Buscar

Raciocínio Lógico, Crítico e Analítico 4

Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
Raciocínio Lógico, Crítico e Analítico 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Claudia Lorena Juliato Araújo 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Nesta aula, será abordada a teoria dos conjuntos e sua importância na 
compreensão da Lógica e no auxílio à resolução de problemas lógicos. 
Contextualizando 
A teoria dos conjuntos está nos mais corriqueiros pensamentos, lógicas 
e abstrações que fazemos para compreender situações do cotidiano. Ela pode 
servir para abstrair pensamentos que se juntam ou coisas que se repetem, sem 
nos darmos conta. Por isso, sua formalização é fundamental para a resolução 
de problemas que necessitam de respostas simples e objetivas. 
Por exemplo, quais serão as possíveis formas de montar uma roupa para 
sairmos? Esta forma de pensar as possíveis combinações que temos ou de 
encontrarmos possíveis soluções de um problema é denominada análise 
combinatória. 
Tema 1: Análise combinatória – conceitos iniciais 
A análise combinatória é a parte da Matemática e da Lógica que trabalha 
com a análise das possibilidades e das combinações possíveis entre conjuntos 
de elementos, pois auxilia no estudo das probabilidades. Os principais conceitos 
que a norteiam são: o Princípio Fundamental da Contagem e o diagrama de 
árvore. 
Diagrama de árvore 
Responsável por estabelecer todas as combinações existentes e 
possíveis para agrupar um conjunto de objetos (elementos). 
Vejamos quantos visuais diferentes podemos montar com duas calças, 
três camisetas e quatro chapéus diferentes. 
Figura 1.1 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Fonte: Princípio..., 2016. 
Observe que teremos ao total vinte e quatro visuais diferentes 
combinando essas nove peças. Essa forma de representar todas as 
combinações possíveis, chama-se diagrama de árvore. 
Poderíamos ter feito esse cálculo por meio do princípio fundamental da 
contagem, que consiste em multiplicar a quantidade total de cada um dos 
elementos que se quer agrupar. 
Total de calças × total de camisetas × total de chapéus = total de combinações 
possíveis. 
2 × 3 × 4 = 24 
Princípio Fundamental da Contagem 
Nos auxilia a resolver problemas, como: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
 Quantos números naturais de dois algarismos são múltiplos de 5? Existem 
9 possibilidades de números na primeira posição, uma vez que o zero não 
pode ser contado. Existem 2 possibilidades de números no segundo 
algarismo, uma vez que, para ser múltiplo de 5, deve terminar em zero ou 
em 5. Logo, pelo Princípio Fundamental da Contagem, teremos 9 × 2 = 18 
possibilidades. 
 De quantas formas podemos dispor as letras da palavra flúor de sorte que 
a última letra seja sempre a letra R? Para a última letra, temos apenas 
uma possibilidade que é a letra R. Para a primeira, segunda, terceira e 
quarta letras temos respectivamente 4, 3, 2 e 1 possibilidades. Assim 
temos: 4 × 3 × 2 × 1 ×1 = 24. Podemos dispor as letras da palavra flúor 
de 24 formas diferentes, tal que a última letra seja sempre a letra R. 
 Quantos números de 3 algarismos podemos escrever com os algarismos 
2, 4 e 6? E com algarismos diferentes? Podemos escrever 3 × 3 × 3 = 27 
números com esses algarismos, mesmo repetindo. Sem repetir os 
números, podemos escrever 3 × 2 × 1 = 6 números com esses algarismos, 
sem repetição. 
Fatorial 
Representado por um ponto de exclamação, o fatorial de um número é o 
produto do seu valor pelos seus antecessores até chegar em 1. 
n! = n ⋅ (n-1) ⋅ (n-2) … 1 
Segundo a definição o fatorial de 5 é: 
5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 120 
Tema 2: Permutação 
Permutação é uma troca. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
Permutação simples 
É o agrupamento formado com certo número de elementos distintos, tal 
que a diferença entre um agrupamento e outro aconteça apenas pela mudança 
de posição entre seus elementos. A fórmula é dada por: 
P = n! 
Vejamos alguns exemplos para o uso de permutação. 
