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Maria Eduarda Torres Briante 1 PATOLOGIA Aula 1 – SISTEMA GENITAL FEMININO VULVA Epitélio escamoso e glandular + glds sudoríparas Monte pubiano, grandes e pqs labios, clitoris, prepucio, frênulo e vestíbulo Tumores benignos ou inflamacoes podem ocorrer: - Glandulas de Skene – parauretrais (similar a prostata so que na mulher) - Glandulas vulvovaginais (Bartholin) – mucossecretoras: sujeitas a inflamação, obstrução - Lesões cutâneas: lesoes leucoplasicas à Líquen escleroso e Hiperplasia esmacosa(inflamações) Adenoma de gld sudoríparas écrinas ou apócrinas - Hidradenoma pailífero : bem comum, benigna, tto – remoçao Outros tumores: Siringoma, Pólipo Fibroepitelial, Linfangioma circunscrito. Infecções Genitais: Candida, Herpes, Molusco, Tricomonas, Clamidia, Neisseria, HPV. DIP: infertilidade, aderencias, obstrucao, bacteremia, peritonite. HPV – mais de 110 tipos Maria Eduarda Torres Briante 2 Tipos 6 e 11 na vulva = IST Papilomavirus Perineo, peri-anal, vagina, vulva e colo uterino. Associado a doencas de baixa imunidade (diabetes etc) Condiloma = verrucosas Condilomatose vulvar Alteracoes coilocitoticas virais em camada superficial e intermediária do epitélio. NEOPLASIA INTRAEPITELIAL VULVAR GRAUS 1,2,3. (NIV) Não tem potencial metastático, pois não ultrapassa a membrana basal Displasia - Infecção pelo HPV Maria Eduarda Torres Briante 3 - Lesão precursora de CEC vulvar NIV 1: lesão de baixo grau NIV 2 e 3: Carcinoma in situ – lesão de alto grau Na macroscopia: lesões pigmentares, papulares, verrucosas ou placas acastanhadas/acinzentadas, únicas ou múltiplas NIV 3 Epitélio com atipias Espessamento do epitélio CEC DE VULVA Carcinoma Epidermoide da vulva e vagina (cels escamocelulares) 90% dos casos Comum em pessoas > 60 anos Histórico de IST e múltiplos parceiros HPV 16/18 (alto risco) e inflamações crônicas (líquen) Maria Eduarda Torres Briante 4 2 Mecanismos: HPV dependendte e hpv independente – mulheres mais velhas, menopausa, associacao com liquen, associacao com gene supressor tumoral P53. Lesões concomitantes – neoplasia intraepitelial em colo NIC e vagina NIVA e historia previa subsequente. Macroscopia invasiva: lesoes vegetantes, polipos, nodulos, verrugas. Macroscopia superficial: lesoes ulceras, papulas, maculas. < 2cm CEC queratinizante – 65%. Grau de diferenciacao avalia prognostico Disseminação Linfática: inguinais, pelvicos e cadeias distantes Diss. Hematogênica: figado, pulmoes e outros orgaos Fatores de Prognóstico (TNM): tamanho (>2,5 ruim); profundidade; tipos histologicos; grau histologico; acometimento de margens; invasão vascular; presença de metástase ao diagn. COLO UTERINO Epitélio escamoso estratificado (ectocervice) e Ept. Glandular colunar mucinoso (endocervical) Junção escamocelular (JEC) – transição de ectocervice para endocervice à é no orifício externo do colo uterino Na adolescencia – ectrópio – é fisiologico. Tende a inflamar e proliferar o novo epitélio em cima. Zona de Tranformação (ZT) – Epitélio metaplásico: Limites - Lesoes em colo uterino ocorrem na nova JEC na ZT Maria Eduarda Torres Briante 5 Inflamação: cervicite crônica (mulheres em idade fertil, sem alteração clínica) e aguda, pólipos endocervicais, metaplasia escamosa. Infecção pelo HPV de baixo risco (6 e 11) e alto risco (16 e 18) HPV infecta o epitelio escamoso (cels basais) ou cels com metaplasia escamosa Infeção – sexual, canal de parto etc