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cirurgia periodontal

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-introdução: 
-A decisão sobre o tipo de cirurgia periodontal a ser 
empregada e quantos locais devem ser incluídos é, 
geralmente, feita após a avaliação da resposta à fase 
inicial da terapia relacionada à causa 
-O tempo entre a conclusão da terapia relacionada à 
causa e a escolha do tipo de abordagem cirúrgica pode 
levar de 1 a vários meses. 
-Essa rotina apresenta as seguintes 
vantagens: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Técnicas cirúrgicas para tratamento 
periodontal das bolsas: 
-É de interesse histórico o fato de que as primeiras 
técnicas cirúrgicas usadas na terapia periodontal foram 
descritas como meio de ganhar acesso às superfícies 
radiculares acometidas pela doença. 
 
-Esses acessos poderiam ser realizados sem a excisão 
do tecido mole da bolsa (“cirurgias para acesso”). 
 
 
 
 
-Posteriormente, procedimentos foram descritos nos 
quais a “gengiva doente” era excisada (procedimentos 
de gengivectomia) 
-O conceito de que não só os tecidos moles 
inflamados, mas também o “osso infectado e 
necrótico” tinham de ser eliminados levou ao 
desenvolvimento de técnicas pelas quais o osso 
alveolar poderia ser exposto e instrumentado 
(procedimentos a retalho). 
-Outros conceitos, como a importância da manutenção 
do complexo mucogengival (ampla faixa de gengiva) e 
a possibilidade de regeneração dos tecidos 
periodontais, permitiram a introdução de técnicas “sob 
medida” 
-procedimentos de gengivectomia: 
-definida por Grant como “a excisão da parede de 
tecidos moles da bolsa periodontal patológica” 
--procedimento cujo o objetivo era a eliminação da 
bolsa, era em geral associado com a restauração da 
arquitetura normal da gengiva 
-Robicsek e, mais tarde, Zentler descreveram a 
gengivectomia da seguinte forma: 
-primeiro, determina-se o contorno da gengiva a ser 
ressecado. Através de uma incisão reta (Robicsek) ou 
recortada (Zentler), primeiro na face vestibular e, 
depois, na lingual de cada dente, o tecido acometido é 
descolado e elevado com um instrumento em forma de 
gancho 
- Após a eliminação dos tecidos moles, o osso alveolar 
exposto é raspado 
- A área é então coberta com algum tipo de gaze com 
efeito antibacteriano ou “pintado” com uma solução 
desinfetante 
-A bolsa periodontal aprofundada é, então, erradicada 
e é estabelecida uma dentição que possa ser mantida 
limpa com mais facilidade 
Cirurgia periodontal 
•A remoção de cálculo e da placa bacteriana 
pode eliminar ou reduzir consideravelmente o 
infiltrado de células inflamatórias na gengiva, 
possibilitando determinar a profundidade 
“verdadeira” de bolsa 
•A redução da inflamação gengival torna os 
tecidos moles mais fibrosos e mais firmes, o 
que facilita o manejo dos retalhos. A tendência 
para sangramento também é reduzida, 
facilitando a inspeção do campo cirúrgico 
•A efetividade do controle do paciente, que é 
de importância fundamental para o 
estabelecimento de um prognóstico a longo 
prazo, pode ser avaliada apropriadamente. A 
deficiência nesse controle é, na maioria dos 
casos, uma contraindicação ao tratamento 
cirúrgico. 
 
