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Resenha crítica Biologia Molecular Básica de Arnaldo Zaha

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RESENHA CRÍTICA; CAPITULO 12 (CÓDIGO GENÉTICO E SÍNTESE DE 
PROTEÍNAS) BIOLOGIA MOLECULAR BÁSICA, ARNALDO ZAHA 
 
CÓDIGO GENÉTICO 
 Um caráter seguido da evolução dos organismos é a habilidade de tradução da 
informação genética do DNA. O que é caracterizado como um processo vital, uma vez 
que os genomas evoluíram quanto à organização gênica, o que determinou para cada 
gene uma codificação especifica de um produto final especifico. O capítulo resenhado 
traz uma ampla visão do código genético seguido do processo de síntese de proteínas 
caracterizando cada composto que se faz presente nessa ação. 
 O código genético corresponde à organização da informação genética, a qual se 
armazena no DNA em forma de trincas, os autores classificam os principais aspectos: 
As bases nitrogenadas púricas e pirimídicas, A e G, e C e U respectivamente; Seguido 
que cada códon é representado por uma trinca de bases, o que conforma a existência de 
64 possíveis códons; Os vinte aminoácidos presentes das proteínas são codificados pelo 
código genético. Alguns organismos apresentam aminoácidos adicionais, logo estes 
desenvolvem mecanismos especiais de codificação. 
 A estrutura do código genético pode se relacionar com o aperfeiçoamento 
seletivo, no processo de evolução, o que minimiza os erros na síntese de proteínas, 
inclusive estudos apontam que a organização dos códons induz uma tradução precisa 
quando em comparativo com os códigos gerados de forma aleatória. 
 
 
RNAs TRANSPORTADORES 
 Como mencionado, o processo de tradução é realizado com a presença de 
moléculas exclusivas da maquinaria celular, estas apresentam funções especificas na 
geração desse produto final. As moléculas de RNAs transportadores são abordadas na 
segunda seção, e os autores caracterizam esta classe como uma das mais importantes, 
sendo um dos fatores que influencia a fidelidade da tradução do mRNA durante a 
síntese proteica. 
 
 Estruturalmente caracterizam-se como pequenas moléculas polinucleotídicas de 
fita simples contendo de 74 a 95 bases, apresentando uma estrutura altamente 
conservada. A estrutura secundária dessa molécula é descrita como folha de trevo que se 
mantém pelo pareamento entre sequencias complementares na molécula de tRNA. Os 
autores ainda apresentam a importância da descoberta dos tRNAs para o entendimento 
da transferência de informação genica, caracterizando essas moléculas como portadoras 
das sequencias de bases (anticódon) complementar ao códon do mRNA, que carrega o 
aminoácido especifico. 
 No entanto essas moléculas promovem a ligação ao aminoácido correspondente. 
O tRNA ligado aos respectivos aminoácidos (aa-tRNA) contém a sequência do 
anticódon que reconhece os códons no RNA mensageiro, realizando o pareamento entre 
as bases (códon-anticódon). 
 No entanto, para que ocorra o processo, é necessário a determinação por fatores 
de iniciação, IF2 em procariotos, ou eIF2 em eucariotos, então um tRNA iniciador 
contendo metionina (tRNAi-Met) é utilizado no inicio da síntese de proteínas, pois 
apresenta a característica de ligação a esses fatores, também de ligar-se ao sítio P parcial 
do ribossomo. Este tRNA-Met apresenta uma sequencia de bases no anticódon 
complementar ao códon AUG presente no mRNA. 
 Na seção 2.3, são abordados os tRNAs supressores, que se caracterizam pela 
presença de um anticódon alterado que realiza a leitura do códon introduzindo 
modificações no peptídeo. A presença desses tRNAs supressores podem alterar o 
término da tradução, assim como a alteração da fase de leitura. Essas moléculas são 
capazes de realizar a leitura de um códon de terminação como um códon para um 
aminoácido, alterando a sequência da proteína. 
 
