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Resumo de Comunicação Clínica com foco na N2 + dicas da APS

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26/02
05/03
A comunicação pode ser descendente: se
dirige aos subordinados, ascendente: se
dirige aos escalões mais altos da
organização e mantém os dirigentes
informados sobre como os funcionários se
sentem em relação ao seu trabalho, seus
colegas e a organização geral. Ex:
relatórios de desempenho e caixas de
sugestões e lateral: entre os membros de
um mesmo grupo, grupos do mesmo nível,
administradores do mesmo nível ou entre
quaisquer pessoas de horizontalidade
equivalente (geralmente necessária para
economizar tempo e facilitar a
coordenação. em alguns casos, estas
relações são estabelecidas formalmente,
mas com freqüência são criadas
informalmente, para diminuir o circuito na
hierarquia vertical e agilizar ação).
As redes formais são tipicamente verticais,
seguem a cadeia de autoridade e são
limitadas à comunicação relacionada ao
trabalho.
As redes informais geralmente conhecidas
como redes de rumores, é livre para fluir em
qualquer direção, passar por cima dos
níveis de autoridade e pode satisfazer as
necessidades sociais dos membros dos
grupos, bem como facilitar a execução de
tarefas.
Comunicação não verbal: são as
mensagens enviadas através dos
movimentos do corpo, das entonações ou
ênfases que colocamos nas palavras, das
expressões faciais e da distância física
entre o emissor e o receptor.
↳Paralinguagem: são os sons que não
integram o vocabulário da língua utilizada.
A maneira de falar, a entonação de voz
utilizada durante a comunicação e
eventuais pausas nas falas são as formas
mais comuns para linguagem (som que
complementa a fala, não esta ligado a ela).
↳Proxêmica: está ligada ao uso que o
homem faz do espaço ao seu redor para se
comunicar. Trata de aspectos como a
proximidade relativa aos interlocutores e
suas implicações, da influência
ambientalmente em que ocorre
comunicação e de outros aspectos ligados
ao espaço físico. Importante dizer que para
cada grupo cultural, existe um padrão de
espaço diferente (utiliza o espaço para se
comunicar, ex: se aproximar, mover o corpo
para frente).
↳Cinésica: trata-se dos movimentos que
realizamos com todas as partes de nosso
corpo, também chamada de linguagem
corporal. Expressões faciais, postura
corporal e gestos fazem parte da
comunicação cinésica. Quaisquer outros
gestos que acompanhem os atos
linguísticos se enquadram nesta categoria.
(toda ação que o corpo faz para se
comunicar, gesticular, etc, sem ruído).
Ruídos: elementos físicos externos aos
participantes. Interferencias: internas aos
comunicadores, cognitivas, emocionais e
socioculturais.
12/03
-. A entrevista clínica centrada na pessoa:
1)Explorando a enfermidade e a
experiência
em estar doente – dicas e movimentos =
história, exame clínico, exames
complementares + sentimentos, ideias,
funções, expectativas (acolher a pessoa e
criar vínculo)
2)Entendendo a pessoa como um todo –
enfermidade + doença + pessoa
3)Elaborando projeto terapêutico comum e
manejo dos problemas – problemas,
objetivos, papéis -> decisões conjuntas
4)Incorporando promoção e prevenção à
saúde
5)Intensificando relação profissional de
saúde
usuário
6)Sendo realista
->A entrevista centrada na doença:
1)Paciente vem a consulta
2)Queixas e sintomas
3)Anamnese, exame clínico e exames
complementares
4)Diagnóstico = síndrome ou enfermidade
5) Tratamento
->Comunicação efetiva = o quanto o que os
interlocutores compreendem do diálogo que
está acontecendo (um e-mail, texto, reunião
ou até conversa informal durante o café).
- A comunicação eficaz compreende sete
dimensões: intrapessoal, interpessoal,
vocal,
corporal, técnica (dos recursos que vão ser
utilizados: visual – RX), intelectual
(pensamento, raciocínio), espiritual
(valores)
->Eficiência e Eficácia = para fins de
analogia
e exemplificação, podemos dizer que a
eficiência é cavar, com perfeição técnica,
um poço artesiano; eficácia é encontrar a
água.
