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26/02 05/03 A comunicação pode ser descendente: se dirige aos subordinados, ascendente: se dirige aos escalões mais altos da organização e mantém os dirigentes informados sobre como os funcionários se sentem em relação ao seu trabalho, seus colegas e a organização geral. Ex: relatórios de desempenho e caixas de sugestões e lateral: entre os membros de um mesmo grupo, grupos do mesmo nível, administradores do mesmo nível ou entre quaisquer pessoas de horizontalidade equivalente (geralmente necessária para economizar tempo e facilitar a coordenação. em alguns casos, estas relações são estabelecidas formalmente, mas com freqüência são criadas informalmente, para diminuir o circuito na hierarquia vertical e agilizar ação). As redes formais são tipicamente verticais, seguem a cadeia de autoridade e são limitadas à comunicação relacionada ao trabalho. As redes informais geralmente conhecidas como redes de rumores, é livre para fluir em qualquer direção, passar por cima dos níveis de autoridade e pode satisfazer as necessidades sociais dos membros dos grupos, bem como facilitar a execução de tarefas. Comunicação não verbal: são as mensagens enviadas através dos movimentos do corpo, das entonações ou ênfases que colocamos nas palavras, das expressões faciais e da distância física entre o emissor e o receptor. ↳Paralinguagem: são os sons que não integram o vocabulário da língua utilizada. A maneira de falar, a entonação de voz utilizada durante a comunicação e eventuais pausas nas falas são as formas mais comuns para linguagem (som que complementa a fala, não esta ligado a ela). ↳Proxêmica: está ligada ao uso que o homem faz do espaço ao seu redor para se comunicar. Trata de aspectos como a proximidade relativa aos interlocutores e suas implicações, da influência ambientalmente em que ocorre comunicação e de outros aspectos ligados ao espaço físico. Importante dizer que para cada grupo cultural, existe um padrão de espaço diferente (utiliza o espaço para se comunicar, ex: se aproximar, mover o corpo para frente). ↳Cinésica: trata-se dos movimentos que realizamos com todas as partes de nosso corpo, também chamada de linguagem corporal. Expressões faciais, postura corporal e gestos fazem parte da comunicação cinésica. Quaisquer outros gestos que acompanhem os atos linguísticos se enquadram nesta categoria. (toda ação que o corpo faz para se comunicar, gesticular, etc, sem ruído). Ruídos: elementos físicos externos aos participantes. Interferencias: internas aos comunicadores, cognitivas, emocionais e socioculturais. 12/03 -. A entrevista clínica centrada na pessoa: 1)Explorando a enfermidade e a experiência em estar doente – dicas e movimentos = história, exame clínico, exames complementares + sentimentos, ideias, funções, expectativas (acolher a pessoa e criar vínculo) 2)Entendendo a pessoa como um todo – enfermidade + doença + pessoa 3)Elaborando projeto terapêutico comum e manejo dos problemas – problemas, objetivos, papéis -> decisões conjuntas 4)Incorporando promoção e prevenção à saúde 5)Intensificando relação profissional de saúde usuário 6)Sendo realista ->A entrevista centrada na doença: 1)Paciente vem a consulta 2)Queixas e sintomas 3)Anamnese, exame clínico e exames complementares 4)Diagnóstico = síndrome ou enfermidade 5) Tratamento ->Comunicação efetiva = o quanto o que os interlocutores compreendem do diálogo que está acontecendo (um e-mail, texto, reunião ou até conversa informal durante o café). - A comunicação eficaz compreende sete dimensões: intrapessoal, interpessoal, vocal, corporal, técnica (dos recursos que vão ser utilizados: visual – RX), intelectual (pensamento, raciocínio), espiritual (valores) ->Eficiência e Eficácia = para fins de analogia e exemplificação, podemos dizer que a eficiência é cavar, com perfeição técnica, um poço artesiano; eficácia é encontrar a água. - Eficiência: meios -Eficácia: resultados ->COMPETÊNCIAS = conhecimentos (saber) + habilidades (saber fazer) + atitudes (querer fazer) -> CINCO ESTÁGIOS DA COMUNICAÇÃO: 1) Comunicação básica = é o início, o comprimento, ser cordial, ser simpático 2) Comunicação de rotina = quando as