Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Paredes Abdominais Divisão topográfica superficial *O limite inferior do tórax é constituído pelo músculo DIAFRAGMA (estrutura muscular miotendínea – tendão muscular na região central e uma estrutura muscular na região periférica) → serve principalmente para a respiração → limite superior da cavidade abdominal *O limite inferior da cavidade abdominal é o ESTREITO SUPERIOR DA PELVE → linha imaginária traçada a partir da região anterior de L5 ou da região anterior de S1 (promontório) → essa linha imaginária passa na polo superior da SÍNFISE PÚBICA → separa a cavidade abdominal (acima) da cavidade pélvica (abaixo) Subdivisões da cavidade abdominal *A cavidade abdominal pode ser dividida em 4 quadrantes ou em 9 regiões *A nomenclatura considera: → linhas traçadas por referenciais → acidentes anatômicos dos ossos que os limitam *QUADRANTES → linha que separa os lados direito e esquerdo é traçada no plano mediano (borda inferior do esterno) e se estende até a região mediana da sínfise púbica → linha que separa as partes superior e inferior é traçada perpendicularmente ao plano do umbigo → formam-se 4 subdivisões: QUADRANTE SUPERIOR DIREITO, QUADRANTE SUPERIOR ESQUERDO, QUADRANTE INFERIOR DIREITO e QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO *REGIÕES → 2 linhas verticais que separam a partir do plano mediano da clavícula: LINHA HEMICLAVICULAR → linha horizontal traçada no extremo inferior dos arcos costais (cartilagem que une os últimos arcos costais): PLANO SUBCOSTAL às vezes, pode ser traçada na linha TRANSPILÓRICA → linha horizontal traçada na espinha ilíaca anterossuperior: PLANO INTERESPINAL → formam-se 9 subdivisões: HIPOCÔNDRIO DIREITO, FLANCO DIREITO, FOSSA ILÍACA DIREITA, HIPOCÔNDRIO ESQUERDO, FLANCO ESQUERDO, FOSSA ILÍACA ESQUERDA, EPIGASTRO, MESOGASTRO / REGIÃO UMBILICAL, HIPOGASTRO / REGIÃO PÚBICA Abdome *As subdivisões facilitam o processo de comunicação entre profissionais de saúde e auxiliam a realizar um raciocínio clinico baseado na queixa do paciente → permitem imaginar quais órgãos estão acometidos e quais patologias são possíveis Parede abdominal anterior / ântero-lateral *Constituída por sucessivas camadas diferentes → pele (mais superficial) → tecido celular subcutâneo: FÁSCIA DE CAMPER → fáscia pré-muscular: FÁSCIA DE SCARPA → três planos musculares MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME → fáscia pré-peritoneal/transversal/transversalis: antes do peritônio → lâmina peritoneal visceral *Formada por 4 a 5 músculos (o quinto músculo tende a ser vestigial, nem todas as pessoas o apresentam) → MÚSCULO RETO ABDOMINAL (local onde podem aparecer divisões – “tanquinho”) o recoberto por uma BAINHA DO RETO DO ABDOME / BAINHA DO RETO ABDOMINAL bainhas também são formadas por tecido conjuntivo como as fáscias, mas diferem delas devido ao tipo de colágeno que compõe esse tecido na parte posterior da parede anterior do abdome, a bainha do músculo reto do abdome é formada por diferentes estruturas, de acordo com a sua topografia as aponeuroses dos músculos oblíquo externo do abdome, oblíquo interno do abdome e transverso do abdome migram para a região mediana e compõem a bainha a aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome sempre aparece em direção anterior a aponeurose do músculo transverso do abdome acima da LINHA ARQUEADA surge por trás e, abaixo da linha arqueada, surge pela frente a aponeurose do músculo oblíquo interno do abdome apresenta duas ramificações: acima da linha arqueada, a ramificação anterior surge pela frente e a ramificação posterior segue por trás abaixo da linha arqueada, a ramificação anterior e a ramificação posterior surgem pela frente a bainha do músculo reto do abdome é mais espessa abaixo da linha arqueada, uma vez que