- Eficiência: meios
-Eficácia: resultados
->COMPETÊNCIAS = conhecimentos
(saber) +
habilidades (saber fazer) + atitudes (querer
fazer)
-> CINCO ESTÁGIOS DA COMUNICAÇÃO:
1) Comunicação básica = é o início, o
comprimento, ser cordial, ser simpático
2) Comunicação de rotina = quando as
informações começam a ser trocadas
3) Comunicação das ideias = compartilhar
opiniões
4) Comunicação efetiva = início das
decisões
5) Comunicação por resultados =
fechamentos
+ Para trabalhar habilidades, duas
específicas: passagem de plantão (oral) e
registro de prontuário (escrita)
19/03
Rapport
09/04
Basico- abertura
Rotina- exploração
Ideias- explicação
Efetiva- planejamento
Resultado- fechamento
0
Então basicamente na rotina:
- Abertura: Apresentação e saber qual a
queixa principal
- Exploração dos problemas: Histórico e
anamnese e exame físico completo
- Explicação e planejamento: Falar sobre as
possíveis doenças que o animal pode ter e
planejar o que vai ocorrer dali em diante.
- Fechamento: Ver se tutor entendeu e
marcar retorno
Tutor idoso, diabético. 5 etapas mais caso
clínico.
07/05
PROCESSOS OPERACIONAIS PADRÃO
(POP) ou NORMA OPERACIONAL
PADRÃO (NOP)
Documento, roteiro para realizar uma
determinada faculdade, ou seja, dá as
instruções do trabalho que deverá ser
realizado para garantir a padronização dos
resultados.
“Processo Operacional Padrão, É uma
ferramenta muito simples que compõe a
área da qualidade, as Instruções de
Trabalho– IT, também, conhecidas como
NOP (Norma Operacional Padrão) ou POP
(Procedimento Operacional Padrão), têm
uma grande importância dentro de uma
empresa, o objetivo básico é o de garantir,
mediante uma padronização, os resultados
esperados por cada tarefa executada, ou
seja, é um roteiro padronizado para realizar
uma atividade”
Os principais passos para se elaborar um
POP, são:
1. Escolha um nome para o POP
(nome da atividade/ processo a ser
trabalhado, lembre-se que precisa
ser fácil para que todos os
colaboradores possam encontrá-lo)
2. Descrição das etapas da tarefa.
(Escreva de forma clara e objetiva
passo a passo de como realizar a
tarefa)
3. Local de aplicação ou categoria
(Onde se aplica aquele POP?
Ambiente ou Setor ao qual o POP é
destinado)
4. Documentos de referência (Quais
documentos poderão ser usados ou
consultados quando alguém for usar
ou seguir o POP? Podem ser
Manuais, outros POPs, Códigos,
etc).
Quais são as vantagens de usar
ferramenta?
O POP apresenta-se como base para
garantir a padronização de tarefas e
assegurar aos seus clientes um serviço ou
produto livre de variações indesejáveis na
sua qualidade final. Facilita o trabalho de
todos que utilizarão esse procedimento no
dia a dia, onde proporcionará mais
segurança aos funcionários e aos que
utilizaram esse serviço prestado, sendo que
todos ganharão com mais qualidade e
economia. O POP deve ser de fácil
entendimento para que todos possam saber
o que, como e quando fazer.
Exemplo de POP:
https://docplayer.com.br/16964267-Procedi
mento-operacional-padrao-pop-situacoes-d
e-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html
COMUNICAÇÃO ENTRE COLEGAS
A maioria dos erros cometidos são por falta
de comunicação.
Metas de Segurança do Paciente (Joint
Commission International, 2005):
1. Identificar os pacientes
corretamente
2. Melhorar a efetividade da
comunicação entre profissionais
da assistência.
3. Melhorar a segurança de
medicações de alta vigilância
4. Assegurar cirurgias com local de
intervenção correto, procedimento
correto e paciente correto.
5. Reduzir o risco de infecções
associadas aos cuidados de saúde
6. Reduzir o risco de lesões ao
pacientes, decorrentes de quedas.
“The Action on Patient Safety: High 5s
initiative” (A ação sobre segurança do
paciente: Iniciativa Alta 5s) Organização
Mundial da Saúde:
•Comunicação segura: Prevenção de
erros relacionados a passagem de
plantão;
•Prevenção de erros relacionados a
procedimentos cirúrgicos (lado
errado/procede errado/paciente errado)
•Assegurar a continuidade do uso das
medicações necessárias durante a
transição dos cuidados (reconciliação);
•Manejo de Medicamentos injetáveis de alta
concentração;
•Aumentar a adesão àhigiene das mãos
para prevenir infecções associadas ao
cuidado da saúde;
Processo de comunicação e a segurança
do paciente:
Comunicação e Continuidade do
Tratamento :“Passagem de Plantão”,
Comunicação em Equipe e Comunicação
com a Família.