Múltiplos parceiros 18-30 anos e pico secundário na pos menopausa. Maria Eduarda Torres Briante 6 ZT com inflamção Lesões percursoras: semelhante a vulva NIC – Neoplasia intraepitelial cervical 1,2 e 3 NIC 3 – carcinoma in situ Diagn: Colposcopia com biópsia – papanicolaou Eritematosa com placa esbranquicada Maria Eduarda Torres Briante 7 Condiloma - verrugosa Eritematosa Lesão eritematosa com placa esbranquicada Maria Eduarda Torres Briante 8 Displasia Leve – NIC 1 Proliferação e atipias no terço basal/ inferior do epiteloo escamoso com atipias coilocitoticas pelo HPV Displasia Moderada – NIC 2 Atige 2/3 do epitelio Lesão espectral: varios estagios evolutivos na mesma biopsia (NIC 1, 2 e 3) – é possivel detectar a proteina P16 (marcador da infeccao por HPC – inibidor de CDK – dna viral com dna celular do hospedeiro – sinal de maior risco de progressão) nas cels displasicas Maria Eduarda Torres Briante 9 Carcinoma ein situ - NIC 3 Diagns – captura hibrida (papanicolaou) e pcr Carcinoma epidermoide de colo de utero ( Carcinoma de cels escamosas ou escamocelular) – CEC? - mais comum, seguida pelo adenocarcinoma - HPV alto risco - mulheres jovens em idade fertil e produtiva ( acima de 35 a) - progressao lenta Maria Eduarda Torres Briante 10 - Fatores de risco: baixa condicao socioeconomica, multiplos parceiros, inicio precoce vida sexual, multiparas. Adenocarcinoma Puro ou associado ao CEC Associação com HPV alto risco Fatores de risco similar ao CEC + hípote de associação com ACO Tipos Histológicos CEC usual Adenocarcinoma endocervical ou endometriose Tumor menor // tumor avancado Carcinoma de cels escamosas Maria Eduarda Torres Briante 11 Adenocarcinoma in situ Maria Eduarda Torres Briante 12 Aspectos Clínicos e macroscopicos semelhantes adeno e CEC : sangramento vaginal e corrimento. Estadiamento semelhante, tratamento semelhante. Estadiamento por FNM e FIGO (Ginecologia internacional) Fatores que modificam o prognostico - estadiamento - idade - profundidade de invasão - grau de diferenciacao da neoplasia Evolução: metastase – via linfatica, ou via hematogenica (menos comum). Geralmente ocorre a extensão do tumor para orgaos vizinhos VACINA HPV Metodo profilatico e Terapeutico - quadrivalente - bivalente - erradicação do cancer cervical Aula 2 – CORPO UTERINO (endométrio/ miométrio) Histologia – depende da fase do ciclo Fase proliferativa (estrogenio): cresc rapido das glds a partir da camada basal do endometrio. Maria Eduarda Torres Briante 13 Fase secretora tardia (progesterona) – alem daas alteracoes glandulares e plasmáticas à hipertrofia das cels estromais. Menstruação Anatomia Maria Eduarda Torres Briante 14 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL (SUA) 1. Distúrbio hormonal - disfuncional 2. Outras causas: Endometrite cronica, pólipos endometriais, leiomas, neoplasias. SUA Disfuncional: Ciclo anovulatório – causa mais frequente Desequilibrio hormonal leve Eixo Hipotalamo – Hipofise - Ovário Obesidade Epitélio de padrão mais proliferativo que secretor Maria Eduarda Torres Briante 15 SUA de acordo com idade: Pós menopausa – atrofia endometrial (Atenção aos carcinomas - sgr) Atrofia cistica endometrial (diminuicao das glds) DOENÇAS INFLAMATÓRIAS Barreira endocérvice – impede o crescimento de infeccoes Endometrite Clínica – sangramento, dor, secreção, infertilidade. - aguda: geralmente infec bact após parto ou aborto retido (Estreptococcos grupo A) - crônica: DIP, DIU, TB (bem raro), Tecido gestacional retido pós parto ou aborto. Maria Eduarda Torres Briante 16 Pólipos endometriais Massa exofítica na cavid endometrial Clínica: assintomático ou sg anormal (ulceracao/necrose) Pode ter alteração secretórias Uso de Tamoxifeno – associado ao CA mama ENDOMETRIOSE Tecido endometrial ectópico em localizacao anatomica extrauterina Localização: Ovários, Ligamentos uterinos, Septo retovaginal, Fundo de saco vaginal, Intestino e Apêndice,Mucosa do colo uterino, Peritônio. - mulheres em idade reprodutiva (30 – 50 anos) 6 a 10% - Clínica: Infertilidade, disminorréria, dor pélvica, dispareunia, sintomas relacionados a localização - Pode transformar em um adenocarcinoma Patogênese: incerta e com teorias Na prática: cada uma das teorias ocorre em conjunto Maria Eduarda Torres Briante 17 Os implantes endometrioticos são diferentes do endometrio normal como a PGE2 (fator pro inflamatorio) ; aumento da produção de estrogenio (sobrevivencia do tecido endometriotico) ; adenocarcinoma Morfologia: Nódulos de coloração vermelho azulado ou marrom na mucosa do local acometido. Maria Eduarda Torres Briante 18 Endometrioma – cisto de chocolate (hemacia degenerada) Mucosa do cólon com endométrio (glds com padrão endometrial e estroma) Maria Eduarda Torres Briante 19 Cisto Endometriótico ADENOMIOSE Presença de tecido endometrial no miométrio Impacto discreto Maria Eduarda Torres Briante 20 Hiperplasia Endometrial sem atipias (Benigna) Clinica: sg vaginal não ciclico em mulheres pos menopausa USG – aumento da espessura do endometrio no ultrassom FR: perimenopausa, obesidade, SOP, DM. Patogênese: exposição prolongada ao estrogenio (sem oposicao ao progestageno) em todo campo endometrial Hiperplasia Endometrial Atípica Proliferacao com aumento do numero glandular em comparacao ao estroma, dentro de uma regiao definida, distinta do endometrio adjacente. Mesma clínica que a benigna Associação com hereditariedade, carcinoma endometrioide e hiperestrogenismo Prognóstico – 25 a 33% em até 1 ano evolucao no diag para carcinoma – CA na histerectomia Maria Eduarda Torres Briante 21 NEOPLASIAS EPITELIAIS ENDOMETRIAIS - ADENOCARCINOMA ENDOMETRIAL . mais comum nos EUA . 63 anos (pós menopausa) . Tipo 1 – endometrioide à graus I, II, III . Tipo 2 – resto à sempre alto grau . FR: estrogenio, obesidade, DM, SOP, tumores ovarianos do cordao sexual estromal, Sd de Lynch, Tamoxifeno, Nuliparidade . Efeito benéfico: Tabagismo, ACO Maria Eduarda Torres Briante 22 Microscopia: Lumens interconectados tipo labirinto; area solida no epitelio gld. Estratificação das cel epiteliais e mitose. Padrao de revolver. Maria Eduarda Torres Briante 23 • Graduação Histológica – FIGO • Graduação nuclear – mais subjetiva - Baixo grau - Alto grau Mioinvasão, tipo celular e grau histologico interferem na decisão de realização de linfadenectomia pelvica e para aortica Carcinoma invasivo Maria Eduarda Torres Briante 24 Carcinoma viloglandular TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: Histerctomia total + salpingooforectomia bilateral. - CARCINOMA SEROSO . 2º mais comum . mulheres mais velhas . sem relacao com lesoes preoursoras Maria Eduarda Torres Briante 25 . multiparas . niveis de estrogeno normais Macroscopia: volumoso com necrose Microscopia: papilas . acometimento do colo agressivo . mutação gene P53 Maria Eduarda Torres Briante 26 - ADENOCARCINOMA DE CELS CLARAS . 