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1 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 Introdução à patologia e processos patológicos adaptativos → INTRODUÇÃO À PATOLOGIA • alterações morfológicas, funcionais e estruturais em células, em tecidos, órgãos causam os sintomas em si, entender patologia é entender alterações estruturais e bioquímicas nas células, qualifica os tipos de alterações o que permite a compreensão do processo patológico, que é o processo de alteração a nível celular, processo patológico microscópio. • Na patologia, o caminho é inverso a partir dos sinais e sintomas macroscópicos, se investiga o que ocorre a nível celular (microscópico) a fim do tratamento, o que é importante, visto que busca não tratar a queixa e sim a real causa da doença, a fim de real tratamento; • páthos= doença, sofrimento (necessidade de reverter esse quadro) e logos= estudo, doutrina. Estuda-se o que faz o paciente sofrer e sentir sintomas. • Na patologia é importante entender a causa, o que está ocorrendo, como: os mecanismos de alteração, os locais atingidos, as alterações morfológicas (que os olhos podem ver e também as microscópicas) e alterações funcionas ou fisiológicas, para resolver o quadro clínico do paciente é preciso reconhecer esses aspectos descritos acima; Pilares da patologia • Etiologia= causa da doença em patologia; •Patogênese= mecanismo de desenvolvimento da doença, mecanismo de ação de um patógeno de um vírus, por exemplo, como esse patógeno causa a doença, gênese da doença; • Local da doença; •Anatomia patológica= alterações morfológicas e ou moleculares, alteração na estrutura celular, q qual pode ser visível a nível celular ou a nível molecular ex: se ocorre alterações bioquímicas e os corantes interagem com esses componentes bioquímicos pode ocorrer alterações tintoriais (de coloração), a hipoxia, por exemplo, incialmente não faz alteração estrutural, mas sim tintorial. Alterações tintoriais são alterações a nível molecular • Fisiopatologia= o que na fisiologia não está funcionando, está patológico; • Os conceitos acima oferecem bases para: ✓ entendimento das manifestações clínicas; ✓ diagnósticos assertivos; ✓ impede que a doença evolua; ✓ trazendo um bom prognóstico, visando menor dano possível ao paciente; Doença • precisamos ter entendimento da especificidade do patógeno para não querer tratar um patógeno sem o conhecer de fato; • sensibilidade=; • irritabilidade=; • sintomas= manifestação subjetiva, referida pelo paciente, é vago com pouca clareza; •sinais= manifestações objetivas, como achados no exame físico, somos treinados pela semiologia para fazer avaliação clínica dessas manifestações o que leva a uma gama de possibilidades de diagnostico, mas sem certezas o que abre caminho para pedir diversos exames clínicos, laboratoriais. O exame Hemograma, por exemplo, indica avaliação o estado geral do paciente, o hemograma pode indicar a resposta do 2 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 organismo a uma determinada infecção por exemplo. Quanto mais informações sobre o patógeno e o mecanismo patológico minimiza- se mais o sofrimento do paciente; • todas as doenças iniciam com alterações moleculares e estruturais nas células que levam a alterações funcionais e, por conseguinte, manifestações clínicas da doença. → VISÃO GERAL: RESPOSTAS CELULARES AO ESTRESSE E AOS ESTÍMULOS NOCIVOS • Após o estímulo nocivo a ocorre as células podem sobreviver (adaptação), com algumas variações bioquímicas e fisiológicas, as células que se adaptam, saem do estado de normalidade. Já aquelas células que não se adaptam morrem, pois nem tudo pode ser curado; •ocorrem 2 tipos de morte: ✓ morte necrótica, patológica, por sofrimento ✓ morte fisiológica, programada • uma célula normal é uma célula em homeostasia (equilíbrio), pode haver um estímulo de injúria/lesão (incômodo, sofrimento, sair do estado de conforto, ao ser injuriado o tecido precisa se adaptar para sobreviver); •existem injurias que são leves (estresse, como restrição de nutrientes, não leva a morte ou necessidade grave de adaptação); • já estímulo trágico, injuria trágica (como privação de oxigênio, então a célula precisa sofrer alterações dramáticas como estruturais), pode haver alterações estruturais em células vivas ou mortas, tudo depende do estímulo injurioso e de como a célula reagiu; • Na macroscopia, hiperemia reativa (reação do sistema imunológico aos danos grave que ocorreu em um tecido) → hiper =muito, emia= sangue, sangue de maneira reacional, no infarto se um é vaso obstruído, a entrega de sangue e nutrientes é ineficaz, após 