Capacitar todos os colaboradores do
estabelecimento, saber trabalhar de forma
cultural a questão das propagandas (ex.
uso de focinheira), promoção eficaz do
treinamento de todos os colaboradores,
implementar questões de acessibilidade,
etc.
Art.5º Constituem-se estratégias de
implementação do PNSP:
I-elaboração e apoio à implementação de
protocolos, guias e manuais de segurança
do paciente;
II-promoção de processos de capacitação
de gerentes, profissionais e equipes de
saúde em segurança do paciente;
III-inclusão, nos processos de
contratualização e avaliação de serviços, de
metas, indicadores e padrões de
conformidade relativos à segurança do
paciente;
https://docplayer.com.br/16964267-Procedimento-operacional-padrao-pop-situacoes-de-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html
https://docplayer.com.br/16964267-Procedimento-operacional-padrao-pop-situacoes-de-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html
https://docplayer.com.br/16964267-Procedimento-operacional-padrao-pop-situacoes-de-emergencia-na-sala-de-vacinacao.html
IV-implementação de campanha de
comunicação social sobre segurança do
paciente, voltada aos profissionais,
gestores e usuários de saúde e sociedade;
V-implementação de sistemática de
vigilância e monitoramento de incidentes na
assistência à saúde, com garantia de
retorno às unidades notificantes;
VI-promoção da cultura de segurança com
ênfase no aprendizado e aprimoramento
organizacional, engajamento dos
profissionais e dos pacientes na prevenção
de incidentes, com ênfase em sistemas
seguros, evitando-se os processos de
responsabilização individual;e
VII-articulação, com o Ministério da
Educação como Conselho Nacional de
Educação, para inclusão do tema
segurança do paciente nos currículos dos
cursos de formação em saúde de nível
técnico, superior e pós-graduação.
Capítulo VI- Da Relação com os Colegas
Art.10. É vedado ao médico veterinário:
I-a conivência com o erro ou qualquer
conduta antiética em razão da
consideração, solidariedade, apreço,
parentesco, amizade, inimizade ou ainda
com finalidade de manutenção de vínculo
empregatício;
II–utilizar de posição hierárquica para
impedir que seus subordinados atuem
dentro dos princípios éticos;
III-participar de banca examinadora estando
impedido de fazê-lo;
IV-negar sem justificativa sua colaboração
profissional a colega que dela necessite;
V-atrair para si, por qualquer modo, cliente
de outro colega, ou praticar quaisquer atos
de concorrência desleal;
VI-fazer comentários desabonadores sobre
a conduta profissional ou pessoal de
colega;
VII-desrespeitar as cláusulas dos contratos
de sociedade ou as regras de contratos
trabalhistas quando entre colegas;
VIII-deixar de atender com cortesia colegas
que necessitem de orientação na sua área
de competência.
Capítulo VII-Do Sigilo Profissional
Art.11.Tomando por objetivo a preservação
do sigilo profissional, o médico veterinário
não poderá:
I-fazer referências a casos clínicos
identificáveis, exibir pacientes ou suas
fotografias em anúncios profissionais ou na
divulgação, de assuntos profissionais em
programas de rádio, televisão, cinema, na
Internet, em artigos, entrevistas, ou
reportagens em jornais revistas e outras
publicações leigas, ou em quaisquer outros
meios de comunicação existentes e que
venham a existir, sem autorização expressa
do cliente;
II-prestar a empresas ou seguradoras,
qualquer informação técnica sobre paciente
ou clientes sem expressa autorização do
responsável legal, exceto nos casos de ato
praticado com dolo ou má fé por uma das
partes ou quando houver risco à saúde
pública, ao meio ambiente ou por força
judicial.
III-permitir o uso do cadastro de seus
clientes sem a respectiva autorização;
IV-facilitar o acesso e conhecimento dos
prontuários, relatórios e demais
documentos sujeitos ao sigilo profissional;
V-revelar fatos que prejudiquem pessoas ou
entidades sempre que o conhecimento
advenha do exercício de sua profissão,
ressalvados os atos de crueldade e os
interessam ao bem comum, à saúde
pública, ao meio ambiente ou que decorram
de determinação judicial.