 
Gengivectomia. Técnica da incisão reta. (Fonte: 
Robicsek) 
 
Gengivectomia. Técnica da incisão recortada (Fonte: 
Zentler) 
-tecnica: 
-o procedimento da gengivectomia, como é realizado 
atualmente, foi descrito por Goldman em 1951 
-Quando a região indicada para a cirurgia estiver 
adequadamente anestesiada, a profundidade das bolsas 
patológicas é identificada com uma sonda periodontal 
convencional 
-No nível do fundo da bolsa, a gengiva é perfurada e 
um ponto sangrante é produzido na superfície externa 
do tecido mole 
-As bolsas são sondadas e um ou mais pontos 
sangrantes são produzidos ao redor de cada dente da 
região 
-A sequência desses pontos demarcará a profundidade 
das bolsas na área indicada para o tratamento e é usada 
como um guia para a incisão 
•A incisão primária, que pode ser feita com um bisturi 
(lâmina número 12B ou 15; Bard-Parker) com um cabo 
Bard-Parker, ou um cabo angulado (cabo de Blake), ou 
um gengivótomo de Kirkland número 15/16, deve ser 
planejada para proporcionar margem afilada e 
festonada da gengiva remanescente 
- Assim, na área em que a gengiva é volumosa, a 
incisão tem de ser feita mais apicalmente do que nas 
áreas em que a gengiva é mais delgada, onde se faz 
necessário um bisel menos acentuado. A incisão 
biselada é direcionada à base da bolsa. 
-Nas áreas onde as bolsas interdentais são mais 
profundas que as bolsas vestibulares ou linguais 
(palatinas), quantidades adicionais de gengiva 
vestibular e/ou lingual (palatina) devem ser removidas, 
a fim de restabelecer o contorno “fisiológico” da 
margem gengival 
-Isso é normalmente obtido iniciando a incisão 
primária em um nível mais apical
 
-Gengivectomia. Marcação da bolsa. A. Uma sonda 
periodontal convencional é usada para identificar o 
fundo da bolsa aprofundada. B. Quando a 
profundidade de bolsa tiver sido marcada, uma 
distância equivalente é delineada na parte externa da 
gengiva. A ponta da sonda é, então, passada para a 
posição horizontal e usada para produzir um ponto 
sangrante no nível do fundo da bolsa. 
-Após a incisão primária nas faces vestibular e lingual 
dos dentes, o tecido mole interproximal é separado do 
periodonto interdental por meio de uma incisão 
secundária utilizando-se um gengivótomo de Orban 
(número 1 ou 2) ou um gengivótomo de Waerhaug 
(número 1 ou 2; uma versão modificada do 
gengivótomo de Orban com serrilhas; 
•Os tecidos incisados são cuidadosamente removidos 
com uma cureta ou raspador 
-Pequenas compressas de gaze frequentemente 
precisam ser acomodadas nas áreas interdentais para 
controlar o sangramento 
-Quando o campo operatório está adequadamente 
preparado, as superfícies radiculares expostas são 
cuidadosamente desbridadas 
•Após o desbridamento meticuloso, as regiões 
dentogengivais são novamente sondadas para detectar 
alguma bolsa remanescente 
- O contorno gengival é verificado e, se necessário, 
corrigido com o uso de gengivótomos ou brocas 
diamantadas 
•Para a proteção da área incisada durante o período de 
cicatrização, a superfície da ferida tem de ser coberta 
por um cimento cirúrgico. 
-O cimento deve ficar bem-adaptado às superfícies 
vestibular e lingual, bem como aos espaços 
interproximais 
-Deve-se ter o cuidado de não deixar que o cimento 
fique muito volumoso, pois, além de desconfortável 
para o paciente, pode facilitar seu deslocamento 
•O cimento cirúrgico deve ser mantido por 10 a 14 
dias. Após a sua remoção, os dentes devem ser 
higienizados e polidos 
-As superfícies radiculares são cuidadosamente 
examinadas e qualquer cálculo remanescente é 
removido com uma cureta 
-O excesso de tecido de granulação é eliminado com 
uma cureta 
-O paciente é orientado a higienizar a área operada, 
que agora apresenta uma anatomia diferente daquela 
pré-operatória 
-procedimentos a retalho 
-retalho original de widman 
-widman descreveu o desenho de um retalho 
mucoperiósteo com o objetivo de remover o epitélio da 
bolsa e o tecido conjuntivo inflamado, facilitando, com 
isso, a correta higienização das superfícies radiculares 
-técnica: 
-Incisões liberadoras verticais são feitas primeiramente 
para demarcar a área a ser operada 
-Essas incisões iniciam-se na região mediana da 
margem gengival vestibular de dois dentes adjacentes 
à área a ser operada e continuam por alguns milímetros 
na mucosa alveolar 
-As duas incisões liberadoras são unidas por uma 
incisão gengival, que acompanha a margem gengival 
e separa o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo 
inflamado da gengiva não inflamada 
-Incisões liberadoras e gengivais similares, caso 
necessário, são feitas na face lingual dos dentes 
-Um retalho mucoperiósteo é elevado para expor pelo 
menos 2 a 3 mm do osso alveolar marginal 
-O colarinho de gengivainflamada em torno dos 
dentes é removido com curetas e as superfícies 
radiculares expostas são cuidadosamente 
instrumentadas 
 -É recomendado um recontorno ósseo com o objetivo 
de obter uma forma anatômica ideal do osso alveolar 
subjacente 
•Após o desbridamento cuidadoso dos dentes na área 
cirúrgica, os retalhos vestibular e lingual são 
reposicionados e mantidos na posição por suturas 
interproximais 
-Widman ressaltou a importância de posicionar a 
margem do tecido gengival no nível da crista óssea 
alveolar para que não haja bolsa remanescente 
-Frequentemente, as regiões interproximais do osso 
crestal ficam sem a cobertura de tecidos moles 
-Principais vantagens do retalho original de 
Widman em relação à gengivectomia, segundo 
Widman (1918): 
•Menos desconforto para o paciente, pois a 
cicatrização ocorria por primeira intenção 
•Possível restabelecimento do contorno adequado do 
osso alveolar nas áreas com defeitos ósseos angulares. 
 