60 s sem oxigênio a célula morre, a partir da morte ocorre liberação de antígenos (DAMP=padrão molecular associado ao dano) os receptores MHC na MP dos linfócitos entendem isso como antígeno e instalam uma reação inflamatória; • Na microscopia, as células do tecido mucular estriado cardíaco são alongadas e estriadas, com discos intercalares (cisternas), já na imagem abaixo não se enxerga os discos intercalares, isso ocorre devido ao déficit no o2, que causa déficit no volume de ATP, e falha os mecanismos, causando desordem 3 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 nos mecanismos bioquímicos, ocorre dano da bomba de sódio e potássio , junta sódio dentro da célula, sódio só sai por canais, como a bomba está parada, começa a entrar água, visando a homeostase e a impedir a hiperosmolariade, as células estouram e morrem, aumenta o número de neutrófilos (inflamação devidos aos DAMPS); •A nível molecular a quantidade de hidrogênio aumentada, fica uma coloração mais rosa é porque tem mais hidrogênio livre, devido a bomba de sódio parada quando termina a fosforilação não tem resgate de hidrogênio, então como a coloração de HE colora mais em ácidos, fica mais rosa (intensa eosinofilia plasmática); • se o paciente sobreviver ocorre uma sequela, que é a formação de um novo tecido, tecido conjuntivo denso (fibrose), não houve uma regeneração e sim uma cicatrização; • edema cerebral devido infarto ocorre devido o mesmo processo de falha da bomba de sódio e potássio, acúmulo de sódio, entrada de água, morte celular, processo inflamatório; • se o infarto é fulminante ou não depende do calibre do vaso coronário que foi danificado; • hipertrofia compensatória= hipertrofia (aumento de tamanho) células musculares para compensar a fibrose, é compensatória, pois visa compensar um processo que não esta funcionando (devido ao infarto de células musculares que foram mortas); • na imagem abaixo é visto células saudáveis do miocárdio e fibras colágenas da fibrose; 4 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 • a área de cicatriz é mais dura; • Ter triglicérides alto, LDL alto, é fator de risco para infarto, devido a possibilidade de desprendimento de placas nos vasos; Estágios da doença • período de incubação= sem manifestações clínicas; • período prodrômico= sinais e sintomas inespecíficos, pode pedir exames abertos como um hemograma, creatinina etc. • período de estado= estar doente, sinais e sintomasespecíficos, melhor fase para diagnóstico; • Evolução=, pode levar a cura com ou sem sequelas, ou evolução para complicações e óbito; • período de acompanhamento do paciente= no covid a evolução grave da doença é devido uma tempestade de citocinas, o tratamento do Covid, é a diminuição do processo inflamatório, imunológico, esta sendo usado para tratar Covid azitromicina usada para bactéria altera o PH para o vírus não conseguir se proliferar, corticoide (depressão do sistema imunológico para tratar inflamação); • abaixo está um pulmão saudável, alvéolos normais sem nada dentro (com ar) • abaixo está uma imagem com pneumonia, alvéolos que deveriam ter ar estão ocupados por leucócitos (estão circulados em vermelho), o que compromete a hematose; • o leucócito neutrófilo está aumentado na imagem abaixo; 5 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 • No Covid, o tratamento é que o corpo desenvolva anticorpos, mas a terapia imediata é fazer com que o paciente respire e não chegue a síndrome respiratória aguda da imagem acima; • existem muitos estudos que discutem o que é pior o agente causal ou a resposta inflamatória do organismo; • Após infarto usa-se corticoide para impedir resposta indireta inflamatória, ação direta é a doença em si e a indireta é a resposta imunológica; • as proteínas do SarsCov-2 são reconhecidas como antígeno e então disparam o processo inflamatório acúmulo de neutrófilos e a secreção são os próprios neutrófilos mais líquido das células. Se na secreção estiver bactéria também ela consome glicose, a secreção é a inflamação e tem valor diagnóstico imenso; Processos patológicos adaptativos • Adaptação pode ser transitória ou para sobreviver o tecido pode precisar daquela adaptação sempre. As adaptações podem ser morfofuncionais. Além disso, existem adaptações que são tão radicais que podem prejudicar a fisiologia do tecido. Ex: hipertrofia para compensar pode dar efeitos locais que comprometam a funcionalidade ex2: metaplasia, que é troca de células, na traqueia um epitélio pseudoestratificado ciliado, por um outro tecido, como epitélio escamoso, pode causar perca funcional; • existem graduações de