PASSAGEM DE PLANTÃO
Processo de passagem: cara a cara (“face
to face”) ou por prontuário. A função
primária da passagem de plantão é
transferir informações sobre o caso,
transferir a responsabilidade sobre os
animais e dividir as decisões que planeja
tomar.
Relação modelo mental e Passagem de
plantão: antes de passar, o médico deve
pensar no que será passado para o
próximo, fazendo um modelo mental. Uma
dica é colocar perguntas: quem é o
paciente, o que foi feito, o que foi aplicado.
Atividades/tarefas pendentes: o
fundamental não é realizado
•Omissões: diferentes tipos de informação
não passados;
•Erros: Informação incorreta efetivamente
transferida;
•Ocorrendo na alta ou transferência,
acarreta quebra na continuidade do
tratamento;
Falhas de Comunicação em até 70% dos
casos
•Informação nunca foi transmitida;
•Informação foi dada, mas recebida de
modo impreciso;
•Informação transmitida, mas nunca
recebida.
Conhecimento tácito é pessoal/interno e
difícil de mensurar. É importante conseguir
passar ele de forma correta.
Conhecimento explícito: livro, artigo,
prontuário.
A informação deve ser precisa e escrita da
mesma forma.
1.Pense na perspectiva de quem está
recebendo a informação
2.Understand the function of questions-
Entenda a função das perguntas
3.Prepare a passagem de plantão.
Impacto da Passagem de Plantão
Inadequada na Continuidade do
Tratamento:
•Atrasos diagnósticos
•Atividades desnecessárias (testes e
procedimentos adicionais)
•Comunicação redundante
•Elevação de custos e do tempo de
internação
•Insatisfação do paciente e da família
•A maior parte das informações passadas
não estão registradas no prontuário.
Usar checklist objetivando cada internação
e qual foi a resolução de cada caso.
Registrar no prontuário qual o problema, o
seu relato e as pendências deixadas. Só
depois passar o plantão.
Interferências e ruídos favorecem
distrações.
A ferramenta SBAR estrutura a
comunicação para reduzir chances de erros
e omissões durante a passagem de
plantão.
S-situação (como ele está)
B-background histórico (quais situações
levaram a aquele momento + breve
histórico)
A-avaliação por profissional (opinião sobre
o problema, o que fez, quais exames
solicitou)
R-recomendação (o que poderia ser feito e
as pendências deixadas)
Exemplo para chamar um cardiologista para
o plantão.
Impacto da Passagem de Plantão
Inadequada na Continuidade do
Tratamento:
atrasos diagnósticos, atividades
desnecessárias (testes e procedimentos
adicionais), comunicação redundante,
elevação de custos e do tempo de
internação, insatisfação do paciente e da
família e a maior parte das informações
passadas não estão registradas no
prontuário.
14/05
TOMADA DE DECISÃO
Humanidade em cada detalhe, escolher a
melhor opção entre as várias alternativas
(pensar na probabilidade), analisar
ameaças e oportunidades, correr riscos, ser
responsável, elaborar estratégias e planejar
ações, decidir e persistir.
Medicina baseada em evidências
(“Evidence-Based Medicine”): Se apoiar em
ferramentas do cotidiano para levantar
hipóteses. Usada no momento do
diagnóstico. É o raciocínio informal.
A busca por evidências científicas robustas
que embasam decisões clínicas confiáveis
pelos clínicos em seu cotidiano não é tarefa
fácil. Ainda que o ideal seja todos os
médicos possuírem conhecimentos e
habilidades suficientes para buscas
próprias das melhores evidências em fontes
primárias de informação (artigos originais),
bem como saibam analisá-las com visão
crítica, tais processos frequentemente
pedem pela participação de mais de um
especialista e, bem mais precioso dos dias
atuais.
Aplicar os princípios da MBE tipicamente
envolve as seguintes etapas: formulação de
uma questão clínica (levantarquestões),
reunir evidências para responder a questão,
avaliar a qualidade e validade das
evidências e decidir como aplicar a
evidência ao tratamento de um determinado
paciente.
Tomada de Decisão Clínica: é decidir qual
informação deve obter, quais exames
solicitar, como interpretar e integrar essas
informações em hipóteses diagnósticas e
depois quais tratamentos administrar, e qual
tomada de decisão clínica chegar.
À apresentação de um paciente, os
médicos geralmente devem responder as
seguintes questões:
•Que doença o paciente apresenta?
•Este paciente deve ser tratado?
•Devem ser realizados exames?