informações começam a ser trocadas 3) Comunicação das ideias = compartilhar opiniões 4) Comunicação efetiva = início das decisões 5) Comunicação por resultados = fechamentos + Para trabalhar habilidades, duas específicas: passagem de plantão (oral) e registro de prontuário (escrita) 19/03 Rapport 09/04 Basico- abertura Rotina- exploração Ideias- explicação Efetiva- planejamento Resultado- fechamento 0 Então basicamente na rotina: - Abertura: Apresentação e saber qual a queixa principal - Exploração dos problemas: Histórico e anamnese e exame físico completo - Explicação e planejamento: Falar sobre as possíveis doenças que o animal pode ter e planejar o que vai ocorrer dali em diante. - Fechamento: Ver se tutor entendeu e marcar retorno Tutor idoso, diabético. 5 etapas mais caso clínico. 07/05 PROCESSOS OPERACIONAIS PADRÃO (POP) ou NORMA OPERACIONAL PADRÃO (NOP) Documento, roteiro para realizar uma determinada faculdade, ou seja, dá as instruções do trabalho que deverá ser realizado para garantir a padronização dos resultados. “Processo Operacional Padrão, É uma ferramenta muito simples que compõe a área da qualidade, as Instruções de Trabalho– IT, também, conhecidas como NOP (Norma Operacional Padrão) ou POP (Procedimento Operacional Padrão), têm uma grande importância dentro de uma empresa, o objetivo básico é o de garantir, mediante uma padronização, os resultados esperados por cada tarefa executada, ou seja, é um roteiro padronizado para realizar uma atividade” Os principais passos para se elaborar um POP, são: 1. Escolha um nome para o POP (nome da atividade/ processo a ser trabalhado, lembre-se que precisa ser fácil para que todos os colaboradores possam encontrá-lo) 2. Descrição das etapas da tarefa. (Escreva de forma clara e objetiva passo a passo de como realizar a tarefa) 3. Local de aplicação ou categoria (Onde se aplica aquele POP? Ambiente ou Setor ao qual o POP é destinado) 4. Documentos de referência (Quais documentos poderão ser usados ou consultados quando alguém for usar ou seguir o POP? Podem ser Manuais, outros POPs, Códigos, etc). Quais são as vantagens de usar ferramenta? O POP apresenta-se como base para garantir a padronização de tarefas e assegurar aos seus clientes um serviço ou produto livre de variações indesejáveis na sua qualidade final. Facilita o trabalho de todos que utilizarão esse procedimento no dia a dia, onde proporcionará mais segurança aos funcionários e aos que utilizaram esse serviço prestado, sendo que todos ganharão com mais qualidade e economia. O POP deve ser de fácil entendimento para que todos possam saber o que, como e quando fazer. Exemplo de POP: https://docplayer.com.br/16964267-Procedi mento-operacional-padrao-pop-situacoes-d e-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html COMUNICAÇÃO ENTRE COLEGAS A maioria dos erros cometidos são por falta de comunicação. Metas de Segurança do Paciente (Joint Commission International, 2005): 1. Identificar os pacientes corretamente 2. Melhorar a efetividade da comunicação entre profissionais da assistência. 3. Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância 4. Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto. 5. Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde 6. Reduzir o risco de lesões ao pacientes, decorrentes de quedas. “The Action on Patient Safety: High 5s initiative” (A ação sobre segurança do paciente: Iniciativa Alta 5s) Organização Mundial da Saúde: •Comunicação segura: Prevenção de erros relacionados a passagem de plantão; •Prevenção de erros relacionados a procedimentos cirúrgicos (lado errado/procede errado/paciente errado) •Assegurar a continuidade do uso das medicações necessárias durante a transição dos cuidados (reconciliação); •Manejo de Medicamentos injetáveis de alta concentração; •Aumentar a adesão àhigiene das mãos para prevenir infecções associadas ao cuidado da saúde; Processo de comunicação e a segurança do paciente: Comunicação e Continuidade do Tratamento :“Passagem de Plantão”, Comunicação em Equipe e Comunicação com a Família. Capacitar todos os colaboradores do estabelecimento, saber trabalhar de forma cultural a questão das propagandas (ex. uso de focinheira), promoção