 
RIBOSSOMOS 
 Os ribossomos são apresentados na seção 3 do capitulo, sendo classificados 
estruturalmente como estruturas arredondadas formadas por duas subunidades, uma 
maior e uma menor, contendo moléculas de RNA em associação com proteínas. Estes 
são responsáveis pela decodificação da informação genética, convertendo-a em 
aminoácidos componentes da proteína. A seção mostra, ainda, que os ribossomos 
correspondem a 30% da massa celular, e maioria deles estão ativamente atuando na 
síntese proteica em células de metabolismo ativo. 
 Cada subunidade apresenta diferentes centros ativos, todos relacionados com o 
processo de síntese de proteínas. Os principais centros ativos são os sítios P (peptidil), 
A (aminoacil), E (saída do tRNA desacetilado), peptidil transferase e o sítio de ligação 
do mRNA. Os três primeiros centros ativos (P,A e E) são formados pela associação das 
duas subunidades, estando parcialmente representados em cada subunidade. No caso 
alguns sítios apresentam especificidade quanto à subunidade o que se correlaciona 
diretamente com a função, exemplificando: o sitio de atividade de peptidil-transferase 
está localizado na subunidade maior, e o sítio de ligação do mRNA está presente na 
subunidade menor do ribossomo. 
 Uma consideração importante durante a síntese de proteínas é a funcionalidade 
dos ribossomos. Estes carregam dois tRNAs ao mesmo tempo, sendo um posicionado 
no sitio P: ligado ao peptídeo nascente; outro no ditio A: aa-tRNA. Portanto esses 
movimentos dos tRNAs durante a síntese do peptídeo ocorre através da entrada no sítio 
A, onde após a ligação peptídica, se movimenta para o sitio P e finalmente é eliminado 
do ribossomo pelo sitio E. 
 Além destes compostos como: mRNA, tRNA e rRNA, durante todo esse 
processo de síntese de proteínas, são necessários fatores proteicos adicionais associados 
à toda essa maquinaria que atuam inclusive como controladores. 
 
 
SÍNTESE DE PROTEÍNAS 
 O processo chave de ação de todo o mecanismo, a síntese de proteínas em si, é 
abordado na seção 4 e traz a maquinaria e processos decorrentes destes produtos 
esperados, as proteínas, o qual se é dividido em três etapas principais: Início, 
alongamento e término respectivamente. 
 Para o inicio da tradução os autores apresentam a subunidade menor do 
ribossomo como necessária, assim como o tRNA iniciador e os fatores iniciadores IF e 
eIF. Vale enfatizar que na formação do complexo de início da tradução, somente o 
tRNA iniciador apresenta a característica de ligação ao sítio P parcial na subunidade 
menor do ribossomo. 
 
 Na etapa de alongamento da cadeia peptídica, a subunidade maior deve se 
associar originando o ribossomo completo. Essa é a etapa onde ocorre também a 
participação de fatores proteicos denominados EF ou eEF. Um destes fatores é 
responsável pela ligação aos aa-tRNAs e sua apresentação ao sitio A do ribossomo. 
Após a reação do peptidil-transferase, outro fator EF se liga ao sítio A induzindo o 
movimento total do ribossomo (translocação) e o posicionamento no sitio A do próximo 
códon do mRNA. 
 O término da síntese de proteínas ocorre quando no sítio A é exposto a um dos 
códons de terminação. Esses códons por sua vez são reconhecidos por fatores de 
terminação, ou RF, que são moléculas de proteínas e não de tRNA, que apresentam essa 
função especifica de finalização da síntese do peptídeo. 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
 O capítulo abordado traz a eficiência e complexidade desempenhada pelos 
organismos na formação de proteínas, que são consideradas as estruturas 
macromoleculares mais importantes da organização celular que, por conseguinte dá 
origem a estruturas maiores até a formação de células e tecidos. A abordagem se dá de 
forma clara e dinâmica, o que facilita a interpretação, considerando que o tema pode ser 
de difícil entendimento para alguns leitores. 
 A descoberta do código genético é dada como um grande explicativo até na 
evolução dos organismos, umas vez que os mecanismos acompanham essa evolução 
genética. Logo considera-se indispensável o entendimento e associação desses 
mecanismos, principalmente para biólogos que estão em relação direta com tais 
processos associados aos mais distintosorganismos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
ZAHA, A.; FERREIRA, H. B.; PASSAGLIA, L. M. P. Biologia molecular básica. 5 ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2014.

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