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Malária MAD 2

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Malária 
• Microbiologia Médica, Capítulo 74: 
Protozoários do Sangue e dos Tecidos Patrick 
R. Murray, Ken S. Rosenthal and Michael A. 
Pfaller. 
• Levinson, Warren. Microbiologia e imunologia 
médicas 13. ed. – Porto Alegre: AMGH, 2016. 
Capítulo 52 - Protozoários do Sangue e dos 
Tecidos 
• Ferreira, Marcelo Urbano. Parasitologia 
contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 
Parasitas de Importância Médica 
Protozoários do sangue e tecidos 
• São aqueles que se localizam no sangue e 
tecidos. 
• Os organismos de importância médica nessa 
categoria 
• de protozoários consistem nos: 
• Esporozoários: Plasmodium e Toxoplasma 
• Flagelados: Trypanosoma e Leishmania. 
Introdução: 
• Um dos mais sérios problemas de saúde 
pública mundial. 80% dos óbitos são na África 
• Doença que mais mata no mundo, mesmo no 
cenário da Covid 
• Encontrada em 88 países (principalmente 
países africanos e na faixa tropical) 
• Endêmica da região norte brasileira 
• Doença negligenciada e de notificação 
compulsória 
• Diagnóstico precoce e tratamento correto são 
os meios mais adequados para reduzir a 
gravidade e letalidade por Malária 
• Não temos o interesse de países 
desenvolvidos investindo no estudo da 
malária 
• Doença infecciosa não contagiosa 
• É uma das mais antigas e mais bem 
conhecidas protozooses humanas 
• A infecção por Plasmodium spp. (i.e., malária), 
no mundo, é responsável por 260 milhões de 
casos, 1 a 5 bilhões de episódios febris e por 
volta de 500.000 mortes anualmente, sendo 
90% na África. 
Obs: Vacina é difícil de ser fabricada, devido a inúmeras 
formas que o plasmodium tem tanto no vetor quanto 
no homem. 
Plasmódios são parasitas das células vermelhas do 
sangue exigem dois hospedeiros: 
1. O mosquito, para os estágios de reprodução 
sexuada - hospedeiro definitivo 
2. O homem e outros animais, para os estágios 
de reprodução assexuada – hospedeiro 
intermediário 
Etiologia: 
• Protozoários 
• Filo: Apicomplexa 
• Classe: Sporozoa 
• Gênero: Plasmodium 
Espécies que causam doença humana 
• P. falciparum 
• P. vivax 
• P.malariae 
• P. ovale- Continente Africano 
• P. knowlesi Sudeste asiático 
Obs: homem é o principal reservatório com 
Importância epidemiológica para a Malária humana 
• Terçã: tempo que o protozoário gasta para 
fazer seu ciclo 48 horas 
• Quartã: demora 72 horas 
 
Prevalente 
no Brasil 
 
Vetor 
• Classe: Insecta 
• Ordem: Diptera 
• Família: Culicidae 
• Gênero: Anopheles 
• Brasil: Anopheles darlingi 
• Fêmeas hematófagas: Anopheles darlingi 
Aspectos biológicos do parasito (transmissão) 
• Picada da fêmea do mosquito do gênero 
Anopheles (mosquito prego). 
• Transfusão sanguínea (pouco frequente) 
• Transmissão congênita (rara) 
• Fêmeas do mosquito anofelino parasitadas 
com esporozoítos em suas glândulas 
salivares, inoculam estas formas infectantes 
durante o repasto sanguíneo 
• Forma infectante para o homem: esporozoítos 
Aspectos biológicos do parasito (morfologia) 
1. Esporozoítos (Infectante) - A 
2. Esquizonte (Replicação) -B 
3. Hipnozoíto (P. vivax)- C 
4. Merozoíto 
5. Trofozoíto Imaturo 
6. Trofozoíto maduro 
7. Gametócitos 
8. Oocisto – forma exclusiva do vetor 
• Todas as outras estão no homem, são 
mudanças importantes que ocorrem em tipo 
celulares diferentes 
 
 
 
 
 
 
Ciclo hepático 
1. Picada de um mosquito Anopheles infectado, 
que insere os esporozoítos infectantes do 
plasmódio no sistema circulatório por meio de 
sua saliva. 
2. Esporozoítos caem na circulação sanguínea e 
ficam dias circulando até chegarem nas 
células parenquimatosas do fígado 
 
