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Bioquímica Endocrina - Hormônios

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Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
BIOQUÍMICA ENDÓCRINA 
SIST. ENDÓCRINO: 
* Responsável pelo controle das atividades metabólicas do organismo. Atua a longo prazo, através de sinais 
químicos, executados por substâncias denominadas hormônios.
ENDÓCRINOLOGIA GERAL:
* Estuda a natureza, regulação, mecanismo de ação e efeitos biológicos de moléculas mensageiras conhecidas 
como hormônios.
CÉLULAS:
* Cooperam na busca pela homeostase apesar das constantes mudanças no ambiente interno e externo.
* As células de um organismo pluricelular respondem a um conjunto específico de sinais extracelulares produzidos 
por outras células.
* Esses sinais atuam em várias combinações regulando o comportamento celular 
A comunicação celular ocorre pela → Sinalização pelo sistema neuroendócrino 
 
a) Na sinalização neuronal, sinais elétricos (IN) se originam no corpo celular de 
um neurônio e se propagam por longas distâncias até a extremidade do axônio, 
onde os neurotransmissores são liberados e se difundem para a célula-alvo. A 
célula- alvo (outro neurônio, um miócito ou uma célula secretora) está a uma 
distância de apenas uma fração de micrômetro ou poucos micrômetros do local 
de liberação do neurotransmissor.
b) Na sinalização endócrina, os hormônios (tais como insulina produzida nas 
células b pancreáticas) são secretados para a corrente sanguínea, que os 
transporta pelo corpo até os tecidos-alvo, que podem estar a uma distância de 
um metro ou mais da célula secretora. Tanto os neurotransmissores quanto os 
hormônios interagem com receptores específicos na superfície ou no interior de 
suas células-alvo, desencadeando as respostas. 
COORDENAÇÃO DAS FUNÇÕES CORPÓREAS: 

Sistema Nervoso: 
* mediar reflexos e ações motoras em situações de 
luta ou fuga, na manutenção do funcionamento 
básico para sobrevivência 
* respostas em frações de segundo 
* Neurotransmissores e neuromoduladores 
* Transmissão neurônio → neurônio 
* neurônio → músculos/glândulas

Sistema Endócrino: 
* regular funções menos agudas (crescimento, 
desenvolvimento, reprodução, muitos aspectos da 
homeostase e a resposta a estímulos externos e 
estresses mais crônicos) 
* Repostas levam de segundos, horas, dias ou 
semanas 
* Hormônios 
* Transmissão célula → sangue → célula 

Isabelle Padilha 1
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
HORMÔNIO:
* Qualquer substância que carregue um sinal, gerando algum tipo de alteração em nível celular 
* Do grego hormônio = excitar ou colocar em movimento
* Substâncias químicas secretadas por células especializadas, liberadas na circulação e que regulam funções 
metabólicas de outras células 
* Células produtoras de hormônios → órgãos ou glândulas → sistema endócrino
* Onde se encontram as células produtoras de hormônios → células esparsas nos tecidos e mucosas. Ou seja, por 
mais que os hormônios sejam muito associados as glândulas, também podem ser produzidos por outras células
OBS: Tecido Conjuntivo é considerado um órgão endócrino.

CLASSIFICAÇÃO DOS HORMÔNIOS:
1. Pela composição química: 
* Como são produzidos
* Como são transportados até as células alvo 
* Meia-vida
* Tipo de receptor → Mecanismo de Ação
OS HORMÔNIOS SÃO QUIMICAMENTE DIFERENTES:

a) Derivados de aminoácidos: 
* Tirosina: Catecolaminas 
* T3 e T4
* Arginina: + Oxigênio = óxido nítrico (gás) 

b) Derivados de peptídicos (3 a 200aa): 
* Insulina, glucagon
* Calcinonina
* PTH
* H. Hipotalâmicos
* H. Hipofisários

c) Derivados Lipídicos:

1. Do colesterol ou Esteróides 
* H. sexuais (testosterona, progesterona e estrógeno) 
* 1 α,25 Di-hidroxivitamina D3 
2. Derivado de ácido graxo 
* Eicosanóide (PGE 1) (araquidonato (20:4)) 
* Prostoglandinas
* Leucotrienos 
HORMÔNIOS DERIVADOS DO AMINOÁCIDO TIROSINA – CATECOLAMINAS 
* Tirosina chega as células da Adrenal por transporte ativo secundário 
* São produzidos e armazenados em vesículas/grânulos citoplasmáticos 
* São hidrossolúveis 
* Secretados em vesículas e liberados no interior de vasos 
* Possuem receptores na membrana das células alvo 
* Meia vida muito curta (< 1 minuto) 
Isabelle Padilha 2
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
HORMÔNIOS DERIVADOS DO AMINOÁCIDO TIROSINA – 
HORMÔNIOS DA TIREÓIDE – T3 E T4 
* Sintetizados e armazenados nos folículos tireoidianos 
* São a Triiodotironina (T3/)e a tiroxina (T4): razão de 1:7 
* Uso de até 20 resíduos de tirosina que serão iodinados 
enzimaticamente 
* Transportados por proteínas no sangue: 
1. Globulina ligante de tiroxina (TBG) -70-75% 
2. Pré-albumina ligante de tiroxina (TBPA) -15 
-20% 
3. Albumina -10% T4 livre -< 0,1 a 1% 
* Convertidos em forma ativa na célula alvo(desionidase) 
* Possuem receptores no núcleo da célula alvo 
* Meia vida longa (~ 1 semana) 
OBS: Tireóide → Glândula vesicular ou folicular 
OBS 2: A [ ] de T4 é muito maior que T3, pois a maioria da enzimas se ligam mais facilmente ao T4, porém, o T3 é 
necessário por ser a forma ativa do hormônio tiroideano.
OBS 3: Nem todas as células têm receptores de T3 e T4 (mas a maioria tem). 
HORMÔNIOS DERIVADOS DA ARGININA - ÓXIDO NÍTRICO (NO) 
* Radical livre relativamente estável 
* Sintetizado a partir do oxigênio molecular e nitrogênio 
guanidínico da arginina 
* Ação parácrina 
* Receptor citosólico 
- Esse gás consegue chegar até o citoplasma, onde 
há o receptor.
* Relaxa musculatura de vasos (principal capacidade 
do NO)
* NOS (NO sintase): Encontrada em muitos tecidos (Neurônios, macrófagos, hepatócitos, miócitos, céls 
endoteliais dos vasos sanguíneos e rins).
HORMÔNIOS PEPTÍDICOS /PROTEÍCOS 
* Possuem de 3 a 200 aminoácidos 
* São hidrossolúveis 
* Sintetizados como pró-hormônios e armazenados em vesículas citoplasmáticas 
Isabelle Padilha 3
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
* Secretados em vesículas onde antes ocorre clivagem proteolítica e formação dos peptídeos ativos 
* Liberados no interior de vasos fenestrados sob estímulo 
* Possuem receptores na membrana das células alvo 
* Meia vida curta (10 a 30 minutos) 
HORMÔNIOS LIPÍDICOS – DERIVADOS DO COLESTEROL 
1. HORMÔNIOS ESTERÓIDES: 
* Hidrofóbicos → Lipossolúveis
* Sintetizados sob a forma final e imediatamente secretados 
* Necessitam ser transportados por proteínas no sangue 
(a) Cortisol - Proteína ligante de corticosteróides (CBG)
(b) Estradiol -Albumina e Proteína ligante dos hormônios sexuais 
(SHBG) 
(c) Progesterona - Proteína ligante de corticosteróides (CBG) 
(d) Testosterona – Albumina e Proteína ligante dos hormônios 
sexuais (SHBG) 
* Receptores nas células alvo encontram-se no núcleo, 
principalmente 
* Meia vida de 30 a 100 minutos 
HORMÔNIO VITAMINA D / CALCITRIOL : 
* Produzido nos rins e fígado 
Isabelle Padilha 4
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
* Meia vida longa (horas a dias) 
* Receptores nucleares 
2. HORMÔNIO LIPÍDICOS – DERIVADO DO ÁCIDO GRAXO ARAQUIDONATO - EICOSANÓIDES 
* Ácido graxo poliinsaturado de 20 carbonos 
* Produzidos apenas quando necessários e em pequenas quantidades 
* Não são armazenados nas células produtoras 
* São as prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos 
* Apresentam receptores de membrana 
* Meia vida extremamente curta 
* Hormônios parácrinos ou autócrinos 
* Produzidos pela maioria das células, menos hemácias 
* São mediadores celulares locais, em processos como inflamação, febre, dor e agregação plaquetária.
HORMÔNIO RETINÓIDE: 
* Regulam crescimento, sobrevivência e diferenciação das células 
* Receptores nucleares em todas as células 
*  Meia vida longa (horas a dias) 
* Beta Caroteno é convertido, principalmente no fígado, em → Vitamina A (Retinol) por sua vez é convertido em 
→ Ácido Retinóico
DETERMINANTES DA CONCENTRAÇÃO DE UM HORMÔNIO NA CÉLULA ALVO:
* Taxa de síntese e secreção dos hormônios 
* A proximidade da célula alvo da origem do hormônio (efeito dilucional) 
* As constantes de dissociaçãodo hormônio com proteínas transportadoras (se houver) 
* A conversão de formas inativas ou sub-ótimas para a forma ativa do hormônio 
* A taxa de depuração plasmática por outros tecidos ou pela digestão, metabolismo ou 

excreção 
Isabelle Padilha 5
 Ácido Linoléico origina → Ácido 
Araquidônico é armazenado como → 
Fosfolipídio de Membrana (principalmente 
fosfatidilcolina, fofafatidiletanolamina e PIP2)
* Fosfatidilinositol 4,5 bifodfato
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
MODO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS:
 