 Na fila do caixa de um banco, há três pessoas. De quantas maneiras elas 
podem estar posicionadas? Temos de calcular P3. Então: 
P3 = 3! = 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 6 
Logo, as três pessoas podem estar posicionas de seis maneiras 
diferentes. 
 Quantos anagramas podemos formar com base na palavra vida? Para 
explicar melhor: um anagrama é uma palavra ou frase formada pela 
permuta de letras de outra palavra ou frase. As palavras ou frases 
resultantes podem ser sem significado. 
Como a palavra vida tem 4 letras distintas, devemos calcular o número de 
permutações calculando P4. Temos então: 
P4 = 4! = 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 24 
Portanto, o número de anagramas que podemos formar com base na 
palavra vida é igual 24. 
De quantas maneiras distintas podemos organizar as alunas Claudia, 
Beatriz, Rita, Roberta e Tatiane para um grupo de trabalho escolar? Note que o 
princípio a ser utilizado na organização das estudantes será o da permutação 
simples, pois formaremos agrupamentos que se diferenciarão somente pela 
ordem dos elementos. 
P = n! 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
P = 5! 
P = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 
P = 120 
Portanto, o número de posições possíveis é 120. 
 De quantas maneiras distintas podemos colocar em fila indiana seis 
jovens e seis crianças: 
a. em qualquer ordem 
Resolução 
Podemos organizar as 12 pessoas de forma distinta, portanto, utilizamos: 
12! = 12 ⋅ 11 ⋅ 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 479 001 600 
possibilidades. 
b. iniciando com um jovem e terminando com uma criança 
Resolução 
Ao iniciarmos o agrupamento com jovem e terminarmos com criança 
teremos: seis jovens aleatoriamente na primeira posição e seis crianças 
aleatoriamente na última posição. 
Figura 2.1 
P = (6 ⋅ 6) ⋅ 10! 
P = 36 ⋅ 10! 
P = 130 636 800 possibilidades 
Permutação com elementos repetidos 
Trata-se de cada um dos agrupamentos que podemos formar com certo 
número de elementos, no qual ao menos um deles ocorre mais de uma vez, tal 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
que a diferença entre um agrupamento e outro se dê pela mudança de posição 
entre seus elementos. 
O cálculo é dado pela fórmula: 
𝑷𝒏
(𝒂,𝒃,… )
= 
𝒏!
𝒂! ⋅ 𝒃! ⋅ …
 
Onde: 
n = total de elementos 
a, b, … = elementos que se repetem 
Exemplos da aplicação da permutação com elementos repetidos. 
 Quantos anagramas podemos obter a partir das letras da palavra parar? 
Como a palavra parar tem 5 letras, mas duas delas são repetidas duas 
vezes cada, na solução do exemplo, vamos calcular P5(2, 2): 
𝑷𝟓
(𝟐,𝟐)
= 
𝟓!
𝟐! ⋅ 𝟐!
= 
𝟏𝟐𝟎
𝟐 ⋅ 𝟐
= 𝟑𝟎 
O número de anagramas que podemos formar com base nas letras da 
palavra parar é igual 30. 
 Dos números distintos que são formados com todos os algarismos do 
número 333669, quantos desses são ímpares? 
Nesse exemplo, número ímpares serão aqueles terminados em 3 ou 9. 
No caso dos números terminados em 3 devemos calcular P5(2, 2), pois um 
dos dígitos três será utilizado na última posição e dos 5 dígitos restantes, 
teremos 2 ocorrências do próprio algarismo 3 e 2 ocorrências do 6: 
𝑷𝟓
(𝟐,𝟐)
= 
𝟓!
𝟐! ⋅ 𝟐!
= 
𝟏𝟐𝟎
𝟐 ⋅ 𝟐
= 𝟑𝟎 
Porém, no caso dos números terminados em 9, devemos calcular P5(3, 2), 
pois o dígito 9 será utilizado na última posição. E, dos 5 dígitos que sobram, 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
teremos 3 ocorrências do 3 e 2 ocorrênciasdo dígito 6: 
𝑷𝟓
(𝟑,𝟐)
= 
𝟓!