adaptação= forma, tipo de célula e até genômica, podendo dar origem as displasias; •tecido é divido em células parenquimatosas: células típicas do tecido, que permite reconhecer o órgão ex: enterócitos e pneumócitos abaixo. já tecido estromal fornece apoio aquelas células típicas do órgão, tecido conjuntivo. Pode haver alterações nessas duas e no interstício que é entre os tecidos, ou até nos mecanismo circulatório do órgão e na inervação. Normalmente, as alterações começam nas células parenquimatosas, mas com o passar do tempo tudo pode ser atingido; → CAUSAS DE LESÕES • Os agentes causais podem ser de diferentes naturezas e podem causar danos aos tecidos; - Substâncias exógenas: entra em contato com o corpo de fora para dentro ex: ácido que caiu na pele, impacto sofrido. - Endógenas: distúrbio que ocorreu no próprio organismo ex: falha na mitocôndria deixando de produzir ATP. Existem também doenças que se manifestam por características de alterações genotípicas ou criptogenética (o que está escondido na nossa genética) 6 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 •reversibilidade ou não depende do grau da lesão → HIPERTROFIA •ocorre devido ao aumento de sinais tróficos (estímulo que o tecido recebe, pode ser recebido por estímulo neurológico ou metabólico, por exemplo, sinal aumentado para um determinado tecido.) • Hipertrofia ocorre todas as vezes que o sinal trófico aumenta para um determinado tecido ou por demanda fisiológica ou por demanda patológica. • demanda fisiológica: ao iniciar prática de atividade física, precisa de mais carboidrato, para mais ATP, para mais energia para suprir a demanda, o coração em uma corrida aumenta sua frequência para atender a demanda cardíaca de uma atividade física, por exemplo, então a entrega de sangue aumenta, isso faz com que as células duplicam suas estruturas para suprir a demanda, duplicam mitocôndrias, por ex. • demanda patológica: no infarto há perca de tecido, as outras células tentam suprir a demanda das demais, que foram fibrosadas, com um aumento de suas células, mas essa resposta foi compensatória; •tudo na célula aumenta ao aumentar a oferta de nutrientes, quando a célula aumenta em organelas ela aumenta em volume e na microscopia esse aumento de células é visto; •a imagem abaixo mostra alterações desde a macro até a microscópica, observe que o tamanho dos cardiomicoitos (que deveriam ser constantes) estão aumentados. Será que é interessante uma célula triplicar seu tamanho? Quando a hipertrofia é demasiada pode levar ao órgão um aumento de tamanho comprometendo sua funcionalidade, quando uma célula aumenta muito de tamanho, o interstício onde passa capilares podem sofrer efeitos de compressão, diminuindo a chegada de nutrientes; • naturalmente, o VE é muito mais espesso, mas muito espesso aumenta o coração em 7 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 volume tornando a contração no mediastino limitada, pois o volume não fica compatível com a área, abaixo está um VE com hipertrofia patológica • tripanosoma se multiplicam dentro dos cardiomiócitos, quando o cardiomiocito se rompe, instala-se processo inflamatório, observe o cardimiocito destacado extremamente aumentado, que está tentando se adaptar, é uma adaptação com boas intenções, mas sua efetivação pode não ser boa fisiologicamente; • hipertrofia fisiológica é de maneira uniforme, a hipertrofia do VE chama atenção na patologia por diminuir o volume da câmera interna; •angiogênese: por aumento da demanda e aumento do sinal trófico aumento de capilares na hipertrofia fisiológica e o coração se acostuma: atleta com menor FC; •na imagem abaixo, é mostrado um atleta paraplégico que pratica canoagem, verifique a diferença do membro superior para o membro inferior onde não chega ou chega pouco sinal trófico e é abastecido com sinais mínimos de o2 como se estivesse em repouso. Nas áreas nas quais enxergamos células respondendo a um sinal trófico, a desenervação não foi total, isso está mostrado na variação do diâmetro das células. Já na imagem da direita as células cresceram tanto tendo células atróficas no meio das hipertróficas, pode haver feixes atróficos devido a compressão, quando a hipertrofia das células vizinhas é muita; → HIPERTROIFA DE BEXIGA URINÁRIA •abaixo a musculatura vesical está hipertrofiada, o que faz com que diminui a cavidade interna e diminui o abrigo de volume urinário, além disso pode comprimir útero e próstata. O que pode causar essa hipertrofia de bexiga é dificuldade de eliminação do fluxo urinário, como doenças prostática que contorna a uretra prostática , logo se tem doença na próstata , faz