CÉLULAS ALVO/ RECEPTORES E SINALIZAÇÃO CELULAR:
* Ligante → 1º mensageiro → Hormônios
* Sinal → Receptor → Resposta Celular
O QUE SÃO CÉLULAS ALVO:
* Toda célula que possuir um receptor para hormônios é chamada de alvo 
* Combinação de receptores hormonais definem o espectro da capacidade de resposta da célula aos hormônio 
* Seletividade, afinidade e especificidade com as proteínas.
* A velocidade da resposta celular depende de características do receptor e de sua relação com o hormônio:
a) Número na membrana
b) Localização na célula
c) Presença de substâncias agonistas e antagonistas
OBS: Agonista: substância capaz de se ligar a um receptor celular e ativá-lo. Enquanto, o agonista causa uma ação, 
um antagonista bloqueia a ação do agonista. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS RECEPTORES DE HORMÔNIOS: 
* São proteínas que apresentam pelo menos 2 domínios funcionais 
* Reconhecimento → Liga o hormônio → 2a região gera sinal para função intracelular → Acoplamento (transdução 
de sinal):
1. Indireta → Receptor de Membrana
2. Direta → Receptor núcleo
HORMÔNIOS COM RECEPTORES INTRACELULARES: 
* Modo de ação de hormônios esteroides (sexuais e de córtex de adrenal), tireoidianos e retinóides 
* Livre trânsito pela membrana plasmática → pequenos e hidrofóbicos 
* Ativação da transcrição de genes específicos 
Isabelle Padilha 6
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
* Presença de sequências HRE: elementos de resposta a hormônios específicos 
* Os receptores de estrógeno e glicocorticóides, são incapazes de ligar-se ao DNA na ausência de tal hormônio.
* A ligação de hormônio induz uma mudança conformacional no receptor, permitindo que ele se ligue a sequências 
reguladoras do DNA e ative a transcrição de genes-alvo 
RECEPTORES ACOPLADOS A CANAIS IÔNICOS: 
* Convertem sinais QUÍMICOS em sinais ELÉTRICOS 
* Funcionam de maneira simples e direta 
* Responsáveis pela transmissão rápida de sinais (sinapses do sistema nervoso) 
* Responsáveis pela contração muscular, secreção hormonal, processos sensoriais, memória, etc 

Funcionamento do canal iônico de Na+, K+ e Ca+ ativado por acetilcolina: 
* Receptor nicotínico de acetilcolina 
* Presente em Sinapses e junções neuromuscular 
* Outros neurotransmissores com receptores 
similares: Serotonina, glutamato e glicina 
 
 
 
Isabelle Padilha 7
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
* Portanto, exemplo de receptor ligado a canal iônico → acetilcolina
RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEÍNAS G G PROTEIN-COUPLED RECEPTORS (GPCR): 
* 1/2 dos fármacos atuam sobre GPCR 
* 1000 genes em humanos → 150 órfãos (sem ligantes descritos) 
* 350 para hormônios e outras moléculas endógenas 
* Alta conservação estrutural e funcional
* Receptor de membrana plasmática com 7 segmentos transmembrana 
A PROTEÍNA G: 
* A proteína G também denominada proteína trimérica reguladora ligadora de GTP → pois pode conter GDP ou 
GTP 
* Composta por 3 subunidades: alfa, beta e gama 
* Subunidade α é a mais características de cada proteína G → interage com o receptor, liga-se a GTP e regula os 
sistemas efetores. 
* Aproximadamente 20 tipos diferentes – mas subdividosem Gs (proteína G estimulante), Gq e Gi (proteína G 
inibitória)
Transdução de Sinal → Via receptor β acoplado a proteína Gs 
* (Imagem Slide 40) Quando a proteína G se liga muda sua conformação, mudando o sítio ativo.
* PQA: Proteínas Quinases A (como todas as proteínas quinases, fazem a fosforilação de enzimas). Assim, as 
enzimas fosforiladas pelas PQAs se tornam ativas (convertendo ATP em AMPCíclico) 
* Alguns hormônios atuam inibindo a adenilciclase, 
diminuindo os níveis de AMPc, evitando a 
fosforilação de proteínas específicas. Estes 
hormônios ao se unirem a seus receptores 
específicos ativam uma proteína G inibidora (Gi), 
homóloga estruturalmente a Gs. 
* A proteína Gi atua de forma similar a Gs, se unindo 
ao GTP para ativar-se, porém ocorre a inibição da 
adenilciclase, diminuindo os níveis de AMPc 
(AMP Cíclico). A insulina, glucagon, somatostatina e 
as prostaglândinas PGE1 e PG2, agentes opiáceos, 
LH, FSH, TSH, hCG, GnRH, PTH, calcitonina, 
utilizam este mecanismo. 
… 
Transdução de Sinal → Via receptor α acoplado a 
proteína Gq 
* (Imagem slide 44) Fosfolipase C (PLC): degrada, 
quebra, o fosfolipídeo chamado de PIP2.
* A proteina G estimula a Fosfolipase C
Isabelle Padilha 8
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
RECEPTORES GUANILIL-CICLASES: 
* É chamado de receptor enzimático
* Podem ser membranares ou citosólicos 
* Usam estes receptores:
a) Fator natriurético atrial (ANF) 
b) Óxido Nítrico
* cGMP transmite diferentes mensagens para diferentes tecidos 
* Rins e intestino → retenção de água
* Relaxamento do músculo cardíaco 
RECEPTORES ASSOCIADOS A ENZIMAS - TIROSINA QUINASE (TK)
* Também é um receptor enzimático
* A maioria é de proteínas que atravessam a membrana uma única vez, com seu sítio de ligação no exterior da célula 
e sítio catalítico no interior da mesma. 
* São associados com proteínas que participam da cadeia de fosforilação, ou seja, fosforilam grupos de proteínas 
específicas na célula-alvo 
1. Recetor tirosina cinase inativo (com dois monómeros do recetor separados na membrana plasmática) 
↓
2. Ligação da molécula sinalizadora ao recetor 
↓
3. Dimerização (duas subunidades do recetor se aproximam)
↓
4. Autofosforilação (resíduos específicos do aminoácido tirosina são fosforilados 
↓
5. Ligação (e ativação) de proteínas citoplasmáticas 
Isabelle Padilha 9
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
A família dos receptores de tirosina quinase (RTK) inclui, entre outros: 
1. Receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR);
2. Receptores do fator de crescimento derivados de plaquetas;
3. Receptores do fator de crescimento de fibroblastos (FGFRs); 4
4. Receptores de fator de crescimento endotelial vascular;
5. Receptor do fator de crescimento de hepatócito (HGF) ou Met; 
6. Receptor Eph (erythropoietin-producing human hepatocellular); 
7. Receptor de insulina. … SLIDES
A SINALIZAÇÃO INTRACELULAR NÃO É LINEAR 
* É como uma teia, não como linhas paralelas. 
Como tudo isso é regulado? Como é controlado? 
* A liberação de hormônios é regulada por uma hierarquia de sinais neuronais e hormonais 
* Hormônios são forma de “Sinalização”→ Portanto, toda mensagem que se envia precisa de um “feedback”. 
REGULAÇÃO TIPO FEEDBACK OU RETROALIMENTAÇÃO: 
* Retroalimentação Simples → Relacionadas com equilíbrio homeostático dos metabólitos, eletrólitos, 
fluídos biológicos → Ex: PTH, e calcitonina; insulina e glucagon 
PTH E CALCITONINA NO METABOLISMO DE 
CÁLCIO: 
INSULINA E GLUCAGON NO METABOLISMO 
ENERGÉTICO 
 