𝟐! ⋅ 𝟐!
= 
𝟏𝟐𝟎
𝟑 ⋅ 𝟐
= 𝟏𝟎 
Como temos 30 números terminados em 3 e mais 10 terminados em 9, 
então, no total, temos 40 números ímpares. 
Logo, dos números formados, 40 deles são ímpares. 
Tema 3: Arranjo simples 
Se a ordem de posicionamento no grupo ou a natureza dos elementos 
causam diferenciação no agrupamento, então, estamos falando de arranjo 
simples. 
Por exemplo, ao formar uma equipe médica, composta de enfermeiros, 
cirurgiões e anestesistas, não há a possibilidade de troca de lugares, pois cada 
uma das pessoas do grupo tem uma função e especialização diferentes. Alterar 
a ordem de um agrupamento como esse poderia colocar em risco a vida de um 
paciente. 
Por isso, podemos definir arranjo simples por meio deste exemplo: 
Dado um conjunto qualquer com n elementos e um valor natural p. Será 
formado um arranjo simples de p elementos distintos de um conjunto qualquer a 
sequência formada por p elementos do conjunto. 
Seu cálculo é dado pela fórmula: 
𝐀𝐧
𝐩
=
𝐧!
(𝐧 − 𝐩)!
 
Onde: 
n = total de elementos. 
p = formas diferentes de arranjar o grupo. 
Exemplos: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
 Em um campeonato de futebol com 10 times, quantas possibilidades de 
jogos serão feitas de turno e returno? 
Como o jogo time A × time B é diferente de time B × time A, por causa 
do returno, então, podemos concluir que a ordem importa. E quando a ordem 
importa, estamos falando de arranjo simples de 10 elementos tomados 2 a 2. 
Então, teremos: 
𝐀𝟏𝟎
𝟐 =
𝟏𝟎!
(𝟏𝟎 − 𝟐)!
= 𝟗𝟎 
Logo, serão realizados 90 jogos entre todos os times no turno e returno 
da competição. 
 Em um campeonato de atletismo, participam da competição André, Paulo, 
Cristiano, Roberto, Sérgio, José e Felipe. Quantos resultados possíveis 
para o pódio podemos ter? 
Como a ordem entre o pódio, quer dizer, entre 1º, 2º e 3º altera o 
resultado, então, estamos falando de arranjo simples. Teremos: 
𝐀𝟕
𝟑 =
𝟕!
(𝟕 − 𝟑)!
= 𝟐𝟏𝟎 
Existem 210 possibilidades diferentes de pódio para estes 7 corredores. 
 Qual é o número de anagramas que podemos formar com as letras da 
palavra felicidade? 
Trata-se de um arranjo simples de 10 elementos tomados de 10 em 10, 
na qual a ordem faz diferença. 
𝐀𝟏𝟎
𝟏𝟎 =
𝟏𝟎!
(𝟏𝟎 − 𝟏𝟎)!
= 𝟑 𝟔𝟐𝟖 𝟖𝟎𝟎 
Então, podem ser formados 3 628 800 anagramas diferentes com essas 
letras. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
Contudo, não se esqueça: no arranjo, a ordem sim importa. 
Tema 4: Combinação 
Não importa se a calça azul será vestida com a camisa vermelha ou a 
camisa vermelha será vestida com a calça azul, neste caso, o traje é o mesmo. 
Na combinação, a ordem dos elementos não importa, apenas a natureza 
é que difere. Por exemplo, se com um grupo de pessoas você quer formar pares 
para uma competição, o fato de escolhermos Maria e João ou João e Maria é a 
mesma coisa. Continua sendo um par e a ordem na qual foram escolhidos não 
importa no resultado. 
Então, temos uma combinação quando os agrupamentos com elementos 
distintos não se alteram. Muda-se apenas a ordem de posicionamento dos 
elementos no grupo. A diferenciação ocorre apenas em relação à natureza dos 
elementos. 
Seu cálculo é dado pela fórmula: 
𝐂𝐧
𝐩
= 
𝐧!
𝐩! ⋅ (𝐧 − 𝐩)!