com que ela aumente de tamanho estrangulando o canal da uretra, de modo que o processo de micção precisa de muito mais esforço do que já precisava. Esse esforço para urinar por tempo prolongado é um sinal trófico, qualquer músculo responde aos sinais tróficos aumentando seu tamanho vasos sanguíneos etc. então ao tratar umpaciente com dificuldade de urinar está antecedendo esse tipo de complicação, na mulher o que pode causar essa hipertrofia são 8 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 as contrações inflamatórias da bexiga devido cistites mal tratadas. OBS: ao longo do tempo, cistites mal tratadas podem gerar nefrites e sepse; → HIPERTROFIA X ATROFIA • atrofia (ou hipotrofia) pode ser por compressão que as células hipertrofiadas causavam nas demais, atrofia: nenhum sinal trófico hipotrofia: chega pouco sinal trófico, se a demanda é baixa, se menos o2 e sinais tróficos chegam pode diminuir mitocôndrias, organelas e as células diminuem de tamanho; Na imagem abaixo se vê células muito pequenas atróficas perto de uma normal, ocorre também redução de hormônios; Timo: ativo em crianças, ele acaba entrando em desuso e então atrofia por conta da falta de estímulo; Hormônios: na menopausa os hormônios sexuais são alterados, então ocorre uma redução dos ovários e até do útero é um sinal do período de menopausa, até a mama muda sua morfologia A Capacidade de regeneração celular diminui com o envelhecimento → ATROFIA MUSCULAR •na imagem abaixo está um paciente com AVC, o que que comprometeu a sua marcha, e não anda, por falta de estímulo fisiológico (pois o cérebro está doente) não tem sinais tróficos chegando e, então, precariedade estrutural das células como consequência, diminui os constituintes das células e as células em si e, por conseguinte, o tecido; OBS: células atróficas vivas, podem voltar a normotrofia, pois essas células estão vivas e respondem totalmente a estímulos, tanto a hipertrófica volta a ser normotróficas quanto as atróficas ou hipotróficas podem voltar a ser normotroficas ex: se para de melhor as células se adaptam a condição de que foi proposto para ela, elas respondem aos estímulos que forem sendo dados, o problema da trofia é a diminuição de sua força; 9 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 em órgãos em pares como rim, um pode estar atrofiado e o outro hipertrofiado; Inanição ex: crianças etíopes com tudo muito atrófico, não falta sinal, falta nutrientes; Desuso: hoje em dia é voluntário, devido ao sedentarismo atual; Compressão: ex: paciente com um tumor, uma massa em geral, podendo exercer efeitos compressivos tanto em nervos quanto em vasos atrapalhando tanto a chega de sinais neurológicos tróficos quanto dos próprios nutrientes para as células em volta e até mesmo para parte dele mesmo ex: por isso as vezes até dentro do tumor tem áreas de necrose Obstrução de vasos: Ligação de substâncias tóxicas: que bloqueiam enzimas e a produção de energia atrofia por intoxicação ex: cianeto Hormônio: processo do envelhecimento Inervação: ex: lesão medular Inflamação crônicas, inflamação gera dor, ex: hernia de disco tem muita dor, fazendo com que o paciente se movimenta cada vez menos • ex: na nefrite, por conta de processos inflamatórios pode ocorrer uma redução no número das células pode ter túbulos muito menores, que diminuíram devido as células serem privadas de oxigênio e nutrientes e suas células passam por redução de tamanho (atrofia clássica) ou algumas morrerem (atrofia numérica) e se isso estiver em só um rim o outro tentara atividade compensatória e terá túbulos maiores para tentar começar o déficit fisiológico do rim doente No cérebro; incapacidade proliferativa dos neurônios, ao envelhecer ocorre morte de células e sua não substituição, mostrando uma atrofia numérica e morfológica. Na imagem abaixo repare os sulcos que ficam alargados; → HIPOPLASIA • na hipoplasia da medula óssea, linfócitos podem sair da medula e amadurecer, mas a produção dessas células é dentro da medula e se elas não conseguirem se multiplicarem muito terá prejuízo aos componentes do sangue, a medula deve produzir células sanguíneas até o fim da vida então esse processo é patológico; 10 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 Hipoplasia patológica: quando um órgão ou tecido que não deveria, diminui sua produção de células drasticamente • no hemograma abaixo todos os valores estão muto muito abaixo do ideal, a medula não está produzindo células, o tratamento é injetar medicamentos que estimulem, esse paciente tem risco de hemorragia, de infecção complicações oxigenatórias, a hipoplasia de medula pode