Isabelle Padilha 10
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
Isabelle Padilha 11
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
 
Retroalimentação Complexa → Resposta está associada com hormônios produzidos e liberados → Ex: 
Hormônios associados ao eixo hipotálomo-hipófise 
* Hormônios gonadotróficos → FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) 
* Em cada nível da cascata hormonal, é possível uma retroalimentação negativa das etapas prévias; um nível 
desnecessariamente elevado do último hormônio ou de um intermediário inibe a liberação dos hormônios anteriores 
na cascata. Esses mecanismos de retroalimentação cumprem a mesma finalidade daqueles que limitam o produto 
de uma via biossintética:um produto é sintetizado (ou liberado) somente até que seja alcançada a concentração 
necessária. 
 
Isabelle Padilha 12
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
As disfunções endócrinas podem estar relacionados a:
a) Pré-Receptor (antes de se ligar ao receptor)
b) Receptor
c) Pós-Receptor
PRÉ-RECEPTOR:
* Biossíntese hormonal inadequada
* Estrutura bioquímica do hormônio é alterada
* Alterações na proteína transportadora
- Produção ectópica de um hormônio específico (Ex: tumores neuroendócrinos → produzem ACTH (hormônio 
adrenocortitrófico) pelos túbulos digestivos).
RECEPTOR:
* Estrutura química alterada do receptor (Ex: diabetes tipo II)
* Alterações no turnover do receptor 
* Incapacidade de ativação (ativação: ligante do hormônio com o receptor)
* Incapacidade de inativação
PÓS RECEPTOR:
* Erros na cascata bioquímica e enzimática
* Defeitos na produção de enzimas
Isabelle Padilha 13
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
TESTES LABORATORIAIS PARA DETCÇÃO DE DISTÚRBIOS:
* Tem como objetivos determinar se o sistema está funcionando anormalmente e localizar o defeito funcional 
* Os níveis do hormônio que induzem a resposta fisiológica relevante nos tecidos-alvo são determinados, 
geralmente, por imunoensaio, juntamente com a medição de um ou mais hormônios tróficos anteriores, onde eles 
existem. 
* Deve ser feita a avaliação de pelo menos dois pontos da alça de retroalimentação para permitir a focalização do 
diagnóstico posterior por imagem na glândula envolvida. 
* Levar em conta: estabilidade do hormônio (h. peptídicos pequenos são instáveis 
* Amostras sanguíneas devem ser colhidas em tubos no gelo contendo inibidores de proteases 
- Se ele for produzido em um ritmo circadiano ou outro tipo de ritmo
- meia vida
- Se a sua secreção é ou não pulsátil 
* Obs: esteróides (hormônios relacionados ao colesterol) tem meia vida mais longa
* Solicitação de dosagens múltiplas para construir um perfil dos níveis hormonais em vários pontos do dia � 
modo efetivo de detectar perturbações sutis no ritmo circadiano e também pode diminuir o impacto da 
secreção oscilatória do hormônio 
 
TESTES LABORATORIAIS PROVOCATIVOS:
* Os níveis hormonais são medidos não somente no estado de repouso, mas também após um estímulo significativo 
ter sido aplicado, em uma tentativa de avaliar a capacidade máxima de resposta da glândula ou do sistema 
endócrino que está sendo testado 
 
* Os valores de referência dos hormônios podem variar de acordo com a:

a) Idade
b) Gravidez
c) Mestruação 
d) Sexo

MECANISMO DE AÇÃO E REGULAÇÃO DE ALGUNS HORMÔNIOS: 
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS T3 E T4 → aumentam o metabolismo 
* O principal efeito das hormônios da tiróide é o de aumentar as atividades metabólicas da maioria dos tecidos 
do corpo (com exceção do cérebro, retina, testículo, baço e pulmões). 
* A ausência completa da secreção da tiróide provoca uma queda na taxa metabólica basal de 30-40%. 
* A hipersecreção tiroidiana provoca um aumento na taxa metabólica basal de 60-100%. 
* Obs: tireóide única glândula folicular/ vesicular do corpo humano 
Isabelle Padilha 14
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS TRH (hormônio liberador de trieotrofina) 
* Tripeptídio modificado , produzido por neurônios parvocelulares situados nos núcleos paraventriculares do 
hipotálamo médio basal. 
* Secretado em ritmo pulsátil e circadiano (vespertino com pico máx antes do sono) 
* Meia vida de 2 a 6 minutos 
* Se liga em receptores de membrana das células tireotróficas da hipófise ligadas a fosfolipase C 
* Fosfoinositídios resultantes estimulam a liberação de cálcio levando a secreção de TSH 
* Ações mais crônicas incluem a estimulação da biossíntese e glicosilação de TSH 
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS TSH (hormônio estimulante da tiróide) 
* Secretado em ritmo pulsátil e circadiano (noturno) 
* Produzidos por células tireotróficas que correspondem a 5% do total de 
células adeno-hipofisárias. 
* Glicoproteína de 28 kDa (15% CHO) 
* TSH é glicosilado, e isto lhe confere uma proteção em relação à 
degradação intracelular, 
* Concentração plasmática de 0,4-4,0 mU/L Meia-vida plasma 65 minutos 
TSH TEM SUA SÍNTESE INIBIDA POR: 
* Somatostatina - inibe a amplitude de pulso do TSH e seus picos de secreção noturna (27), diretamente na 
hipófise e através da inibição do TRH e do número de seus receptores hipofisários 
Isabelle Padilha 15
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
* Tanto a dopamina, quanto o seu agonista, a bromocriptina, inibem a secreção de TSH, através da inibição da 
adenilatociclase 
* Leptina, neurotensina, substância P, neuropeptídeo Y, galanina, opióides endógenos, fatores de crescimento, 
citocinas -> Atuação autócrina e parácrina 
* Estresse agudo, assim como em certas doenças, podem apresentar diminuição do TSH sérico 
* Cortisol é o principal hormônio relacionado ao estresse e inibe agudamente a secreção de TSH, sua 
pulsatilidade e ritmo circadiano 
* Frio - aumento da liberação de TRH (7), porém não houve aumento significativo na concentração sérica de 
TSH (em bebês, adultos não observado) 
 
* TSH → Atua via receptores transmembrana na tireóide: 
(1) Transporte de iodo (captação) 
(2) Formação de iodotirosina (peroxidases-TPO) 
(3) Síntese e proteólise da tireoglobulina 
(4) Desionização da tiroxina (T4) ▪ Crescimento da glândula tireóide 
Hormônios foliculares tireoidianos (T3 e T4): 
* Retroalimentação negativa exercida pelos hormônios tireoidianos T4 e T3 
* Somatostatina e dopamina inibem a secreção de TSH 
* Estimulação via alfa-adrenérgicas central AUMENTA secreção de TSH pelo frio 
* Estado nutricional modula o eixo através da leptina 
* Estresse. INIBE secreção de TSH 
* Estoque desses hormônios dura de 2 a 3 meses 
a) T3 (Triiodotironina) → 5x mais ATIVO 
b) T4 (Tiroxina) → Em maior concentração no plasma 
Obs: Não tem grupo específico de célula com receptores para os 
hormônios tireoidianos, quase todas mas células possuem esses 
receptores. 
TIROXINA (T4): 
* É o hormônio tireoideano quantitativamente mais importante 
* 80% do T4 se converte em T3 (desionidase I e II) e rT3 pela ação da 
desionidase tipo III (catabólica) (fígado) 
Isabelle Padilha 16
Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
DESIOSASES: 
* D1, expressa predominantemente em fígado e rins: 
- Gera T3 para o líquido extracelular (LEC), disponibilizando, assim, esse hormônio para os tecidos 
* D2, altamente expressa no sistema nervoso central (SNC), hipófise, tecido adiposo marrom e placenta 
- Gera T3 nos próprios tecidos em que são expressas, o que permite a sua pronta utilização → Eleva-se 
no hipotireoidismo e cai no hipertrieoidismo 
* D3, é muito expressa nos tecidos em desenvolvimento, principalmente no sistema nervoso central (SNC), 
embora também seja detectada em tecidos como pele, fígado, placenta e SNC no indivíduo adulto 
- Degrada os HT, limitando sua ação biológica -> síntese de rT3 → Cai no hipotrieoidismo e eleva-se no 
hipertireoidismo 
TRIIODOTIRONINA (T3): 
* Forma biologicamente ativa produzida pela iodotironina desionidase I (plasma) e II (núcleo) em tecidos-alvo 
(ex. fígado e músculo) 
* Estimula a taxa metabólica (termogênese) 
* Aumentando o metabolismo oxidativo mitocondrial 
* Aumenta o consumo de ATP pelo aumento da atividade da bomba sódio potássio ATPase 
* Ativação da lipase hormônio sensível via AMPc (lipólise) liberando mais AG para síntese de ATP usado na 
termogênese 
* Aumento da glicogenólise e gliconeogênese 
Síntese de muitas enzimas, proteínas estruturais e controle de outros hormônios (ex. adrenalina) 
* Liberação de cálcio do osso 
Aumenta a necessidade de vitaminas devido ao aumento da síntese de enzimas e co-enzimas 
* Crescimento e desenvolvimento do SNC (lactentes) • regulam o TSH e o TRH 
MECANISMO DE AÇÃO -T3 E T4: PROVA 
* Os TRs (receptores tireoidianos) são fatores transcricionais* Exemplos de genes alvo do T3: Ativação x inativação 
- GH 
- MHC I e II (cadeia pesada da miosina do tipo I e II) 
- α e β MHC (isoforma α e β da cadeia pesada da miosina) 
- SERCA I e II (isoformas I e II da bomba de cálcio do retículo sarcoplasmático) 
- Receptor β adrenérgico 
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- NGF (fator de crescimento neuronal) 
- Inativação → TSH e do TRH 
AÇÕES EXTRACELULARES ASSOCIADAS AOS HTRS 
* Alterações no citoesqueleto de actina em células gliais, mecanismo pelo qual o HT provocaria as 
modificações na atividade da D2 no tecido nervoso. 
* Alterações no transporte de solutos pela membrana plasmática (Ca2++, Na+, glicose, aminoácidos) também 
têm sido descritas em hemácias e cardiomiócitos em cultura 
* Efeitos sobre a atividade de quinases protéicas (PKA, MAPK) e sobre a eficiência da tradução e meia-vida de 
mRNAs específicos (como a do GH e enzima málica), bem como na modulação da respiração mitocondrial 
* Indução da ativação e translocação nuclear da mitogen-activated protein kinase (MAPK) 
* Para a manutenção da atividade normal dos tecidos-alvo, níveis intracelulares adequados de T3 devem ser 
garantidos, o que está na dependência da: 
a) Atividade tiroideana → da integridade do eixo hipotálamo-hipófise- tiróide 
b) Da geração intracelular deste hormônio → da atividade de enzimas específicas, as desiodases 
Quando isso não acontece: 
 