 
Onde: 
n = número total de elementos 
p = formas distintas de agrupar os elementos 
Vejamos alguns exemplos onde a ordem dos elementos não importa, pois 
o grupo resultante será o mesmo. 
 Quantas combinações de jogos da Mega-Sena são possíveis de serem 
realizadas? 
Neste caso, não importa a ordem dos números, pois em cada um dos 
jogos você marcará 6, então, estamos diante de um caso de combinação de 60 
elementos tomados de 6 em 6. 
𝐂𝟔𝟎
𝟔 = 
𝟔𝟎!
𝟔! ⋅ (𝟔𝟎 − 𝟔)!
= 𝟓𝟎 𝟎𝟔𝟑 𝟔𝟖𝟎 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
 Uma sala é composta por 30 alunos. O professor pediu para formarem 
grupos de 4 alunos para a realização de um trabalho. Quantos possíveis 
grupos podem ser formados? 
A ordem dos grupos não importa, pois, um grupo formado por Cassio, 
Fernanda, Beth e Fabio é o mesmo grupo formado por Fabio, Fernanda, Cassio 
e Beth. Logo, teremos uma combinação de 30 elementos tomados 4 a 4. 
𝐂𝟑𝟎
𝟒 = 
𝟑𝟎!
𝟒! ⋅ (𝟑𝟎 − 𝟒)!
= 𝟐𝟕 𝟒𝟎𝟓 
Poderão ser formados 27 405 grupos diferentes. 
 Com 12 bolas de cores diferentes, quantos saquinhos com 4 bolas cada 
posso formar? 
A ordem das cores não importa, logo, é combinação de 12 elementos 
tomados 4 a 4. 
𝐂𝟏𝟐
𝟒 = 
𝟏𝟐!
𝟒! ⋅ (𝟏𝟐 − 𝟒)!
= 𝟒𝟗𝟓 
Existirão 495 possibilidades diferentes de arrumar os saquinhos. 
Lembre-se: na combinação simples, a ordem dos elementos não interfere. 
Tema 5: Resolvendo Análise Combinatória 
Estudar cada um dos temas de análise combinatória não é tão difícil. A 
questão é: qual delas usar em cada problema. Arranjo? Permutação? 
Combinação? 
Na maioria das vezes, quando estudamos separadamente cada um 
desses temas fica fácil resolver os respectivos problemas. Mas quando aplicar 
uma combinação, um arranjo ou uma permutação? 
Neste tema, estudaremos porque, por exemplo, devemos usar uma 
combinação, e não um arranjo ou uma permutação, e não uma combinação. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
Vejamos então alguns exemplos de problemas de análise combinatória. 
 De um total de 6 entradas e 4 pratos principais de um menu de 
restaurante, pretendo escolher 5 ao total para montar um menu de festa, 
de forma que tenha pelo menos 2 pratos principais. Qual é o número 
máximo de partos distintos que se poderá fazer para este menu? 
Se não houvesse a restrição dos dois pratos principais, o cálculo seria 
simplesmente C10, 5: 
𝐂𝟏𝟎
𝟓 =
𝟏𝟎!
𝟓! (𝟏𝟎 − 𝟓)!
= 𝟐𝟓𝟐 
Mas, como há tal restrição, devemos descontar desse total o número de 
pratos que só contém carboidratos, que é igual a C6, 5: 
𝐂𝟔
𝟓 =
𝟔!
𝟓! (𝟔 − 𝟓)!
= 𝟔 
Não podemos nos esquecer: podemos montar pratos contendo apenas 
um prato principal, então, devemos desconsiderá-los também. Esses pratos são 
o produto de C6, 4 referentes aos quatro itens de entrada, por C4, 1, referentes ao 
único item de prato principal: 
𝐂𝟔
𝟒 =
𝟔!
𝟒! (𝟔 − 𝟒)!
= 𝟏𝟓 
 
𝐂𝟒
𝟏 =
𝟒!
𝟒! (𝟒 − 𝟏)!
