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SUMÁRIO ANATOMIA DA CABEÇA 1. Estruturas ósseas do crânio e da face .......................... 3 2. Viscerocrânio x neurocrânio ............................................. 3 3. Visões do crânio ................................................................... 4 4. Vista lateral ............................................................................. 6 5. Vista inferior ............................................................................ 7 5. Vista da calvária .................................................................... 9 6. Vista interna da base do crânio .....................................11 7. Sela turca ...............................................................................14 8. Suturas e pontos craniométricos ..................................15 8. Nariz e seios da face ........................................................19 9. Articulação temporomandibular ...................................27 10. Estruturas musculares do crânio ................................29 ANATOMIA DO PESCOÇO 1. Estruturas ósseas do pescoço .......................................36 2. Fáscias cervicais ..................................................................40 3. Vascularização arterial da cabeça e pescoço ..........47 4. Drenagem venosa da cabeça e pescoço ...................52 5. Drenagem linfática da cabeça e pescoço ..................54 6. Inervação da cabeça e pescoço ....................................55 Referências bibliográficas ...................................................59 3ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO ANATOMIA DA CABEÇA 1. ESTRUTURAS ÓSSEAS DO CRÂNIO E DA FACE: O crânio é o esqueleto da cabeça, a área mais nobre do corpo humano, sendo uma das partes mais coesas e resistentes, devido a sua constituição óssea fechada, que funciona como uma caixa para os componentes do Sistema Nervoso Central que se en- contram dentro da cavidade craniana. O estudo detalhado de suas estrutu- ras nos dá um importante arcabouço para avaliações clínicas, de diagnósti- co por imagem e cirúrgicas. Como ve- remos neste material, as regiões cefá- licas e cervicais, apesar de terem uma grande quantidade de estruturas, têm relações lógicas que facilitam o en- tendimento do tema. Para o estudo dos componentes ósse- os dessa região do corpo, é necessário o entendimento de algumas nomencla- turas utilizadas. Por exemplo, o termo “processo” significa o prolongamen- to de um osso até outro osso, como o “Processo Frontal da Maxila”, que é um prolongamento do osso Maxila até o Osso Frontal. Nesse sentido, é válido relembrar também que “Forames” são passagens para estruturas vasculoner- vosas, “Fossas” são depressões ocasio- nadas pela fixação de outras estruturas e “Túberes e Tubérculos” são elevações onde se fixam estruturas. 2. VISCEROCRÂNIO X NEUROCRÂNIO Figura1. Ossos do Neurocrânio, retirada do https://human. biodigital.com/ Figura 2. Ossos do Viscerocrânio, retirada do https:// human.biodigital.com/ 4ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Os ossos presentes no crânio podem ser divididos em dois grandes grupos: Neurocrânio e Viscerocrânio. O pri- meiro grupo é responsável por abrigar o encéfalo e seus envoltórios, além da parte proximal dos nervos cranianos, sendo composto por 8 ossos, sendo que 4 são ímpares (Osso Etmoide, Osso Occipital, Osso Esfenoide, Osso Frontal) e 2 são pares (Ossos Parie- tais e Ossos Temporais). Enquanto isso, os ossos do Visce- rocrânio formam a parte anterior do crânio, que circunda a cavidade oral, a cavidade nasal e grande parte da cavidade orbital; somando um total de 14 ossos, sendo 2 destes ímpa- res (Osso Mandíbula, Osso Vômer) e 6 pares (Ossos Maxilares, Ossos das Conchas Nasais Inferiores, Ossos Zi- gomáticos, Ossos Palatinos, Ossos Nasais, Ossos Lacrimais). Diversos ossos do crânio são pneumá- ticos, ou seja, apresentam cavidades aéreas em seu interior, com o possí- vel intuito de redução de peso desses componentes. Na posição anatômica, o crânio se encontra no Plano Orbito- meatal, ou seja, a margem inferior da órbita ocular está nivelada com a mar- gem superior do poro acústico externo. 3. VISÕES DO CRÂNIO Vista frontal Figura 3. Vista Craniana Frontal, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 5ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Processo Frontal, que se articula com o osso frontal e ossos nasais; aber- tura Piriforme, recesso composto pe- los ossos maxilares e nasais, onde o nariz externo se implanta. Ademais, podemos ver: a contribuição dos Os- sos Maxilares na cavidade ocular; os Processos Alveolares onde se insere a arcada dental superior; e a Espinha Nasal Anterior, na extremidade infe- rior da abertura piriforme. Pode-se observar também a face anterior do Osso Zigomático, que se articula, na imagem, com os ossos: frontal, maxilas, esfenoide e tempo- rais. Faz-se importante destacar as estruturas: Forame Zigomaticofacial, por onde passam vasos e nervos ho- mônimos; Processo Frontal do Osso Zigomático, pelo qual se articula com o Osso Frontal; Processo Temporal do Osso Zigomático, pelo qual se articu- la com o Osso Temporal; e sua face orbital, com a qual contribui para for- mação da cavidade ocular. Ademais, é possível ver a extensão do Osso Mandíbula, com observação fácil de seu corpo e ramo. Dentre as estru- turas visíveis estão ainda: Tubérculo Mentual, uma proeminência óssea localizada na extremidade inferior do osso; e o Forame Mentual, por onde passam o nervo e vasos mentuais. Na vista frontal do crânio é possível observar os ossos: Frontal, Maxila- res, Nasais, Zigomáticos, Parietais, Mandíbula, Esfenoide, Temporais, Lacrimais, Etmoide, Vômer e Osso da Concha Nasal Inferior. É possível visualizar o Osso Frontal em sua to- talidade anterior com suas estruturas visíveis: Glabela, região entre as so- brancelhas, acima da raiz do nariz; Processo Zigomático, que se articula com o Osso Zigomático, contribuindo com a formação da cavidade ocular; Incisura (quando aberta) ou Forame (quando fechado) Supra-orbital, que dá passagem à vasos e nervos su- pra-orbitais; Arcos Superciliares, re- giões protuberantes acima das mar- gens supra-orbitais. Sendo possível observar também sua contribuição para formação da cavidade ocular, com sua face orbital, além da articu- lação com os ossos Esfenoide, Etmoi- de, Zigomático, Maxilares e Lacrimal, assim como sua articulação com os ossos nasais e parietais. Nessa vista também é possível ob- servar os ossos Maxilares em sua extensão, se articulando com os os- sos: frontal, nasais, zigomáticos, et- moide e lacrimais. Pode-se observar estruturas típicas de tal osso, como: Forame Infra-orbital, por onde pas- sam os vasos e nervo infra-orbitais; 6ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO 4. VISTA LATERAL Figura 4. Vista Craniana Lateral, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) Na vista lateral, é possível observar os ossos: Mandíbula, Maxila, Tempo- ral, Occipital, Parietal, Frontal, Esfe- noide, Zigomático, Etmoide, Lacrimal e Nasal. Nessa visão, podemos ver a totalidade externa do Osso Temporal e algumas de suas mais relevantes estruturas, como: Processo Zigomáti- co do Osso Temporal, que se articula com o Processo Temporal do Osso Zi- gomático, formando o Arco Zigomá- tico; Processo Mastoide e Processo Estiloide, que servem como locais para inserção de tendões muscula- res; a Fossa Mandibular e o Tubércu- lo articular, estruturas da Articulação Temporomandibular (ATM) que se articulam com a Cabeça da Mandíbu- la, permitindo a mobilidade do Osso Mandíbula; região constituída pelos ossos: Temporal, Frontal, Esfenoide e Parietal chamada Fossa Temporal, onde se localiza o músculo mastiga- tório Temporal; Processo Coronóide, 7ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO local de inserção do Músculo Tem- poral; Processo Estiloide do Osso Temporal, que serve de inserção para músculos da região cervical; além da abertura do Meato Acústico Externo e sulco da Artéria Temporal Média. Podemos também ver as articulaçõesde tal osso com os ossos: Occipital, Mandíbula e Esfenoide. Ademais, é possível observar, na vista lateral, as Linhas Temporais Superior e Inferior, situadas nos ossos Frontal e Parietal, que servem de inserção para múscu- los e fáscias. 