 
 
 
 
 
-retalho de Neumann: 
-sugeriu o uso de um procedimento a retalho, que era 
diferente, em alguns aspectos, daquele descrito 
originariamente por widman 
-técnica: 
-Uma incisão intrassulcular é feita até a base da bolsa 
periodontal, e toda a gengiva (e parte da mucosa 
alveolar) é elevada com um retalho mucoperiósteo 
-Incisões liberadoras verticais são feitas para delimitar 
a área da cirurgia 
-Após a elevação do retalho, a parte interna desse é 
curetada para a remoção do epitélio da bolsa e tecido 
de granulação 
-As superfícies radiculares são, em sequência, 
cuidadosamente desbridadas. Quaisquer 
irregularidades da crista óssea alveolar são corrigidas 
-Os retalhos são então ajustados para permitir tanto 
uma adaptação ideal aos dentes quanto uma cobertura 
apropriada do osso alveolar nas faces vestibulares e 
linguais e áreas interproximais 
- Neumann (1920) ressaltou a importância da remoção 
das bolsas de tecido mole, ou seja, do 
reposicionamento do retalho no nível da crista óssea 
alveolar 
-cirurgia a retalho modificado: 
-é basicamente um retalho de acesso usado para 
permitir um apropriado desbridamento radicular 
-técnica: 
-Incisões de bolsa são feitas nas faces vestibular e 
lingual das áreas interproximais 
-As incisões estendem-se nas direções mesial e distal 
•A gengiva é retraída vestibular e lingualmente para a 
exposição das superfícies radiculares doentes que são 
cuidadosamente desbridadas 
-Defeitos ósseos angulares são curetados, mas não há 
remoção óssea 
•Após a eliminação do epitélio da bolsa e do tecido de 
granulação da face interna dos retalhos, eles 
são reposicionados na sua localização original e 
mantidos por suturas interproximais 
 
 
-incisão intrassulcular 
 
-a gengiva é afastada para expor a superfície radicular 
“doente” 
 
