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Top. 5- Mitose e Meiose MITOSE: A mitose é um tipo de divisão celular a qual uma célula (célula-mãe) divide-se e dá origem a duas células-filhas, cada uma com um conjunto cromossômico idêntico ao da mãe. A divisão celular é um processo dividido em cinco fases principais. 1. Prófase: Na prófase, os cromossomos replicados, cada um consistindo em duas cromátides-irmã intimamente associadas, se condensam. Fora do núcleo, o fuso mitótico se forma entre os dois centrossomos, os quais iniciam sua separação. 2. Metáfase: Na metáfase, os cromossomos estão alinhados no equador do fuso, exatamente na metade entre os dois pólos. Os microtúbulos dos cinetócoros pareados de cada cromossomo se ligam aos pólos opostos do fuso. 3. Anáfase: Na anáfase, as cromátides pareadas separam-se sincronicamente para formar os dois cromossomos-filho, e cada um deles é puxado lentamente para o pólo do fuso ao qual está ligado. Os microtúbulos do cinetócoro encurtam e os pólos do fuso também se distanciam, contribuindo para a separação dos cromossomos. 4. Telófase: Durante a telófase, os dois conjuntos de cromossomos-filho chegam ais pólos de fuso. Um novo envelope nuclear é remontado em torno de cada conjunto, completando a formação dos dois núcleos e marcando o fim da mitose. A divisão do citoplasma começa com a formação do anel contrátil. 5. Citocinese: Durante a citocinese de uma célula animal, o citoplasma é dividido em dois pelo anel contrátil de filamentos de actina e miosina, os quais formam um sulco na célula para dar origem a duas células- filha, cada uma com um núcleo. https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-mitose.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-mitose.htm MEIOSE: Ocorrem duas divisões, surgindo no final quatro células-filhas com número de cromossomos reduzido à metade (Divisão Reducional), maneira pela qual os seres de reprodução sexuada formam os seus gametas. Promove a variabilidade das espécies de reprodução sexuada. A meiose permite a recombinação gênica. MEIOSE I: A Meiose I é chamada de reducional porque nela ocorre a redução do número de cromossomos à metade. → Prófase I A meiose I inicia-se com a prófase I, fase marcada pela condensação progressiva dos cromossomos, troca de material genético entre cromátides não irmãs, formação do fuso (feixe de microtúbulos), quebra do envoltório nuclear e início da migração dos cromossomos homólogos em direção à placa metafásica. Essa fase é geralmente dividida em cinco subfases (leptoteno, zigoteno, paquiteno, diploteno e diacinese). 1. Leptóteno: nessa etapa verificam-se cromossomos duplicados, formados por duas cromátides irmãs (cada uma das cópias do cromossomo duplicado que estão ligadas entre si) conectadas pelo centrômero, e o início da condensação desses cromossomos. 2. Zigoteno: os cromossomos pareiam-se com seus homólogos de maneira que os genes ficam alinhados. Como cada cromossomo está duplicado, o par de homólogos possui quatro cromátides. Forma-se nesse ponto um complexo proteico, denominado de complexo sinaptonêmico, que lembra um zíper e mantém os cromossomos homólogos unidos. 3. Paquiteno: quando o complexo está formado, dizemos que os cromossomos homólogos estão em sinapse e os pares de homólogos associados são chamados de bivalentes. O paquiteno inicia-se quando os cromossomos estão em sinapse. Durante esse emparelhamento, ocorre a permutação (crossing-over), processo que se caracteriza pela quebra das cromátides e a ligação dessas porções ao segmento correspondente na cromátide não irmã. A permutação é importante porque aumenta a variabilidade genética. 4. Diploteno: o complexo sinaptonêmico desaparece, sendo verificada uma leve separação dos homólogos, mas eles ainda permanecem unidos como consequência da coesão das cromátides irmãs. Nos pontos em que ocorreu a permutação, os cromossomos estão unidos em uma configuração em forma de X, que recebe o nome de quiasmas. 5. Diacinese: os cromossomos homólogos estão separados, unidos apenas pelos quiasmas. Observam-se, nessa fase, a quebra do envelope nuclear e o desaparecimento do nucléolo. → Metáfase I Na metáfase I, verifica-se que os cromossomos homólogos estão dispostos na placa metafásica. Essa disposição é conseguida graças à ação dos microtúbulos, que se ligam aos cromossomos de cada bivalente. Na metáfase I, verifica-se um cromossomo em cada par direcionado para um polo. → Anáfase I Na anáfase I, os cromossomos homólogos separam-se e são puxados para polos opostos da célula, sendo guiados pelas fibras do fuso. É importante deixar claro que, na anáfase I, os centrômeros não se separam e as cromátides irmãs permanecem unidas. A separação é observada