eficaz do treinamento de todos os colaboradores, implementar questões de acessibilidade, etc. Art.5º Constituem-se estratégias de implementação do PNSP: I-elaboração e apoio à implementação de protocolos, guias e manuais de segurança do paciente; II-promoção de processos de capacitação de gerentes, profissionais e equipes de saúde em segurança do paciente; III-inclusão, nos processos de contratualização e avaliação de serviços, de metas, indicadores e padrões de conformidade relativos à segurança do paciente; https://docplayer.com.br/16964267-Procedimento-operacional-padrao-pop-situacoes-de-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html https://docplayer.com.br/16964267-Procedimento-operacional-padrao-pop-situacoes-de-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html https://docplayer.com.br/16964267-Procedimento-operacional-padrao-pop-situacoes-de-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html IV-implementação de campanha de comunicação social sobre segurança do paciente, voltada aos profissionais, gestores e usuários de saúde e sociedade; V-implementação de sistemática de vigilância e monitoramento de incidentes na assistência à saúde, com garantia de retorno às unidades notificantes; VI-promoção da cultura de segurança com ênfase no aprendizado e aprimoramento organizacional, engajamento dos profissionais e dos pacientes na prevenção de incidentes, com ênfase em sistemas seguros, evitando-se os processos de responsabilização individual;e VII-articulação, com o Ministério da Educação como Conselho Nacional de Educação, para inclusão do tema segurança do paciente nos currículos dos cursos de formação em saúde de nível técnico, superior e pós-graduação. Capítulo VI- Da Relação com os Colegas Art.10. É vedado ao médico veterinário: I-a conivência com o erro ou qualquer conduta antiética em razão da consideração, solidariedade, apreço, parentesco, amizade, inimizade ou ainda com finalidade de manutenção de vínculo empregatício; II–utilizar de posição hierárquica para impedir que seus subordinados atuem dentro dos princípios éticos; III-participar de banca examinadora estando impedido de fazê-lo; IV-negar sem justificativa sua colaboração profissional a colega que dela necessite; V-atrair para si, por qualquer modo, cliente de outro colega, ou praticar quaisquer atos de concorrência desleal; VI-fazer comentários desabonadores sobre a conduta profissional ou pessoal de colega; VII-desrespeitar as cláusulas dos contratos de sociedade ou as regras de contratos trabalhistas quando entre colegas; VIII-deixar de atender com cortesia colegas que necessitem de orientação na sua área de competência. Capítulo VII-Do Sigilo Profissional Art.11.Tomando por objetivo a preservação do sigilo profissional, o médico veterinário não poderá: I-fazer referências a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou suas fotografias em anúncios profissionais ou na divulgação, de assuntos profissionais em programas de rádio, televisão, cinema, na Internet, em artigos, entrevistas, ou reportagens em jornais revistas e outras publicações leigas, ou em quaisquer outros meios de comunicação existentes e que venham a existir, sem autorização expressa do cliente; II-prestar a empresas ou seguradoras, qualquer informação técnica sobre paciente ou clientes sem expressa autorização do responsável legal, exceto nos casos de ato praticado com dolo ou má fé por uma das partes ou quando houver risco à saúde pública, ao meio ambiente ou por força judicial. III-permitir o uso do cadastro de seus clientes sem a respectiva autorização; IV-facilitar o acesso e conhecimento dos prontuários, relatórios e demais documentos sujeitos ao sigilo profissional; V-revelar fatos que prejudiquem pessoas ou entidades sempre que o conhecimento advenha do exercício de sua profissão, ressalvados os atos de crueldade e os interessam ao bem comum, à saúde pública, ao meio ambiente ou que decorram de determinação judicial. PASSAGEM DE PLANTÃO Processo de passagem: cara a cara (“face to face”) ou por prontuário. A função primária da passagem de plantão é transferir informações sobre o caso, transferir a responsabilidade sobre os animais e dividir as