(hepatócitos), se transformam em 
esquizontes (esquizogônicas) que é sua forma 
reprodutiva, então ocorre a reprodução 
assexuada e - ciclo exoeritrocítico e tem 
duração de 8 a 25 dias 
3. Próximo da sua ruptura muda de forma se 
transformando em merozoítos que são 
liberados para circulação que se fixam a 
receptores específicos na superfície dos 
eritrócitos e entram nas células, iniciando, 
assim, o ciclo eritrocítico. 
• Manifestações hepáticas: náuseas, vômitos, 
icterícia e com alteração nas enzimas 
hepáticas 
OBS: Gota expessa é um dos principais métodos de 
diagnóstico e a forma extracelular que 
encontramos no sangue pelo microscópico são os 
merozóitos 
Ciclo Eritrocítico ou ciclo sanguíneo 
4. Os merozoítos liberados na circulação pelos 
hepatócitos tem tropismo por hemácias 
5. Adentram os eritrócitos e dentro deles se 
transformam em trofozoítos imaturo ou 
trofozoíto em anel, depois se transforma em 
trofozoíto maduro e novamente na hemácia 
faz uma terceira transformação em 
esquizonte que é o adulto e começa a se 
multiplicar 
6. Perto do rompimento das hemácias libera os 
merozoítos. 
7. Temos hemácias mais velhas circulantes, que 
não tem muitos nutrientes iguais as mais 
“novas”, então quando o merozoítos entra 
nelas viram trofozoítos jovens, porém não se 
transformam em trofozoítos maduros e sim 
em gametócitos (forma infectante para o 
mosquito) 
 
 
 
• Demora 48 horas para fazer esse ciclo nas 
hemácias – chamada de febre Terçã 
• Sistema imune não reconhece, pois é um ciclo 
intracelular na hemácia e como essa célula 
não possui núcleo e nem MHC I não tem 
como apresentar o antígeno, porém com seu 
rompimento e os merozoítos na circulação 
ativa o sistema imune levando a liberação 
exacerbada que leva a febre malárica (41ºC) 
com duração de uma hora e meia, até esses 
merozoítos entrarem novamente levando a 
uma queda abrupta da febre causando um 
estado de frio – quadro clinico anemia 
• Mesmo ciclo para todas as espécies 
 
Ciclo de 48h nas hemácias: terçã 
• P. vivax – Febre terçã benigna 
• P ovale – Febre terçã benigna 
• P. falciparum – Febre terçã maligna 
• Quadros mais graves 
Ciclo de 72H nas hemácias: quartã 
• P. malariae – febre quartã 
Ciclo hepático: do P. vivax 
1. 1.Picada de um mosquito Anopheles 
infectado, que insere os esporozoítos 
infectantes do plasmódio no sistema 
circulatório por meio de sua saliva. 
2. 2.Esporozoitos caem na circulação sanguínea 
e ficam dias circulando até chegarem nas 
células parenquimatosas do fígado 
(hepatócitos), se transformam em 
esquizontes (esquizogônicas) em algumas 
 
 
pessoas (imunocomprometidos) essa forma 
reprodutiva não se multiplica passam para 
forma de hipnozoíto permanecendo em 
latência nos hepatócitos e após um tempo 
pode retornar para a forma de esquizontes se 
multiplicando – ocorre uma reativação 
3. Próximo da sua ruptura muda de forma se 
transformando em merozoítos que são 
liberados para circulação que se fixam a 
receptores específicos na superfície dos 
eritrócitos e entram nas células, iniciando, 
assim, o ciclo eritrocítico. 
• Para reativação precisamos de um fator 
desencadeante, caso não tenha pode-se ficar 
o resto da vida em latência 
Ciclo no Vetor 
8. Os gametócitos mudam de forma várias vezes 
no intestino do mosquito até se 
transformarem em oocistos 
9. Oocistos migram para as glândulas salivares e 
eclodem liberando os esporozoítos na saliva 
infectam os homens e inicia o ciclo 
novamente 
 
