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APG Malhação

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Problema da semana: Malhação 
S16P1
Abertura: 09/06/21
Fechamento: 12/06/21
Questionamentos:
1- Por que ele fazia o jejum intermitente?
2- Qual importância da alimentação de 3 em 3 horas?
3- Por que o umbigo dele estava estufado?
Hipóteses:
1- Com objetivo da metabolização das reservas energéticas.
2- Evita o consumo excessivo de uma só vez, possibilitando uma melhor digestão e, consequentemente, nutrição.
3- Devido a pressão na cavidade abdominal.
Resumo:
No dia 09 de junho foi discutido sobre o problema “Malhação”, onde foram levantados os seguintes questionamentos: “Por que ele fazia o jejum intermitente?”, “Qual importância da alimentação de 3 em 3 horas?” e “Por que o umbigo dele estava estufado?”. Tendo em vista isso, foram levantados os seguintes objetivos: “Compreender a regulação do metabolismo” e “Conhecer a anatomia da parede anterolateral do abdômen, peritônio e cavidade abdominal”.
Objetivos:
1. Compreender a regulação do metabolismo;
2. Conhecer a anatomia da parede anterolateral do abdômen, peritônio e cavidade abdominal;
01°.Compreender a regulação do metabolismo
A regulação do metabolismo é fundamental para que um organismo possa responder de modo rápido e eficiente a variações das condições ambientais, alimentares ou ainda a condições adversas como traumas e patologias. A regulação metabólica é feita pela modulação de enzimas regulatórias de processos metabólicos chaves, de tal modo que se possa ativar ou inibir reações químicas específicas para cada situação resultando em respostas biológicas adequadas. Para garantir a eficiência necessária, o organismo lança mão de vários tipos de regulação enzimática que podem ocorrer simultaneamente. Existem dois tipos principais de regulação enzimática: uma intracelular, comandada pela presença de moduladores alostéricos enzimáticos positivos ou negativos, e uma que vem de fora da célula, sistêmica, e que é fundamental para que hajam ações coordenadas entre os diversos órgãos e tecidos. Este último tipo de regulação, a extracelular, é deflagrada por hormônios, e,relacionada à variação do perfil de fosforilação enzimática.
Regulação alostérica
Muitas das enzimas celulares são alostéricas, isto é, possuem um sítio de ligação alostérico, um sítio regulatório no qual se ligam compostos químicos chamados de moduladores alostéricos. A ligação dos moduladores no sítio alostérico afeta profundamente a atividade enzimática, a qual pode ser aumentada ou diminuída. Quando a ligação do modulador promove aumento da atividade enzimática ele é chamado de modulador alostérico positivo, e quando a ligação do modulador promover diminuição da atividade enzimática ele é chamado de modulador alostérico negativo.
A presença adequada de nutrientes para a célula resulta na produção de moléculas ricas em energia como a de adenosina trifosfato (ATP) e outras moléculas que serão moduladores alostéricos positivos ou negativos, ativando ou inibindo muitas enzimas regulatórias de vias metabólicas importantes. Manter uma relação ATP/ADP alta é um dos parâmetros mais fundamentais para a manutenção da célula viva. Em condições normais a razão ATP/ADP é cerca de 10/1 e toda vez que esta razão é alterada ocorrem profundas alterações no metabolismo celular. O ATP é gerado principalmente pelo metabolismo oxidativo de alimentos como carboidratos, lipídeos e proteínas. O intermediário comum dessas oxidações é o acetil-CoA, o qual iniciará o ciclo do ácido cítrico levando ao aumento da produção de citrato e resultando na formação das coenzimas reduzidas NADH e FADH2, as quais alimentarão a cadeia respiratória e propiciarão a produção de ATP via fosforilação oxidativa.
Portanto, o incremento das concentrações de acetil-CoA, citrato, NADH ou FADH2 também podem ser considerados como sinalizadores de alta energia celular, já que os mesmos alimentam a principal via de produção de ATP, a fosforilação oxidativa. Por outro lado, a diminuição ou ausência de nutrientes na célula, resulta na produção de moléculas de baixa energia como o ADP, AMP e NAD+, os quais também são moduladores alostéricos de várias enzimas regulatórias . O aumento das concentrações de AMP intracelulares além de regular a atividade de inúmeras enzimas por alosteria irá ativar enzimas quinases dependentes de AMP, resultando em uma enorme cascata de reações celulares . De tal modo, que o perfil metabólico das células será profundamente modificado em função do nível de energia, o qual, em última instância, depende do aporte nutricional.
