicos Elétrons e núcleos possuem momentos magnéticos intrínsecos, pois possuem momenta angulares de spin intrínsecos. M. H. Levitt, Spin Dynamics: Basic of NMR, 2nd ed., Wiley (2008) 32 Spin Nuclear e Magnetismo 1H → I = ½ 2H → I = 1 3H → I = ½ 12C → I = 0 13C → I = ½ 14N → I = 1 15N → I = ½ 16O → I = 0 17O → I = 5/2 19F → I = ½ Modelo de camadas nuclear 1s 1p 1d 2s 1f 2p 1s1/2 2 1p3/2 4 1p1/2 2 1d5/2 6 2s1/2 2 1d3/2 4 1f7/2 8 1f5/2 6 2p1/2 2 2p3/2 4 M. H. Levitt, Spin Dynamics: Basic of NMR, 2nd ed., Wiley (2008) 33 1s1/2 1p3/2 1p1/2 1s1/2 1p3/2 1p1/2 1s1/2 1p3/2 1p1/2 1s1/2 1p3/2 1p1/2 Z = 6 N = 7 13C → I = ½ 14N → I = 1 Z = 7 N = 7 1s1/2 1p3/2 1p1/2 1s1/2 1p3/2 1p1/2 Z = 13 N = 14 27Al → I = 5/2 29Si → I = ½ 1d5/2 1d5/2 1s1/2 1p3/2 1p1/2 1s1/2 1p3/2 1p1/2 Z = 14 N = 15 1d5/2 1d5/2 2s1/2 2s1/2 J.C.C. de Freitas, T.J. Bonagamba; Fundamentos e Aplicações da RMN: Núcleos Atômicos e a RMN, AUREMN (1999) 34 Spin Nuclear I = Inteiro ou fracionário Prótons e Nêutrons impar (I = 1, 2, 3, etc.) 14N (I = 1) mI = -1, 0, 1 2H (I = 1) mI = -1, 0, 1 6Li (I=1) mI = -1, 0, 1 10B (I=3) mI = -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3 35 Prótons e Nêutrons par (I = zero) 12C (I= 0) 16O (I = 0) Prótons par e Nêutrons impar (I = ½, 3/2, 5/2, etc…) 1H (I = ½ ) -1/2, 1/2 13C (I = ½) -1/2, 1/2 7Li (I=3/2) -3/2, -1/2, 1/2, 3/2 36 Propriedades do Núcleo Spin Nuclear (I) Momentum Angular de spin nuclear ( ) Momento Magnético nuclear ( ) Ih 2 = I 1-1 s 1 −=== Trad sJ rad T J sJ rad T J 37 Razão Magnetogírica A razão magnetogírica é uma constante escalar característica de cada núcleo. Seu valor e sinal são extremamente importantes. Deslocamento Químico; Constantes de Acoplamento e Intensidade dos Sinais 1H 13C 26.7x107 rad.T-1s-1 6.7x107 rad.T-1s-1 42.58 MHz/Tesla 10.66 MHz/Tesla 13C/ 1H = 0.25 B0=2.348T 1H 100 MHz 13C 25 MHz Ih 2 = 38 Relação Momento Magnético e eixo Z Z Z Im h z 2 = 22 1 h z = 22 1 h z −= I = 1/2 z = cos Ih 2 = 39 0B → 2 2 cos 0 0 0 0 I I z Z mhB E hm BE BE BE −= = −= −= •−= 22 122 1 0 0 hB E hB E += −= 2 0 ImhB E = z = cos 40 Efeito do B0 E B0 -1/2; 1/2 -1/2 1/2 E = h 0 22 1 B h E −= 0 22 1 B h E = 41 Cálculo de Energia Envolvida na Transição Campo 7.04 T 1H =300 MHz E = h E = 6.62x10-34 Js x 300x106 s-1 E = 1.98x10-25J 13C =75 MHz E = 6.62x10-34 Js x 75.43x106 s-1 E = 4.99x10-26J 29Si =59.59 MHz E = 6.62x10-34 Js x 59.59x106 s-1 E = 3.94x10-26J Campo 21.13 T 1H =900 MHz E = h E = 6.62x10-34 Js x 900x106 s-1 E = 5.95x10-25J 13C =226.29 MHz E = 6.62x10-34 Js x 226.29x106 s-1 E = 1.49x10-25J 29Si =178.78 MHz E = 6.62x10-34 Js x 178.78x106 s-1 E = 1.18x10-25J 42 Relação entre B0 e frequência ∆𝐸 = 𝛾ℎ𝐵0 2𝜋 Precessão de Larmor ∆𝐸 = ℎ ℎ = 𝛾ℎ𝐵0 2𝜋 = 𝛾 2𝜋 𝐵0 43 Precessão de Larmor 0 00 B −= (rad s-1) 00 2 1 B −= (Hz) 0B 44 Magnetização macroscópica resultante M z Mz B0 x y z Mxy x y zB0 B0 RF 𝑀𝑧 (𝑡) = 𝑀𝑒𝑞 1 − 𝑒 𝑡⁄𝑇1 𝑀𝑥 𝑡 = −𝑀𝑒𝑞 sin 0 𝑡 𝑒 −𝑡⁄𝑇2 𝑀𝑦 𝑡 = −𝑀𝑒𝑞 cos 0 𝑡 𝑒 −𝑡⁄𝑇2 M. H. Levitt, Spin Dynamics: Basic of NMR, 2nd ed., Wiley (2008) 45 Obtenção do sinal em RMN Um momento magnético oscilante gera um campo magnético oscilante. Campo magnético está associado com um campo elétrico Bobina perto da amostra detecta o fluxo de corrente elétrica, gerando um sinal elétrico/corrente A oscilação do campo elétrico produzido pela precessão da magnetização no plano XY gera FID (Free-induction decay) que após a transformada de Fourier fornece a frequência dos núcleos em RMN. 46 Aquisição de espectro de RMN B0 MZ Z Y X B0 Pulso de RF (B1) Z Y X Mxy FT 47 Tempo de Relaxação Tempo (T) ➢ Relaxação Spin-Rede (longitudinal); eixo-z; (T1) ➢ Relaxação Spin-Spin (transversal); plano xy; (T2) B0 Z Y X Mxy Z Y X MZ 48 CH3H3C O 49 Unidade em RMN IV – 4000 a 400 cm-1 RMN – deslocamento químico () ppm (partes por milhão) ppmxx x x RA 4,210)104,2( 104,2 10300 10001730 66 6 6 0 == = − = − = − − Campo de 7.04 Tesla – 1H frequência de 300 MHz 6 0 10xRA − = 50 Deslocamento Químico () 0 2 B = 51 = (/2)Blocal = (/2)B0(1- ) Campo induzido BI B0 BI = B0 Blocal = B0 - BI Blocal = B0 - B0 = B0(1- ) Blocal= B0(1- ) Bloc B0 = tensor blindagem 52 )1( 2 0 − = B 53 Contribuições das correntes eletrônicas para : ✓ Circulação dos elétrons no estado fundamental (diamagnética) ✓ Circulação de elétrons que participam de estados excitados (paramagnética) 𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜎𝑑𝑖𝑎𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑜 + 𝜎𝑝𝑎𝑟𝑎𝑚𝑎𝑔𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑜 = 0 0 2 3 rdr m e e e D 0 , 2 3 1 02 22 = kj kjrEem e P 𝛿𝑝𝑝𝑚 = 𝜎𝑟𝑒𝑓 − 𝜎 54 CH3H3C O 55 H O 56 C C H Cl Cl H 57 58 59 60
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