1-6% tumores endomet . entre 65-69 anos . não se relaciona com DM, obesidade, reposicao hormonal Macroscopia inespecifica Microscopia: Padroes – papilar, solido e tubulo cistico Celulas com citoplasma claro ou Hobnail Estroma hialinizado ; Nucleo de alto grau Maria Eduarda Torres Briante 27 - Carcinoma Indiferenciado - Carcinoma desdiferenciado: indiferenciado com focos de carcinoma endometrioide bem diferenciado à facil de perceber os dois componentes separados - Carcinossarcoma: tumor mulleriano misto maligno (MMMT) - Carcinoma de cels escamosas: Muito raro; associacao com icthyosis uteri após infeccao - Leioma uterino : neoplasia benigna do musculo liso. Assintomatico, SUA, aumento da frequencia urinaria, dor subita, aborto espontaneo. Maria Eduarda Torres Briante 28 Aula 3 – Neoplasias do Ovário Doenças Inflamatórias nas tubas • Salpingite Supurativa Organismos piogenicos, clamydia.. Causa abcesso tuvo ovariano DIP • Salpingite tuberculosa Raro • Hidrossalpinge Maria Eduarda Torres Briante 29 Obstrução das tubas pelo acumulo de liquido, secundario a infeccoes, endometriose ou cirurgias ginecológicas prévias. Geralmente assintomatica • Endossalpingiose Epitelio do tipo tubário (cels colunares ciliadas e/ou secretoras) em locais anatômicos extratubários Como diferenciar de endometriose: Na endometriose teria estroma endofilico Cistos tubários • Cistos paratubários Lesão tubaria mais comum, cistos pequenos. Epitelio seroso benig Lesões maiores nas fimbrias/ligamentos = hidatites de morgani Maria Eduarda Torres Briante 30 • Gestação ectópica tubária • Endometriose tubaria Glandulas e ou estroma endometrial na parede da tuba uterina Tumores da tuba uterina Mais frequente: primarios - Adenocarcinoma Seroso Massas paupáveis - Tuba uterina dilatada com papilas e focos de necrose - Tumor adenomatoide: benigno; Ovário Maria Eduarda Torres Briante 31 Cistos Ovarianos Funcionais (produz hormonios) ou não funcionais • Mais freuqente: foliculos cisticos • Cistos luteinicos Mulher em idade reprodutiva Cisto de parede amarela; areas de sangramento antigo e fibrose • Cistos de inclusão do epitélio de superfície Invaginacao do epitelio celomico da superficie cortical do ovario Maria Eduarda Torres Briante 32 • Endometrioma (cisto chocolate) Formacao das cavidades cisticas grandes com conteudo hemorragico escuro SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICOS Sd de Stein Leventhal Desordem endócrina complexa: hiperandrogenismo; alteracao da menstruacao; ovario policistico; anovulacao cronica; diminuicao ferti Associação com obesidade e DM II e ateroesclerose prematura O que acontece: desrregulação das enzimas envolvidas na biossíntese do Andrógeno e produçao excessiva do andrógeno. Associação com ressitência insulínica e metabolismo da gordura. Doenças inflamatórias do ovário • Ooforites: incomuns • Doença Inflamatória Pélvica Infec polimicrobiana à abcesso tubo ovariano EM cirurgica Maria Eduarda Torres Briante 33 Neoplasias Ovarianas • Linhagens: epiteliais; celulas germinativas (teca); cordão sexual-estromal • Maior taxa de letalidade nos tumores gineco • Diagn tardio • USG e RMN para dx • CA 125 – marcador associado ao cancer – sem acuracia para uso como prevencao secundaria. Uso para raciocino diagn e seguimento pos tratamento - Tumores Epiteliais: pós menopausa; hereditario - mutação no BRCA1 (mais relevante) e BRCA2 Maria Eduarda Torres Briante 34 Tipo 1: baixo grau – estágios benignos para maligno: carcinomas seroso, mucinoso, endometrioide