-as superfícies radiculares expostas são submetidas ao 
desbridamento mecânico 
 
-os retalhos são colocados em sua posição original e 
suturados 
-a cirurgia a retalho modificado não inclui remoção 
substancial dos tecidos não inflamados, 
posicionamento apical da margem gengival 
-Esse método poderia ser útil em regiões anteriores da 
dentição por motivos estéticos, pois as superfícies 
radiculares não ficam muito expostas 
- Outra vantagem da cirurgia a retalho modificado é o 
potencial de regeneração óssea em defeitos infraósseos 
que frequentemente ocorrem, de acordo com Kirkland 
(1931). 
-os principais objetivos dos procedimentos a 
retalhos descritos até então eram: 
 
 
 
 
 
 
-retalho posicionado apicalmente: 
-a importância da manutenção de uma nova faixa 
adequada de gengiva inserida após a cirurgia começou 
a ser enfatizada 
-um dos primeiros autores a descrever a técnica para a 
preservação da gengiva após a cirurgia foi Nabers, sua 
técnica cirúrgica é chamada de “reposicionamento da 
gengiva inserida” e foi modificada mais tarde por 
ariaudo e Tyrrell 
-Em 1962 Friedman propôs o termo retalho 
posicionado apicalmente para descrever mais 
apropriadamente a técnica cirúrgica introduzida por 
Nabers. 
-Friedman enfatizou o fato de que, no final do 
procedimento cirúrgico, todo o complexo de tecidos 
moles (gengiva e mucosa alveolar), em vez de somente 
a gengiva, era deslocado no sentido apical 
-em vez de remover a gengiva que ficava em excesso 
após a cirurgia óssea (se realizada), o complexo 
mucogengival era mantido e posicionado apicalmente 
-Essa técnica cirúrgica era realizada nas áreas 
vestibulares das arcadas superiores e inferiores e nas 
áreas linguais da arcada inferior, enquanto uma técnica 
de retalho biselado tinha que ser usada no palato onde 
a falta de mucosa alveolar torna impossível a reposição 
do retalho em direção apical 
-Facilitar o desbridamento das superfícies 
radiculares, bem como a remoção do epitélio da 
bolsa e o tecido conjuntivo inflamado 
•Eliminar bolsas profundas (retalho original de 
Widman e retalho de Neumann) 
•Causar um trauma mínimo ao tecidos 
periodontais e reduzir o desconforto ao paciente 
 
