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SARCOPENIA EM IDOSOS

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SARCOPENIA EM IDOSOS 
 
 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
Os parâmetros para identificação da 
sarcopenia são a quantidade de 
músculo e suas funções. As variáveis 
mensuráveis são: 
- A massa 
- A força 
- O desempenho físico. 
 
 Massa muscular 
 Métodos de imagem corporal 
- Tomografia computadorizada 
-Ressonância magnética nuclear 
- Densitometria de corpo inteiro 
 
Esses são os três métodos de imagem 
utilizados para estimar a massa 
muscular 
A tomografia e a ressonância são 
métodos de muita precisão e são 
considerados padrão-ouro para 
estimativa da massa muscular em 
pesquisa. 
 
A densitometria é um método 
alternativo para diferenciar gordura, 
músculo e osso tanto na prática 
clínica como em pesquisa. 
 
 Bioimpedância 
A bioimpedância estima o volume de 
gordura e a massa muscular do 
indivíduo. É um recurso portátil e de 
fácil manuseio, que pode ser utilizado 
em idosos ambulatoriais ou acamado. 
Esta é uma alternativa portátil aos 
métodos de imagem. 
 
 Medidas antropométricas 
Cálculos baseados na circunferência 
do braço e na espessura de dobras 
cutâneas têm sido utilizados para 
estimar a massa muscular em idosos 
ambulatoriais. 
 
A circunferência da panturrilha se 
relaciona com a massa muscular; essa 
medida, porém, pode ser atrapalhada 
pela gordura subcutânea ou pela 
presença de edema. 
 
OBS: Portanto, a diminuição da 
medida da circunferência da 
panturrilha tem maior correlação 
com perda de massa muscular em 
 
 
 
idosos frágeis quando comparados a 
idosos saudáveis ou obesos. 
 
 Força muscular 
Há poucos métodos validados para se 
avaliar a força muscular. Entre eles: 
 
Força preensão palmar: 
A força isométrica de preensão 
palmar é fortemente relacionada com: 
- Potencia muscular dos membros 
inferiores 
- Amplitude de extensão dos joelhos 
- Área de secção transversal da 
musculatura da panturrilha. 
 
Na prática, há uma relação linear 
entre a força de preensão palmar e a 
ocorrência de incapacidade nas 
atividades de vida diária. 
 
 Flexão e extensão do joelho: 
A avaliação da força muscular por 
meio da flexão e extensão do joelho 
pode ser realizada por diversos 
equipamentos. Porém para a sua 
realização são necessários 
equipamentos de custo elevado. 
 
 Pico de fluxo expiratório: 
Em idosos sem doença pulmonar, o 
pico de fluxo expiratório é 
determinado pela força dos músculos 
respiratórios Porém faltam estudos 
que o correlacionem com a 
sarcopenia. 
 
 Desempenho físico: 
Diversos testes amplamente 
conhecidos podem ser utilizados para 
avaliar o desempenho físico. Os 
principais são: 
 
Short Physical Performance 
Battery (SPPB). 
O SPPB é um instrumento que avalia 
o desempenho físico por meio de testes 
de: 
- Equilíbrio 
- Velocidade de marcha 
- Força e resistência dos MMII 
 
Avalia habilidades, como capacidade 
de permanecer com os pés juntos, lado 
a lado, como o calcâneo do pé da 
frente encostado no hálux do pé de 
trás, e com o calcâneo do pé da frente 
 
 
 
encostado em todos os dedos do pé de 
trás. 
 
Avalia também tempo que o idoso 
leva para caminhar 3 metros e tempo 
gasto para levantar de uma cadeira e 
retornar a posição sentada após 5 
movimentos. 
Então se trata de um instrumento 
completo. 
 
- Velocidade da marcha: 
Nesse teste, é medido o tempo, em 
segundos e milésimos de segundo, que 
o indivíduo leva para percorrer 3 ou 4 
metros. 
 
A velocidade é calculada a partir da 
média obtida após 3 tentativas. 
 
- Timed up and go Test (TUGT): 
O teste avalia o tempo que o indivíduo 
leva para se levantar de uma cadeira, 
andar 3 metros, retornar e sentar. 
 
Esse teste também avalia o equilíbrio 
dinâmico do indivíduo. 
- Stair Climb Power Test (SCPT): 
O SCPT tem sido proposto como 
medida clínica relevante de avaliação 
de potência muscular dos membros 
inferiores. 
 