e cels clara de bx grau; prognostico favoravel. Geralmente Estadio I. Tipo 2: alto grau – origem de mutacao p53 torna-se alto grau: carcinoma seroso de alto grau e carcinoma indiferenciado. Estadios III e IV. Desenvolvimento sem lesão percursora. Mutaçoes: P53, BRCA1 e 2. (perda de função) Prognóstico desfavoravel. Curso agressivo Critério de avaliação do sitio primario da neoplasia: - local de predomínio da doença através de achados anátomo-clínicos - doenca peritoneal: ovarios não aumentados - doenca ovariana - doenca tubaria Metaplasia: mudanca de uma celula diferenciada em outra Marcadores imunohistoquimicos: - Cistoadenoma endometrioide: associacao com endometriose - Carcinoma endometrioide: maligno; hemorraria; invasao estromal - Adenofibroma de cels claras: - Tumor de cls claras borderline - Carcinoma de cls claras: unilateral; maligno; padrões:tubulo cistico, papilar e sólido. Maria Eduarda Torres Briante 35 Marcadores imuno histoquimicos gerais de carcinoma de ovario: - Teratoma maduro: cels germinativas; idade reprodutiva; massa abdominal; diferentes tecidos de dierentes origens embrionaria - Fibroma Ovariano: benigna; cels fibroblastas; proliferacao do estroma formando um nódulo; assintomático Maria Eduarda Torres Briante 36 - Tumor de cels da granulosa do adulto: padroes variados de crescimento; peri menopausa; dor abdominal e sangramento. "Cel em gão de café" Aula 4 – MAMAS Sistema Ducto Lobular: ductos ramificados a partir do mamilo que se estendem radialmente pelo estroma fibroadiposo Glandula Sudorípara modificada: sofre modificações durante a vida e até durante o ciclo menstrual Anatomia: Mamilo e aréola (hiperpigmentação) Maria Eduarda Torres Briante 37 Ducto coletor (galactóforo) Seio Lactífero Ducto segmentar Ducto terminal Lóbulo Obs: Unidade Terminal Ductolobular (UTDT) = unidade anatomofuncional da mama Area esbranquiçada = parenquima mamário Maria Eduarda Torres Briante 38 Parenquima mamário: É representado por um estroma fibroso e adiposo e ramificações de ducto e lóbulos com dupla população celular Revestido por 2 camadas de celulas: epitelial luminal e mioepitelial (facorece a contratura) Ducto dilatado com secreção e estruturas lobulares Maria Eduarda Torres Briante 39 Proliferação de estruturas glandulares uniformes, estroma intralobular mais frouxo e edematoso com algumas células inflamatorias. Maria Eduarda Torres Briante 40 Alterações Fisiológicas Obs.: Durante a menarca os ductos terminais se ramificam em lobulos com duas camadas de célula e assim a mama chega a sua maturação. Maria Eduarda Torres Briante 41 Com início da secreção cíclica de estrógeno e progesterona, na menarca há diferenciacão do estroma periductal. Há crescimento de ductos e diferenciação lobular. Fatores de crescimento também entram nessa diferenciação. Durante o Ciclo mentrual ocorre alterações no parênquima mamário, menos exuberante. Na fase proliferativa o estroma lobular fica mais celular, as luzes ficam mais fechadas e existe uma atividade miótica epitelial aumentada. As células mioepiteliais tendem a ficar não vacuolizadas. Fase secretora o estroma fica mais frouxo, menos celular, as luzes dos lóbulos ficam mais abertas com secreção intraluminal e diminuição da ativ mitótica. Células mioepiteliais ficam mais vacuolizadas e possui mais linfócitos no estroma. Ateração lactacional secretora: material secretado, lobulos distendidos, diminuicao do estroma. Ocorre durante a