-técnica: 
-Uma incisão é feita em bisel invertido usando um 
bisturi com lâmina Bard-Parker (número 12B ou 
número 15) 
-A distância da margem gengival na qual é feita a 
incisão depende da profundidade da bolsa, bem como 
da espessura e largura da gengiva inserida 
-Se, pré-operatoriamente, a gengiva for delgada e 
somente uma pequena faixa de tecido queratinizado 
estiver presente, a incisão deve ser feita próxima ao 
dente 
- A incisão biselada deve ter um contorno festonado, 
para se obter maior cobertura proximal do osso 
alveolar quando o retalho for reposicionado 
-Incisões verticais relaxantes que se estendem até a 
mucosa alveolar (além da junção mucogengival) são 
feitas em cada um dos pontos terminais da incisão 
biselada, o que permite o posicionamento apical do 
retalho 
•Um retalho mucoperiósteo de espessura total, 
incluindo a gengiva vestibular/lingual e a mucosa 
alveolar, é afastado utilizando um descolador 
mucoperiosteal 
-O retalho tem de ser elevado além da linha 
mucogengival, a fim de, posteriormente, reposicionar o 
retalho apicalmente 
- O colarinho marginal do tecido, incluindo o epitélio 
da bolsa e o tecido de granulação, é removido com 
curetas, e as superfícies radiculares expostas são 
cuidadosamente raspadas e alisadas 
•A crista óssea alveolar é recontornada com o objetivo 
de recuperar a forma normal da crista alveolar, mas em 
um nível mais apical 
-A cirurgia óssea é feita usando brocas e/ou cinzéis 
para osso 
•Após ajuste cuidadoso, o retalho vestibular/lingual é 
reposicionado na altura da crista óssea recentemente 
recontornada e mantido nessa posição 
- As técnicas incisional e excisional usadas mostram 
que nem sempre é possível obter uma cobertura 
adequada de tecidos moles sobre o osso alveolar 
interproximal desnudado 
-Um cimento cirúrgico deve ser aplicado para proteger 
o osso exposto e manter o tecido mole na altura da 
crista óssea 
 -Após a cicatrização, uma faixa “adequada” de 
gengiva inserida é preservada e não deve haver bolsas 
residuais 
-Para lidar com as bolsas periodontais na área palatina 
dos dentes maxilares, Friedman descreveu uma 
modificação do “retalho posicionado apicalmente”, 
que foi então denominado retalho biselado: 
•A fim de permitir que o tecido da margem gengival 
acompanhe de maneira adequada o contorno da crista 
óssea alveolar, um retalho mucoperiósteo convencional 
é inicialmente elevado 
•As superfícies dentárias são desbridadas e é feito o 
recontorno ósseo 
•O retalho palatino é, em seguida, reposicionado e a 
margem gengival é ajustada à crista óssea alveolar por 
uma incisão secundária contornada e biselada 
 O retalho é mantido nessa posição por suturas 
interdentais 
-Dentre as diversas vantagens apresentadas pelo 
procedimento de retalho posicionado apicalmente, têm 
sido enfatizadas as seguintes: 
 
 
 
 
 
A remoçãodos tecidos periodontais por ressecção 
óssea e subsequente exposição das superfícies 
radiculares (que pode causar problemas estéticos e 
sensibilidade radicular) são consideradas as principais 
desvantagens dessa técnica 
-retalho de Widman modificado: 