= 𝟒 
Multiplicando as combinações: 
𝐂𝟔
𝟒 ⋅ 𝐂𝟒
𝟏 = 𝟏𝟓 ⋅ 𝟒 = 𝟔𝟎 
Podemos formar então 6 pratos sem qualquer item de proteína e 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
mais 60 pratos com somente um item de prato principal. Então, de 252, que é o 
número total de combinações possíveis sem a restrição, devemos 
subtrair 66 pratos para obtermos a resposta do exercício, ou seja, 186 
 Em um guarda-roupa, irei arrumar 3 camisetas brancas, 2 camisetas 
pretas e 5 vermelhas. Quantas são as disposições possíveis desde que 
as camisetas de mesma cor fiquem juntas, lado a lado, no guarda-roupa? 
Como temos três cores de camisetas, a permutação destes três tipos é 
igual a 6: 
P3 = 3! = 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 6 
Ou seja, estando todas as camisetas de uma mesma cor juntas, o número 
de permutações é igual a 6, levando-se em consideração apenas a cor da 
camiseta. 
Para as brancas, temos 3 delas que, permutados entre si, resulta 
em 6 permutações: 
P3 = 3! = 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 6 
Para as pretas, temos 2 camisetas que, permutadas entre si, resulta 
em 2 permutações: 
P2 = 2! = 2 ⋅ 1 = 2 
Finalmente, para as vermelhas, temos 5 camisetas que, permutadas entre 
si, resultaem 120 permutações: 
P5 = 5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 120 
Multiplicando esses quatro números temos: 
P3 ⋅ P3 ⋅ P2 ⋅ P5 = 3! ⋅ 3! ⋅ 2! ⋅ 5! = 6 ⋅ 6 ⋅ 2 ⋅ 120 = 8 640 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
Este é o número de disposições possíveis. 
Veja que os três últimos fatores (P3, P2 e P5) se referem às permutações 
das brancas, pretas e vermelhas, respectivamente, entre eles mesmos, sem 
existir mistura de cores. 
Note, no entanto, que o primeiro fator (P3) se refere às permutações entre 
os tipos de cores em si, por exemplo, "brancas, pretas, vermelhas" é um 
agrupamento e "pretas, vermelhas e brancas" é um outro agrupamento, ou seja, 
embora não exista mistura entre cores diferentes, as cores permutam entre si. 
Portanto, as disposições possíveis são 8 640. 
 Na primeira fila de uma plateia existem 10 lugares, porém, são 12 o 
número de pessoas entre crianças, pessoas com necessidades especiais 
e idosos, que devem estar na primeira fila. De quantas maneiras distintas 
elas podem ser acomodadas, sabendo que a primeira fila estará sempre 
lotada? 
Para a primeira pessoa ocupar um dos lugares tem-se 12 possibilidades, 
para a segunda, teremos 11, para a terceira, teremos 10 e assim por diante, até 
a décima pessoa, na qual teremos apenas 3 possibilidades, já que apenas duas 
ficarão em pé. 
Multiplicando tudo temos: 
12 ⋅ 11 ⋅ 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 = 239 500 800 
Se não importasse a ordem das pessoas na primeira fila, iríamos 
dividir 239 500 800 por 10! para anular a permutação das 10 pessoas na 
primeira fila, mas como a ordem das pessoas distingue um agrupamento do 
outro, não iremos realizar tal divisão, pois estamos na verdade trabalhando 
com arranjo simples. 
Por isso, você já deve ter percebido que poderíamos ter calculado A12, 10: 
𝐀𝟏𝟐
𝟏𝟎 =
𝟏𝟐!
(𝟏𝟐 − 𝟏𝟎)!
= 𝟐𝟑𝟗 𝟓𝟎𝟎 𝟖𝟎𝟎 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
Então, as aves podem ser empoleiradas de 239 500 800 formas distintas. 
Síntese 
Nesta aula, você conheceu os tipos de análise combinatória, quando usar 
uma permutação, uma combinação ou um arranjo. Também vimos a importância 
desse conteúdo no nosso pensamento lógico e abstrato. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
Referências 
PRINCÍPIO fundamental da contagem. Clubes de Matemática da OBMEP, 
Brasília, DF, 2016. Disponível em: <http://clubes.obmep.org.br/blog/texto_006-
principio-fundamental-de-contagem/>. Acesso em: 29 ago. 2016.

Outros materiais