5. VISTA INFERIOR Figura 5. Vista Inferior da Base do Crânio, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 8ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO que dá passagem ao Nervo Petroso Maior. Também é possível observar estrutu- ras presentes no Osso Temporal em sua visão inferior, como: Abertura Ex- terna do Canal Carotídeo, por onde passam Artéria Carótida Interna e Plexo Carotídeo Autônomo; Canalícu- lo Timpânico, por onde passa o Ramo do Nervo Glossofaríngeo (NC IX); Ca- nalículo Mastoideo, por onde passa o Ramo Auricular do Nervo Vago (NC X); Forame Estilomastoideo, por onde passa o Nervo Facial (NC VII); Incisura Mastoidea, deixada pela inserção do Músculo Digástrico. Além das estru- turas: Processo Zigomático, Tubérculo Articular, Fossa Mandibular, abertura do Meato Acústico Externo, Processo Estiloide, Processo Mastoideo e Sulco da Artéria Occiptal. Nessa visão também é visível a es- trutura do palato duro, composto por duas lâminas ósseas: Processo Pa- latino da Maxila e Lâmina Horizontal do Osso Palatino, unidas pela Sutu- ra Palatina Transversa; sendo o lado direito e esquerdo unidos pela Sutura Palatina Mediana. Nessa estrutura é possível observar também: Fossa In- cisiva, por onde passam o Nervo Na- sopalatino e a Artéria Esfenopalatina; Forames Palatinos Maior e Menor, por onde passam estruturas vasculoner- vosas homônimas. Além disso, pode ser visto também o limite posterior da cavidade nasal: os Cóanos Nasais, divididos pelas Asas do Osso Vômer Na vista inferior, é possível observar os ossos: Occipital, Parietal, Tempo- ral, Esfenoide, Vômer, Palatino, Maxi- la, Frontal e Zigomático. Em posição centroposterior, temos o Osso Occi- pital em sua extensão inferior, com as estruturas visíveis: Forame Magno, por onde passam medula, meninges e estruturas vasculares associadas; Tubérculo Faríngeo, local de fixação da Rafe Faríngea; Côndilos Occiptais, que são as faces articulares que se li- gam a primeira vértebra cervical C1 – Atlas; Canal do Nervo Hipoglosso, por onde passa o Nervo Hipoglosso (NC XII); Canal Condilar, que dá passagem a Veia Emissária Condilar Posterior, servindo como elo entre o Plexo Ve- noso Subocciptal e o Seio Sigmóideo; Linhas Nucais Inferior e Posterior, locais de inserção de músculos cer- vicais; Protuberância Occipital Exter- na, região elevada onde se encontra um importante ponto craniométrico, o Ínio; e Crista Occipital Externa, que corresponde, externamente, ao local da confluência dos seios. Além disso, na extensão de sua articulação com o Osso Temporal, são observáveis as estruturas: Forame Mastoideo, por onde passam a Veia Emissária Mas- toidea e a Artéria Meníngea Posterior; Fossa Jugular com o Forame Jugular profundamente, pelo qual passam os nervos Glossofaríngeo (NC IX), Vago (NC X), Acessório (NC XI) e Veia Jugu- lar Interna; Forame Lacerado, formado com contribuição do Osso Esfenoide, 9ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO em lado direito e esquerdo. Ademais, é possível observar estruturas do Osso Esfenoide, como suas Lâminas Mediais e Laterais, sua Asa Maior e suas estruturas, que serão detalha- das no corpo deste material. 5. VISTA DA CALVÁRIA Figura 6. Vista interna da Calvária, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 10ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 7. Vista Externa da Calvária, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) Nas vistas interna e externa da Cal- vária, é possível observar os ossos: Frontal, Parietais, Occipital, assim como suas suturas e pontos cranio- métricos. Além disso, na visão exter- na é possível observar os Forames Parietais, por onde passam veias emissárias. Na vista interna, também são observáveis as estruturas: Sulco do Seio Sagital Superior, que atraves- sa os três ossos da calvária na linha mediana; Sulco dos ramos dos Vasos Meníngeos Médios nos ossos Fron- tal e Parietais; Fovéolas Granulares, impressões das granulações arac- nóideas, pequenos prolongamentos da meninge aracnoide, responsáveis pela absorção de líquor. 11ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO 6. VISTA INTERNA DA BASE DO CRÂNIO Figura 8. Vista interna da base do crânio, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) Na vista interna da base do crânio é possível observar os ossos: Fron- tal, Etmoide, Esfenoide, Temporal, Parietal e Occipital. Para o melhor entendimento da visão da base do crânio é importante destacar a divisão anatômica convencionada em três fossas: anterior, média e posterior. 12ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO por onde passam Nervo Óptico e Ar- téria Oftálmica; Fissura Orbital Supe- rior, por onde passam Nervo Oculo- motor (NC III), Nervo Troclear (NC IV), Ramos Lacrimal, Frontal e Nasociliar do Nervo Oftálmico (NC V), Nervo Abducente (NC VI) e Veia Oftálmica Superior; Forame Redondo, por onde passa Nervo Maxilar (NC V); Forame Oval, por onde passam Nervo Man- dibular, Artéria Meníngea Acessória e, ocasionalmente, Nervo Petroso Menor; Forame Espinhoso, por onde passam Vasos Meníngeos Médios e ramo meníngeo do Nervo Mandibu- lar; Forame Lacerado, que é fechado por cartilagem. Além disso, são vi- síveis estruturas do Osso Temporal, como os sulcos dos Nervos Petroso Maior e Menor; Impressão do Ner- vo Trigêmeo; Canal Carótico, que dá passagem a Artéria Carótida Interna e Plexo Carótico Interno; e Hiatos dos Nervos Petroso Maior e Menor. A Fossa Posterior tem sua extensão desde o Sulco do Seio Petroso Supe- rior até o Osso Occipital. Tem como estruturas visíveis, no Osso Tempo- ral, o Sulco do Seio Sigmoide; Meato Acústico Interno, que dá passagem ao Nervo Facial (NC VII), Nervo Vestibu- lococlear (NC VIII) e Artéria Labirínti- ca; Abertura Externa do Canalículo do Vestíbulo, por onde passa o Ducto En- dolinfático; Forame Jugular, por onde passam Seio Petroso Inferior, Nervo Glossofaríngeo (NC IX), Nervo Vago (NC X), Nervo Acessório (NC XI), Seio Em toda extensão da visão é possível observar Sulcos dos Vasos Menínge- os Anteriores, Médios e Posteriores. A Fossa Anterior tem sua extensão desde o Osso Frontal, anteriormen- te, até a Crista Esfenoidal, composta pelas Asas Menores do Osso Esfe- noide. Tem como estruturas visíveis: Sulco do Seio Sagital Superior, que se estende, superiormente, desde o Osso Frontal até o Osso Occipital, por toda extensão da Calvária Craniana; Crista Etmoidal e Lâmina Cribiforme do Osso Etmoide, onde os bulbos ol- fatórios se acomodam; Forame cego, entre a Crista Frontal e Etmoidal, por onde passa a Veia Emissária para o Seio Sagital Superior; e Forames Et- moidais Anteriores e Posteriores, por onde passam nervos e vasos homônimos. A Fossa Média tem sua extensão en- tre a Crista Esfenoidal e o Sulco do Seio Petroso Superior, impresso na margem superior da parte petrosa do temporal. Podemos visualizar a su- perfície superior do Osso Esfenoide, tornando visíveis as estruturas: Asa Maior; Asa Menor; Processo Clinóide Anterior; Jugo Esfenoidal; Sulco Pré- -Quiasmático, deixado pelos nervos ópticos; Sela turca e suas estruturas que se situam medialmente na Fos- sa Média do Crânio; Clivo, um decli- ve composto pelos ossos Esfenoide e Occipital, conduzindo até o Forame Magno; Sulco Carótico, deixado pela Artéria Carótida Interna; Canal Óptico, 13ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Sigmoide e Artéria Meníngea Poste- rior. Já no Osso Occipital, podemos ver a Crista Occipital Interna; Protu- berância Occipital Interna; Côndilos; Canal do Nervo Hipoglosso (NC XII); Forame Magno, que dá passagem ao Bulbo, Meninges, Artérias Vertebrais, Ramos Meníngeos das Artérias Ver- tebrais e Ramos Espinhais dos Nervos Acessórios (NC XI); além de diversas impressões de estruturas vasculares, como Sulcos dos Seios Transverso, Petroso Inferior e Occipital. Para melhor entendimento dos Fora-mes da Base do Crânio, trazemos essa figura, retirada do Livro Netter, que traz o conteúdo de cada passagem. Figura 9. Resumo sobre forames da vista interna da base, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 14ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO posicionada na porção mediana da Fossa Média do crânio. Tal sela é o lo- cal onde a Glândula Hipófise se aloja, sendo envolvida pelo Seio Cavernoso e estruturas adjacentes. 