Em situações objetivas ou comuns, os
médicos, em geral, tomam essas decisões
de forma informal; os diagnósticos são
realizados reconhecendo os padrões de
doenças, e exames e tratamento são
iniciados com base na prática habitual.
ESTRATÉGIAS DE TOMADA DE DECISÃO
CLÍNICA
Geração de hipótese: A geração de
hipótese envolve a identificação das
principais possibilidades diagnósticas
(diagnóstico diferencial) que podem explicar
o problema do paciente.
Probabilidade e chances: A probabilidade
de uma doença ocorrer em um paciente
cujas informações clínicas são
desconhecidas e a frequência em que a
doença ocorre na população.
Teste de hipótese: Os médicos testam
primeiro as possibilidades hipotéticas
durante a história e o exame físico,
formulando questões e realizando exames
específicos, que apoiam ou afastam o
diagnóstico suspeito.
Gera hipoteses, ve as probabilidades e as
testa.
Cognitivo: Refere-se à capacidade de
adquirir ou de absorver conhecimentos. Diz
respeito ao conhecimento, à cognição.
[Linguística] Que se refere aos mecanismos
mentais pelos quais um indivíduo se vale ao
utilizar sua percepção, memória, razão.
[Psicologia] Que faz referência aos
mecanismos mentais presentes na
percepção, no pensamento, na memória e
na resolução de problemas.
Os erros cognitivos podem ser
grosseiramente classificados como os que
envolvem:
Avaliação incorreta da probabilidade
(subestimar a probabilidade da doença);
Falha em considerar com seriedade todas
as possibilidades relevantes.
Ambos os tipos de erros podem levar
facilmente a erros diagnósticos
Erro de disponibilidade: ocorre quando o
médico estima erroneamente uma
probabilidade prévia de doença devido a
uma experiência recente.
Erro de representação: ocorre quando o
médico julga a probabilidade de uma
doença com base no quanto os achados do
paciente preenchem as manifestações
clássicas da doença, sem levar em conta a
prevalência, proporção desta doença. É o
famoso falso positivo. Ocorre quando os
médicos deixam de reconhecer que o
resultado positivo de um exame, em uma
população na qual a doença testada é rara,
tem mais possibilidade de ser um resultado
falso-positivo do que um resultado positivo
verdadeiro.
Conclusão prematura: é um dos erros mais
comuns. Os médicos fazem um diagnóstico
rápido (em geral com base em um padrão
de reconhecimento), deixam de considerar
outros diagnósticos possíveis e
interrompem a coleta de dados (saltam para
conclusões).
Erros de ancoragem: ocorrem quando os
médicos agarram firmemente uma
impressão inicial, mesmo quando se
acumulam dados conflitantes e
contraditórios.
Predisposição (bias) para confirmação:
ocorre quando os médicos aceitam
seletivamente dados médicos que
sustentam uma hipótese desejada e
ignoram dados que não o fazem. Quando
um exame está normal e os sintomas não
condizem.
Erros de atribuição: envolvem estereótipos
negativos que levam o médico a ignorar ou
minimizar a possibilidade de uma doença
grave.
Erros afetivos: envolvem evitar exames ou
testes desagradáveis, porém necessários,
em razão de simpatia ou pena do paciente.
Algumas estratégias específicas podem
ajudar a minimizar erros cognitivos:
Tipicamente, após terem sido realizados
levantamento histórico e exame físico, os
médicos, em geral, formam uma avaliação
diagnóstica com base heurística
(descoberta).
Neste ponto, é relativamente fácil inserir
uma pausa formal para reflexão, levantando
diversas questões sobre os tratamentos,
que podem ajudar a expandir o diagnóstico:
1.Se não for o diagnóstico que está sendo
avaliado, o que mais poderia ser?
2.Qual é o diagnóstico mais grave possível?
3.Há evidências que estão em desacordo
com o diagnóstico que está sendo
avaliado?
Oito fatores importantes no processo de
tomada de decisão:
1.Percepção do problema (descrever
objetivamente a situação);
2.Definição do problema (diferenciar causa
de sintoma);
3.Coleta de dados (ouvir todos os
envolvidos);
4.Análise dos dados (causas e fatores);
5.Procura de soluções alternativas
(alternativas e consequências);
6.Escolha ou decisão;
7.Implementação (diagnóstico);
8.Avaliação (tratamento).
