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Noções sobre reprodução Reprodução nos cativeiros > Desafio para os produtores Simulação de situações naturais: ● Enchentes ● Aumento da temperatura ● Colocação de substratos Peixes ovíparos: o filhote se desenvolve fora do corpo da mãe, dentro do ovo que contém nutrientes Peixes vivíparos: os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da mãe (ex. Lebistes) Peixes ovovivíparos: os filhotes se desenvolvem em ovos dentro do corpo da mãe. Já nascem prontos para se alimentarem de outros organismos. Espécies reofílicas: necessitam migrar para realizar a reprodução Ex. matrinxã, carpa capim, tambaqui ● Incubação: período de desenvolvimento do embrião. ● Hipofisação: Conjunto de técnicas empregadas na aplicação de hormônios hipofisários ou artificiais, em peixes sexualmente maduros, visando provocar a maturação final e ovulação nas fêmeas, como também a liberação do líquido espermático nos machos para que ocorra a reprodução. > Hormônios Luteinizantes de mamíferos são muito semelhantes aos de peixes, podendo ser usados para indução à desova > Outro tipo de hormônio usado para induzir a desova é a Gonadotrofina Coriônica (HCG), proveniente da placenta de mulheres grávidas. Esse hormônio está presente na urina de mulheres grávidas, podendo ser assim purificado. > A forma mais usual de induzir a desova é utilizando extrato de hipófise Extrusão: técnica que consiste na coleta de óvulos e sêmen diretamente de ovários e testículos, mediante pressão exercidas na região ventral dos peixes, na direção do orifício genital. Noções sobre alimentação: Crescimento > Menor custo de produção Alimentação: ● Mais proteica ● Maior taxa de conversão Gastos com alimentação: A alimentação consome cerca de 60 a 80% dos custos operacionais totais. Para peixes é necessário de 1 a 1,5 g proteína/kg de peso vivo/dia. A escolha dos ingredientes deve se basear: densidade nutricional, digestibilidade Custo impacto ambiental da produção relação “fish-in - fish-out” (unidade métrica usada para evidenciar quantas unidades de peixes selvagens são necessárias para produzir uma unidade de peixes de cativeiro) Tipos de alimentos: ● Energéticos: Os alimentos ricos em metabólitos energéticos são mais utilizados para animais com alta taxa metabólica, não sendo muito indicados para o cultivo, já que a produção de excreta também é maior nesses casos. Na aquicultura, há necessidade de conhecer o metabolismo do animal cultivado para inserir metabólitos energéticos na dieta de forma a garantir o seu crescimento. No caso de peixes, a energia dos alimentos é convertida mais rapidamente em massa muscular, pois possuem metabolismo baixo. Dietas balanceadas com carboidratos e lipídeos garantem a energia necessária para o crescimento do animal. ● Proteicos: Alimentos ricos em proteínas são mais facilmente convertidos em massa muscular, sendo melhor convertidos em crescimento do organismo. Na falta de metabólitos energéticos, as proteínas passam a ser utilizadas como fonte de energia, retardando o crescimento. Os peixes necessitam de 10 aminoácidos essenciais em sua dieta: lisina, arginina, histidina, treonina, valina, leucina, isoleucina, metionina, fenilalanina e triptofano. A deficiência de aminoácidos essenciais na dieta pode provocar deformidades na coluna (triptofano) e cataratas (metionina), em peixes. > Vitaminas e minerais são essenciais para a formação dos tecidos ósseo e sanguíneo, além de serem importantes para o crescimento de tecido muscular. - Além das vitaminas e minerais, os ácidos graxos também são importantes componentes das dietas, visto que são essenciais para a formação das membranas celulares e servem como fonte de energia, principalmente para as espécies carnívoras que apresentam baixa capacidade de aproveitamento de carboidratos. Os principais ácidos graxos na dieta de peixes são: ● ácido linolênico, ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). - Os sinais de deficiência em ácidos graxos são: atraso no crescimento, redução na eficiência alimentar, podridão das nadadeiras, síndrome do choque, reduzido desempenho reprodutivo e alta mortalidade. > Uso de aditivos na dieta: Instrução Normativa número 13 de 30 de novembro de 2004 (BRASIL, 2004), regulamenta o uso aditivos destinados à alimentação animal. > Aditivos são “substâncias ou microorganismos adicionados intencionalmente, que normalmente não se consomem como alimento, tenham ou não valor nutritivo, que afetem ou melhorem as características do alimento ou dos produtos animais”. De acordo com a referida instrução normativa, os aditivos podem ser classificados, conforme artigo 3.5, de acordo com suas funções e propriedades em: ● aditivos tecnológicos: qualquer substância adicionada ao produto destinado à alimentação animal com fins tecnológicos; ● aditivos sensoriais: qualquer substância adicionada ao produto para melhorar ou modificar as propriedades organolépticas destes ou as características visuais dos produtos; ● aditivos nutricionais: toda substância utilizada para manter ou melhorar as propriedades nutricionais do produto; aditivos zootécnicos: toda substância utilizada para influir positivamente na melhoria do desempenho dos animais; ● anticoccidianos: substância destinada a eliminar ou inibir protozoários. Com relação aos aditivos zootécnicos, os mesmos são classificados conforme suas propriedades equilibradores da flora gastrointestinal em: ● Probióticos = cepas de microrganismos vivos (viáveis), que agem como auxiliares na recomposição da flora microbiana do trato digestivo dos animais, diminuindo o número dos microrganismos patogênicos ou indesejáveis; ● Prebióticos = ingredientes que não são digeridos pelas enzimas digestivas do hospedeiro, mas que são fermentados pela flora bacteriana do trato digestório originando substâncias que estimulam seletivamente o crescimento e/ou atividade de bactérias benéficas e inibem a colonização de bactérias patógenas ou indesejáveis. Forma: Ração farelada: os ingredientes da ração são apenas moídos e misturados. Sua utilização não é recomendada uma vez que as perdas de nutrientes são muito grandes, causando não só problemas aos peixes, como a poluição da água dos tanques. Ração peletizada: por meio da combinação da umidade, calor e pressão, as partículas menores são aglomeradas, dando origem a partículas maiores. ● Sua estabilidade na superfície da água deve estar em torno de 15 minutos, o que garante sua qualidade. ● Esse tipo de ração reduz as perdas de nutrientes na água, pode eliminar alguns compostos tóxicos, diminui a seleção de alimento pelos peixes, além de reduzir o volume no transporte e armazenamento da ração. ● Tem um custo de produção mais elevado, quando comparada à ração farelada. Ração extrusada: a extrusão consiste num processo de cozimento em alta temperatura, pressão e umidade controlada. ● Sua estabilidade na superfície da água é de cerca de 12 horas, tornando o manejo alimentar com esse tipo de ração mais fácil e eficiente. ● Atualmente, tem sido a forma de ração mais indicada para a piscicultura. A Conversão Alimentar depende: ● Qualidade do alimento ● Espécie cultivada ● Idade dos animais ● Sexo e reprodução ● Disponibilidade e capacidade de aproveitamento do alimento natural ● Qualidade da água ● Densidade de Estocagem ● Arraçoamento
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