exclusivamente nos homólogos. → Telófase I Nessa etapa verifica-se que cada polo da célula apresenta um conjunto haploide completo de cromossomos, os quais estão duplicados. Os cromossomos começam a se descondensar e, em alguns casos, o envelope nuclear volta a se formar. O nucléolo reaparece. A divisão do citoplasma (citocinese) geralmente acontece de maneira simultânea com a telófase, sendo responsável por gerar duas células-filhas. MEIOSE II: A Meiose II é exatamente semelhante à Mitose. A formação de células haplóides só é possível porque ocorre durante a Meiose II, a separação das cromátides que formam as díades. A meiose II é a segunda divisão da meiose, sendo essa etapa considerada equacional. Ela é chamada de equacional porque ocorre apenas a separação das cromátides. É importante deixar claro que, entre a meiose I e a meiose II, não há nenhuma duplicação do material genético. → Prófase II Na prófase II, verificam-se a formação das fibras do fuso, a desorganização do envoltório nuclear, caso ele tenha sido reconstruído, e o desaparecimento do nucléolo. Os cromossomos, os quais ainda estão formados por duas cromátides irmãs, iniciam sua movimentação em direção à placa metafásica. Nessa etapa, os cromossomos voltam a se condensar. → Metáfase II Na metáfase II, os cromossomos estão alinhados na placa metafásica e os cinetocoros (complexo formado por proteínas e localizado no centrômero) das cromátides irmãs estão ligados aos microtúbulos dos polos opostos. → Anáfase II Na anáfase II, os centrômeros separam-se, e as cromátides, agora separadas, migram para os polos opostos. As cromátides, a partir desse momento, ficam como cromossomos individuais. → Telófase II Na telófase II, última etapa da meiose, há uma reorganização da célula. O envoltório nuclear e o nucléolo reaparecem, os cromossomos começam a se descondensar e, ao mesmo tempo em que a telófase ocorre, o citoplasma divide-se (citocinese). Nessa etapa, formam-se duas células-filhas para cada célula que iniciou a meiose II. A MEIOSE ANORMAL E SUA RELAÇÃO COM AS MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS: As mutações cromossômicas são resultantes de qualquer modificação que interfira no número de cromossomo e/ou na sequência de seus genes (estrutural do cromossomo) que produz uma inviabilidade celular, durante o processo de formação dos gametas (meiose). As aneuploidias são alterações que não envolvem todo o conjunto de cromossomo da célula, mas sim, um cromossomo específico. As principais aneuploidias são: Síndrome de Down, trissomia do 13 e do 18, Turner e Klinefenter. As aneuploidias são resultantes de erros na não-disjunção durante a meiose (M) celular I e/ou II materna, com maior frequência durante a MI, pois a gametogênese feminina é um processo longo, em que a primeira divisão inicia -se no período pré-natal, é interrompida no nascimento em prófase I e só finaliza por ocasião de cada ovulação, caso o ovócito 2º seja fecundado. A não-disjunção paterna é menos comum; A não disjunção pode ser primária, erro durante a gametogênese de um indivíduo cromossomicamente normal e produz gametas anormais,e/ou secundário, onde um indivíduo cromossomicamente anormal produz gametas alterados. Caso o erro acontece na MI, o gameta que apresentará o cromossomo extra terá dois cromossomos de um mesmo par em vez de uma cópia apenas, e estes cromossomos, um de origem materna e o outro de origem paterna, apresentam duas cromátides irmãs. Quando o erro acontece na MII, o gameta com o cromossomo extra tem duas cópias de um mesmo cromossomo que apresenta a mesma origem parietal. Quando o erro acontece na MI, todos os gametas resultantes serão afetados; já na disjunção durante a MII, apenas 50% serão anormais. Quando a não disjunção acontece na anáfase da mitose após a formação do zigoto, o indivíduo apresentara mais de uma linhagem celular, onde podemos evidenciar o mosaicismo por aneuploidias. As mutações que envolvem a estruturas dos cromossomos resultam de uma ou mais rupturas transversais em um ou mais cromossomos, seguidas de uma reconstituição cromossômica anormal durante a prófase I da meiose (Crossing over desigual). Essas alterações resultam num rearranjo estrutural equilibrado e em rearranjo não-equilibrado, originado trissomia ou monossomia parcial. Além disso, os rearranjos estruturais podem ser do tipo: intracromossomal (no mesmo cromossomo) intercromossomal (mais de um cromossomo). As principais mutações estruturais equilibradas e não equilibradas são: deleção, duplicação, isocromossomo, translocação e inversão. Essas quebras cromossômicas podem acorrer espontaneamente ou serem induzidas pela ação de agentes mutagênicos.
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