As 3 principais razões para a tomada de
decisão:
1.A necessidade do médico veterinário
utilizar julgamento independente, ou seja,
de atuar com base numa avaliação racional
da situação e não de forma preconceituosa
e/ou de submissão sem questionamento, às
imposições de outros profissionais e das
instituições;
2.Os ideais de libertação do indivíduo, em
que o profissional pode livrar-se do controle
de crenças e atitudes injustificadas;
3.A terceira trata da necessidade de
desenvolver, em benefício do receptor de
cuidados, a racionalidade no julgamento
clínico e científico inerente ao processo
médico.
Encontro com o paciente → Delineamento
dos problemas clínicos (diagnóstico,
prognóstico, terapia e dano) → Formulação
das perguntas clínicas estruturadas
Paciente Intervenção Comparação O
desfecho → Busca e aquisição da evidência
(fontes primárias e secundárias. Hierarquia
das evidências) → Análise crítica da
evidência (validade metodológica.
resultados , magnitude e precisão) →
avaliação da aplicabilidade da evidência
(comparação entre PICOs, evidência vs
pergunta clínica estruturada) → Tomada de
decisão (Melhor evidência científica
disponível, Valores e preferências do
paciente, Contexto).
A definição mais utilizada e citada em
inúmeros artigos científicos é que a MBE é
“o uso consciente, explícito e judicioso da
melhor evidência clínica disponível ao
tomar decisões sobre o tratamento de um
paciente”.
Por definição, é a integração da melhor
evidência científica com a experiência
clínica e os desejos individuais do paciente.
Vamos dissecar cada parte da tríade:
Evidências: são as pesquisas clinicamente
relevantes, especialmente aquelas
centradas em pacientes e que prezam pela
acurácia de testes diagnósticos, pelo poder
de marcadores prognósticos e pela eficácia
e segurança de procedimentos terapêuticos
e preventivos.
Experiência clínica: é a capacidade de
colocar em prática habilidades clínica e
experiências anteriores para identificar
rapidamente o estado de saúde de cada
paciente, seu diagnóstico, seus riscos
individuais e os benefícios de intervenções
potenciais.
Desejos do paciente: incluem nosso
entendimento e nosso reconhecimento da
individualidade de cada ser humano, com
preferências e expectativas únicas que ele
traz à consulta médica e que devem ser
integradas e respeitadas numa decisão
clínica.
Ser bom profissional implica utilizar tanto a
experiência pessoal quanto a melhor
evidências científica disponível. Lembre-se:
nenhuma delas sozinha é suficiente.
No entanto, MBE não é uma maneira
simples de cortar custos, inventada por
planos de saúde, não é a tiranização de
estudos randomizados e de metanálises
nem é uma prática impossível de se aplicar.
Quando se fala em MBE, o objetivo é
resolver problemas clínicos. No formato
tradicional, a decisão clínica é feita com
base em intuição, experiência clínica e em
fisiopatologia. A MBE prega que esses
elementos são insuficientes e que é
necessário incluir informações extraídas de
pesquisas clínicas – evidências – durante a
tomada de decisão. Ela também valoriza
menos o poder das autoridades no
processo habitual de tomada de decisão em
medicina, mas não desvaloriza a expertise
clínica do médico, pois ela é parte
fundamental na decisão sobre a
aplicabilidade da evidência encontrada.
POR QUE MBE É NECESSÁRIA?A
sensaçãode frustração durante a busca por
informações científicas é cada vez mais
comum no meio médico. Excesso de
estudos publicados a cada dia nos deixa
com a impressão que buscamos o
inalcançável.
21/05
Emergência ou Urgência
Emergência: Todo caso de emergência vai
requerer uma medida imediata, da qual a
vida do animal irá depender. As verdadeiras
emergências são de ordem vascular
(hemorragias), cardiorrespiratórias (edema
pulmonar agudo, síncope cardíaca),
gástricas (torção do estômago, obstrução
esofágica) ou neurológicas (comoção
cerebral, coma, convulsões), situações que
podem, todas elas, levar a um estado de
choque, o qual também se verifica nas
insolações, internações, nas alergias e nos
politraumatismos.
Urgência: São casos de menor gravidade,
mas que devem ser socorridos a tempo
para que o animal não tenha complicações
mais graves. Exemplo: vômito ou diarréia
intensos, piometra (infecção uterina nas
cadelas), ausência de urina por mais de
24hs, convulsão e outros.