HIPOTIREOIDISMO 
* A idade média de diagnóstico é aos 60 anos 
* A prevalência de aumenta com a idade. 
* A deficiência de Iodo na dieta resulta em bócio endêmico/hipotireoidismo 
HIPERTIREOIDISMO OU TIREOTOXICOSE. 
* É a síndrome clínica ocasionada devido ao excesso de 
hormônio tireoidiano circulante, que pode decorrer tanto do 
funcionamento excessivo da tireoide (hipertireoidismo) 
quanto da liberação de hormônios tireoidianos por 
destruição da glândula (tireoidites). 
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DOENÇA DE GRAVES: 
* Forma mais comum de hipertireoidismo (60%-80%), 
afetando principalmente as mulheres (5-10:1) entre 40-60 
anos 
* Doença hereditária que se caracteriza pela presença de 
um anticorpo no sangue que estimula a produção excessiva 
dos hormônios tireoidianos; 
* Bócio com nódulos que produzem hormônios tireoidianos 
sem a interferência do TSH, hormônio produzido pela 
hipófise. 
 
 TESTE DO TRH : 
* Importante exame para se avaliar a integridade do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide 
* Consiste na administração de 200 a 500µg de TRH por via endovenosa e medida do TSH 15 minutos antes da 
administração, no momento da administração e 15, 30, 60 e 120 minutos após a injeção do TRH. 
* O pico de TSH, que pode chegar a até 22 vezes a concentração sérica basal, ocorre aos 30 minutos em 
indivíduos eutireóideos. 
* O T3 e o T4 sérico se elevam, após 3 a 8 horas, respectivamente 
* Os HTs são mais importantes que o estímulo hipotalâmico pelo TRH, na regulação da secreção de TSH e, 
portanto, nos indivíduos hipertireóideos, o teste do TRH encontra-se suprimido 
* Os valores de referência poderem variar conforme a idade da pessoa ou presença de gravidez, 
* Coleta em jejum de pelo menos 4 horas. 
* Quando os valores de TSH se encontra: 
a) aumentado no sangue → a concentração de T3 e T4 no sangue está baixa. 
b) em baixas concentrações → T3 e T4 estão presentes em altas concentrações no sangue. 
ACTH – HORMÔNIO ADRENOCORTICOTROPICO 
* Hormônio proveniente do gene pró-opiomelanocortina (POMC) - 241 aa 
* Hormônio polipeptídeo composto de 39 aminoácidos estimulado pelo CRH e ADH (apenas os últimos 24 
apresentam atividade biológica) 
* Secretado em pulsos relacionados ao estresse, sobrepostos a um ritmo diurno (pico às 5 horas) 
* Estimula a síntese e a liberação de hormônios glicocorticóides (enzimas esteroidogênicas) 
* Receptores das superfícies celulares no córtex supra renal com a produção de AMPc 
* Aumenta a produção de cortisol em 3 minutos estimulando a atividade da colesterol esterase 
CORTISOL: 
* Estresse → eleva produção de cortisol (tanto estresse mental, como uma semana de provas, quanto 
situações ambientais, como passar frio) 
* A concentração plasmática do cortisol mostra um ritmo diurno pronunciado, sendo cerca de 10 vezes maior 
à s 8 horas do que à s 24 horas 
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Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
* pode estar cronicamente elevados sob condições continuamente estressantes, incluindo estresse fisiológico 
e ambiental (p. ex., o frio). 
* Aproximadamente 95% do cortisol no plasma está ligado a proteínas, principalmente CBG (globulina ligante 
de cortisol) (ligação saturável) 
* meiavida no plasma de cerca de 100 minutos 
* metabolizado no fígado e em outros órgãos pela combinação de redução, clivagem das cadeias laterais e 
conjugação, dando origem a um grande número de metabólitos inativos que são excretados na urina. 
EFEITOS DO CORTISOL NO METABOLISMO: 
* Alterações nos níveis de expressão de milhares de genes (os quais vão permitir a gliconeogênese) 
* Cortisol: anti-insulínico ou contrarregulatório 
* Atua em conjunto com diversos outros hormônios, incluindo a insulina e o GH na regulação do metabolismo 
intermediário, 
* Seus efeitos metabólicos são mais bem compreendidos como parte de uma resposta endócrina ao estresse 
fisiológico 
* Estimula a síntese e a deposição de glicogênio inibe a captação de glicose e o seu uso pelos tecidos 
periféricos 
EFEITOS DO CORTISOL NO METABOLISMO E NO CRESCIMENTO/REPARO DOS TECIDOS: 
* Efeitos na resposta imunológica e inflamatória ▪ 
* ↓ linfócitos, eosinófilos e monócitos circulantes ▪ 
* ↓ produção de citocinas pró inflamatórias (IL-1,TNF-α, IL-12) ▪ 
* Estabiliza lisossomos diminuindo a liberação de enzimas que degradam corpos estranhos 
* Inibe migração de leucócitos e a fagocitose 