Chama-se metabolismo ao conjunto de reacções químicas que ocorrem nas células, e que lhe permitem manter-se viva, crescer e dividir-se. Classicamente, divide-se o metabolismo em:catabolismo - obtenção de energia e poder redutor a partir dos nutrientes.anabolismo - produção de novos componentes celulares, em processos que geralmente utilizam a energia e o poder redutor obtidos pelo catabolismo de nutrientes.Existe uma grande variedade de vias metabólicas. Em humanos, as vias metabólicas mais importantes são:
glicólise - oxidação da glucose a fim de obter ATP ciclo de Krebs - oxidação do acetil-CoA a fim de obter energia fosforilação oxidativa - eliminação dos electrões libertados na oxidação da glucose e do acetil-CoA. Grande parte da energia libertada neste processo pode ser armazenada na célula sob a forma de ATP. via das pentoses-fosfato - síntese de pentoses e obtenção de poder redutor para reacções anabólicas ciclo da ureia - eliminação de NH4+ sob formas menos tóxicas β-oxidação dos ácidos gordos - transformação de ácidos gordos em acetil-CoA, para posterior utilização pelo ciclo de Krebs. gluconeogénese -síntese de glucose a partir de moléculas mais pequenas, para posterior utilização pelo cérebro.
Regulação das vias metabólicas
Regulação da glicólise
O fluxo metabólico através da glicólise é regulado em três pontos: hexocinase: é inibida pelo próprio produto, glucose-6-P fosfofrutocinase: inibida por ATP e por citrato (que sinaliza a abundância de intermediários do ciclo de Krebs). É também inibida por H+, o que é importante em situações de anaerobiose (a fermentação produz ácido láctico, que faz baixar o pH). Provavelmente este mecanismo impede que nestas situações a célula esgote toda a sua reserva de ATP na reacção da fosfofrutocinase, o que impediria a activação da glucose pela hexocinase. É estimulada pelo substrato (frutose-6-fosfato), AMP e ADP (que sinalizam falta de energia disponível), etc.
piruvato cinase: inibida por ATP, alanina, ácidos gordos e por acetil-Co. Activada por frutose-1,6-bisfosfato e AMP
Regulação da gluconeogénese
O fluxo é regulado nas reacções características da gluconeogénese. Assim a piruvato carboxilase é activada por acetil-CoA, que sinaliza a abundância de intermediários do ciclo de Krebs, i.e., diminuição da necessidade de glucose.
Regulação do ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs é controlado fundamentalmente pela disponibilidade de substratos, inibição pelos produtos e por outros intermediários do ciclo. piruvato desidrogenase: é inibida pelos próprios produtos, acetil-CoA e NADH citrato sintase: é inibida pelo próprio produto, citrato. Também inibida por NADH e succinil-CoA (sinalizam a abundância de intermediários do ciclo de Krebs). isocitrato desidrogenase e a-cetoglutarato desidrogenase: tal como a citrato sintase, são inibidas por NADH e succinil-CoA. A isocitrato desidrogenase também é inibida por ATP, e estimulada por ADP.Todas as desidrogenases mencionadas são estimuladas pelo ião cálcio.
Regulação do ciclo da ureia	
A actividade da carbamoil-fosfato sintetase é estimulada por N-acetilglutamato, que assinala a abundância de azoto no organismo.
Regulação do metabolismo do glicogénio
O fígado possui uma hexocinase com pouca afinidade para a glucose e que não é inibida por glucose-6-P. Portanto, a glucose só é fosforilada no fígado quando existe no sangue em concentrações muito elevadas (i.e. depois das refeições). Assim, quando a concentração de glucose no sangue é baixa o fígado não compete com os outros tecidos, e quando osníveis de glucose são elevados o excesso de glucose é convertido pelo fígado em glicogénio.
Regulação do metabolismo dos ácidos gordos
A entrada dos acil-CoA na mitocôndria é um factor crucial na regulação. O malonil-CoA, que se encontra presente no citoplasma em grande quantidade em situações de abundância de combustíveis metabólicos, inibe a carnitina aciltransferase impedindo que os acil-CoA entrem na mitocôndria para serem degradados. Além disso, a 3-hidroxiacil-CoA desidrogenase é inibida por NADH e a tiolase é inibida por acetil-CoA, o que diminui a degradação de ácidos gordos quando a célula tem energia em abundância.	