Epidemiologia: Malária 
 
 
Imunopatogenia 
• Imunidade Inata - Pouco efetiva 
• Adaptativa - Resposta humoral e celular 
Específica 
• Temporária 
• Não protetora 
• Aquisição lenta 
• Pessoas vulneráveis: imunocomprometido, 
grávidas, crianças < 6 meses 
Fatores ambientes: 
• São extremamente importantes para controle 
do vetor, pois ao mudar o ecossistêmica 
daquele região o vetor pode ir para cidade 
causando endemias 
Manifestações Clínicas 
• Infecções assintomáticas ou 
oligossintomáticas: sintomas parecidos com 
outras infecções 
• Infecções sintomáticas “leves” específicos de 
malária 
• Formas graves causadas mais pelo P. 
Falciparum 
Quadro clínico geral 
• Acesso malárico (ciclos 48-72h) 
o“Estágio frio”: Calafrios intensos (15 
min a 1 h) 
o “Estágio quente”: Febre até 41oC (4-8 
horas) 
• Diaforese: sudorese e prostração (calor) – 
devido ao gasto energético a pessoa fica sem 
força nenhuma e acamado 
• Cefaleia, vômitos, mialgia, dor abdominal ou 
diarreia 
• Palidez, icterícia, hepatoesplenomegalia 
• Grupos de risco: crianças menores de 5 anos, 
gestantes, idosos, imunodeprimidos (HIV, 
transplantados) e neoplasia em tratamento 
Complicações da Infecção por P. falciparum 
• Critérios da Malária grave por P. falciparum 
• Infecções por P. falciparum (Febre terçã 
maligna): 
• Período de incubação: 8 a 12 dias 
• Manifestações clínicas gerais de malária 
• Parasitemia elevada 
• Até 1.000.000 parasitas/mm3 
 
Obs: Devido a carga parasitaria muito intensa, pode se 
atravessar barreira hematoencefálica podendo causar 
um quadro de meningite 
Diagnóstico 
Exames diretos: 
• Gota espessa – 
padrão ouro 
• Quantificação da 
parasitemia 
Esfregaço (Giemsa ou 
Wright) 
• Ajuda a identificar 
a forma presente 
• Coloração Wright 
cora hemácias 
Diagnóstico indireto: 
• Sorologia: ELISA, Imunofluorescencia – não é 
aconselhado, devido a quantidade muito 
baixa de anticorpo 
• Detecção direta (antígenos) -
Imunofluorescência 
• Teste rápido (imunocromatográfico) 
• Detecção DNA (PCR): maior sensibilidade e 
maior especificidade – mostra a espécie 
daquele paciente 
Exames Complementares 
• Hemograma: Anemia, leucopenia, 
plaquetopenia 
• Bilirrubinas: Discreta normalmente 
• Transaminases: Geralmente < 200 UI 
• Coagulação: Alargamento TP 
Tratamento 
• Objetivos: Abolir ciclo reprodutivo sanguínio 
do parasita 
• Remissão da doença clínica 
• Evitar complicações 
• Erradicar as formas latentes do ciclo tecidual - 
Evitar recorrências tardias 
 
• Eliminar os gametócitos: Interrupção da 
transmissão em áreas endêmicas 
Medicamentos: 
• Cloroquina, primaquina, mefloquina, quinina, 
artemisinina etc. 
• Malária Grave: medidas de suporte à vida 
também 
• Cada medicamente age em uma forma 
especifica 
Profilaxia 
Individual 
• Repelentes 
• Uso demosquiteiros 
• Roupas de protejam pernas e braços 
• Telas em portas e janelas 
• Saberse está em área endêmica de Malária 
Coletiva 
• Borrifação intradomiciliar (combate ao vetor) 
• Saneamento básico 
• Educação em saúde 
• Quimioprofilaxia (drogas antimaláricas 
subterapêuticas para reduzir formas graves e 
óbitos por P. falciparum). 
• Não combate esporozoítos Indicação: 
viajantes por longos períodos em área 
endêmicas 
Não existe vacina contra a Malária (há estudos) 
Curiosidade: 
• A anemia falciforme surgiu como uma 
mutação para modificar o formato da 
hemácia afim de criar uma proteção contra a 
malária, foi uma doença que surgiu como 
caráter evolutivo do nosso corpo. 
• Devido a esse formato falciforme os 
merozoítos não conseguem entrar e 
consequentemente não infecta.

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