ter mais de um causa. •OBS: dipirona parece ser um medicamento inocente, mas pacientes que tem sensibilidade podem ter hipoplasia de medula → HIPERPLASIA • é quando o número de células no tecido está maior do que devia, o órgão fica maior, mais pesado, exerce efeito compressivo nas estruturais próximas, isso pode induzir mecanismo de apoptose (que é um mecanismo protetor) Mais células proliferando do que o devido está ligado a preocupação de qualidade das células, na tentativa de impedir erros nas replicações de DNA, se a célula prolifera mais do que deve pode conter erros genômicos Além disso, pode ocorrer por cessamento a apoptose de células com falhas nos mecanismos funcionais e velhas, se você soma esses dois fatores acima o tecido pode abrir caminho para riscos, não necessariamente quer dizer malignidade Pode haver fenômenos coexistindo ex: na gravidez o útero à medida que aumenta de tamanho, também tem hormônios sinalizando para que a células se dupliquem, tudo isso está em prol da acomodação do ´feto então é positivo, já ex: um consumidor de hormônios que estimulam as células, induzindo elas a se proliferam o que pode aumentar os risco s de um proliferação anormal de células, mas pode levar a um risco de malignidade (alterações estruturais) 11 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 •abaixo está uma próstata, composto por tecido estroma fibromuscular e tem as células que compõe as glândulas (epitélio colunar simples), estão saudáveis do lado E, que tem um padrão de organização, já a lâmina do lado D menos organização hiperplasia do tecido estromal, além disso as fibras estão dispersas em várias direções, desorganizadas as fibras não funcionam muito na compressão. A glândula saudável é túbulo alveolar lembra alvéolo, quando ela é comprimida por um tecido hiperplásico. Ex: hiperplasia de próstata sintomas é urinar pouco e várias vezes, pois a próstata comprime a uretra; Displasia: alteração na plástica da célula, o núcleo está estranho, citoplasma, é avaliada em graus, mas é algo que pode indicar malignidade; Tecido fibromucular normal Hiperplasia fribromuscular Comparação: •As glândulas são compostas por epitélio colunar simples. Uma glândula saudável é composta por 2 camadas: a basal (células basais mais achatadas) e depois colunar. Observe que na hiperplasia do epitélio da glândula, tem mais células do que devem, deveria ter só duas camadas, isso ocorre ou porque as células que deveriam ser alimentados por processo apoptótico não estão sendo (células velhas que podem estar doentes) ou elas estão se multiplicando mais do que deveriam, o que causa diminuição de secreção prostática;• A espectroscopia de prótons tem por finalidade identificar qual a constituição bioquímica de um tecido. A fosfatidilcolina é um lipídio de membrana celular, se tem mais dela tem mais membrana e então tem mais células, se tem muita colina as vezes sem 12 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 biópsia já faz remoção da próstata, por precaução; • o miométrio saudável tem fibras musculares em uma só direção já na imagem com hiperplasia tem desorganização das fibras musculares, cada uma em um sentido, esse é o mioma, mesmo que não for maligno tem que tirar devido a compressão e dor que causa nas estruturas ao lado; • abaixo se vê as deformidades nos núcleos, tem um pequeno outro elíptico já caracterizando uma displasia, seria um tecido que deveria ser retirado; • hiperplasia no endométrio: tecido conjuntivo muito vascularizado, epitélio do endométrio deve ser tecido simples não pode estar estratificado, além disso a existência de mitose em um só glândula pode inferir neoplasia (não é comum ver mitose em lâmina), dosagem normal pode estar alterada justificando esse mecanismo; → METAPLASIA •mudança de um tipo celular para outro de mesma linhagem ex: epitélio colunar simples ciliado, traqueia, cílios fazem movimentos vibratórios que auxiliam na varredura do núcleo, quem fuma leva substancias tóxicos para esse epitélio que são reconhecidas como antígenos disparando uma resposta inflamatórios, se isso por muito tempo pode levar a destruição , ou seja o organismo vai querer adequar esse epitélio a esse estresse 13 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 e o epitélio passa a ser um epitélio estratificado e pavimentoso, as citocinas inflamarias causam desligamento de genes e a ativação de genes que passam a se expressa mudando o epitélio drasticamente, a intenção do organismo é trazer resistência a esse tecido que está sendo injuriado •na imagem abaixo veja que o epitélio está, primeiro, colunar e depois fica pavimentosa