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Imaginologia Anatomia Radiográfica ANATOMIA RADIOGRAFICA O conhecimento das estruturas anatômicas craniofaciais e de seus aspectos imaginológico é utilizado na avaliação das variações morfológicas de padrões de normalidade e na detecção de possíveis alterações patológicas. DENTES E ESTRUTURAS ANEXAS O dente possui diversas camadas, o esmalte, a dentina, internamente a cavidade pulpar e externamente recobrindo a raiz tem-se o cemento. ESMALTE Recobre toda a coroa dentária, sendo que a sua espessura diminui à medida que se aproxima da junção amelocementária. É o tecido mais mineralizado do dente; Causa grande atenuação dos raios X; O esmalte sadio, sem cárie sempre será radiopaco. O esmalte é a estrutura mais radiopaca do corpo, se houver uma estrutura mais radiopaca que o esmalte não é uma estrutura anatômica, como por exemplo, amalgama breguete ortodôntico. DENTINA Radiograficamente, aparece menos radiopaca do que o esmalte, pelo qual é recoberta e protegida na porção coronária; Corresponde à maior porção radiopaca do dente. Mais internamente ao dente é formada de dentina, uma estrutura radiopaca, porém menos radiopaca que o esmalte, devido à dentina ter uma composição menos mineralizada que a do esmalte. POLPA Constitui a região onde estão situados os elementos nutritivos do dente. Área radiolúcida que se estende da porção coronária, onde simula o formato da coroa, adquirindo uma forma pelos condutos radiculares. A cavidade pulpar abriga a polpa que é um tecido rico em vasos sanguíneos. É uma cavidade radiolúcida por deixar radiação passar e chegar até a película; Nos dentes com mais de uma raiz vai haver uma câmera pulpar e os condutos radiculares. CEMENTO Anatomicamente, recobre a dentina na porção radicular; Radiograficamente, em condições normais, não é possível distingui-lo da dentina. · Mesma densidade · Espessura extremamente fina · Exceção: Hipercementose O cemento recobre a raiz e em condições normais não é possível se fazer a visualização do cemento na radiografia por ser uma estrutura muito fina e tem uma composição quase que idêntica a da dentina, logo na radiografia não é possível se fazer a identificação de onde termina a dentina e onde se inicia o cemento. A visualização do cemento na radiografia só é possível quando tem a alteração de Hipercementose. Hipercementose ocorre quando o dente começa a produzir mais cemento do que o normal, havendo uma alteração no formato da raiz. Porem a hipercementose não é uma doença, é uma alteração de normalidade que pode ser produzida ou não. Algumas vezes ocorre com o objetivo de barrar a movimentação vertical do dente. ESPAÇO PERICEMENTÁRIO O dente não fica grudado no osso, o dente é separado do osso pelo espaço do ligamento periodontal. O espaço do ligamento periodontal é uma delgada linha radiolúcida, contornada a periferia das raízes dentárias. O espaço do ligamento periodontal é uma linha radiolúcida, logo é importante visualizar esse espaço do ligamento em todo o dente, pois se houver algum dente que não é possível visualizar o ligamento periodontal é porque o dente está anquilosado. Dente anquilosado ocorre quando tem uma degeneração das fibras do ligamento periodontal e o dente gruda no osso. Complicação clinica da anquilose: paciente tem uma cárie e quer extrair, não é possível fazer a extração somente com o instrumental, é necessária uma cirurgia; na ortodontia caso não tenha a linha periodontal o dente não consegue se movimentar. Outro caso é que todo dente anquilosado tem a tendência de sofrer uma absorção por substituição, ou seja, o dente vai desaparecendo e sendo substituído pelo osso, ocorrendo a perca do dente. Esse espaço inicia-se na crista alveolar e se estende da porção das raízes do dente dentro do alvéolo e retorna à crista alveolar do lado oposto do dente. LÂMINA DURA O osso