•Pelo menos, um veterinário e um
profissional bem preparados para o
atendimento
•Salas de cirurgia e de atendimento devem
estar sempre prontas para o uso
•Equipamentos, maquinários e ferramentas
também devem estar sempre à mão
•Drogas muito usadas nesse tipo de
emergência (como adrenalina e
anestésicos) devem estar devidamente
preparadas
•Contar com oxigênio pronto para uso
também é fundamental
•Também deve haver profissionais que
verifiquem a disponibilidade de todos os
materiais importantes para o atendimento
emergencial, sendo indicado que se faça
um check-up diário destes itens.
Mas existem outras patologias que também
requerem tratamento urgente: picadas de
insetos que provocam reações
urticariformes, mordidas de animais
venenosos, ruptura do canal auditivo,
intoxicações.
Nas fraturas, embora seja necessária uma
rápida imobilização, não constitui realmente
uma emergência (exceto as expostas e as
da coluna). Caso contrário é melhor esperar
vinte e quatro ou quarenta e oito horas
antes de intervir; assim, o hematoma terá
tempo de ser reabsorvido e a redução fica
melhor.
Principais emergências veterinárias em
cães e gatos:
Parada cardiorrespiratória: A parada
cardiorrespiratória é uma das mais graves,
e pode levar o animal a morte no mesmo
instante ou pouco depois do acontecimento.
O atendimento deve ser imediato para que
o animal consiga se recuperar.
Falta de ar: A falta de ar pode ser causada
pelo calor e estresse, ou algum outro
processo que aumente a necessidade de
oxigênio do animal. Nesta situação é
preciso orientar o tutor quanto à
necessidade de suprir a falta de ar e tentar
acalmá-lo enquanto chega ao atendimento.
Intoxicação por envenenamento: O
resultado da intoxicação pode variar em
cerca de 5 a 10 minutos após a ingestão.
Quando chega ao organismo, a substância
pode provocar vômitos, diarréias e
tremores. Conforme a quantidade ingerida
pelo animal, pode levá-lo à morte em pouco
tempo. Diante desses sinais não é
aconselhável fornecer leite, água ou
qualquer medicamento a fim de conter os
sintomas. Portanto, o ideal é levá-lo
rapidamente ao médico veterinário.
Convulsões: É importante o uso de
cobertas grossas para que o animal não se
machuque. Sendo essencial que você o
leve imediatamente à uma clínica
veterinária.
Diarréias e vômitos: São sinais
indeterminados, já que diversas doenças
possuem estes sinais, principalmente
doenças graves. Eles podem fazer com que
o animal fique desidratado. Por isso, devem
ser observados e avaliados com muito
cuidado para que não passe nada
despercebido. Assim, o veterinário será
capaz de realizar o diagnóstico, para iniciar
o tratamento do animal.
Picadas por animais peçonhentos: Os
principais efeitos e respostas do animal
quanto a picada de animais peçonhentos
são ligadas ao tamanho do animal picado e
ao seu sistema imune. As picadas geram
alergias de baixo grau ou elevado grau. Os
sinais se modificam, como por exemplo, o
animal pode ter tremores, inchaço no local,
vômito e dificuldade para respirar
Quedas: As quedas, independente da
altura, provocam lesões e até fraturas. Esse
tipo de ocorrência é uma situação de
emergência bem comum na qual o onde o
animal poderá desenvolver alguns
problemas mais sérios. Fazer caminhadas
ou exercícios no dia a dia, e uma boa
alimentação auxiliam na diminuição do risco
e na seriedade da lesão. Nos casos de
atropelamentos, quedas ou brigas, o animal
deve ser mantido deitado em uma manta ou
cobertor. Para que as possíveis fraturas ou
hemorragias não se agrave.
Torção gástrica: Na torção gástrica a única
coisa a se fazer é levar o animal a uma
clínica veterinária o quanto antes. O animal
pode entrar em choque, por causa de tanta
dor no abdome. Ele deverá ser transportado
com cuidado, evitando o contato com a
barriga dele.Estes são apenas alguns
exemplos de atitudes que devem ser
tomadas em situações emergenciais.
Sendo que o tema é bastante amplo e deve
ser conhecido por todos os tutores de
animais.
O que fazer e o que não fazer em situações
de emergência:
1.Os riscos que podem ser perigosos para
você, para o animal e os envolvidos.
2.Precaução com doenças transmissíveis.
3. Avalie bem o que aconteceu, se o animal
está acometido de um ferimento ou uma
doença, se é grave ou não.
4 .Lembre-se de que a prevenção é o
melhor tratamento. É imprescindível pensar
no planejamento do atendimento inicial à
vítima na cena do acidente.