em várias camadas como se fosse uma pele buscando resistência, se ele parar de fumar isso pode ser revertido, mas na maioria dos casos o paciente não para de fumar. Esse tecido, no entanto, não é imune a nicotina então está sujeito a displasia • esôfago de barret no esôfago tecido muscular, composto por células pavimentosas estratificado (várias camadas) não queratinizado (diferente da pele), esse tipo de epitélio é adequado para conferir resistência. O esôfago tem resistência ao atrito, mas ele não produz nenhum tipo de muco capaz de resistir a acidez estomacal de refluxo gastro- esofágico (esofagite), por exemplo, o que lesiona a mucosa do esôfago provocando ulcerações, então ele procura se adaptar a um tecido com capacidade de controlar pH ácido, então ocorre acionamento de genes que permitem que se tornem em epitélio intestinal que tem essa resistência, quando você olha parece que está no intestino, ao ver as células colunares e células caliciformes produtoras de muco alcalina (enterócitos); • metaplasia é reversível! → PROCESSOS DEGENERATIVOS 14 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 •reversível, mas pode levar a alterações e danos bioquímicos muito grandes, e esses danos cumulados podem fazer com que a célula evolua para um colapso → DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA • dano causado a células por um acúmulo de água no citoplasma em concentração errada, em seu meio, diferente de edema que consiste em água no interstício. A MP é permeável a moléculas pequenas e estáveis e a água está nesses grupos, por isso entra e sai livremente, já os íons por conta de tamanhos e suas instabilidades eletrônicas precisam de canais de transporte. • por hipóxia: A bomba de Na e K joga sódio para fora e potássio para dentro buscando a homeostase, mas essa bomba é transporte ativo (precisa de ATP), problemas na oferta de o2 podem causar distúrbios nesse processo ex: AVC etc. a fabricação de ATP baixa e como o o2 é útil para resgatar os hidrogênios no processo de fosforilação oxidativa, ocorrendo acumulo de H alterando o PH alterando o pH mitocondrial parando a geração de ATP e a bomba de sódio e potássio e o sódio entra, mas não sai , ocorre alteração da osmolaridade, então a agua entra , MP rompe= morte celular OBS: na falta de o2, a célula pode fazer glicólise, fazendo piruvato que interage com o NAD fabricando lactato, esse ácido lático (possibilidade de dissociação de hidrogênio) produzindo mais íons H, o que altera o pH dentro da célula desnaturando as proteínas e fazendo com que a célula morra também, como produz só 2 ATP não é suficiente • no caso de hipertermia o consumo de ATP é desviado para manter essa temperatura no alto, faltando ATP para o funcionamento da bomba e então radicais livres podem bloquear a bomba, o que causará uma degeneração hidrópica a hipertermia pode ser endógena ou exógena. EX: hipertermia febril; • lesão na membrana: podem acarretar a degeneração hidrópica, devido aos radicais livres que são gerados. Ex: o próprio ambiente pode causa; • Inibidores de bomba: algumas substâncias tóxicas que provocam um desequilíbrio iônico. Ex: pode ser causada por ingestão de medicamentos; 15 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 a concentração iônica da célula tem que estar normal para que a homeostase seja garantida; •abaixo se vê hepatócitos com vacúolos brancos indica que o citoplasma está enxarcado, o fígado abaixo é de paciente em eclampsia, alterações pressóricas levaram a consequência de degeneração hidrópica; •na imagem mais baixa se vê vazinhos com hemácias, o que não é comum na lâmina, isso mostra um trombo, êmbolo, que pode também causar essa degeneração hirdópica; • Na prática médica a relação da degeneração hidrópica devido a hipoxia, escassez de ATP parada da bomba de sódio e potássio é muito comum; Na membrana temos proteínas (canais iônicos) que funcionam como canais: podem ser modulados por voltagem, abrem só em meio aos íons, ou tem os que ficam sempre abertos, ou a bomba de sódio e potássio, que impõe a entrada e saída de íon já com grande concentração dentro e fora da célula, garante a concentração iônica adequada. Ela precisa desse ATP, caso contrário ela para de funcionar e então altera a concentração de íon dentro da célula, altera a osmolaridade (relação de solutos e solventes), aumenta muito os solutos na célula (no caso o íon) e por osmose a água tende a entrar dentro das células, a membrana lipídica permite a entrada da água. O problema é que estruturalmente isso tem um limite, a célula fica com citoplasma não homogêneo, com vacúolos esbranquiçados cheios