possui a parte cortical que constitui a parte mais densa e mais superficial; e também possui a parte medular do osso que constitui a parte mais porosa do osso. A parte cortical do osso é a região mais radiopaca, a cortical tem uma película chamada de lâmina dura, logo a lâmina dura é a parte cortical do osso alveolar. No centro é a região medular e nas extremidades é a lâmina dura (a parte cortical do osso alveolar). Lâmina dura é a cortical óssea que envolve a porção radicular; Linha radiopaca continua, contornando o espaço pericementário; Sua descontinuidade representa o primeiro sinal radiográfico de alterações periapicais. É importante delimitar a lâmina dura de todos os dentes porque o primeiro sinal radiográfico de que um dente necrosou é o desaparecimento da lâmina dura. Lâmina dura radiopaca CRISTA ÓSSEA ALVEOLAR Linha radiopaca continua, cobrindo o osso esponjoso e passando de um dente ao outro; Nível normal: até 1,5mm da junção amelocementária dos dentes. A crista óssea quando der a volta no dente é chamado de lâmina dura. Quando a cortical chega à região entre um dente e outro continua sendo a região cortical do osso alveolar, mas passa a ser chamada de crista óssea alveolar. A crista óssea na região dos molares é mais reta, angular e na região dos incisivos é mais pontiaguda. É importante ver a altura da crista óssea alveolar para diagnosticar se o paciente tem ou não uma doença periodontal. Pois na doença periodontal ocorre à diminuição da altura da crista óssea. OSSO ALVEOLAR O osso alveolar presenta-se como estrutura trabecular radiopaca, limitada por espações medulares radiolúcidos. O osso alveolar é formado pelos espaços medulares (radiolúcidos) e as trabéculas (radiopacas). As trabéculas da mandíbula são diferentes das trabéculas da maxila. · Maxila Na maxila as trabéculas são mais finas, mais numerosas e dispostas ao acaso; · Mandíbula Já na mandíbula as trabéculas são mais grossas, menos numerosas e mais horizontais. CANAIS NUTRIENTES São linhas radiolúcidas, que correspondem aos trajetos intraósseos das arteríolas ou veias. Frequentemente encontrados entre as raízes dos incisivos inferiores e dentro do seio maxilar. Não aparecem em todas as radiografias, normalmente é visto nas regiões dos incisivos inferiores ou dentro do seio maxilar e são as linhas radiolúcidas mais grossas que correspondem ao trajeto de pequenos vasos sanguíneos e penas artérias. NOMECLATURA DOS DENTES EM NÚMERO A boca é dividida em quadrantes e vai mudando em sentido horário e cada dente é formado por dois numerais. Sempre na arcada superior a coroa está para baixo e na arcada inferior a coroa sempre está para cima. O paciente sempre estará de frente para o profissional, logo o lado direito do cirurgião dentista será o lado esquerdo do paciente assim como o lado esquerdo dele será o lado direito do paciente. ANATOMIA RADIOGÁFICA DA MAXILA PROCESSO CORONÓIDE DA MANDÍBULA Imagem radiopaca de forma cônica e contornos nítidos; Geralmente superposto à tuberosidade da maxila. Na região dos terceiros molares superiores. HÂMULO PTERIGÓIDEO Mais para trás é visto o hámulo pterigoide que corresponde a extremidade inferior da lâmina medial do processo pterigoide do osso esfenoide. A imagem é radiopaca, em forma de gancho, situado posteriormente à tuberosidade da maxila. TÚBER DA MAXILA Na região mais posterior do processo alveolar da maxilar, geralmente onde tem o terceiro molar posterior, tem-se a túber da maxila; Pode ser ocupada pelo seio maxilar; PROCESSO ZIGOMÁTICO DA MAXILA O processo zigomático da maxila é a região radiopaca em formato de U, normalmente sobreposto ao primeiro e ao segundo molar; Área de condensação óssea, onde a maxila se articula com o osso zigomático. Linha radiopaca, em forma de “U” ou “V”, frequentemente sobreposto às raízes dos molares.
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