-também conhecida como técnica de raspagem a 
campo aberto 
-técnica: 
-De acordo com a descrição de Ramfjord e Nissle 
(1974), a incisão inicial, que pode ser realizada com 
•Mínima profundidade de bolsa pós-operatória 
•Se for obtida ótima cobertura do osso 
alveolar, a perda óssea pós-cirúrgica é mínima 
•A posição pós-operatória da margem gengival 
pode ser controlada e todo o complexo 
mucogengival, preservado 
 
um bisturi Bard-Parker® (número 11), deve ser 
paralela ao longo eixo do dente e posicionada a cerca 
de 1 mm da margem gengival vestibular, a fim de 
separar adequadamente o epitélio da bolsa do retalho 
-Se as bolsas na área vestibular forem < 2 mm ou se 
considerações estéticas forem importantes, é feita uma 
incisão intrassulcular 
- Além disso, a incisão deve estender-se o máximo 
possível entre os dentes, para permitir a inclusão da 
maior quantidade de gengiva interdental no retalho 
-Uma incisão semelhante é feita na face palatina 
-Entretanto, frequentemente o contorno recortado da 
incisão inicial pode ser acentuado com o 
posicionamento da lâmina a uma distância de 1 a 2 mm 
da superfície mediopalatina dos dentes 
-Estendendo-se a incisão o mais distante possível entre 
os dentes, podem ser incluídas quantidades suficientes 
de tecido no retalho palatino para permitir adequada 
cobertura do osso interproximal quando o retalho for 
suturado 
- Incisões relaxadoras verticais em geral não são 
necessárias 
•Retalhos totais vestibulares e palatinos de espessura 
total são cuidadosamente elevados com um descolador 
mucoperiosteal 
-O rebatimento do retalho deve ser limitado para 
permitir a exposição de apenas alguns milímetros da 
crista óssea alveolar 
 -Para facilitar a separação delicada do colarinho do 
epitélio da bolsa e do tecido de granulação das 
superfícies radiculares, uma incisão intrassulcular é 
feita em torno dos dentes (segunda incisão) até a crista 
alveolar 
•Uma terceira incisão, feita em direção horizontal e em 
um ponto próximo à crista óssea alveolar, separa o 
osso do colarinho de tecidos moles das superfícies 
radiculares 
•O epitélio da bolsa e o tecido de granulação são 
removidos por meio de curetas 
-As raízes expostas são cuidadosamente raspadas e 
aplainadas, exceto uma área estreita, perto da crista 
óssea, na qual remanescentes das fibras de inserção 
podem ser preservados 
-Defeitos ósseos angulares são cuidadosamente 
curetados 
•Após a curetagem, os retalhos são aparados e 
ajustados ao osso alveolar para obter uma completa 
cobertura do osso interproximal 
- Se essa adaptação não puder ser obtida por meio do 
recontorno dos tecidos moles, alguma quantidade de 
osso pode ser removida para facilitar a tão importante 
adaptação do retalho 
-Os retalhos são suturados com pontos interdentais 
-Cimento cirúrgico pode ser colocado sobre a área para 
garantir a íntima adaptação dos retalhos ao osso 
alveolar e às superfícies radiculares. O cimento e as 
suturas são removidos com 1 semana 
As principais vantagens da técnica do retalho 
de Widman modificado, segundo Ramfjord e 
Nissle (1974), em relação aos procedimentos 
descritos anteriormente, são: 
 
