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Farmacologia - Antipsicóticos

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Antipsicóticos
Esquizofrenia
Sintomas positivos: - alucinações (auditivas) (percepção de um estímulo que não 
existe)
- delírios (distorção de estímulos que existem)
- distúrbios motores (catatonia, agitação)
- pensamento desorganizado
Existem também prejuízos cognitivos e sintomas negativos (emocional, reclusão social, 
anedonia).
Tem uma incidência baixa (até 1% da população). Se desenvolve mais comumente em 
jovens e no sexo masculino.
É uma condição crônica e o tratamento deve ser feito ao longo da vida.
Sintomas positivos são tratados de forma mais fácil que os negativos.
Fatores ambientais também podem influenciar: problemas no parto, uso de drogas de 
abuso (como maconha), infecções maternas, toxoplasmose (alterador de 
comportamento).
Bases neuroanatômicas: há atrofia encefálica quase que completa e progressiva, 
fazendo com que os sintomas positivos mudem para sintomas negativos ao longo do 
tempo, havendo piora de sintomas e perda de eficácia dos fármacos.
Também há aumento dos ventrículos (VL/3V).
Hipótese dopaminérgica: o aumento da liberação de dopamina causa efeitos psicóticos 
em pessoas normais.
Em pessoas esquizofrênicas, há maior síntese de dopamina no estriado e aumento da 
liberação de dopamina com o uso de anfetamina.
Via mesolímbica: envolvida com controle emocional e de recompensa, em pacientes 
esquizofrênicos essa via tem hiperatividade de D2.
Via mesocortical: relacionada ao controle cognitivo, há hipoatividade D1 
Via nigroestriatal: relacionada ao controle motor refinado, há diminuição da dopamina 
em pacientes com Parkinson
Via túbero-infundibular: a dopamina inibe tonicamente a secreção de prolactina (D2). Se 
um fármaco bloqueia a D2, a pessoa pode ter secreção de prolactina (produção de 
leite, mesmo em homens).
Terapia farmacológica
Os fármacos bloqueiam preferencialmente receptores D2 (antagonistas) na via 
mesolímbica para tratar sintomas positivos. O fármaco pode também bloquear D1 (que 
já é hipoativo) e piorar os sintomas negativos.
A divisão entre fármacos de primeira e segunda geração é bem sutil.
30% dos pacientes são refratários (não respondem aos fármacos).
Efeitos indesejados são muito comuns, que aumentam a tendência a parar o 
tratamento.
A maioria dos pacientes faz uso de polifarmácia, devendo ficar atento à interação entre 
os fármacos.
Antipsicóticos de primeira geração
Primeira linha de tratamento: fenotiazínicos e butirofenonas.
São preferencialmente antagonistas de D2.
Efeitos indesejados: pioram os sintomas negativos (bloqueio de D1) e causam sintomas 
motores extrapiramidais.
Antipsicóticos de segunda geração
São mais novos e bloqueiam mais receptores de serotonina do que de dopamina, o 
que reduz a incidência de efeitos indesejados motores.
Em geral, a eficácia em pacientes refratários é maior e conseguem controlar sintomas 
negativos um pouco melhor (bloqueio reduzido de D1).
Perfil indesejado
Acontecem principalmente por neuroadaptação (muito tempo de uso) e bloqueio de 
outros receptores que não os de dopamina.
- Efeitos extrapiramidais (ocorre em 90% dos pacientes, por conta do bloqueio de D2 na 
via nigroestriatal), como o parkinsonismo, acatisia (agitação, catatonia), distonia 
(espasmos musculares), discinesia (movimentos involuntários que acontecem devido 
ao uso crônico de antipsicóticos de primeira geração), síndrome neuroléptica maligna 
(rigidez muscular, febre, pode levar à morte por falência renal e/ou cardiovascular)
- Endócrinos (bloqueio de D2), causando aumento de peso, propensão à diabetes e 
hiperlipidemia, hiperprolactinemia (ginecomastia, galactorreia, diminuição da libido), 
aumento do risco de AVE
- Efeitos anticolinérgicos, como sedação (bloqueio histamínico e muscarínico), 
fotossensibilidade, visão desfocada, constipação e retenção urinária.
- Efeitos cardiovasculares, como queda da pressão arterial (bloqueio de alfa 1), 
síncope, taquicardia, aumento do risco de infarto
Obs: o ideal seria um fármaco de bloqueasse D2 e estimulasse D1.
Estabilizadores do humor
Impedem ou reduzem crises maníacas e “virada de humor”, muito comuns em 
transtorno bipolar.
O lítio consegue reduzir mecanismos de transdução de sinal, diminuindo o descontrole. 
Porém, sua janela terapêutica é muito estreita e altas concentrações podem causar 
lesão renal, hipotireoidismo e toxicidade.

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