O teste avalia o tempo que o indivíduo 
gasta para subir 6 lances de escadas de 
12 degraus. 
Impacto na saúde do idoso 
SARCOPENIA E OUTRAS 
CONDIÇÕES 
 Caquexia 
Ela é uma condição clínica em que o 
idoso cm doenças sistêmicas graves, 
como: 
- Cancer 
- Insuficiência cardíaca 
- DPOC 
- Doença renal 
Apresentam grande perda de peso. 
 
Tem sido definida como uma 
síndrome metabólica complexa 
associada a uma doença subjacente e 
caracterizada por perda muscular. 
 
A caquexia é frequentemente 
associada a: 
- Inflamação 
 
 
 
- Resistência à insulina 
- Anorexia 
- Quebra das proteínas musculares 
Portanto, muitos indivíduos 
caquéticos também são sarcopénicos. 
A sarcopenia é um dos elementos de 
definição proposta para a caquexia. 
 
 Fragilidade 
A fragilidade é uma síndrome 
biológica de diminuição da 
capacidade de reserva homeostática 
do organismo e de resistência aos 
estressores, que resulta em declínios 
cumulativos em múltiplos sistemas 
fisiológicos. 
 
A fragilidade e a sarcopenia se 
sobrepõem. Muitos idosos frágeis 
mostram-se sarcopenicos e alguns 
idosos com sarcopenia são também 
considerados frágeis. 
 
 Obesidade sarcopênica 
A obesidade sarcopênica é uma 
condição clínica caracterizada por 
sarcopenia e obesidade. 
Em condições como: 
- Câncer 
- Próprio envelhecimento 
A massa magra é perdida, e a massa 
gorda pode estar preservada ou 
aumentada. 
 
A fraqueza muscular no idoso sempre 
foi uma condição atribuída somente à 
perda de massa muscular, porém 
pesquisas recentes mostram que 
mudanças na composição da 
musculatura também são importantes 
e infiltração de gordura dentro do 
músculo (mioesteatose) diminui a 
qualidade muscular e o desempenho 
físico. 
 
 Osteoporose 
A prevalência de sarcopenia, 
osteopenia e osteoporose sabidamente 
aumentam com a idade. 
 
Massa muscular diminuída e massa 
gordurosa aumentada contribuíram 
de maneira independente para 
reduzir os níveis de densidade 
mineral óssea em alguns sítios. 
 
 
 
 
Portanto, manter ou aumentar a 
massa magra pode auxiliar a 
preservar a densidade mineral. 
 
Abordar o paciente sarcopênco 
TRATAMENTO 
A abordagem terapêutica atual da 
sarcopenia baseia-se em intervenções 
não farmacológicas e farmacológicas. 
 
 INTERVENÇÕES NÃO 
FARMACOLÓGICAS 
- Exercício físico 
- Ingesta nutricional 
 
 EXERCÍCIO FÍSICO 
Exercício físico em qualquer faixa 
etária requer potência, força e 
resistência muscular. 
 
- Potencia: é a capacidade de gerar 
força elevada no menor tempo 
possível. 
 
- Força: é a capacidade de gerar maior 
força possível sem se preocupar com o 
tempo. 
 
- Resistencia: é a energia gerada para 
manter o exercício físico. 
 
O treinamento progressivo de 
exercícios resistidos em idosos 
melhora significativamente a: 
- Força muscular 
- Velocidade da marcha 
- Habilidade para subir escadas. 
 
Para idosos obesos, a melhor 
estratégia para reduzir a limitação 
funcional e a resistência insulínica 
foi a combinação de exercícios 
resistidos e exercícios aeróbicos. 
 
Recomenda-se que os idosos iniciem o 
tratamento com exercícios resistidos 
de baixa velocidade (para força) – 2 
vezes por semana, em sias não 
consecutivos, por 4 semanas. 
 
Devem iniciar com 30 a 50% de carga 
de uma repetição máxima e progredir 
para 80% com dez a quinze repetições. 
 
 
Em seguida, deve-se progredir para 
exercícios resistidos de alta velocidade 
 
 
 
(para potência), 2 vezes por semana, 
em dias não consecutivos. Pode-se 
ainda inserir treinamento aeróbico 
nos dias em que não sejam realizados 
exercícios para força e potencia 
muscular. 
 
 NUTRIÇÃO 
Estudos recentes mostram que a falta 
de proteína em quantidade adequada 
na dieta e a falta de resposta 
anabólica a sua ingestão são 
mecanismos envolvidos na sarcopenia. 
 
Estudos tem demonstrado que a 
suplementação de quantidade 
moderada de aminoácidos essenciais 
estimula a sínteseproteica em pessoas 
idosas. 
 