Regulação da via das pentoses-fosfato
O fluxo metabólico na via das pentoses-fosfato é determinado pela velocidade da reacção da glucose-6-fosfato-desidrogenase, que é controlada pela disponibilidade de NADP+. 
Perfis metabólicos dos órgãos mais importantes
Cérebro
Utiliza normalmente apenas glucose como fonte de energia. Armazena muito pouco glicogénio, pelo que necessita de um fornecimento constante de glucose. Em jejuns prolongados, adapta-se à utilização de corpos cetónicos. É sempre incapaz de utilizar ácidos gordos.
Fígado
Uma das suas principais funções é manter o nível de glucose no sangue, através da gluconeogénese e da síntese e degradação do glicogénio. Realiza a síntese de corpos cetónicos em situações de abundância de acetil-CoA. Responsável pela síntese da ureia.
Tecido adiposo
Sintetiza ácidos gordos e armazena-os sob a forma de triacilgliceróis. Por acção do glucagon, hidroliza triacilgliceróis em glicerol e ácidos gordos, que liberta para a corrente sanguínea em lipoproteínas.
Músculo
Utiliza glucose, ácidos gordos, corpos cetónicos e aminoácidos como fonte de energia. Possui uma reserva de creatina fosfatada, um composto capaz de fosforilar ADP em ATP e assim produzir energia sem gasto de glucose. A quantidade de creatina presente no músculo é suficiente para cerca de 3-4 s de actividade. Após este período, realiza a glicólise, primeiro em condições anaeróbicas (por ser bastante mais rápida do que o ciclo de Krebs) e posteriormente (quando o aumento da acidez do meio diminui a actividade da fosfofrutocinase e o ritmo da glicólise) em condições aeróbicas.
Rim
Pode realizar a gluconeogénese e libertar glucose para a corrente sanguínea. Responsável pela excreção de electrólitos, ureia, etc. A síntese de ureia, que ocorre no fígado, usa HCO3-, o que contribui para a descida do pH sanguíneo. Situações de acidose metabólica poderão portanto ser agravadas pela acção do ciclo da ureia. Nestas circunstâncias, o azoto é eliminado pela acção conjunta do fígado e do rim: o excesso de azoto é primeiro incorporado em glutamina pela glutamina sintase. A glutaminase renal cliva então a glutamina em glutamato e NH3, que excreta imediatamente. Este processo permite a excreção de azoto sem eliminar o anião bicarbonato.
02°. Conhecer a anatomia da parede anterolateral do abdômen, peritônio e cavidade abdominal.
O abdome esconde uma grande quantidade de vísceras. Antes de entrarmos na parede, precisamos entender que temos na cavidade abdominopélvica uma cavidade virtual, porque está totalmente preenchida por vísceras.
A cavidade abdominopelvica é a parte do tronco situada abaixo do diafragma respiratório (limite superior) e acima do diafragma pélvico (limite inferior). Essa cavidade é dividida em duas: 
1. Cavidade abdominal – é superior e anterior 
2. Cavidade pélvica – é inferior e posterior
OBS: São a linha arqueada ou a abertura superior da pelve que separa essas duas cavidades. A linha arqueada tem início no sacro percorrendo o sacro, parte do íleo, parte do ísquio e termina no púbis. Acima dessa linha, temos a cavidade abdominal; abaixo, temos a cavidade pélvica.
· A forma da cavidade depende do gênero. Nos homens é larga superiormente e estreita inferiormente, ou seja, é ovoide. Já nas mulheres é o contrário, sendo estreita superiormente e larga inferiormente. 
· Lembrar que o lado direito da cavidade abdominal é mais elevado por causa do fígado.
1. Sobre o conteúdo da cavidade abdominopelvica, temos: glândulas anexas ao sistema digestivo (pâncreas e fígado), parte abdominal do tubo digestivo (esôfago abdominal, estômago, intestino delgado e intestino grosso), baço, rins, aorta abdominal e veia cava inferior. Na parte pélvica, temos: bexiga, além de [nas mulheres] trompas, útero, ovários e parte da vagina ou [nos homens] próstata, vesículas seminais e vários nervos.