há mais aponeuroses do que na região posterior FÁSCIA: tecido conjuntivo que reveste as estruturas musculares, de modo que estas mantenham e a sua forma e desempenhem suas funções superficial profundo DICA: ❖ abaixo da linha arqueada: todas as aponeuroses vão pela frente ❖ acima da linha arqueada: 1 2⁄ pela frente e 1 2⁄ por trás OBS: LINHA ARQUEADA • no meio do músculo reto abdominal está o MÚSCULO PIRAMIDAL, que é inconstante (vestigial) e ajuda o reto abdominal em suas funções o seus ventres são entrecortados INTERSECÇÕES TENDÍNEAS o ação: auxilia os demais músculos da parede abdominal a fazer os movimentos do tronco e a manobra de Valsalva (contração dos músculos empurrando a barriga pra dentro, fazendo força para expirar totalmente) um dos principais flexores do tronco e do abdome o entre o músculo reto abdominal da direita e o músculo reto abdominal da esquerda há um acidente anatômico denominado de LINHA ALBA – em mulheres grávidas, pode ser mais perceptível devido aos hormônios da gestação as aponeuroses dos músculos oblíquo externo do abdome, oblíquo interno do abdome e transverso do abdome migram para a região mediana e compõem a linha alba → MÚSCULO OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME fibras em direção descendente – “mão no bolso” NERVOS: TORACOABDOMINAIS (RAMOS ANTERIORES DOS NERVOS ESPINAIS T6-T12) NERVOS: TORACOABDOMINAIS (NERVOS ESPINAIS T7-T11) E NERVO SUBCOSTAL LINHA ARQUEADA → MÚSCULO OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME fibras em direção oposta à das fibras do músculo oblíquo externo do abdome → MÚSCULO TRANSVERSO DO ABDOME fibras estão direcionadas num sentido transversal (em comparação com os planos anatômicos) → esses músculos promovem a movimentação do tronco e seus efeitos: látero-laterização (mover o tronco para os lados), flexão (mover o tronco para a frente), extensão (mover o tronco para trás), rotação lateral (esquerda e direita) SUPERFÍCIE INTERNA DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR *Tendo como base a fáscia transversa, além da lâmina parietal do peritônio, algumas estruturas da cavidade abdominal formam protuberâncias na vista posterior da parede anterior do abdome NERVOS: TORACOABDOMINAIS (RAMOS ANTERIORES DOS NERVOS ESPINAIS T6-T12) E PRIMEIROS NERVOS LOMBARES NERVOS: TORACOABDOMINAIS (RAMOS ANTERIORES DOS NERVOS ESPINAIS T6-T12) E PRIMEIROS NERVOS LOMBARES *Na região central, há um remanescente embrionário chamado ÚRACO → a partir de seu fechamento, é recoberto pela fáscia transversa e pela região parietal do peritônio, passando a ser chamado de PREGA UMBILICAL MEDIANA *A obliteração (desaparecimento) das artérias umbilicais forma a PREGA UMBILICAL MEDIAL *A PREGA UMBILICAL LATERAL é formada pela artéria e pela veia epigástricas inferiores *Entre as pregas umbilicais são formadas FOSSAS → FOSSA UMBILICAL MEDIAL → FOSSAS UMBILICAIS LATERAIS VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR *Vascularizações arterial e venosa se complementam com o estudo do tórax *VASOS EPIGÁSTRICOS SUPERIORES: derivam da artéria torácica interna/ mamar interna, que passa pela região anterior da parede torácica e se subdivide na artéria frênica superior e na epigástrica superior *VASOS EPIGÁSTRICOS INFERIORES: fundem-se aosvasos epigástricos superiores na região da parede abdominal de transição tóraco-abdominal, formando uma vascularização ramificada *RAMOS DOS VASOS CIRCUNFLEXOS ILÍACOS SUPERFICIAL E PROFUNDO: derivam dos vasos pélvicos e vasos do membro inferior → veias circunflexas ilíacas superficiais são o primeiro ramo da veia femoral → artérias circunflexas ilíacas superficiais são o primeiro ramo da artéria femoral Parede posterior do abdome *Músculos: complementam os músculos da parede abdominal anterior e auxiliam na movimentação do tronco e da região