decisões que planeja tomar. Relação modelo mental e Passagem de plantão: antes de passar, o médico deve pensar no que será passado para o próximo, fazendo um modelo mental. Uma dica é colocar perguntas: quem é o paciente, o que foi feito, o que foi aplicado. Atividades/tarefas pendentes: o fundamental não é realizado •Omissões: diferentes tipos de informação não passados; •Erros: Informação incorreta efetivamente transferida; •Ocorrendo na alta ou transferência, acarreta quebra na continuidade do tratamento; Falhas de Comunicação em até 70% dos casos •Informação nunca foi transmitida; •Informação foi dada, mas recebida de modo impreciso; •Informação transmitida, mas nunca recebida. Conhecimento tácito é pessoal/interno e difícil de mensurar. É importante conseguir passar ele de forma correta. Conhecimento explícito: livro, artigo, prontuário. A informação deve ser precisa e escrita da mesma forma. 1.Pense na perspectiva de quem está recebendo a informação 2.Understand the function of questions- Entenda a função das perguntas 3.Prepare a passagem de plantão. Impacto da Passagem de Plantão Inadequada na Continuidade do Tratamento: •Atrasos diagnósticos •Atividades desnecessárias (testes e procedimentos adicionais) •Comunicação redundante •Elevação de custos e do tempo de internação •Insatisfação do paciente e da família •A maior parte das informações passadas não estão registradas no prontuário. Usar checklist objetivando cada internação e qual foi a resolução de cada caso. Registrar no prontuário qual o problema, o seu relato e as pendências deixadas. Só depois passar o plantão. Interferências e ruídos favorecem distrações. A ferramenta SBAR estrutura a comunicação para reduzir chances de erros e omissões durante a passagem de plantão. S-situação (como ele está) B-background histórico (quais situações levaram a aquele momento + breve histórico) A-avaliação por profissional (opinião sobre o problema, o que fez, quais exames solicitou) R-recomendação (o que poderia ser feito e as pendências deixadas) Exemplo para chamar um cardiologista para o plantão. Impacto da Passagem de Plantão Inadequada na Continuidade do Tratamento: atrasos diagnósticos, atividades desnecessárias (testes e procedimentos adicionais), comunicação redundante, elevação de custos e do tempo de internação, insatisfação do paciente e da família e a maior parte das informações passadas não estão registradas no prontuário. 14/05 TOMADA DE DECISÃO Humanidade em cada detalhe, escolher a melhor opção entre as várias alternativas (pensar na probabilidade), analisar ameaças e oportunidades, correr riscos, ser responsável, elaborar estratégias e planejar ações, decidir e persistir. Medicina baseada em evidências (“Evidence-Based Medicine”): Se apoiar em ferramentas do cotidiano para levantar hipóteses. Usada no momento do diagnóstico. É o raciocínio informal. A busca por evidências científicas robustas que embasam decisões clínicas confiáveis pelos clínicos em seu cotidiano não é tarefa fácil. Ainda que o ideal seja todos os médicos possuírem conhecimentos e habilidades suficientes para buscas próprias das melhores evidências em fontes primárias de informação (artigos originais), bem como saibam analisá-las com visão crítica, tais processos frequentemente pedem pela participação de mais de um especialista e, bem mais precioso dos dias atuais. Aplicar os princípios da MBE tipicamente envolve as seguintes etapas: formulação de uma questão clínica (levantarquestões), reunir evidências para responder a questão, avaliar a qualidade e validade das evidências e decidir como aplicar a evidência ao tratamento de um determinado paciente. Tomada de Decisão Clínica: é decidir qual informação deve obter, quais exames solicitar, como interpretar e integrar essas informações em hipóteses diagnósticas e depois quais tratamentos administrar, e qual tomada de decisão clínica chegar. À apresentação de um paciente, os médicos geralmente devem responder as seguintes questões: •Que doença o paciente apresenta? •Este paciente deve ser tratado? •Devem ser realizados exames? Em situações objetivas ou comuns, os médicos, em geral, tomam essas decisões de forma informal; os diagnósticos