7. SELA TURCA A sela turca é uma estrutura localiza- da no Osso Esfenoide, em sua região superior, acima do corpo do osso e do Seio Cavernoso, entre o Tubércu- lo da sela turca e Dorso da sela turca, SAIBA MAIS: Figura 10. Relação entre sela turca e estruturas adjacentes, retirada do Moore 7ª edição Devido à proximidade da Hipófise com o Quiasma Óptico, como pode ser visto na Figura 10, em casos de tumores de hipófise, tal estrutura pode ser pressionada levando a quadros clínicos compostos por sintomas visuais. Além disso, como também pode ser observado na imagem, a proximidade entre o Seio Esfenoidal e o Seio Cavernoso, justifica a ocorrência de sinusites complicadas conduzindo à quadros de Meningite. 15ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 11. Suturas cranianas, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) 8. SUTURAS E PONTOS CRANIOMÉTRICOS As articulações fibrosas entre ossos do neurocrânio são chamadas de suturas cranianas e estão listadas abaixo: • Sutura Coronal: articulação entre ossos Frontal e Parietais; • Sutura Sagital: articulação entre ossos Parietais direito e esquerdo; • Sutura Lambdóidea: articulação entre ossos Parietais e Occipital; • Sutura Escamosa: articulação en- tre parte escamosa do osso Tem- poral com Osso Occipital. • Pontos craniométricos são proces- sos utilizados para medição, com- paração e descrição da topografia craniana e estão descritos abaixo: 16ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 12. Pontos Craniométricos, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) • Bregma: Junção das Suturas Coro- nal e Sagital; • Lambda: Junção das Suturas Lambdóidea e Sagital; • Ptério: Junção, em formato de H, entre os ossos Esfenoide, Pa- rietal, Frontal e Temporal (parte escamosa); • Astério: Junção entre as a Sutura Lambdóidea, Parietomastóidea, Occiptomastóidea, ou seja, repre- senta a junção entre três suturas; • Násio: Junção entre ossos Nasais e Frontal; • Vértice: Ponto mais alto da Cal- vária, próximo ao ponto médio da Calvária; • Glabela: Proeminência lisa no Osso Frontal superiormente à raiz do nariz; parte com projeção mais anterior da fronte; • Ínio: Ponto mais proeminente da protuberância occipital externa. 17ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO SAIBA MAIS: Em neonatos, os ossos da calvária craniana estão ligados uns aos outros por membranas fi- brosas, formando recessos ósseos chamados de Fontículos ou Fontanelas. Existem 4 fontícu- los: Anterior, entre os ossos Frontal e Parietais; Posterior, entre os ossos Parietais e Occiptais; Posterolateral, localizado onde se situa o Astério; e Anterolateral, entre ossos Parietal, Tem- poral e Esfenoide. Tais recessos dão ao crânio do neonato a flexibilidade necessária durante o parto normal, no qual as metades do Osso Frontal tornam-se planas, o Osso Occipital é alongado e leva a uma sobreposição dos Ossos Parietais. Figura 13. Fontículos e suturas, retirados do Moore 7ª edição (Adaptada) 18ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Além disso, no crânio do neonato, podemos observar suturas extras, como a Sutura Frontal, que, quando persistente passa a ser conhecida como Sutura Metópica, e Sutura da Man- díbula. O acompanhamento dessas suturas e fontículos tem grande importância na clínica pediátrica, visto que possibilita a monitoração do desenvolvimento craniano da criança. Cada fontículo tem seu período correto de fechamento. No Fontículo Anterior este período é, apro- ximadamente, aos 18 meses; Fontículo Posterior, Posterolateral e Anterolateral se fecham até os 12 meses; já as suturas Frontal e Mandibular começam a se fundir aos dois anos. O fechamento antecipado desses fontículos leva a problemas no desenvolvimento craniano. Dentre esses distúrbios de desenvolvimento, existem a Escafocefalia, na qual a Sutura Sagital se fecha prematuramente, no qual o Fontículo Anterior é pequeno ou ausente; Plagiocefalia, no qual há fechamento unilateral das Suturas Coronal e Lambdóidea, gerando torção e assi- metria no crânio; E Oxicefalia, na qual há fechamento antecipado da Sutura Coronal. Figura 14. Distúrbios de formação craniana, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) 19ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO 8. NARIZ E SEIOS DA FACE O nariz (nariz externo e cavidade na- sal) se localiza no centro da face e é responsável pela comunicação do ambiente externo com a nasofaringe, necessária para a ventilação do sis- tema respiratório, tendo importante papel de aquecimento e filtração do ar inspirado, devido a presença de vi- brissas nasais (pequenos pelos). Além disso, também é a região responsável pelo sentido especial do olfato, devido aos prolongamentos do Bulbo Olfató- rio, presentes em sua Lâmina Crivosa, localizada no teto da cavidade. Dessa forma, divide-se a cavidade nasal em 2 áreas: Respiratória, correspondente aos 2/3 inferiores da cavidade, e Olfa- tória, corresponde ao 1/3 superior da cavidade. Figura 15. Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 20ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO o dentro da cavidade nasal. Quanto a passagem de ar pela cavidade nasal, temos quatro espaços destinados a esta função em cada cavidade nasal, os Meatos Nasais: Comum (espaço situado entre conchas nasais e septo nasal); Inferior (espaço situado abaixo da concha nasal inferior), onde se si- tua a abertura do Ducto Nasolacrimal que, por sua vez, é um ducto comu- nicante entre cavidade ocular e nasal; Médio (espaço situado entre conchas nasais inferior e média), onde se loca- lizam as estruturas de drenagem: In- fundíbulo Etmoidal, Hiato Semilunar, Bolha Etmoidal, Processo Uncinado e Orifício do Seio Maxilar; e Superior (espaço situado entre conchas nasais média e superior), além do Recesso Esfenoetmoidal. O órgão nasal se estende desde o ápice do nariz até os cóanos nasais, orifícios de passagem do ar para nasofaringe, sendo composto por paredes ósseas e cartilaginosas e dividido pelo septo nasal, constituído pela cartilagem do septo nasal, osso vômer e lâmina per- pendicular do osso etmoide, em cavi- dades direita e esquerda. Além disso, o nariz pode ser dividido, anatomica- mente, em nariz externo e nariz inter- no, também conhecido como cavidade nasal. O nariz externo tem como cons- tituintes a raiz do nariz, o dorso do na- riz, suas asas direita e esquerda, que conduzem, distalmente, até o ápice do nariz; além disso, é presente a re- gião chamada de base do nariz onde se situam as narinas, aberturas res- ponsáveis pela passagem de ar para Figura 16. Nariz Externo, retirado do Netter 6ª edição (Adaptada) 21ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO majoritariamente para a região das asas nasais. Além disso, são presen- tes cartilagens em formato de U, que podem alargar ou estreitar a abertura nasal, de acordo com a ação muscular, conhecidas como cartilagens alares. Dentre elas, há as cartilagens Alares Maiores, divididas entre ramo lateral e medial, bilateralmente, contribuindo para a formação do ápice do nariz e narinas, que são a entrada de ar para a cavidade nasal. Além disso, no nariz externo, o septo nasal, responsável por dividir a cavidade em duas partes é composto pela cartilagem do sep- to nasal. Existem ainda as cartilagens alares menores, tecido fibroadiposo e cartilagens acessórias. O nariz externo é composto por uma maioria de componentes cartilagino- so e uma minoria de componentes ós- seos, sendo recoberto por pele exter- namente e internamente, até a região do vestíbulo do nariz, onde passa a ser revestido por uma túnica mucosa. No que diz respeito a sua parte ós- sea, o nariz externo se acopla na face por meio de aberturaspiriformes for- madas pelos ossos maxilares e ossos nasais, que se prolongam superior- mente e contribuem com a região do dorso do nariz. Dentre as estruturas cartilaginosas podemos destacar os prolongamentos do septo nasal, cha- mados de processos laterais da carti- lagem do septo nasal, que contribuem Figura 17. Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 22ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 18. Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) Por sua vez, a cavidade nasal é consti- tuída por paredes superior, inferior, la- teral e medial, sendo esta última a úni- ca parede que apresenta contribuição cartilaginosa, visto que é composta, em parte, pela cartilagem do septo nasal. • Parede Superior: também chamada de Teto da cavidade nasal, tal parede é composta totalmente por estrutu- ras ósseas, recebendo contribuições dos ossos: nasal, frontal (por meio da Espinha Nasal do Osso Frontal), etmoide (por meio da Lâmina Cribi- forme do Osso Etmoide) e esfenoide (por meio do corpo do esfenoide). • Parede Inferior: também chamada de Assoalho da cavidade nasal, tal parede é composta pelos ossos maxila (por meio do Processo Pa- latino da Maxila), anteriormente, e palatino (por meio da Lâmina Hori- zontal do processo Palatino). • Parede Medial: também chama- do de Septo Nasal, tal parede é a única a ter contribuição tanto óssea quanto cartilaginosa. Dessa forma, seu componente cartilaginoso é o septo nasal, que se alonga poste- riormente até as estruturas ósse- as. Tais estruturas são compostas 23ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO pelos ossos: vômer inferiormen- te e etmoide (por meio da Lâmina Perpendicular do osso Etmoide) superiormente. • Parede Lateral: a parede lateral tem contribuição, anteriormente, do Osso Maxila, com sua Face Nasal, e Pala- tino, com sua Lâmina Perpendicular, que forma a parede lateral poste- riormente. Além disso, é de suma necessidade destacar a importância das estruturas chamadas Conchas Nasais: Conchas Nasais Superior e Média, constituídas pelo Osso Etmoide, e Concha Nasal Inferior, constituída por um osso homônimo. Como já dito, o crânio apresenta al- guns ossos pneumáticos, ou seja, que apresentam cavidades ocas em seu interior, para uma redução de peso destes componentes. Tais cavidades, quando se comunicam com a cavida- de nasal são conhecidas como Seios Paranasais. Tais seios são nomeados de acordo com os ossos nos quais estão localizados. São encontrados seios paranasais nos Ossos Frontal, Esfenoidal, Etmoidal (podendo ser conhecido pela nomenclatura de Cé- lulas Etmoidais) e Maxila. Figura 19. Cavidade Nasal, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 24ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO importância clínica devido a sua proximidade a estruturas nobres. • Seio Etmoidal: Também conheci- do como Células Etmoidais. Loca- lizado entre cavidade nasal e órbi- tas, não é visível em radiografias até os 2 anos de idade e são di- vididas, de acordo com sua drena- gem para cavidade nasal em: Cé- lulas Etmoidais Anteriores, Médias e Posteriores. • Seio Frontal: São seios geralmen- te identificáveis até os 7 anos de idade, localizados posteriormente aos Arcos Superciliares e Raiz do nariz, medindo cerca de 5mm. • Seio Esfenoidal: São seios locali- zados no corpo do Osso Esfenoide, sendo derivados de Células Etmoi- dais Inferiores que invadem o Osso Esfenoide, por volta dos dois anos de idade. Deve-se destacar sua Figura 20. Seio Maxilar, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 25ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO que constitui, inferiormente, a pa- rede lateral da cavidade nasal; teto, composto pelo assoalho da órbita; e assoalho, formado pela parte al- veolar da Maxila. • Seio Maxilar: Os seios maxilares, situados nos corpos dos Ossos Maxilas, são os maiores seios pa- ranasais do corpo humano, apre- sentando ápice, que avança em direção ao Osso Zigomático; base, Figura 21. Vias de drenagem para cavidade nasal, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) Cada seio paranasal obedece a uma ordem de drenagem para cavidade nasal, como podemos observar no fluxograma abaixo: 26ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO FLUXOGRAMA: DRENAGEM DOS SEIOS PARANASAIS Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição Seios Esfenoidais Recesso Esfenoetmoidal Células Etmoidais Posteriores Meato Nasal Superior Seios Frontais Ducto Frontonasal Infundíbulo Etmoidal Hiato Semilunar Meato Nasal Médio Células Etmoidais Anteriores Infundíbulo Etmoidal Meato Nasal Médio Células Etmoidais Médias Bolha Etmoidal Meato Nasal Médio Seios Maxilares Óstio Maxilar Hiato Semilunar Meato Nasal Médio Cavidade Ocular Ducto Lacrimonasal Abertura do Ducto Lacrimonasal Meato Nasal Inferior 27ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO SAIBA MAIS: Epistaxe Crônica Figura 22. Irrigação arterial da cavidade nasal, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) A região anterior do nariz conta com a anastomose de quatro a cinco artérias nasais, que geram uma área extrema vascularizada, conhecida como área de Kiesselbach, sendo comu- mente relacionada a epistaxes crônicas de etiologia desconhecida. 9. ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR Figura 23. Ligamentos ATM, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) 28ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO A articulação Temporomandibular (ATM) é uma articulação sinovial do tipo gínglimo, responsável pela mo- bilidade do Osso Mandíbula, sendo composta pelos movimentos de trans- lação (protusão e retrusão), pequena rotação, além da flexão (elevação) e extensão (abaixamento), vital para mastigação. Tal articulação é com- posta por 3 componentes ósseos: Tu- bérculo Articular e Fossa Mandibular do Osso Temporal, superiormente, e Cabeça da Mandíbula, inferiormente, que são separados pelo Disco Articu- lar da ATM. A articulação conta tam- bém com três ligamentos, responsá- veis pela estabilização e sustentação da articulação, os ligamentos: Lateral, Estilomandibular e Esfenomandibu- lar, sendo este o principal mecanismo responsável pela sustentação passi- va da Mandíbula. Figura 24. Movimentos da Articulação Temporomandibular, retirado do Moore 7ª edição Para melhor entendimento de cada grupamento muscular nas ações so- bre a ATM observe a tabela abaixo: 29ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO 10. ESTRUTURAS MUSCULARES DO CRÂNIO Os músculos cranianos podem ser divididos em músculos craniofaciais, responsáveis pela mímica facial e músculos mastigatórios, responsá- veis pela mastigação. Os músculos craniofaciais têm seu funcionamento baseado em ação semelhante a um esfíncter ou ação dilatadora dos ori- fícios orofaciais. Para melhor estudo dos músculos craniofaciais, podemos dividi-los em 4 grupos: (1) Epicra- nianos, (2) Circunorbitais e Palpe- brais, (3) Nasais e (4) Bucolabiais. Figura 25. Músculos Epicranianos, retirada do retirada do https://human.biodigital.com/ MOVIMENTOS MÚSCULOS Elevação Temporal, Masseter e Pterigóideo medial Depressão Pterigóideo lateral, Músculos Supra-hioideos e Infra-hioideos Protusão Pterigóideo lateral, Masseter e Pterigóideo medial Retrusão Temporal (Fibras Oblíquas Posteriores e quase horizontais) e Masseter Movimentos Laterais Temporal do mesmo lado, Pterigóideos do lado oposto e Masseter Tabela 1. Movimentação da ATM. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. Figura 26. Músculos Epicranianos, retirada do retirada do https://human.biodigital.com/ Dentro do grupo dos músculos Epi- cranianos estão os músculos loca- lizados na região superior do crânio, que recobrem o neurocrânio; dentre eles estão os músculos: Frontal, Occi- pital e Temporoparietal. Os músculos frontal e occiptal são unidos por uma estrutura fascial chamada de Gálea Aponeurótica, que conjuga o mo- vimento dos dois músculos, motivo pelo qual alguns autores consideram ambos músculos como um só: o mús- culo Occipitofrontal. 30ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 27. Músculos Circunorbitais, retirada de https://human.biodigital.com/ No grupo dos músculos Circunor- bitais / Palpebrais estão os múscu- los situados em torno das cavidades oculares. Dentre eles estão os mús- culos: Orbicular do olho e Corrugador do supercílio. MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Frontal Aponeurose Epicraniana Pele e tecido subcutâneo dos supercílios e testa Eleva os supercílios e pele da fronte. Traba- lha em sinergia com músculo Occiptal Ramos Temporais do Nervo Facial (VII) Occipital 2/3 laterais da Linha Nucal superior do Osso Occiptal e Processo Mas- toide do Osso Temporal Aponeurose Epicraniana Retrai o couro ca- beludo. Trabalha em sinergia com músculo Frontal Ramo Auricular Posterior do Nervo Facial (VII) Temporoparietal Fáscia Temporal e pele da região temporal Aponeurose Epicraniana Movimenta o escalpo e traciona para trás a pele das têmporas Movimenta o escalpo e traciona para trás a pele das têmporas Tabela 2. Músculos epicranianos. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Orbicular do olho Margem orbital medial, ligamento palpebral medial, osso lacrimal Órbita e Rafe Palpebral Lateral Fecha as pálpebras de forma abrupta (piscar) ou de forma suave. Ramos Temporal e Zigomático do Ner- vo Facial (VII) Corru- gador do supercílio Extremidade medial do Arco superciliar Pele superior ao meio da Margem supraorbital e Arco superciliar Abduz o supercílio inferior- mente, criando rugas verti- cais acima da raiz do nariz, típicas da mimica facial de preocupação Ramos Temporais do Nervo Facial (VII) Tabela 3. Músculos circunorbitais. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 31ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 28. Músculos Nasais, retirada de https://human.biodigital.com/ No grupo dos músculos Nasais estão os músculos situados na região nasal, sendo responsáveis pela movimentação do nariz ex- terno, presentes na mímica facial. Dentre eles estão os músculos: Prócero, Nasal, Abaixador do septo nasal, Levantador do lábio superior e da asa do nariz. MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Prócero Fáscia Aponeurótica so- bre ossos nasais Pele sobre a Glabela do Osso Frontal Abaixa a extremidade medial do supercílio, enruga pele do dorso do nariz Ramos Temporal, Zigomático e Bucal (menor contribui- ção) do Nervo Facial (VII) Nasal Parte transversa: Maxila lateralmente à fos- sa incisiva e à parte alar Parte alar: Maxila acima dos dentes incisivo lateral e canino Parte transversa: Aponeurose sobre Osso Nasal Parte alar: Pele da asa do nariz, acima da cartilagem alar maior Parte transversa: Enruga pele do dorso do nariz Parte Alar: Abaixa a asa lateral- mente, dilatando a abertura nasal anterior Ramos Zigomático e Bucal do Nervo Facial (VII) Abaixador do septo nasal Maxila, acima dos dentes incisivos e da espinha nasal anterior Parte móvel do septo nasal e ramo medial da cartilagem alar maior. Abaixa a porção inferior do septo nasal. Ramo Zigomático e Bucal do Nervo Facial (VII) Levantador do lábio su- perior e asa do nariz Processo frontal da Maxila Cartilagem Alar Maior Abaixa a asa lateral- mente, dilatando a abertura nasal anterior Ramos Zigomático e Bucal Superior do Nervo Facial (VII) Tabela 4. Músculos nasais. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 32ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 29. Músculos Bucolabiais, retiradas de https://human.biodigital.com/ No grupo dos múscu- los Bucolabiais estão os músculos com ações re- lacionadas a movimen- tação dos lábios. Dentre eles estão: Orbicular da boca, Levantador do lá- bio superior, Abaixador do lábio inferior, Levan- tador do ângulo da boca, Abaixador do ângulo da boca, Zigomático maior, Zigomático menor, Buci- nador, Risório, Mentual. MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Orbicular da boca Parte medial da maxila e man- díbula, modíolo da boca e pele perioral Mucosa dos lábios Fechar a rima da boca, contração fásica protrai os lábios Ramos Bucal e Mandibu- lar do Nervo Facial (VII) Levantador do lábio superior Maxila e osso zigomático acima do forame infraorbital Porção muscular do lábio superior Músculo dilatador da boca, retrai e everte lábio superior e aprofundam sulco nasolabial Ramos Zigomático e Bu- cal do Nervo Facial (VII) Abaixador do lábio inferior Linha oblíqua da mandíbula Pele do lábio inferior Músculo dilatador da boca, retrai e everte lábio inferior Ramo Mandibular do Nervo Facial (VII) Levantador do ângulo da boca Fossa canina da maxila abaixo do forame infraorbital Ângulo da boca (modíolo) Músculo dilatador da boca, alarga rima, como em um sorriso com dentes à mostra Ramos Zigomático e Bu- cal do Nervo Facial (VII) Abaixador do ângulo da boca Tubérculo mentual da mandí- bula e linha oblíqua Ângulo da boca (modíolo) Músculo dilatador da boca, abaixa a comissura labial bilateralmente Ramos Bucal e Mandibu- lar do Nervo Facial (VII) Zigomático maior Parte lateral do osso zigo- mático, anterior à sutura zigomaticotemporal Ângulo da boca (modíolo) Músculo dilatador da boca, eleva comissura labial bilateralmente Ramos Zigomático e Bu- cal do Nervo Facial (VII) Zigomático menor Parte anterior do osso zigo- mático, posterior à sutura zigomaticomaxilar Pele do lábio superior Músculo dilatador da boca, retrai e everte lábio superior e aprofundam sulco nasolabial Ramos Zigomático e Bu- cal do Nervo Facial (VII) Bucinador Mandíbula, processos alveola- res da maxila e mandíbula, rafe Pterigomandibular Ângulo da boca (modíolo) Importante para mastigação por manter alimento dentro das faces oclusais, resiste a distensão Ramo Bucal do Nervo Facial (VII) Risório Fáscia parotídea e pele daboca Ângulo da boca (modíolo) Músculo dilatador da boca, abaixa a comissura labial bilateralmente Ramo Bucal do Nervo Facial (VII) Mentual Fossa incisiva da mandíbula Pele do queixo Eleva e protrai o lábio inferior, eleva a pele do queixo. Ramo Mandibular do Nervo Facial (VII) Tabela 5. Músculos bucolabiais Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 33ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 30. Músculos Mastigatórios, vista posterior, retirada de https://human.biodigital.com/ Figura 31. Músculos Mastigatórios, vista lateral, retirada de https://human.biodigital.com/ Além dos músculos craniofaciais, res- ponsáveis pela mímica facial, existem os músculos mastigatórios, utiliza- dos na mastigação, movimento de vi- tal importância na digestão alimentar. Dentre os músculos mastigatórios estão: Músculo Masseter, Músculo Temporal, Músculo Pterigoideo Me- dial, Músculo Pterigoideo Lateral. 34ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Masseter Aponeurose do processo maxilar do osso zigomáti- co e arco zigomático Ângulo inferior, superfície lateral e parte superior do ramo da mandíbula, além do seu processo coronoide Eleva a mandíbula, fe- chando a boca, contribui com protusão mandibular Nervo Massetérico do Nervo Trigêmeo (V) Temporal Fossa temporal acima da linha temporal inferior e fáscia temporal Processo coronóide da mandíbula e margem anterior do ramo da mandíbula Eleva a mandíbula, fechando a boca, con- tribui com retração da mandíbula Nervos Temporais Profundos do Nervo Trigêmeo (V) Pterigoideo Medial Cabeça profunda: Face medial da lâmina lateral do processo pterigoide do osso esfenoide Cabeça superficial: Túber da maxila e processo pira- midal do osso palatino Parte póstero-inferior da superfície medial do ângulo e ramo da mandíbula Atua sinergicamente com o músculo masseter para elevar a mandíbula; con- tribui para a protrusão Nervo Pterigoideos Medial do Nervo Trigêmeo (V) Pterigoideo Lateral Cabeçasuperior: Por- ção infratemporal da asa maior do osso esfenoide¹; Cabeça inferior: Superfície lateral da lâmina lateral do processo pterigoide¹ Fóvea pterigoidea (do colo da mandíbula) Agindo bilateralmente, protrai a mandíbula e abaixa o queixo; agindo unilateralmente, balança a mandíbula para o outro lado; unilateral alterna- damente produz maiores movimentos laterais de mastigação Nervos Pterigoideos Laterais do Nervo Trigêmeo (V) Tabela 6. Músculos mastigatórios. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 35ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO ANATOMIA DO PESCOÇO: Figura 32. TrÍgonos Cervicais, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) Para melhor estudo das estruturas cervicais, o pescoço é subdividido em trígonos e fossas, utilizando músculos e estruturas ósseas como referenciais para divisão; dentre tais trígonos e re- giões estão: Região Esternocleido- mastoidea, onde se localizam Mús- culo esternocleidomastoideo (ECOM), Veia Jugular Externa, Nervos Auri- cular Magno e Cervical Transverso; Fossa Supraclavicular Menor, onde está a Veia Jugular Interna; Região Cervical Posterior, onde se localizam Músculo Trapézio e ramos cutâneos dos ramos posteriores dos Nervos Espinais Cervicais; Região Occi- pital, que conta com a Veia Jugular Externa, troncos do Plexo Braquial e linfonodo cervical; Trígono Omocla- vicular, onde se localizam a glândula submandibular, linfonodos subman- dibulares, nervos Hipoglosso e Milo- -hióideo; Trígono Submentual, onde se encontram linfonodos homônimos; 36ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Trígono Carotídeo, contendo a Ar- téria Carótida Comum, Veia Jugular Interna, Nervo Vago, Acessório e Hi- poglosso; e Trígono Muscular, onde é possível observar os músculos Esternotireoideo, Esterno-hióideo, Glândulas Tireoide e Paratireoides. 