2. O conteúdo da cavidade abdominal exerce uma pressão contra as paredes, que varia de acordo com a ocupação do tubo digestivo (se tem ar, líquido ou sólido). A pressão aumenta, mas ela normalmente é em torno de 10mmHg. É importante conhecer sobre essa pressão, pois se tiver uma falha na parede, parte do conteúdo pode passar por essa falha, fazendo aparecer uma hérnia. Então, é necessário lembrar que a parede deve conter uma variação de pressão: se a pessoa está em pé, a pressão abdominal é maior do que a de uma pessoa que está sentada.
Existem três esqueletos no abdome: 
· Superior: formado pelas 6 últimas costelas e cartilagens costais;
· Posterior: formado pelas 5 vértebras lombares, sacro e cóccix;
· Inferior: formado pelos ossos coxais.
· Musculatura 
Entre esses esqueletos encontram-se formações musculares, que se prendem em uma parte deles. São elas:
Superior: diafragma (onde se encontra a passagem de estruturas do tórax para o abdome, e vice-versa). A parte menor e anterior é esternal e a parte maior e posterior é costal. A terceira parte se prende nas vértebras lombares. Possui os pilares direito e esquerdo. A musculatura superior do diafragma possui aberturas: O trígono esternocostal fica entre a parte costal e a parte esternal e, por ele, passam os vasos epigástricos superiores. O forame da cava inferior é por onde passa a veia cava inferior. No meio do pilar direito há o hiato esofágico e entre o pilar direito e o pilar esquerdo, há o hiato aórtico, por onde passa a artéria aorta.
OBS: Se uma dessas aberturas estiver alargada anormalmente, o co nteúdo do abdome pode passar para o tórax, acarretando uma hérnia diafragmática.
 • Inferior: diafragma pélvico, formado por dois pares de músculos (elevadores do ânus e coccígeos).
OBS: Essa musculatura não é uma estrutura sólida/compacta, pois é atravessada por estruturas (no homem: pela uretra e reto; na mulher: pela uretra, reto e vagina). 
• Posteriormente: te remos vários músculos como o psoas m enor, psoas maior, quadrado lombar e o ilíaco. Entre esses músculos poderão passar estruturas que propiciam hérnias lombares. Na parte da pelve, há a musculatura profunda da região glútea (músculo piriforme)
Ântero-lateral: teremos músculos como o oblíquo externo (as fibras são de cim a para baixo), oblíquo interno (as fibras são de baixo para cima) e o transverso (as fibras são transversais). Eles são músculos expiratórios. Outros m úsculos da parede ântero-lateral são o reto abdominal e por diante dele os piramidais (podem apresentar hérnias).
Existem também as referências cartilagíneas: Rebordos costais. 
• Assim como, as referências cutâneas: Cicatriz umbilical (principal); Sulco mediano (aparece em pessoas fortes/atléticas); Pregas inguinais. 
• E as referências musculares: Borda lateral do músculo reto.
DIVISÃO TOPOGRÁFICA DA PAREDE ÂNTERO-LATERAL
 • Nós podemos dividir a parede ântero -lateral em: quadrantes, andares e regiões. Para isso, é preciso ter uma referência. 
• Em quadrantes: a referência é o umbigo . Traça uma linha transversal ao umbigo e uma linha vertical, dividindo assim em quatro quadrantes. Quadrante superior direito, quadrante superior esquerdo, quadrante inferior direito e quadrante inferior esquerdo.
OBS: os órgãos do quadrante superior direito são fígado, vesícula, uma parte do intestino grosso, pedaço do estômago, colo ascendente e os rins.
Em andares:as referências são os rebordos costais. Traça uma linha na região mais baixa do rebordo costal, na linha subcostal. Traça outra linha que passa na parte mais alta das cristas ilíacas, nas linhas supracristais, e dessa forma a divisão fica em três andares: inferior, médio e superior
Quanto andar tem? 
1. Andar superior ou epigástrico;
 2. Andar médio ou mesogástrico; 
3. Andar inferior ou hipogástrico.
Em regiões: a divisão é feita em 9 regiões do abdome (listadas no desenho abaixo ).
Legenda: 
• Linha horizontal superior: linha subcostal; 
• Linha horizontal inferior: linha supracristal; 
• Duas linhas verticais que são desde a metade das clavículas (linhas medioclaviculares) até a metade das pregas inguinais. 