são realizados reconhecendo os padrões de doenças, e exames e tratamento são iniciados com base na prática habitual. ESTRATÉGIAS DE TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA Geração de hipótese: A geração de hipótese envolve a identificação das principais possibilidades diagnósticas (diagnóstico diferencial) que podem explicar o problema do paciente. Probabilidade e chances: A probabilidade de uma doença ocorrer em um paciente cujas informações clínicas são desconhecidas e a frequência em que a doença ocorre na população. Teste de hipótese: Os médicos testam primeiro as possibilidades hipotéticas durante a história e o exame físico, formulando questões e realizando exames específicos, que apoiam ou afastam o diagnóstico suspeito. Gera hipoteses, ve as probabilidades e as testa. Cognitivo: Refere-se à capacidade de adquirir ou de absorver conhecimentos. Diz respeito ao conhecimento, à cognição. [Linguística] Que se refere aos mecanismos mentais pelos quais um indivíduo se vale ao utilizar sua percepção, memória, razão. [Psicologia] Que faz referência aos mecanismos mentais presentes na percepção, no pensamento, na memória e na resolução de problemas. Os erros cognitivos podem ser grosseiramente classificados como os que envolvem: Avaliação incorreta da probabilidade (subestimar a probabilidade da doença); Falha em considerar com seriedade todas as possibilidades relevantes. Ambos os tipos de erros podem levar facilmente a erros diagnósticos Erro de disponibilidade: ocorre quando o médico estima erroneamente uma probabilidade prévia de doença devido a uma experiência recente. Erro de representação: ocorre quando o médico julga a probabilidade de uma doença com base no quanto os achados do paciente preenchem as manifestações clássicas da doença, sem levar em conta a prevalência, proporção desta doença. É o famoso falso positivo. Ocorre quando os médicos deixam de reconhecer que o resultado positivo de um exame, em uma população na qual a doença testada é rara, tem mais possibilidade de ser um resultado falso-positivo do que um resultado positivo verdadeiro. Conclusão prematura: é um dos erros mais comuns. Os médicos fazem um diagnóstico rápido (em geral com base em um padrão de reconhecimento), deixam de considerar outros diagnósticos possíveis e interrompem a coleta de dados (saltam para conclusões). Erros de ancoragem: ocorrem quando os médicos agarram firmemente uma impressão inicial, mesmo quando se acumulam dados conflitantes e contraditórios. Predisposição (bias) para confirmação: ocorre quando os médicos aceitam seletivamente dados médicos que sustentam uma hipótese desejada e ignoram dados que não o fazem. Quando um exame está normal e os sintomas não condizem. Erros de atribuição: envolvem estereótipos negativos que levam o médico a ignorar ou minimizar a possibilidade de uma doença grave. Erros afetivos: envolvem evitar exames ou testes desagradáveis, porém necessários, em razão de simpatia ou pena do paciente. Algumas estratégias específicas podem ajudar a minimizar erros cognitivos: Tipicamente, após terem sido realizados levantamento histórico e exame físico, os médicos, em geral, formam uma avaliação diagnóstica com base heurística (descoberta). Neste ponto, é relativamente fácil inserir uma pausa formal para reflexão, levantando diversas questões sobre os tratamentos, que podem ajudar a expandir o diagnóstico: 1.Se não for o diagnóstico que está sendo avaliado, o que mais poderia ser? 2.Qual é o diagnóstico mais grave possível? 3.Há evidências que estão em desacordo com o diagnóstico que está sendo avaliado? Oito fatores importantes no processo de tomada de decisão: 1.Percepção do problema (descrever objetivamente a situação); 2.Definição do problema (diferenciar causa de sintoma); 3.Coleta de dados (ouvir todos os envolvidos); 4.Análise dos dados (causas e fatores); 5.Procura de soluções alternativas (alternativas e consequências); 6.Escolha ou decisão; 7.Implementação (diagnóstico); 8.Avaliação (tratamento). As 3 principais razões para a tomada de decisão: 1.A necessidade do médico veterinário utilizar julgamento independente, ou seja, de atuar com base numa avaliação racional da situação e