lombar, além de atuar na região dos membros inferiores → MÚSCULO QUADRADO LOMBAR / QUADRADO DO LOMBO → MÚSCULO ILÍACO: abaixo da crista ilíaca → MÚSCULO PSOAS MAIOR: mais interno / posterior → MÚSCULO PSOAS MENOR: filiforme (forma fio), menor, com tendão maior *O PLEXO LOMBAR inerva a região posterior do abdome e parte dos membros inferiores e da região genital DE CIMA PRA BAIXO: → NERVO SUBCOSTAL: passa abaixo da XII costela → NERVO ÍLIO-HIPOGÁSTRICO → NERVO ÍLIO-INGUINAL: passa pela crista ilíaca e sai na região inguinal → NERVO CUTÂNEO FEMORAL LATERAL: inervação superficial da parte proximal da coxa → NERVO FEMORAL: inervação dos compartimentos anteriores e mediais da coxa → NERVO GENITOFEMORAL: pode ser subdividido em duas partes: RAMO FEMORAL DO NERVO GENITOFEMORAL: migra para a região inguinal RAMO GENITAL DO NERVO GENITOFEMORAL: migra para a bolsa escrotal *A vascularização da parede posterior do abdome é dada por ramos arteriais que partem direto da aorta (como as ARTÉRIAS LOMBARES) pela ARTÉRIA ÍLIO-LOMBAR e pela ARTÉRIA CIRCUNFLEXA ILÍACA PROFUNDA → são ramos da artéria ilíaca externa, que migra para a região da coxa, ou do ramo posterior da artéria ilíaca interna Canal Inguinal *Canal/tubo/região que possibilita a passagem de algumas estruturas de dentro da cavidade abdominal/cavidade peritoneal em direção a uma região externa a essa cavidade, onde está situada da bolsa escrotal formam o MÚSCULO ILIOPSOAS → possibilita a passagem do testículo de dentro da cavidade abdominal (origem) para dentro da bolsa escrotal → na mulher, possibilita a passagem do ligamento redondo do útero *Podem ocorrer, na trajetória desde a origem do testículo (ao redor dos rins) até a chegada na bolsa escrotal, várias alterações → durante a formação ou durante a vida adulta → por esforços físicos repetitivos, defeitos genéticos, fragilidade da musculatura ou do colágeno que envolve o canal, este pode ser afetado e sofrer uma herniação (passagem de um conteúdo diferente do testículo para fora da cavidade abdominal) HÉRNIAS INGUINAIS comuns nos homens, pouco comuns nas mulheres Limites *O canal inguinal se inicia no ANEL INGUINAL PROFUNDO → as estruturas entram por ele, descem pelo canal inguinal e saem da cavidade abdominal pelo ANEL INGUINAL SUPERFICIAL → contudo, algumas estruturas adentram o canal inguinal sem percorrer todo esse trajeto (sem sair pelo anel inguinal superficial) LIMITE ANTERIOR: aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome TETO/LIMITE SUPERIOR: os músculos oblíquo interno do abdome e transverso do abdome em conjunto LIMITE POSTERIOR: fáscia transversal e lâmina parietal do peritônio ASSOALHO/LIMITE INFERIOR: ligamento inguinal Constituintes/conteúdo *No homem, o funículo espermático e seus constituintes internos, o nervo ílio-inguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral passam por toda a trajetória do canal inguinal *Na mulher, o ligamento redondo do útero, o nervo ílio-inguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral passam por toda a trajetória do canal inguinal *É possível haver zonas nas quais o canal inguinal apresente fragilidades com o decorrer dos anos → a musculatura, por ser filiforme e apresentar um revestimento de colágeno mais maleável, pode ser pressionada por alças intestinais e não conseguir contê- las → assim, pode ocorrer exteriorização das alças intestinais diretamente pela parede – HÉRNIA INGUINAL DIRETA (alça não entra pelo anel inguinal profundo, mas sai pelo canal inguinal, se exteriorizando no anel inguinal superficial) → essa região é mais medial (em direção aos músculos reto abdominais) e se chama TRÂNGULO DE HESSELBACHS → os limites dessa região são: medial: músculo reto abdominal inferior: porção medial do ligamento inguinal lateral: vasos epigástricos inferiores
Compartilhar