5.Nas situações de emergência, procure
sempre manter a calma e agir
imediatamente.
6.Esclareça para si a situação.
→Como aconteceu?
→Quem está envolvido?
→Há perigo na situação? Qual?
→Há mais alguém que possa ajudar?
→O que aconteceu?
→Como chamar o atendimento
especializado?
7 .Pense na segurança.
8.Procure acalmar os tutores. Você
precisará passar confiança e tranquilidade.
O importante é manter a calma, tanto sua
como a dos tutores, para que esta permita
que você possa realizar o atendimento
pertinente.
9.Cuide primeiro dos problemas mais
sérios. Avalie a presença de condições
críticas que ameacem a vida do animal por
meio de uma avaliação inicial rápida;
10. Mantenha o animal monitorado.
Os serviços de emergência e cuidados
intensivos devem ser divididos da seguinte
forma:
Nível 1-Hospitais: Serviço 24 horas com
UTI completa (VM, imagem, laboratório,
diálise e cirurgia). Emergencia e Urgencia
Nível 2–Hospitais ou Clínicas:Serviço 24
horas com unidade semi-intensiva
(monitorização completa, laboratório,
imagem e cirurgia) sem UTI completa.
Emergencia e Urgencia
Nível 3–Clínicas: Serviço não 24 horas,
capaz de atender urgências complexas até
a abordagem secundária (monitorização,
laboratório, básico de imagem e cirurgia).
Urgencia
Nível 4-Consultórios e Ambulatórios:
Serviço não 24 horas, urgência básica,
capaz de atender somente as urgências
menos complexas até a abordagem
primária. Funciona como entreposto, similar
a um atendimento pré-hospitalar
(comparado às funções de um SAMU).
Deve realizar a estabilização primária e
solicitar remoção especializada para um
centro de nível 1 ou 2. Algumas
urgências, apenas em nível ambulatorial.
Suporte básico de vida:
•Avaliação primária do paciente (agravo
clínico): Práticas (8º Semestre)
•Avaliação secundária do paciente (agravo
clínico)
Em toda abordagem de pacientes com
agravo clínico, após a realização da
Avaliação Primária e das intervenções
específicas dessa fase do atendimento.
Conduta:
1. Realizar a entrevista SAMPLA (com o
paciente, familiares ou terceiros)
:• Nome e idade;
• Queixa principal;
• S: verificação dos sinais vitais:
• respiração (frequência, ritmo e amplitude);
• pulso (frequência, ritmo e amplitude);
• pressão arterial; e
• pele (temperatura, cor, turgor e umidade).
• A: história de alergias;
• M: medicamentos em uso e/ou
tratamentos em curso;
• P: passado médico –problemas de saúde
ou doença prévia;
• L: horário da última ingestão de líquidos
ou alimentos; e
• A: ambiente do evento, onde estava o
animal quando ocorreu.
2. Realizar a avaliação complementar:
• instalar oximetria de pulso, se disponível;
e
• mensurar a glicemia capilar,se disponível.
3. Realizar o exame da cabeça às patas.
29/05 APS
1) São exemplos de técnicas de
comunicação na área médica vistas
em aula: Comunicação Centrada na
Pessoa, Comunicação Centrada na
Doença, modelo Calgary-Cambridge
e técnica de Rapport.
Assim como no Brasil, em Portugal
também existem técnicas de
comunicação. Uma delas descreve
três métodos de comunicação entre
médico veterinário e tutor, são elas:
Paternalista (precária em diálogo e
em discussão sobre o caso, o
veterinário impõem o tratamento
sem considerar a realidade do tutor),
Consumista (o tutor toma as rédeas
da consulta, ele dita o tratamento e
o veterinário acata completamente
mesmo sabendo que esse pode não
ser o mais adequado) e Cooperativo
(trata-se de uma discussão em que
ambas as partes são ouvidas e
chegam a uma conclusão juntas).
Por mais que pareça que o método
Cooperativo seja o mais adequado,
existem ocasiões em que o
veterinário deverá usar o
Paternalista (como em situações
emergenciais).
2) Uma situação bem explorada em
aula e presenciada por mim em
estágios é a comunicação entre
médicos veterinários e tutores
idosos. O preconceito com eles é
comum entre os mais jovens, muitas
vezes eles desconsideram suas
peculiaridades e, por conta disso,
não conseguem realizar uma
consulta que predomine a
comunicação efetiva.
04/06
Comportamento e comunicação em
emergencia e urgencia

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