1. ESTRUTURAS ÓSSEAS DO PESCOÇO: Figura 33. Vértebra típica, retirada do Netter 6ª edição (Adaptada) A coluna vertebral é uma ligação cur- va formada pelo conjunto das vér- tebras e dos discos intervertebrais, que se estende da base do crânio ao ápice do cóccix, sendo o principal componente do esqueleto axial, com medida de cerca de 60-70 cm de ex- tensão. A coluna tem, habitualmente, 33 segmentos vertebrais, divididos em 7 vértebras cervicais, 12 vértebras 37ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Processos Articulares Superiores e Inferiores com suas faces articulares. A junção do arco vertebral e da face posterior do corpo vertebral forma o forame vertebral e a sucessão de tais passagens constitui o canal vertebral, por onde a medula espinhal se alonga inferiormente. torácicas, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais e 4 vértebras coc- cígeas. Tais vértebras tem estrutura geral composta por Corpo Vertebral, anteriormente; Arco Vertebral, pos- teriormente; Processo Espinhoso, mediano, posteriormente; Processos Transversos, posterolateralmente; Figura 34. Vértebra Cervical Típica, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) As vértebras cervicais são as vérte- bras que possuem maior amplitude e variedade de movimento, além de serem as menores vértebras. Pos- suem características típicas, obede- cidas pelas vértebras C3-C6. Tais características são: Corpo Vertebral pequeno e largo; presença de Pro- cesso Espinhoso curto, horizontal e bífido; Processos Transversos com Tubérculos Anterior e Posterior; Fora- mes Transversários em seus Proces- sos Transversos, por onde passam Artérias Vertebrais; Sulco do Nervo Espinhal; Forame Vertebral largo e triangular. 38ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 35. Vértebra C1, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) Figura 36. Vértebra C2, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) Figura 37. Vértebra C7, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) Ao analisarmos a vértebra atípica C1, conhecida como Atlas, devemos nos atentar às características de ausên- cia de um Corpo Vertebral e Processo Espinhoso; presença de Faces Arti- culares Superiores e Inferiores, como duas massas laterais, de tubérculo para inserção do ligamento transver- so do Atlas; e presença da Fóvea do dente, que serve de articulação para o Processo odontóide do Áxis (C2); Já ao analisar a vértebra atípica C2, conhecida como Áxis, devemos nos atentar à presença de um Processo Odontóide ou Dente, que possibilita que tal vértebra sirva como o eixo de rotação horizontal da cabeça. 39ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Por último, ao analisarmos a vértebra C7, devemos nos atentar ao seu Pro- cesso Espinhoso longo e pontiagudo, que leva a sua fácil visualização na superfície posterior do pescoço, como a vértebra mais proeminente. Além disso, possui Forames Transversários menores ou ausentes. Figura 38. Osso Hioide, retirada do Moore 7ª edição (Adaptada) Além disso, é importante ressaltar o Osso Hioide, composto por Corpo, Cornos Maiores e Menores, servindo de inserção proximal e distal de diver- sos músculos cervicais. SAIBA MAIS! As raízes nervosas dorsais dos nervos es- pinhais cervicais inferiores conduzem a for- mação de uma estrutura nervosa de suma importância: O Plexo Braquial, responsável pela inervação dos membros superiores. O Plexo é formado pelas raízes dos nervos C5 – T1, podendo ter contribuição da raiz de C4, sendo assim chamado de Pré-fixa- do, ou ter contribuição de T2, sendo então chamado de Pós-fixado. Figura 39. Plexo Braquial, retirado do Netter 6ª edição (Adaptada) 40ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO SE LIGA! Os nervos espinhais cervicais são nomeados de acordo com a vértebra localizada inferiormente, por exemplo, o nervo espinhal C1 tem sua saída acima da vértebra C1; enquanto os nervos es- pinhais torácicos têm sua nomenclatura relacionada com a vértebra localizada su- periormente, por exemplo, o nervo espi- nhal T2 tem sua saída abaixo da vértebra T2. Tal convenção de nomenclatura levou a uma falha: o nervo localizado abaixo da vértebra C7 não teria nome, porém foi convencionado que tal nervo seria co- nhecido como nervo espinhal C8. 2. FÁSCIAS CERVICAIS Figura 40. Fáscias Cervicais, retirada do Moore 7ª edição. (Adaptada) 41ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO O pescoço é uma região do corpo re- pleta de áreas nobres, sendo dividido por suas fáscias em compartimen- tos. No total, existem 5 lâminas, que são: Lâmina subcutânea do pesco- ço, que é a camada mais superficial da região cervical; Lâmina Superfi- cial, que adentra ainda mais nas es- truturas cervicais, tendo íntimo con- tato com outras estruturas; Lâmina Pré-Traqueal, na qual se localizam as vísceras cervicais, como Traqueia, Esôfago, Glândula Tireoide, Faringe, Laringe, etc; Lâmina Pré-Vertebral, que envolve os grupamentos mus- culares e estruturas mais centrais da região cervical; Fáscia Alar e Bainha Carotídea, que envolvem as Artérias Carótidas Comuns, Veia Jugular Inter- na e Nervo Vago. CONCEITO: Músculos Para melhor estudo dos músculos cervi- cais, devemos entender alguns conceitos lógicos acerca de nomenclatura: Alguns músculos cervicais têm seu nome base- ado em suas origens (inserção proximal) e inserções (inserção distal), como, por exemplo o Músculo Estilo-Hioide, que tem sua origem no Processo Estiloide do Osso Temporal e inserção no Osso Hioide. Dessa forma, quando os múscu- los tiverem esse tipo de nomenclatura, é uma boa estratégia pensar no macete “Músculo Origem-Inserção”. No compartimento mais superfi- cial, é possível observar o Múscu- lo Platisma, envolto pela Fáscia de tecido subcutâneo do pescoço. Em sequência, adentrando mais uma fáscia, a Fáscia Superficial, podemos observar os músculos: Esternocleido- mastoideo (ECOM), anteriormente, e Trapézio, posteriormente. Dessa for- ma, podemos agrupar tais músculos como do grupo de Músculos Cervi- cais Superficiais. Figura 41. Músculos Cervicais Superficiais, retirado de https://human.biodigital.com/ Figura 42. Músculos Cervicais Superficiais, retirado de https://human.biodigital.com/ 42ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇOO próximo grupo muscular é com- posto pelos músculos situados en- tre a Lâmina Superficial e Lâmina Pré-Traqueal. Tal grupo muscular é dividido em dois grupos, conforme a posição dos músculos em relação ao Osso Hioide: Supra-hioideos e Infra-hioideos. O primeiro grupo é composto pelos músculos: Milo-hioi- deo, Gênio-hioideo, Estilo-hioideo e Digástrico. O segundo grupo é com- posto pelos músculos: Esterno-hioi- deos, Esternotireoideo, Omo-hioideo e Tireo-hioideo. MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Platisma Pele inferior à clavícula e da parte superior do Tórax Mandíbula e mús- culos da face junto à boca Tensiona a pele do pescoço Nervo facial (VII) ECOM “Parte esternal”: su- perfície anterior do manúbrio “Parte clavicular”: su- perfície superior do 1/3 medial da Clavícula Superfície lateral do Processo mastoide; Metade lateral da linha nucal superior do osso Occipital Bilateralmente: Flexiona a cabeça, eleva a parede torácica Unilateralmente: Roda a cabeça para o lado oposto Nervo Acessó- rio (XI) Trapézio Terço medial da linha nucal superior, Protube- rância occipital externa, Ligamento Nucal, Pro- cessos Espinhosos das vértebras CVII a TXII, e Processos Espinhosos lombares e Sacrais Terço lateral da clavícula, acrômio e Espinha da Escápula Eleva, retrai e gira a escápula superiormente Fibras descendentes: elevam o cíngulo do membro superior, mantêm o nível dos ombros con- tra a gravidade ou a resistência Fibras transversas: retraem a escápula Fibras ascendentes: abaixam os ombros Nervo Acessó- rio (XI) Tabela 7. Músculos cervicais superficiais. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 43ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 43. Músculos Supra-hióideos, retirado de https://human.biodigital.com/ Figura 44. Músculos Infra-hióideos, retirado de https://human.biodigital.com/ 44ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Milo- hioideo Linha Milohioidea da Mandíbula “Rafe mediana” no assoalho da boca e corpo do osso hioide Eleva o osso hioide, a base da língua, o assoalho da boca; abaixa a mandíbula Nervo milo-hioi- deo, ramo do nervo mandibular (V) Gênio-hioi- deo Superfície posterior do Corpo da Mandíbula Superfície anterior do Corpo do Osso Hioide Eleva o osso hioide e abaixa a mandíbula Ramo de C1, por meio do nervo hipoglosso (NC XII) Estilo - hioideo Superfície posterior do Processo Estiloide Corpo do Osso Hioide, na junção com o Cor- no Maior Eleva o osso hioide e a base da língua Nervo facial (VII) Digástrico Ventre anterior: Fossa digástrica da mandíbula Ventre posterior: Incisura mastoidea do osso temporal Tendão intermédio fixo no corpo do osso hioide Eleva o osso hioide e a base da língua; estabiliza o osso hioide; abre a boca pelo abaixamento da mandíbula Ventre anterior: nervo milohioideo Ventre posterior: nervo facial Tabela 8. Músculos cervicais supra-hioideos. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Esterno- -hioideo Superfície posterior do manúbrio do esterno, ligamento esternoclavicu- lar posterior, extremidade medial da Clavícula Parte medial da mar- gem inferior do corpo do osso hioide Abaixa a laringe e o osso hioide; estabiliza o osso Hioide Alça cervical Omo-hioideo Ventre inferior: Da margem superior da escápula e do “ligamento supraescapular”, terminando no tendão sob o músculo esternocleidomastoideo Ventre superior: Tendão sob o músculo ECOM Ventre inferior: Ten- dão intermédio Ventre superior: Corpo do Osso hioide Estabiliza o osso hioide e abaixa esse osso Alça cervical Esternoti- reoideo Superfície posterior do manúbrio do esterno, inferior e profundamente à inserção do M.esterno-hioideo, extre- midade da primeira cartilagem costal Linha Oblíqua na lâmina da Cartilagem Tireóidea Abaixa a laringe e a Cartilagem tireóidea Alça cervical Tireo-hioi- deo Linha oblíqua na lâmina da Cartilagem Tireóidea Margem inferior do corpo e no corno maior do osso hioide Abaixa a laringe e o osso hioide. Eleva a Cartila- gem tireóidea Ramo tireohioi- deo do nervo espinal C1, via Nervo Hipoglos- so (NC XII) Tabela 9. Tabela sobre músculos Cervicais Infra-hióideos, com base nos livros: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 45ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Seguindo para planos mais profundos, chegamos aos músculos localizados internamente à Lâmina Pré-Vertebral. Para melhor análise desses múscu- los, tal grupo muscular é dividido em regiões anteriores (Pré-Vertebrais) e laterais (Vertebrais Laterais). O grupo Pré-Vertebral é composto pelos músculos: Longo do Pescoço, Longo da Cabeça, Reto Anterior da Cabeça e Escaleno Anterior. Já o grupo Verte- bral Lateral é composto pelos múscu- los: Reto Lateral da Cabeça, Esplênio da Cabeça, Esplênio do Pescoço, Le- vantador da Escápula, Escaleno Mé- dio e Escaleno Posterior. Figura 45. Músculos Cervicais Pré-Vertebrais, retirado de https://human.biodigital.com/ 46ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Figura 46. Músculos Cervicais Vertebrais Laterais, retirado de https://human.biodigital.com/ MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Longo do Pescoço “Porção vertical”: vértebras C5 –T3 “Porção oblíqua inferior”: vértebras T1 – T3 “Porção oblíqua superior”: Tubérculos anteriores dos processos transversos das vértebras C3-C5 Vértebras C2-C4 Tubérculos anteriores dos processos transver- sos das vértebras C5-C6 Tubérculo do arco ante- rior do atlas (C1) Bilateralmente: flexiona e auxilia na rotação das vértebras cervicais e da cabeça Unilateralmente: Flexiona lateralmente a parte cervical da coluna vertebral Ramo anterior dos nervos es- pinais cervicais (C2-C8) Longo da Cabeça Tubérculo anterior dos Processos transversos de C3-C6 Superfície inferior da parte basilar do osso Occipital Flexiona e auxilia a rotação das vértebras cervicais e da Cabeça Ramo anterior dos nervos cervi- cais C1-C4 Reto An- terior da Cabeça Massa lateral do atlas (C1) Base do osso occipi- tal anterior ao forame Magno Flexiona a cabeça Ramos anterio- res dos nervos espinais cervicais (C1-C2) Escaleno Anterior Tubérculos anteriores dos Processos Transversos de C3-C6 Tubérculo do músculo Escaleno anterior, na 1ª costela Eleva a 1ª costela; inclina a parte cervical da colu- na vertebral Ramos anterio- res dos nervos espinais cervicais (C5-C8) Tabela 10. Músculos cervicais pré-vertebrais. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 47ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO MÚSCULOS ORIGEM INSERÇÃO FUNÇÃO INERVAÇÃO Esplênio do Pescoço Ligamento nucal e pro- cessos espinhosos de C7-T6 Tubérculos dos pro- cessos transversos de C1-C3 Isoladamente: fletem e ro- dam a cabeça para o mesmo lado. Em conjunto: esten- dem a cabeça e o pescoço Nervos espinhais do segmento correspondente Reto Lateral da Cabeça Superfície superior do processo transverso do atlas (C1) Superfície inferior do Processo Jugular do Osso Occipital Inclina a cabeça para o mes- mo lado (flexão lateral) Ramos anterio- res dos nervos espinais cervicais (C1-C2) Esplênio da Cabeça Ligamento Nucal e pro- cessos espinhosos de C7-T6 Processo mastoide do osso temporal e terço lateral da Linha Nu- cal Superior do osso occipital Flete lateralmente e gira a cabeça e o pescoço para o mesmo lado; agindo bilate- ralmente, estende a cabeça e o Pescoço Ramos posterio- res dos Nervos espinais cervicais intermédios Levantador da Escápula Tubérculos posteriores dos processos transver- sos das vértebras C2-C6 Parte superior da mar- gem medial da escápula Rotação da escápula para baixo e inclinação da cavi- dade glenoidal inferiormen- te por meio de rotação da Escápula Nervo dorsal da escápula C5 eNervos espinais cervicais C3-C4 Escaleno Médio Tubérculos Posteriores dos Processos Transver- sos de C5-C7 Superfície superior da 1ª costela (posterior ao sulco dos vasos subclávios) Eleva a 1ª costela; inclina a parte cervical da coluna vertebral Ramos anteriores dos Nervos espi- nais Cervicais Escaleno Posterior Tubérculos Posteriores dos Processos Transver- sos de C5-C7 Superfície externa da 2ª costela (posterior à inserção do m. serrátil anterior) Eleva a 2ª costela; inclina a parte cervical da coluna vertebral Ramos anterio- res dos Nervos espinais cervicais C7 e C8 Tabela 11. Músculos cervicais vertebrais laterais. Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 3. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DA CABEÇA E PESCOÇO A vascularização arterial da região da cabeça e pescoço é feita pelas Ar- térias Carótidas Interna e Externa e alguns ramos cervicais das Artérias Subclávias; 48ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO FLUXOGRAMA: VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DA ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA PARA CABEÇA E PESCOÇO Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição Art. Central da retina CARÓTIDA INTERNA PARTE INTERNA Art. Oftálmica Art. Lacrimal Art. Supraorbital Art. Etmoidal Posterior Art. Etmoidal Anterior Ramos terminais Art. Dorsal do Nariz Art. Supratroclear Emite ramos para retina Emite ramos para Glândula Lacrimal Irriga músculos Levantador da pálpebra superior, Seio Frontal, Pálpebra Superior, pele da fronte e couro cabeludo Irriga Células Etmoidais Posteriores e mucosa nasal Irriga Células Etmoidais Anteriores e Médias e mucosa nasal Anastomose com Art. Angular (ramo da Artéria Facial) Irriga couro cabeludo e fronte Art. Cerebral Anterior Art. Cerebral Média Art. Comunicante Posterior Irrigação de componentes do Encéfalo 49ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO FLUXOGRAMA: VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA PARA CABEÇA E PESCOÇO Art. Tireoidea Superior Art. Occipital Art. Faríngea Ascendente Art. Lingual Art. Facial Art. Infra-hioidea Art. Laríngea Superior Ramo Cricotireoideo Ramos Terminais Ramo Supra-hioideo Ramo Dorsal da Língua Art. Sublingual Art. Profunda da Língua