não de forma preconceituosa e/ou de submissão sem questionamento, às imposições de outros profissionais e das instituições; 2.Os ideais de libertação do indivíduo, em que o profissional pode livrar-se do controle de crenças e atitudes injustificadas; 3.A terceira trata da necessidade de desenvolver, em benefício do receptor de cuidados, a racionalidade no julgamento clínico e científico inerente ao processo médico. Encontro com o paciente → Delineamento dos problemas clínicos (diagnóstico, prognóstico, terapia e dano) → Formulação das perguntas clínicas estruturadas Paciente Intervenção Comparação O desfecho → Busca e aquisição da evidência (fontes primárias e secundárias. Hierarquia das evidências) → Análise crítica da evidência (validade metodológica. resultados , magnitude e precisão) → avaliação da aplicabilidade da evidência (comparação entre PICOs, evidência vs pergunta clínica estruturada) → Tomada de decisão (Melhor evidência científica disponível, Valores e preferências do paciente, Contexto). A definição mais utilizada e citada em inúmeros artigos científicos é que a MBE é “o uso consciente, explícito e judicioso da melhor evidência clínica disponível ao tomar decisões sobre o tratamento de um paciente”. Por definição, é a integração da melhor evidência científica com a experiência clínica e os desejos individuais do paciente. Vamos dissecar cada parte da tríade: Evidências: são as pesquisas clinicamente relevantes, especialmente aquelas centradas em pacientes e que prezam pela acurácia de testes diagnósticos, pelo poder de marcadores prognósticos e pela eficácia e segurança de procedimentos terapêuticos e preventivos. Experiência clínica: é a capacidade de colocar em prática habilidades clínica e experiências anteriores para identificar rapidamente o estado de saúde de cada paciente, seu diagnóstico, seus riscos individuais e os benefícios de intervenções potenciais. Desejos do paciente: incluem nosso entendimento e nosso reconhecimento da individualidade de cada ser humano, com preferências e expectativas únicas que ele traz à consulta médica e que devem ser integradas e respeitadas numa decisão clínica. Ser bom profissional implica utilizar tanto a experiência pessoal quanto a melhor evidências científica disponível. Lembre-se: nenhuma delas sozinha é suficiente. No entanto, MBE não é uma maneira simples de cortar custos, inventada por planos de saúde, não é a tiranização de estudos randomizados e de metanálises nem é uma prática impossível de se aplicar. Quando se fala em MBE, o objetivo é resolver problemas clínicos. No formato tradicional, a decisão clínica é feita com base em intuição, experiência clínica e em fisiopatologia. A MBE prega que esses elementos são insuficientes e que é necessário incluir informações extraídas de pesquisas clínicas – evidências – durante a tomada de decisão. Ela também valoriza menos o poder das autoridades no processo habitual de tomada de decisão em medicina, mas não desvaloriza a expertise clínica do médico, pois ela é parte fundamental na decisão sobre a aplicabilidade da evidência encontrada. POR QUE MBE É NECESSÁRIA?A sensaçãode frustração durante a busca por informações científicas é cada vez mais comum no meio médico. Excesso de estudos publicados a cada dia nos deixa com a impressão que buscamos o inalcançável. 21/05 Emergência ou Urgência Emergência: Todo caso de emergência vai requerer uma medida imediata, da qual a vida do animal irá depender. As verdadeiras emergências são de ordem vascular (hemorragias), cardiorrespiratórias (edema pulmonar agudo, síncope cardíaca), gástricas (torção do estômago, obstrução esofágica) ou neurológicas (comoção cerebral, coma, convulsões), situações que podem, todas elas, levar a um estado de choque, o qual também se verifica nas insolações, internações, nas alergias e nos politraumatismos. Urgência: São casos de menor gravidade, mas que devem ser socorridos a tempo para que o animal não tenha complicações mais graves. Exemplo: vômito ou diarréia intensos, piometra (infecção uterina nas cadelas), ausência de urina por mais de 24hs, convulsão e outros. •Pelo menos, um veterinário e um profissional bem preparados para o atendimento •Salas de cirurgia e de atendimento devem estar sempre prontas para o uso •Equipamentos, maquinários e ferramentas também devem estar sempre à mão •Drogas muito usadas nesse tipo de emergência (como adrenalina e anestésicos) devem estar devidamente preparadas •Contar com oxigênio pronto para uso também é fundamental •Também deve haver profissionais que verifiquem a disponibilidade de todos os materiais importantes para o atendimento emergencial, sendo indicado que se faça um check-up diário destes itens. Mas existem outras patologias que também requerem tratamento urgente: picadas de insetos que provocam reações urticariformes, mordidas de animais venenosos, ruptura do canal auditivo, intoxicações. Nas fraturas, embora seja necessária uma rápida imobilização, não constitui realmente uma emergência (exceto as expostas e as da coluna). Caso contrário é melhor esperar vinte e quatro ou quarenta e oito horas antes de intervir; assim, o hematoma terá tempo de ser reabsorvido e a redução fica melhor. Principais emergências veterinárias em cães e gatos: Parada cardiorrespiratória: A parada cardiorrespiratória é uma das mais graves, e pode levar o animal a morte no mesmo instante ou pouco depois do acontecimento. O atendimento deve ser imediato para que o animal consiga se recuperar. Falta de ar: A falta de ar pode ser causada pelo calor e estresse, ou algum outro processo que aumente a necessidade de oxigênio do animal. Nesta situação é preciso orientar o tutor quanto à necessidade de suprir a falta de ar e tentar acalmá-lo enquanto chega ao atendimento. Intoxicação por envenenamento: O resultado da intoxicação pode variar em cerca de 5 a 10 minutos após a ingestão. Quando chega ao organismo, a substância pode provocar vômitos, diarréias e tremores. Conforme a quantidade ingerida pelo animal, pode levá-lo à morte em pouco tempo. Diante desses sinais não é aconselhável fornecer leite, água ou qualquer medicamento a fim de conter os sintomas. Portanto, o ideal é levá-lo rapidamente ao médico veterinário. Convulsões: É importante o uso de cobertas grossas para que o animal não se machuque. Sendo essencial que você o leve imediatamente à uma clínica veterinária. Diarréias e vômitos: São sinais indeterminados, já que diversas doenças possuem estes sinais, principalmente doenças graves. Eles podem fazer com que o animal fique desidratado. Por isso, devem ser observados e avaliados com muito cuidado para que não passe nada despercebido. Assim, o veterinário será capaz de realizar o diagnóstico, para iniciar o tratamento do animal. Picadas por animais peçonhentos: Os principais efeitos e respostas do animal quanto a picada de animais peçonhentos são ligadas ao tamanho do animal picado e ao seu sistema imune. As picadas geram alergias de baixo grau ou elevado grau. Os sinais se modificam, como por exemplo, o animal pode ter tremores, inchaço no local, vômito e dificuldade para respirar Quedas: As quedas, independente da altura, provocam lesões e até fraturas. Esse tipo de ocorrência é uma situação de emergência bem comum na qual o onde o animal poderá desenvolver alguns problemas mais sérios. Fazer caminhadas ou exercícios no dia a dia, e uma boa alimentação auxiliam na diminuição do risco e na seriedade da lesão. Nos casos de atropelamentos, quedas ou brigas, o animal deve ser mantido deitado em uma manta ou cobertor. Para que as possíveis fraturas ou hemorragias não se agrave. Torção gástrica: Na torção gástrica a única coisa a se fazer é levar o animal a uma clínica veterinária o quanto antes. O animal pode entrar em choque, por causa de tanta dor no abdome. Ele deverá ser transportado com cuidado, evitando o contato com a barriga dele.Estes são apenas alguns exemplos de atitudes que devem ser tomadas em situações emergenciais. Sendo que o tema é bastante amplo e deve ser conhecido por todos os tutores de animais. O que fazer e o que não fazer em situações de emergência: 1.Os riscos que podem ser perigosos para você, para o animal e os envolvidos. 2.Precaução com doenças transmissíveis. 3. Avalie bem o que aconteceu, se o animal está acometido de um ferimento ou uma doença, se é grave ou não. 4 .Lembre-se de que a prevenção é o melhor tratamento. É imprescindível pensar no planejamento do atendimento inicial à vítima na cena do acidente. 