* Reduz a permeabilidade vascular (favorecendo o efeito de vários vasoconstritores como as catecolaminas) 
* Apresenta efeitos diretos no coração e nos rins, onde acentua a eliminação de água e a reabsorção de 
eletrólitos, e nos ossos, influenciando a sua reposição através de uma variedade de mecanismos 
DISTÚRBIOS CLÍNICOS DA SECREÇÃO DE CORTISOL: 
* Hipossecreção de cortisol → falências do hipotálamo, da hipófise ou da adrenal 
* As deficiências do CRH e do ACTH são frequentemente acompanhadas de deficiências de outros hormônios 
hipotalâmicos ou pituitários 
* A doença de Addison é a falência adrenal primária na qual a secreção de todos os hormônios adrenais está 
diminuída, geralmente por causa de doença autoimune ou infecção (p. ex., tuberculose ou citomegalovírus) 
SÍNDROME DE CUSHING 
* Hipersecreção do cortisol → síndrome de Cushing, de longe o mais desafiador de todos os distúrbios 
endócrinos 
* Redistribuição do tecido adiposo, com deposição de gordura na face e no tronco, 
* Perda de gordura nos membros, 
* Perda de músculo esquelético, 
* Afinamento da pele e cicatrização lenta 
* Diabetes 
* Hipertensão 
* Supreção do eixo hipotalâmico-gonadal, visto como perda da menstruação nas mulheres. 
SISTEMA RENINA - ANGIOTENSINA - ALDOSTERONA (SRAA): 
* Órgãos básicos desse sistema: fígado, pulmão, rim (túbulos distais dos néfrons → mácula densa) e adrenais. 
* Regula a manutenção da pressão arterial, balanço hídrico e de Na+ 
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Obs: Novos achados sugerem que o sistema renina-angiotensina pode ser um sistema regulatório duplo e 
independente, sanguíneo e tecidual 
* O SRAA é ativado quando a secreção de renina no aparelho justaglomerular do rim é estimulada por 
1. Hipotensão arterial renal 
- Células da mácula densa têm a capacidade de perceber a diminuição da pressão do líquido que 
passa por elas (nos túbulos distais dos néfrons) → produzem renina 
2. Diminuição da carga de Na+ ou aumento do K + no túbulo distal, que é detectado pela mácula densa 
3. Ativação do sistema nervososimpático em resposta à diminuição da pressão arterial. 
* A hiperatividade do SRAA tem sido relacionada à gênese de várias doenças como: 
• Hipertensão arterial (HA) 
• Infarto agudo do miocárdio 
• Insuficiência cardíaca congestiva 
• Arritmias cardíacas 
• Diabetes mellitus 
• Insuficiência renal crônica 
• Acidente vascular encefálico 
* Aldosterona → estimula a reabsorção renal 
HORMÔNIOS REGULADORES DO METABOLISMO DE CÁLCIO (IMPORTÂNCIA DO Ca+): 
1. Criação ou manutenção dos potenciais de ação 
2. Controle muscular 
3. Motilidade 
4. Divisão celular 
5. Secreção e modulação de atividades enzimáticas 
6. Cagulação 
* O esqueleto contém 99% do cálcio presente no corpo na forma de hidroxiapatita; o restante está 
distribuído nos tecidos moles, nos dentes, e no LEC. 
* Hidroxipatita: Cácio imobilizado/ cristalino 
* O cálcio total do soro é mantido entre 2,2 e 2,6 mmol/L (8,8-10,4 MG/DL). 
* 3 formas de cálcio na circulação: 
1. Ligado a proteína 
2. Ionizado (livre) 
3. Complexado com fosfato, bicarbonato e citrato 
O QUE REGULA O METABOLISMO DE CÁLCIO: 
* O metabolismo do cálcio é resultado da interação ente 3 fatores: 
1. Absorção do cálcio a partir da alimentação 
2. Eliminação junto à urina 
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3. Captação → liberação óssea de cálcio 
REMODELAÇÃO ÓSSEA: 
* Osteoblasto → Retém cálcio 
* Osteoclasto → Libera cálcio 
* A ação contínua dessas duas células permitem a remodelação óssea, assim, esse tecido permanece em 
constante renovação. 
PARATORMÔNIO: 
* O paratormônio responde às mudanças dos níveis ↓ de cálcio ionizado e ↑ de fosfato 
* Hormônio peptídico de cadeia simples formado por 84 aminoácidos secretado pelas células principais das 
glândulas paratireoides. 
* A maioria das ações celulares clássicas do PTH é mediada pelo cAMP, que é gerado pela adenilato ciclase 
estimulada por proteína G. 
O METABÓLITO ATIVO DA VITAMINA D É O 1,25-DI-HIDRO- XICOLECALCIFEROL (1,25(OH)2D3): 
* O produto 1,25(OH)2D3 (calcitriol) é o metabólito da vitamina D mais potente e a única forma natural ativa 
em concentrações fisiológicas 
* Síntese estimulada pelo PTH, por baixas concentrações de fosfato ou cálcio no soro, pela deficiência de 
vitamina D, pela calcitonina, pelo hormônio do crescimento, além da prolactina e do estrogênio. 
* A 1,25(OH)2D3 aumenta a absorção de cálcio e fosfato pelo intestino via transporte ativo por meio de 
proteínas que se ligam ao cálcio. 