• Na sequência do exame do abdome precisa que ser feito: a inspeção (ou seja, a observação visual), a ausculta, a percussão e a palpação.
PONTOS IMPORTANTES NA REGIÃO DO ABDOME 
• Ponto de Mc Burney (que é onde fica o apêndice): para identificar o ponto de Mc Burney, traça uma linha da espinha ilíaca ântero-superior até o umbigo e divide essa linha em 3 partes. Na junção da primeira parte com a segunda é o ponto de Mc Burney. Possivelmente, o apêndice estará aí. Uma das incisões para a retirada do apêndice é feita sob essa área.
Dolorosa e tem cicatrização melhor. A incisão vertical é tracionada toda vez que se respira, ao passo que a transversal se move junto com a parede
PLANOS DA PAREDE ANTEROLATERAL
 1. Pele
 2. Camada areolar mais amarelada • Somente nas regiões inguinais a camada areolar é chamada de fáscia de Camper. • Fáscia superficial, • Camada lamelar: gordura mais membranácea, esbranquiçada; • Nas regiões inguinais é chamada de fáscia de Scarpa.
Atenção: Uma parte dela formará o ligamento funiforme, que se prende ao dorso do pênis/clitó ris.
 3. Fáscia inominada: revestimento muscular; chamada de fáscia de Gallaudet. Parte dela se expande para o dorso do pênis/clitó ris e forma o ligamento suspenso r; 
4. Músculo aponeurótico: varia de acordo com se é anterior ou lateral;
Após as formações musculares, há um revestimento interno a essa musculatura, uma fáscia que envolve. Essa fáscia que envolve internamente toda a musculatura é chamada fáscia endoabdominal. Ela ganha nome de acordo com a estrutura que está envolvendo, por exemplo: 
 • Fáscia pélvica ou endopélv ica é aquela que reveste a pelve; 
• Fáscia diafragmática reveste o diafragma; 
• Fáscia lombar envolve a musculatura posterior; 
· Fáscia transversal envolve internamente o s músculos anterolaterais.
5. Camada gordurosa: gordura pré-perito neal; 6. Peritônio parietal.
obs:O procedimento cirúrgico de abertura por camadas é chamado de laparotomia, ao mesmo tempo em que abertura traumática da região abdominal é denominada de ferida penetrante. É valido ressaltar que na laparotomia é necessária uma sutura por plano, uma vez que não se pode realizar suturas da região cutânea junto com a camada muscular.
MÚSCULOS ANTERIORES DA PAREDE DO ABDOME 
• Os músculos anteriores são pares e longos (reto abdominal e piramidal).
Origem: púbis (se dirige superiormente); 
• Inserção: parte do esterno, algumas cartilagens costais e linha branca; 
• Entre um músculo reto e outro e entre o processo xifoide e o púbis existe uma faixa de tecido conjuntivo - linha branca ou alba. Nessa linha se prendem quase todos os músculos da parede anterolateral;
MÚSCULOS LATERAIS DA PAR EDE DO ABDOME
· As fibras dirigem-se de cima para baixo e de trás para diante;
 • Fibras: entrelaçadas com as fibras do m. peitoral maior, serrátil anterior e grande dorsal; 
• Origem: sete últimas costelas e cartilagens costais (5ª-12ª); 
• Inserção: crista ilíaca, linha alba e púbis. 
• Para entender sua inserção, precisamos dividi-lo em três partes. O músculo começa entre a 5ª e a 12 ª cartilagens costais, dirigindo-se de cima para baixo e de trás para diante.
1ª parte: prende-se à crista ilíaca juntamente ao músculo grande dorsal. Entre o grande dorsal e o oblíquo externo existe uma falha, chamada de “Triângulo de J. Le Petit”, cujos limites são: 
• Crista ilíaca (limite inferior);
I) Crista ilíaca juntamente com o músculo grande dorsal; 
II) II) Linha branca, passando por diante do músculo reto;
III) III) Púbis (quando chega ao púbis, é delimitado por duas aberturas (anel inguinal superficial) – pilar lateral e pilar medial; 
• Ação: expiração e contensão das vísceras.
Conceito de Peritônio 
E uma membrana serosa de parede dupla que forra a parede abdominal (peritônio parietal) e dela se reflete sem solução de continuidade sobre as vísceras para revesti-las em variável extensão (peritônio visceral), a semelhança do que a pleura faz no tórax.