5.Nas situações de emergência, procure sempre manter a calma e agir imediatamente. 6.Esclareça para si a situação. →Como aconteceu? →Quem está envolvido? →Há perigo na situação? Qual? →Há mais alguém que possa ajudar? →O que aconteceu? →Como chamar o atendimento especializado? 7 .Pense na segurança. 8.Procure acalmar os tutores. Você precisará passar confiança e tranquilidade. O importante é manter a calma, tanto sua como a dos tutores, para que esta permita que você possa realizar o atendimento pertinente. 9.Cuide primeiro dos problemas mais sérios. Avalie a presença de condições críticas que ameacem a vida do animal por meio de uma avaliação inicial rápida; 10. Mantenha o animal monitorado. Os serviços de emergência e cuidados intensivos devem ser divididos da seguinte forma: Nível 1-Hospitais: Serviço 24 horas com UTI completa (VM, imagem, laboratório, diálise e cirurgia). Emergencia e Urgencia Nível 2–Hospitais ou Clínicas:Serviço 24 horas com unidade semi-intensiva (monitorização completa, laboratório, imagem e cirurgia) sem UTI completa. Emergencia e Urgencia Nível 3–Clínicas: Serviço não 24 horas, capaz de atender urgências complexas até a abordagem secundária (monitorização, laboratório, básico de imagem e cirurgia). Urgencia Nível 4-Consultórios e Ambulatórios: Serviço não 24 horas, urgência básica, capaz de atender somente as urgências menos complexas até a abordagem primária. Funciona como entreposto, similar a um atendimento pré-hospitalar (comparado às funções de um SAMU). Deve realizar a estabilização primária e solicitar remoção especializada para um centro de nível 1 ou 2. Algumas urgências, apenas em nível ambulatorial. Suporte básico de vida: •Avaliação primária do paciente (agravo clínico): Práticas (8º Semestre) •Avaliação secundária do paciente (agravo clínico) Em toda abordagem de pacientes com agravo clínico, após a realização da Avaliação Primária e das intervenções específicas dessa fase do atendimento. Conduta: 1. Realizar a entrevista SAMPLA (com o paciente, familiares ou terceiros) :• Nome e idade; • Queixa principal; • S: verificação dos sinais vitais: • respiração (frequência, ritmo e amplitude); • pulso (frequência, ritmo e amplitude); • pressão arterial; e • pele (temperatura, cor, turgor e umidade). • A: história de alergias; • M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso; • P: passado médico –problemas de saúde ou doença prévia; • L: horário da última ingestão de líquidos ou alimentos; e • A: ambiente do evento, onde estava o animal quando ocorreu. 2. Realizar a avaliação complementar: • instalar oximetria de pulso, se disponível; e • mensurar a glicemia capilar,se disponível. 3. Realizar o exame da cabeça às patas. 29/05 APS 1) São exemplos de técnicas de comunicação na área médica vistas em aula: Comunicação Centrada na Pessoa, Comunicação Centrada na Doença, modelo Calgary-Cambridge e técnica de Rapport. Assim como no Brasil, em Portugal também existem técnicas de comunicação. Uma delas descreve três métodos de comunicação entre médico veterinário e tutor, são elas: Paternalista (precária em diálogo e em discussão sobre o caso, o veterinário impõem o tratamento sem considerar a realidade do tutor), Consumista (o tutor toma as rédeas da consulta, ele dita o tratamento e o veterinário acata completamente mesmo sabendo que esse pode não ser o mais adequado) e Cooperativo (trata-se de uma discussão em que ambas as partes são ouvidas e chegam a uma conclusão juntas). Por mais que pareça que o método Cooperativo seja o mais adequado, existem ocasiões em que o veterinário deverá usar o Paternalista (como em situações emergenciais). 2) Uma situação bem explorada em aula e presenciada por mim em estágios é a comunicação entre médicos veterinários e tutores idosos. O preconceito com eles é comum entre os mais jovens, muitas vezes eles desconsideram suas peculiaridades e, por conta disso, não conseguem realizar uma consulta que predomine a comunicação efetiva. 04/06 Comportamento e comunicação em emergencia e urgencia
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