* Estimula a reabsorção óssea pelos osteoclastos 
CALCITONINA: 
* Calcitonina é um hormônio contrário (antagônico) ao paratormônio. 
* Peptídeo de 32 aminoácidos sintetizada e secretada principalmente pelas células parafoliculares da glândula 
tireoide (células C) 
* Um aumento dos níveis de cálcio no soro resulta em um aumento proporcional nos de calcitonina 
* A estimulação crônica ocasiona uma exaustão da reserva secretora das células C. 
*  Meia vida de → 12 minutos 
Outros hormônios que interferem no metabolismo de cálcio: 
* O hormônio da tireoide estimula a reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos. 
* Os esteroides adrenais ou gonadais, particularmente o estrogênio nas mulheres e a testosterona nos homens, 
têm efeitos regulatórios importantes, aumentando a função dos osteoblastos e diminuindo a dos 
osteoclastos, além de diminuírem a excreção renal de cálcio e fosfato e a excreção de cálcio intestinal. 
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Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
* Os hormônios do crescimento tem efeitos anabólicos no osso, promovendo o crescimento do 
esqueleto.Acredita-se que estes efeitos sejam mediados por fatores de crescimento semelhantes à insulina 
(IGF-1 e IGF-2) que atuam nas células de linhagem osteoblástica. O hormônio de crescimento aumenta a 
excreção urinária de cálcio e de hidroxiprolina, enquanto diminui a excreção urinária de fosfato 
HIPERCALCEMIA: 
* Hipercalcemia é frequentemente causada por hiperparatireoidismo primário ou por malignidade, ou ainda 
em decorrência de tratamento com vitamina D 
HIPOCALCEMIA: 
* Diversas enfermidades agudas e crônicas levam a uma diminuição da concentração de albumina no soro, que, 
por sua vez, diminui a concentração de cálcio sérico total. 
* Os sinais clínicos da hipocalcemia são: irritabilidade neuromuscular, (mais óbvios e graves quando o início da 
hipocalcemia é agudo) → Sinal de Chvostek e Sinal de Trosseau 
* O sinal de Chvostek: tremores na musculatura ao redor da boca (músculos periorais) 
* O sinal de Trousseau: contração da mão em resposta a uma redução do fluxo sanguíneo nos braços 
ocasionado pela insuflação de um aparelho de pressão. 
* Perda de sensibilidade, formigamento, câimbra, tétano e a epilepsia 
EIXO HIPOTÁLAMO- HIPÓFISE- HORMÔNIO DO CRESCIMENTO - GH 
* O GHRH é um peptídeo de 44 aminoácidos sintetizado como parte de um pró-hormônio de 108 aminoácidos 
nos núcleos arqueado e ventromedial do hipotálamo e na eminência medial 
* A somatostatina é encontrada em duas formas, com 14 e 28 aminoácidos, ambas produzidas a partir do 
mesmo produto gênico de 116 aminoácidos 
* A somatostatina também inibe a produção ou a ação de muitos outros hormônios, incluindo o TSH, a insulina, 
o glucagon e a gastrina 
* O GH é uma proteína de 22 Kda liberada pela Hipófise (<5% é secretado por dia) 
* GH é liberado em pulsos de 3-4 horas com maior pico durante o sono 
* Maior em crianças e adultos jovens 
* Nanismo: falta ou deficiência de GH na infância 
(baixa estatura, sem outras complicações) 
*
* Gigantismo: excesso de GH na infância 
*
* Privação alimentar → produção contínua de GH 
(modo econômico) → diminuindo a secreção de 
hormônios da tireóide e o metabolismo → por isso ;e 
tão difícil emagrecer, o corpo se adapta a situação 
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Hormônios Bioquímica II (Endócrina)
ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE GH NA FASE ADULTA → acromegalia (crescimento é assimétrico) 
* Alteração da fisionomia por crescimento de extremidades ósseas e partes moles (mãos e pés, língua 
(macroglossia), alargamento do nariz e lábios, proeminência frontal da face, mandíbula (protognatia), 
alargamento do maxilar com separação dos dentes e má oclusão dentária...) 
* Aumento no tamanho dos dedos das mãos (os anéis ficam apertados) Aumento do tamanho dos pés (os 
sapatos ficam pequenos) 
Dor nas grandes articulações podendo ocorrer artrose 
Pele espessada e oleosa 
* Pequenos “pólipos” pedunculados na pele 
* Aumento do suor (hiperhidrose) 
* Aumento dos pelos corporais (hipertricose) 
* Alterações cardíacas (hipertensão, insuficiência cardíaca) Apnéia do sono 
* Diabetes, alterações no colesterol 
* Podem haver sintomas relacionados ao Sistema Nervoso Central já que a principal causa de acromegalia 
é tumor hipofisário como diminuição da visão lateral e dor de cabeça.
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