Funções:
1. Redução do atrito
2. Resistência à infecção
3. Armazenamento de gorduras
Peritônio 
O peritônio é formado por duas camadas:
Peritônio parietal - camada externa que se adere às paredes abdominais anteriores e posteriores. 
Peritônio visceral - camada interna que recobre os órgãos abdominais. Ela é formada a partir da reflexão do peritônio parietal da parede abdominal para as vísceras.
Apesar de nos adultos o peritônio parecer estar espalhado por todo o abdome, existe uma razão (embrio)lógica por trás disso. Durante o desenvolvimento intrauterino, só existe o peritônio parietal, que forma um saco fechado e ocupando a maior parte da cavidade abdominal. Neste estágio, os órgãos abdominais são pequenos e pressionados contra a parede abdominal posterior. 
A medida que os órgãos se desenvolvem e crescem, eles projetam-se em direção à cavidade peritoneal, sem contudo entrar dentro dela. A cavidade então tem seu formato modificado e se aperta para preencher qualquer espaço existente entre os órgãos abdominais, devido à pressão sofrida. É a mesma ideia de apertar sua mão contra um balão cheio de água, o balão muda sua forma ao redor da sua mão, mas sua mão não entra dentro do balão. Dessa forma, nenhum órgão fica neste espaço potencial. 
A cavidade peritoneal é um espaço potencial encontrado entre as camadas parietal e visceral do peritônio. A cavidade é preenchida por uma pequena quantidade de fluido peritoneal seroso secretado pelas células mesoteliais, que revestem o peritônio. O líquido peritoneal permite que as camadas do peritônio deslizem uma sobre a outra com pequeno atrito, enquanto se movimentam junto com os órgãos abdominopélvicos. 
Quando o peritônio se dobra ao recobrir os órgãos, ele forma bolsas (recessos) que podem se encher de fluidos, caso haja uma inflamação dos órgãos adjacentes. Exemplos desses recessos são o recesso inferior do saco menor, formado pela dobra do omento maior, e o saco retouterino (de Douglas) encontrado entre o útero e o reto, nas mulheres.
Divisões 
Existem duas divisões na cavidade peritoneal: saco menor (bolsa omental) e saco maior. 
Saco menor (bolsa omental) 
A bolsa omental ou saco menor é encontrada posterior ao estômago e ao fígado e anterior ao pâncreas e ao duodeno. A função do saco menor é prover espaço para o livre movimento do estômago. Ela tem um formato irregular com um recesso superior e um inferior. O recesso superior é limitado pelo diafragma e pelo ligamento coronário do fígado, enquanto o recesso inferior fica entre as dobras do omento maior.
Mesentério 
O mesentério é formado pelas dobras do peritônio que suspendem os órgãos da parede abdominal posterior.
A projeção de um órgão no peritônio cria uma dobra peritoneal que se estende da parede abdominal, envolve esse órgão e volta para a parede abdominal. Essas camadas dobradas de peritônio são o mesentério. O mesentério leva feixes neurovasculares através de sua gordura, entre as camadas peritoneais, para suprir os órgãos.
O mesentério do intestino delgado é simplesmente chamado de mesentério oumesentério próprio, enquanto os mesentérios das outras partes do sistema digestivo tem nomes mais específicos: mesocólon transverso, mesocólon sigmóide e mesoapêndice. Você notará o prefixo “meso” antes da parte correspondente do intestino. Aprofunde na anatomia do mesentério com esses materiais de estudo.
Omento 	
O omento é formado por duas camadas de peritônio que se fundiram e se estende do estômago e do duodeno proximal até os órgãos vizinhos. Existem duas subdivisões do omento, dependendo se ele se estende da curvatura maior ou menor do estômago.
O omento maior cai como uma cortina cobrindo a superfície anterior do intestino delgado. Ele se origina do duodeno proximal e da curvatura maior do estômago e, então, se dobra para se ligar superiormente à superfície anterior do cólon transverso e ao seu mesentério, na borda inferior. O omento menor se estende superiormente, indo da curvatura menor do estômago e duodeno proximal para o fígado.
Ligamentos Peritoneais 	
Ligamentos peritoneais são duplicações do peritônio e podem fazer parte do omento. 
Eles têm duas funções principais: ligar órgãos à parede abdominal e/ou aos outros órgãos abdominais e mantê-los em posição Levar estruturas neurovasculares que suprem os órgãos abdominais

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