de água, como na imagem abaixo, e ocorre a ruptura da MP, degeneração hidrópica é reversível, mas o tempo da reversibilidade da síntese de ATP é muito curto, só 60 s para ruptura de membranas, esse tempo não é aplicável a clínica, tempo muito curto. OBS: se você não vê mais núcleo, na lâmina, é porque a célula não está mais viva • Se as células aumentam de volume as células aumentam de tamanho, o que compromete, comprime o interstícioe os capilares que passam ao redor, podendo levar a uma congestão vascular, o que complica a entrega de nutrientes e o2, o que vai levar a menos síntese de ATP ainda e mais bombas vão parar de funcionar; → DEGENERAÇÃO LIPIDIO GORDUROSA/ESTEATOSE • degeneração por acúmulo de lipídeo (esteatose), advindo da ingesta direta de lipídeos ou a partir da ingesta de carboidratos na forma natural ou na forma de álcool, assim causa uma necessidade muita alta de metabolização desses carboidratos, quando há ingestão de carboidrato em excesso o fígado é responsável por esse metabolismo, quando supera todas as formas de estocar na forma de glicogênio dentro do fígado, então o fígado começa a converter o 16 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 excesso em forma de gordura e isso demanda trabalho do fígado o que pode levar a fadiga e à incapacidade funcional das células ; • dado o acúmulo citoplasmático de gordura nas células hepáticas, essa ingestão excesso recruta um funcionamento hepático exagerado; • no caso do alcoolismo: o álcool é um carboidrato, quando se ingere o álcool ele vai para o fígado, para que seja degradado e entre no ciclo de Krebs, passa por transformações moleculares (remoção de H) os H removidos ficam presos nas moléculas de NAD (uso de NAD deve ser usado de maneira moderada, pois o NAD guarda H pro processo de fosforilação oxidativa dentro da mitocôndria, há um desvio dessa função principal dele, se usa o NAD de maneira não própria ocorre uma depleção da quantidade de NAD disponível para o clico de Krebs; •então o ciclo de Krebs fica parado por falta de NAD, então ocorre conversão da acetilCoA que deveria entrar no ciclo de Krebs, que está parado, ocorre conversão em lipídeos para poder armazenar esse carboidrato dentro de células adiposas, pois o sangue, os músculos e o fígado já estão cheios. Fabricar gordura é dentro do hepatócito, pode acumular tecido no tecido adiposo, o que não tem problema, mas há um sofrimento hepático e o fígado pode não dar conta e ocorre um acúmulo de gordura dentro do próprio hepatócito (patológico). No alcoólatra ou obeso, possem déficits de proteínas e aminoácidos, por desnutrição proteica, para transportar triglicérides do fígado para o sangue e tecidos precisa de lipoproteínas HDL, LDL e VLDL, se não tem proteínas não forma e acumula; • o fígado passa a trabalhar excessivamente levando o fígado a uma hiperfunção e dificuldade de retirada de tirar essa gordura dentro do hepatócito precisaria das lipoproteínas HDL, LDL e VLDL; • se não lipoproteínas a gordura fica acumulada no hepatócito, na imagem abaixo o citoplasma não está homogêneo, estruturas que não coram na lâmina, olha que na esteatose os núcleos sempre estão empurrados pelas vesículas de gordura, pois a gordura não se mistura com a água no citoplasma; • A esteatose é graduada, grau 1, grau 2 quanto maior o tamanho da vesícula maior é o efeito compressivo e o comprometimento oxigenatório, podendo haver necrose, e podendo instalar a degeneração hidrópica. Lembre-se de que morte celular leva a cicatrização, fibrose essa fibrose leva a cirrose; • OBS: fibrose não é metaplasia, pois a metaplasia busca substituir o tecido buscando garantir a função e fibrose é processo cicatricial quando a célula morre que não permite nenhuma função desse tecido fibrótico. Trazer fibróticas deixam os hepatócitos ilhados, pseudolóbulos, levam a um comprometimento vascular, por conta desse tecido conjuntivo, o que causa hipertensão portal e pode levar a ascite; OBS: os prejuízos na formação de ATP deixam os pacientes com indisposição o que 17 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 da pra ver na obesidade e nos alcoólatras com fígado comprometido • OBS: comparação dos núcleos na esteatose Múltiplas gorduras, elas podem coalescerem (se unirem) formar uma maior e deslocar muito o núcleo. Lembre-se de que os hepatócitos são limitados para esse armazenamento, podem aumentar de tamanho os tecidos e causar compressão dos vasos sanguíneos, se vê na lâmina sangue parado, pois ouve sangue retido, a parte mais avermelhada é o sangue, em tecido normal não é possível ver sangue na lâmina; OBS: ao retirar o álcool