Art. Labial Inferior Art. Labial Superior Art. Nasal Lateral Art. Angular Irriga músculos infra-hioideos Irriga a laringe Irriga músculo cricotireoideo Ramos Glandulares Anterior, Posterior e Lateral para Glândula Tireoide Irriga Couro Cabeludo Ramos para faringe, músculos pré-vertebrais, orelha média e meninges Irriga músculos supra-hioideos Irriga terço posterior da língua Irriga Glândula Sublingual Irriga corpo da língua Irriga lábio inferior Irriga lábio inferior Irriga asa e dorso do nariz Se anastomosa com Art. Dorsal do Nariz CARÓTIDA EXTERNA 50ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO CONTINUAÇÃO DO FLUXOGRAMA ACERCA DA VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA PARA CABEÇA E PESCOÇO Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. Art. Auricular Posterior Art. Temporal Superficial Art. Maxilar Art. Facial Transversa Ramo Frontal e Parietal Art. Alveolar Inferior Art. Meníngea Média Art. Bucal Art. Infra-orbital Irriga Glândula Parótida, orelha, couro cabeludo e alguns músculos craniofaciais Irriga Glândula Parótida e Ducto Parotídeo, Músculo Masseter e pele da face Irrigam Couro Cabeludo Irriga Mandíbula e seus dentes, mento e músculo milo-hioideo Irriga meninges Irriga músculo bucinador e modíolo bucal Irriga músculos extraoculares, dentes maxi-lares, seio maxilar, região infraorbital de face Ramos Terminais Art. Esfenopalatina Ramos Nasais Posteriores Laterais, Septais Posteriores e Nasopalatino para irrigação nasal 51ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO FLUXOGRAMA: VASCULARIZAÇÃO ARTÉRIA SUBCLÁVIA PARA CABEÇA E PESCOÇO Art. Vertebrais Tronco Tireocervical Tronco Costocervical Art. Tireóidea Inferior Art. Laríngea Inferior Art. Supraescapular Art. Cervical Ascendente Art. Cervical Profunda Art. Intercostal Suprema Segue para região intracraniana através dos Forames Transversários para irrigar encéfalo Irriga Traqueia, Esôfago, Glândulas Tireoide e Paratireoide e músculos adjacentes Irriga Laringe Irriga Músculos da Face Posterior da Escápula Envia ramos musculares para músculos laterais da parte superior do pescoço e ramos espinhais para Forames Intervertebrais Irriga músculos cervicais profundos posteriores Irriga os dois primeiros espaços intercostais ART. SUBCLÁVIA Art. Cervical Transversa Envia ramos profundo e superficial para Músculo Trapézio Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 52ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO 4. DRENAGEM VENOSA DA CABEÇA E PESCOÇO A drenagem venosa na região cer- vical e craniana é feita pelas veias Jugulares Interna e Externa e suas afluentes. FLUXOGRAMA: DRENAGEM VENOSA DA CABEÇA E PESCOÇO Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. VEIA JUGULAR INTERNA Seio Sigmóide Seio Petroso Inferior Veia Facial Veia Lingual Veias Tireóideas Superior e Média Veias Faríngeas Drena sangue do Encéfalo, região anterior da face, vísceras cervicais e músculos profundos do pescoço Seio Cavernoso Veia Facial Profunda Ramo Anterior da Veia Retromandibular Veias Sublinguais Veia Dorsal da Língua Drenam as porções média e inferior da Glândula Tireoide Plexo Venoso Faríngeo Veia Oftálmica Superior 53ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO FLUXOGRAMA: DRENAGEM VENOSA DA CABEÇA E PESCOÇO Veia Facial Profunda Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. Veia Oftálmica Inferior Plexo Pterigóideo Veias Maxilares Veia Temporal Superior Veia Retromandibular Ramo Posterior Ramo Anterior Veia Facial Veia Auricular Posterior Veia Jugular Externa Veias Cervicodorsais Veia Supraescapular Veia Jugular Anterior Drena maior parte do couro cabeludo e região lateral da face Veias Submandibulares Superficiais 54ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO 5. DRENAGEM LINFÁTICA DA CABEÇA E PESCOÇO Os vasos linfáticos do pescoço e da cabeça drenam para linfonodos dis- postos em dois grupos: superficial e profundo. Os linfonodos superficiais, situados na junção da cabeça e do pescoço, formam, o chamado co- lar linfático pericervical. Estes estão localizados no trígono anterior, dis- pondo-se ao longo do trajeto da Veia Jugular Anterior e no trígono posterior, onde acompanham a Veia Jugular Ex- terna. Os linfonodos cervicais profun- dos, por sua vez, formam uma cadeia de linfonodos dispostos ao longo da Veia Jugular Interna e costumam ser divididos em grupo superior e inferior. FLUXOGRAMA: DRENAGEM LINFÁTICA DA CABEÇA E PESCOÇO Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição Linf. Faciais Linf. Cervicais SuperficiaisLinf. Cervicais Profundos Linf. Mandibulares Linf. Jugulodigástricos (Cervicais Profundos Superiores) Linf. Omohióideos (Cervicais Profundos Inferiores) Linf. Submentuais Linf. Submandibulares Linf. Parotídeos Linf. Mastóideos Linf. Occiptais Troncos Linfáticos Jugulares Direito Troncos Linfáticos Jugulares Esquerdo Ângulo Venoso DireitoDucto Torácico 55ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO 6. INERVAÇÃO DA CABEÇA E PESCOÇO: A inervação cervical e craniana é fei- ta principalmente por nervos crania- nos, com contribuição dos nervos espinhais. Figura 47. Figura acerca da divisão do Nervo Facial, retirado do Moore 7ª edição (Adaptada) 56ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO Nervo oftálmico (V1) do Nervo Trigêmio Nervo Maxila (V2) do Nervo Trigêmio Nervo Mandibular (V3) do Nervo Trigêmio Ramos Posteriores dos Nervos Espinais Cervicais Ramo auricular do Nervo Vago (X) para Meato Acústico Externo Ramos do Plexo Cervical Figura 48. Imagem acerca da inervação cranial e cervical,retirado do Netter 6ª edição (Adaptada) MAPA MENTAL ACERCA DA INERVAÇÃO CRANIANA Motor: Músculo Oblíquo superior do olho INERVAÇÃO CRANIANA NERVOS CRANIANOS Nervo Troclear (NC IV) Sensitivo: Face, boca, seios paranasais, dentes, nariz, 2/3 anteriores da língua Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição Nervo Trigêmeo (NC V) Nervo Abducente (NC VI) Motor: Músculos Mastigatórios Motor: Músculo reto lateral do olho Sensitivo: Olfato Nervo Olfatório (NC I) Nervo Óptico (NC II) Nervo Oculomotor (NC III) Sensitivo: Visão Motor: Músculos Ciliares, esfíncter da pupila, músculos intrínsecos do olho, exceto os controlados pelos nervos IV e VI 57ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO CONTINUAÇÃO MAPA MENTAL ACERCA DA INERVAÇÃO CRANIANA Motor: Músculos de Mimica Facial, Glândulas submandibulares, sublinguais, lacrimais, nasais e palatinas, músculos Milo-hioideo, digástrico, tensor do véu palatino e tensor do tímpano INERVAÇÃO CRANIANA NERVOS CRANIANOS Nervo Facial (NC VII) Sensitivo: Faringe, Laringe, Árvore Bronquial, pulmões, coração e sistema digestório até Flexura Esquerda do Colón Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição Nervo Vago (NC X) Nervo Glossofaríngeo (NC IX) Motor: Palato, Faringe, Laringe, Traqueia, Árvore Bronquial, coração, sistema digestório até Flexura Esquerda do Colón Motor: Músculo Estilofaríngeo, Glândula Parótida Motor: Músculos da língua Nervo Hipoglosso (NC XII) Nervo Acessório (NC XI) Nervo Vestibulococlear (NC VIII) Motor: Músculo ECOM e Trapézio Sensitivo: equilíbrio, audição Sensitivo: Paladar nos 2/3 anteriores da língua Sensitivo: 1/3 posterior da língua, faringe, fossa tonsilar, tuba auditiva, orelha média 58ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO MAPA MENTAL ACERCA DA INERVAÇÃO CERVICAL Ramos Posteriores de C2-C5 Fontes: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição Couro Cabeludo, Pele sobre a nuca 4 ramos anteriores C1-C4 Plexo Cervical Inerva Músculos Infra-hioideos, pele cervical anterior e lateral e ângulo da Mandíbula Ramificações motoras de todos os ramos posteriores Músculos Pós-vertebrais Cervicais Ramos Anteriores dos Nervos Espinhais cervicais Grupos anteriores e laterais dos Músculos Pré-Vertebrais INERVAÇÃO CERVICAL NERVOS ESPINHAIS 59ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo- gan, 2014. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. GRAY, Henry. Gray’s anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2010. Prometheus atlas de anatomia: órgãos internos. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 3 v. Volume 1 Site https://human.biodigital.com , para construção das imagens 60ANATOMIA CABEÇA E PESCOÇO
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