Alimentos ricos em proteínas, como a 
do soro do leite (rica em leucina) ou 
suplementos nutricionais por via oral 
podem ser um meio prático e de baixo 
custo para adicionar fornecimento de 
proteína. 
 
Recomenda-se ingerir entre 1,2 e 1,5 
g/Kg de peso por dia para prevenir e 
tratar a sarcopenia. 
 
É importante considerar não somente 
a quantidade de proteína entre as 3 
principais refeições: 
- Café da manhã Pode produzir 
- Almoço  síntese máxima 
- Jantar de proteína 
 
 
Diversos estudos mostram que o 
fornecimento de suplemento 
nutricional enriquecido com 
aminoácidos essenciais pode 
melhorar: 
- Massa 
- Força 
- Função muscular 
Mesmo sem realização de exercícios 
 
Contudo, os resultados são melhores 
quando os exercícios são combinados 
a suplementação nutricional 
comparando a ambos isoladamente. 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÕES 
FARMACOLÓGICAS 
Até o momento nenhum medicamento 
foi especificamente desenvolvido para 
tratar a sarcopenia. 
 
- Testosterona 
A literatura mostra resultados 
inconclusivos e conflitantes acerca da 
efetividade da terapia de reposição da 
testosterona no aumento da massa e 
da força muscular do idoso. 
 
O efeito anabólico da testosterona na 
massa e na força muscular do idoso 
parece ser inferior ao obtido em 
indivíduos jovens. 
 
A testosterona aumenta a massa e a 
força muscular por meio de estímulo 
na produção de células 
satélites, assim como na síntese de 
proteína muscular. Ainda faltam, 
entretanto, evidencias para que a 
reposição de testosterona seja 
recomendada no tratamento da 
sarcopenia. 
 
 
- Deidropiandrosterona 
Baixos níveis de DHEA foram 
associados à diminuição da massa e 
da força muscular, no entanto, até o 
presente momento, os estudos com 
reposição de DHEA. 
Tanto em homens quanto em 
mulheres idosas falharam em mostrar 
aumento da massa e da força 
muscular. 
 
- Nandrolona 
Ela é um esteroide anabolizante 
injetável. 
50 mg por via intramuscular a cada 3 
semanas, em mulheres evidenciou 
diminuição de fraturas, aumento da 
massa muscular. 
 
- Estrógeno e tibolona 
Reposição estrogênica e da tibolona 
na composição corporal e na força 
muscular de mulheres pós-menopausa 
evidenciou aumento da força 
muscular. 
Mas somente a tibolona aumentou 
massa magra e diminuiu massa 
gordurosa. 
 
 
 
 
- Hormônio do crescimento. 
Nos idosos, que frequentemente têm 
menores níveis séricos de GH, a 
maioria dos estudos mostra que 
suplementação do hormônio pode 
aumentar a massa muscular sem, no 
entanto, aumentar a força muscular. 
 
- Vitamina D 
Atrofia muscular,predominantemente 
de fibras tipo II, foi evidenciada em 
análise histológica de idosos com 
deficiência de vitamina D. 
 
O papel da vitamina D na prevenção 
da sarcopenia permanece incerto e a 
dose a ser reposta em pacientes com 
deficiência é muito variável. 
 
OBS> Entretanto, na prática as doses 
de reposição costumam ser muito 
maiores do que as 800 UI diárias 
utilizadas para reduzir risco de 
fratura e quedas no idoso. 
 
- Creatina 
A suplementação com creatina pode 
aumentar a síntese de massa muscular 
em razão da elevação da creatina e 
fosfocreatina intramuscular. 
 
 
- Inibidores da enzima conversora de 
angiotensina. 
A ativação do sistema renina-
angiotensinaaldosterona pode estar 
envolvida na progressão da 
sarcopenia. 
 
Os IECA reduzem o nível de 
angiotensina II nos vasos das células 
musculares, e a angiotensina II pode 
ser um fator de risco para sarcopenia 
por meio do aumento da produção de 
citocinas pró-inflamatórias. 
 
A diminuição nos marcadores 
inflamatórios pelos IECA pode 
melhorar a microcirculação 
endotelial e, consequentemente, 
diminuir a perda muscular. 
 
PERSPECTIVA FUTURA... 
- Moduladores Androgênicos 
- Antagonistas da miostatina 
- Estimuladores do eixo GH/IGF-1 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
FREITAS, E. V.; PY, L.; NERI, A. L.; 
CANÇADO, F. A. X. C.; GORZONI, M. L.; 
DOLL, J. Tratado de Geriatria e 
Gerontologia 4ª. Edição. Grupo Editorial 
Nacional (GEN), 2016.

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