de um alcoólatra o paciente fica desnutrido, pois a fonte de caloria, precisa fazer reposição, além disso é um doente de todos os órgãos, abstinência neurológica também é um fator; → LIPIDOSES • acúmulo de gordura, não no tecido hepático, e sim em outra área corporal (na forma de fração de colesterol na forma de LDL, não triglicérides), essa gordura acumula-se em qualquer tecido (pele, artérias etc.), a gordura para dentro vai para essas células, pois quando para nessas células ela é entendida como uma antígenos e é fagocita, mas por ser gordura as enzimas existentes dentro dos macrófagos não conseguem digerir essa gordura; • se mostra, na lâmina, com um a estrutura similar à da esteatose, mas esse macrófago pode liberar citocinas inflamatórias; • os pacientes com essa condição podem ser obesos, ou pessoas com distúrbios genéticos (hipercolesterolemia familiar), pois esses pacientes têm déficits na síntese das Apo lipoproteínas, que não consegue fabricar as vesículas (HDL, LDL OU VLDL) em quantidades normais, ex: não produz muito a apo de HDL vai ter muito LDL; Xantomas 18 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 • lipidose na pele é xantoma, macrófagos xantomisadas. Em uma criança, medo de doença vascular, provavelmente é genético, essa criança terá que ter acompanhamento durante toda a vida, com cardiovascular, endócrino, nutricionista para que não desenvolva aterosclerose: Aterosclerose • LDL depositou no endotélio vascular, na camada íntima, endotélio reconheceu com antígeno, atraiu macrófagos e fagocitam o LDL e não digerem e viram macrófagos espumosos/ xantomisados, libera citocinas inflamatórias convocando mais células para processo inflamatório, começa a formar placa de gordura reduz o fluxo → DEGENERAÇÃO HIALINA • material hialino: amorfo, morfologia difícil de escrever e com aparência fluida, e que cora com acúmulo de material proteico e por isso tem tom rosa bem marcante; • podendo ser produzido por proteínas endocitadas ou degeneração de estruturas; Exemplos – Corpúsculos de Russel (acúmulo de imunoglobulinas no linfoma) e Malory (danos ao citoesqueleto pelo etanol) • corpúsculos de Russel é visto em linfomas, câncer das células brancas, produz muitas imunoglobulinas anormais, nos linfomas encontram-se linfócitos (com nucléolos então não são maduros e saudáveis), se vê também células em processo de divisão, e se vê um material amorfo que foi endocita por linfócitos, se sabe que se tem proteínas de imunoglobulinas, é um linfoma, os corpúsculos de linfomas são imunoglobulinas (deposição de material proteico), esse acumulo proteicos pode, viajar e se acumular em túbulos renais , por ex, causando danos; • biopsia de pulmões graves de covid que tiveram muita morte celular, também mostram acúmulo de material hialino. As estruturas de origem proteica que coram; 19 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli03/02/2021 •material hialino é só um cúmulo de proteínas pode ser por linfoma, pode ser por morte celular, ou por degeneração → DEGENERAÇÃO HIALINA DE MALLORY •mallory viu material amorfo nos hepatócitos com esteatose, no alcoolismo além da esteatose as proteínas que estão agrupadas são proteínas do citoesqueleto, na fase da degradação do etanol para acetaldeído (molécula que agride o citoesqueleto do hepatócitos), só é possível visualizar isso quando a ingesta de álcool é recente e está nesse processo; → AMILOIDOSE • umas das marcas mal de Alzheimer é o amiloide, que é justamente o acúmulo de material hialino amorfo, devido a degeneração de MP e as proteínas de membrana de neurônios, proteínas beta, o material amiloidal hialina é a marca dessa degeneração de neurônios; → GLICOGENOSE • indivíduos que possuem déficits metabólicos não conseguem degradar e metabolizar o carboidrato de maneira correta, acúmulo de glicogênio, a queixa principal de pacientes com essa condição tem retardo de crescimento, fraqueza, sonolência indica erros de metabolismo enérgico; •músculos usam muito substrato energético, então nos músculos esqueléticos pode haver; • na imagem abaixo se compara hepatócitos normais e se vê grumos, como é criança não se pensa em alcoolismo e ao se fazer uma avaliação enzimática se vê deficiência na enzima glicose 6 fosfatasse, não existe essa enzima nessa criança, se não tem essa enzima que é responsável pela primeira etapa da glicólise que não ocorre e ocorre acúmulo; 20 Lívia Santos TXVIA Prof° Janaina Toreli 03/02/2021 → DEFICIENCIAS ENZIMÁTICAS • mucopolissacaridose: genética, tratada por geneticista, formação de material amorfo também;
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