gestacao e lactação, por isso tem um tecido glandular maior. Na menopausa há diminuição e substituicao do tec glandular por fibroso. Maria Eduarda Torres Briante 42 Lesões não neoplásicas ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO - macromastia ou hipertrofia mamária (juvenil); - Amsatia (associada a defeitos osseos e renais) - Hipoplasia congênita ou adquirida - Ectopia e remanescentes da linha mamária . Tecido mamário ectópico ao longo da linha mamária (axila, vulva, parede toracica, linfonodos axilares) - Polimastia (mamas supranumerárias) - Politelia (mamilos supranumerarios) com ou sem parenquima adjacente Obs: Tecidos mamarios fora do local normal tb estao sujeitos a alterações hormonais, lesões benignas e malignas. Maria Eduarda Torres Briante 43 Processos Patológicos da mama • Nódulo palpável (2cm) • Secreção pelo mamilo (unilateral) • Alterações mamográficas • Retração do mamilo • Dor: mastodinia ou mastalgia • Lesão inflamatória (rara) Inflamações MASTITE É o aumento doloroso e eritematoso das mamas - mastite aguda da lactação: vulneravel a penetracao bacteriana em fissuras e rachaduras do mamilo, pode evoluir com abcesso - mastite cronica inespecifica: resolucao incompleta da mastite aguda à fibrose e processo inflamatório crônico linfoplasmocitario - mastite cronica granulomatosa infecciosa: tb, blastomicose, outros fungos - mastite granulomatosa idiopatica: relacionada a mecanismos imunitarios semelhantes a tireodite granulomatosa e sacoidose ABCESSOS - abcesso subareolar recorrente (mastite periductal) Independe da lactacao, historia reprodutiva e idade Mulheres adultas e homens fumantes Patogenese: fibrose, dilatacao ductal, metaplasia escamosa, ruptura e inflamação Clinica: nodulo subareolar recorrentes de inflamação e fistulização com drenagem de material purulento pelo mamilo e aréola (infeccao bact secundaria). Tratamento cirúrgico Maria Eduarda Torres Briante 44 ECTASIA DUCTAL Envolve grandes ductos subareolares Mulheres peri e pós menopausa Clinica: descarga papilar serosa, sanguinolenta ou amarelada, massa palpável e por vzs dolorosas Dilatação progressiva de grandes ductos com acúmulo de secreção espessa, debris celulares e macrofagos xantomatosos (extravasamento de secrecao = inflamacao periductal) Pode evoluir para fibrose LOBULITE LINFOCITICA (mastoplastia diabetica) Mulheres adultas jovens Clinica: massa palpavel bem definida, indolor (achado incidental) Patogenese: lesao imunomediada associada ao DM Microscopia: Infiltrado inflamatório linfocítico denso lobocentrico e perivascular , seguido de fibrose/esclerose estromal ESTEATONECROSE Lesao não neoplasica mais comum Traumatismo previo PAAF/biopsia/cirurgia previa Irradiacao previa (radioterapia) Clinica: massa palpavel endurecida irregular (simula carcinoma), associada frequentemente a microcalcificacoes detectaveis na mamografia Macroscopia: lesao amarelada e endurecida Microscopia: hemorragia recente, fibrose, adiposos degenerados e macrofagos multinucleados com hemossiderina. Maria Eduarda Torres Briante 45 Lesões Mamárias Não Proliferativas (alteracoes fibrocisticas) "displasia mamaria", mastoplastia cronica Incidencia: comum, jovens 20-40ª Patogenese: desequilibrio hormonal, preodminio de acao estrogenica (alteram ductos e mataplasia dos cistos) Clinica: assintomatica, nodulo ou granulacoes, bilateral, dor pre menstrual, mama densa Maria Eduarda Torres Briante 46 Se refletem na histologia como: fibrose, cistos diferentes tamanhos, metaplasia apocrina, elastose, calcificacoes Obs.: são lesoes que não aumentam os riscos de CA mama – são benignas. Dilatação de ductos e a presenca de cistos Cistos revestidos por metaplasia apocrina Cistos que estao proliferando e unindo: podem formar nodulos e se tornar palpaveis Maria Eduarda Torres Briante 47 Microcalcificacão: fibroblastos reagindo a cistificacão Lesões Epiteliais Proliferativas Grupo heterogeneo de lesões proliferativas acompanhado de aumento numerico de ácinos (lobulos), estroma e ou de celulas epiteliais de ductos ou lobulos Lesões - adenose simples e esclerosante - cicatriz radiada/lesão esclerosante comlexa - hiperplasia ductal usual - lesoes de celulas colunares - hamartomas - hiperplasia ductal atipica - hiperplasia lobular atipica (HLA) Obs: essas lesoes aumentam o risco para desenvolver CA mama Historia familiar para CA de mama aumenta o risco para todas as categorias de lesão Aumento do risco: Maria Eduarda Torres Briante 48 . carcinoma in situ: 8-10x . hiperplasia epitelial ductal ou lobular com atipia: 4-5x . Hiperplasia epitelial florida sem atipia: 1,5-2x . Adenose esclerosante sem atipias: 1,5–2x Proliferação irregular dos lobulos, estao distorcidos Maria Eduarda Torres Briante 49 Preservacao da dupla camada de cels epiteliais e mioepit. Maria Eduarda Torres Briante 50 Parte interna do lobuloque esta proliferando, a camada epitelial luminal esta preservada Obs: Hiperplasia ductal atipica deve ser retirada pois pode evoluir pra carcinoma ductal in situ Neoplasias Benignas • Tumores Epiteliais Papiloma Fibroadenoma Tumor filoides (phyllodes) Adenoma tubular e lactacional Papilomatose florida do mamilo (adenoma do mamilo) Adenomioepitelioma • Tumores mesenquimais Lipoma Hemangioma Fibromastose PAPILOMA INTRADUCTAL (risco 1,2 – 2x) Único ou multiplos, podem exibir nodulo subareolar com derrame papilar seroso ou sanguinolento Maria Eduarda Torres Briante 51 Detectavel pela mamografia e USG Diagnostico: PAAF (pulsão) e biópsia Microscopia: estroma/eixo fibrovascular arborescente revestido por duas camadas de cels em projecoes de arquitetura papilífera TTO – ressecção FIBROADENOMA (FA) Clinica: tumor mamario mais frequente, menos de 30 anos, geralmente único, bem delimitado Detectavel pela mamografia, USG e pode ser palpavel Diag: PAAF e biopsia Macroscopia: único e multiplo, bem delimitado 1-3cm Microscopia: proliferação estromal e epitelial (dupla população celular) FA complexo – com cistos e proliferação epitelial (risco 1,5- 2x) TTO – ressecção Maria Eduarda Torres Briante 52 TUMOR FILOIDES – carcinoma filoides Clinica: semelhanca com fibroadenoma, idade mais avancada (45ª), maior tamanho ao diagnostico Detectavel pela mamografia, USG e pode ser palpavel Macroscopia: nodulo volumoso, firme aos cortes exibe fendas com aspecto em "folha", áreas cisticas Microscopia: proliferacao estromal e epitelial (dupla pop celular), mas com atipias estromais ( maior celularidade, atipia das celulas, mitoses) Pode ser benigno, borderline ou maligno, depende da classificacao. TTO - ressecção com margens amplas, pois pode recidivar e dar metastases Maria Eduarda Torres Briante 53 Ducto proliferado volumoso, estroma com aspecto celular c proliferacao celular fusiformes, necessita de avaliacao Maria Eduarda Torres Briante 54 Neoplasias Malignas CARCINOMA DE MAMA Principal causa de morte por CA em mulheres no mundo Pico entre 50-60a FR: Elevado - idade; país; HF de primeiro grau BRCA 1 e 2; Sds geneticas (Li Fraumeni, ataxia telangiectasia); Hiperplasia atipica. Moderado – qualquer antecedente familiar; estimulacao estrogenica prolongada (nuliparidade, menarca precoce, menopausa tardia, primeira gestacao após 35a); Exposição a radiacao ionizante; Hiperplasia ductal sem atipia Baixo – reposicao hormonal da menopausa; ingestao de alcool; obesidade após menopausa; estatura elevada na adolescencia; historia de doenca benigna da mama Etiologia e patogenese A) Carcinoma Hereditários (5-10%) - maioria devido as mutacoes BRCA1 e BRCA2 (genes supressores tumorais) Maria Eduarda Torres Briante 55 - o resto ocorre devido as mutacoes germinativas em outros genes como TP53; PTEM; ATM e CHEK2 Mutacoes em BRCA 1: tumores pouco diferenciados, margens de crescimento expansivas, inflitrado linfocito proeminente. Pela histoquimica: subtipo molecular triplo negativo e fenotipo basal – subtipo carcinoma medular Mutações BRCA 2: Não há subtipo histologico especifico. B) Carcinomas não hereditários (esporadicos) - Estimulacao hormonal prolongada - Via carcinogenetica relacionada a progressao de lesoes proliferativas da mama (hiperplasia ductal lobular , carcinoma in situ, carcinoma invasivo) - Diversas alteracoes geneticas relacionadas aos diferentes passos da progressão tumoral Maria Eduarda Torres Briante 56 Classificação molecular do carcinoma de mama: Métodos diagnosticos e tratamento de carcinoma de mama Carcinoma ductal: in situ ou intraductal – neoplasia intraepitelial ductal; invasivo comum Carcinoma lobular: in situ (raro) – neoplasia intraepitelial lobular; invasivo (10%) Classificação do carcinoma conforme extensão: - In situ: não ultrapassa membrana basal, pode ser ductal ou lobular - Invasivo: invade o estroma, pode ser ductal, lobular e outros tipos Maria Eduarda Torres Briante 57 Aspectos macroscópicos: - In situ: achado incidental ou relacionado a presencao de microcalcificacoes na mamografia. Pode apresentar necrose - Invasivo: nodulo esbranquicado e mal delimitado, endirecido, podendo haver alteracoes na pele (casca de laranja); variacao dos achados macroscopicos. Aspectos microscopicos: - In situ: com ou sem necrose e microcalcificacoes Maria Eduarda Torres Briante 58 - Invasivos : densidade irregular com microcalcificacoes frequentes Maria Eduarda Torres Briante 59 Maria Eduarda Torres Briante 60 Fatores TNM de prognostico: - tamanho do tumor - Status linfonodal (envolvimento axilar) - Tipo histologico - Graus histologico - Insvasao de pele, linfatica e sanguinea Maria Eduarda Torres Briante 61 Fatores moleculares de prognostico: - subtipo molecular do carcinoma - superexpressão de her2 pela Ih ou ampliacao do gene Her 2 pelo FISH/CISH – tumores com comportamento biologico mais agressivo - Indice proliferativo, RE+ e Ki67>10% Disseminação . invasao local . linfatica e hematogenica . 20-30% com metastases em linfonodos axilares ao diagnostico (inicia- se em base da axila) Maria Eduarda Torres Briante 62 . metastase sistemica . 30% com metastase axilar desenvolve metastase sistemica . carcinoma lobular: cavidades serosas, TGI e meninges Tratamento - setor com margens marcadas - mastectomia simples - mastectomia radical - adenomastectomia - linfonodos sentinelas - axilectomia - QT e RT Maria Eduarda Torres Briante 63 Maria Eduarda Torres Briante 64 Maria Eduarda Torres Briante 65
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