 
 
 
 
 
-retalho para preservação de papila: 
-Por motivos estéticos, a técnica de preservação de 
papila é frequentemente usada no tratamento cirúrgico 
das regiões anteriores 
-tecnica: 
-a técnica de preservação de papila é iniciada por uma 
incisão intrassulcular nas faces vestibular e proximal 
dos dentes, mas sem fazer incisões através das papilas 
interdentais 
-A seguir, uma incisão intrassulcular é feita pela face 
lingual/palatina dos dentes com uma incisão semilunar 
feita ao longo de cada área interdental 
-A incisão semilunar pode se estender apicalmente até 
pelo menos 5 mm dos ângulos dos dentes, o que 
permitirá que o tecido interdental seja elevado no 
retalho vestibular 
•Possibilidade de obter integração dos tecidos 
moles às superfícies radiculares 
•O trauma mínimo ao qual ficam expostos o osso 
alveolar e o tecido conjuntivo 
•Menor exposição das superfícies radiculares, o 
que, do ponto de vista estético, representa uma 
vantagem no tratamento das regiões anteriores 
 
-Nas situações em que o defeito ósseo se apresenta 
extenso na área lingual/palatina, a incisão semilunar 
pode ser feita na face vestibular da área interdental, 
para que as papilas possam ser incluídas no retalho 
lingual/palatino 
•Uma cureta ou bisturi interproximal é usado para 
liberar a papila interdental cuidadosamente do tecido 
duro subjacente 
- O tecido interdental descolado é empurrado através 
da ameia com um instrumento rombo 
•Um retalho de espessura total é rebatido com um 
descolador periosteal nas superfícies vestibular e 
lingual 
- As superfícies radiculares expostas são 
minuciosamente desbridadas, e os defeitos ósseos, 
cuidadosamente curetados 
•Enquanto se segura o retalho rebatido, as margens do 
retalho e do tecido interproximal são aparadas para 
remover o epitélio da bolsa e o tecido de granulação 
em excesso 
- Nas áreas anteriores, a remoção do tecido de 
granulação deve ser limitada a fim de manter a 
máxima espessura do tecido 
•Os retalhos são reposicionados e fixados usando 
sutura tipo colchoeiro 
-De forma alternativa, uma sutura direta das incisões 
semilunares pode ser feita, se essa for a única maneira 
de fechar o retalho 
-O cimento cirúrgico pode ser aplicado para proteger a 
área. O cimento e as suturas são removidos em 1 
semana 
-procedimentos regenerativos: 
-o tratamento da bolsa periodontal ganhou uma nova 
dimensão quando foi demonstrado que, com uma 
abordagem cirúrgica específica, é possível obter uma 
quantidade significativa de nova inserção de tecido 
conjuntivo 
-várias abordagens com tal finalidade têm sido 
empregadas ao longo dos anos 
-Na primeira delas, empregaram-se procedimentos de 
enxerto ósseo, tais como: enxertos autógenos obtidos 
de locais extraorais ou intraorais; enxertos 
alogênicos; e enxerto de osso liofilizado não 
descalcificado/descalcificado ou procedimentos de 
“implante” empregando-se fosfato tricálcico de 
reabsorção lenta e hidroxiapatita não reabsorvível 
-Outras abordagens envolviam o uso de ácido cítrico 
para desmineralização da superfície radicular ou o uso 
de métodos para melhorar a biocompatibilidade ou as 
respostas celulares 
-O uso de barreiras físicas, como as membranas 
(biodegradáveis ou não), retarda ou evita a migração 
apical do epitélio, assim como afasta o tecido 
conjuntivo gengival da ferida em processo de 
cicatrização, formando a base do conceito conhecido 
como “regeneração tecidual guiada” 
-O procedimento pode ser descrito como um 
reposicionamento coronal do retalho, sem recontorno 
ósseo, com colocação adjuvante de membrana sobre a 
superfície radicular exposta e o defeito intraósseo 
adjacente, antes do reposicionamento dos retalhos de 
tecidos moles 
-No final da década de 1990, uma nova abordagem 
para regeneração periodontal foi apresentada, a qual 
utilizava um derivado de proteínas da matriz do 
esmalte 
- Essas proteínas estão envolvidas na embriogênese do 
cemento, do ligamento periodontal e do osso alveolar, 
e, quando aplicadas sobre a superfície radicular 
exposta e defeito intraósseo, podem mediar a 
regeneração do novo aparato de inserção 
-O procedimento cirúrgico é realizado com o 
reposicionamento coronal do retalho sem recontorno 
ósseo 
- Antes do reposicionamento dos retalhos de tecidos 
moles, a superfície radicular é tratada com ácido 
etilenodiaminotetracético (EDTA) para remoção da 
“smear layer”, sendo logo depois aplicada a proteínaderivada da matriz do esmalte 
-procedimentos de cunha distal: 
-quando há pouca ou nenhuma gengiva queratinizada, 
ou quando existe defeito ósseo angular, o tecido 
hiperplásico deve ser diminuído em vez de 
removido in Toto 
-Isso pode ser realizado utilizando-se o procedimento 
de cunha distal (Robinson, 1966) 
-Essa técnica facilita o acesso ao defeito ósseo e 
permite preservação suficiente de gengiva e mucosa, 
possibilitando recobrimento com tecido mole 
-técnica: 
-Incisões verticais vestibular e lingual são realizadas 
ao longo da tuberosidade ou do coxim retromolar, 
formando um triângulo 
-As incisões vestibular e lingual devem ser estendidas 
na direção mesial, contornando as faces vestibular e 
lingual do molar distal para facilitar a elevação do 
retalho 
-As paredes vestibular e lingual da tuberosidade ou do 
coxim retromolar são rebatidas, dissecadas e separadas 
do osso 
•As paredes dos retalhos vestibular e lingual são 
reduzidas em espessura por meio de incisões 
-As pontas soltas de tecido são removidas e as 
superfícies radiculares são desbridadas. Se necessário, 
o osso é recontornado 
•Os retalhos vestibular e lingual são reposicionados 
sobre o osso alveolar exposto, e as margens da ferida 
são aparadas para evitar a superposição das margens 
 -Os retalhos são mantidos nessa posição e suturados 
com sutura interrompida. Após 1 semana, 
aproximadamente, as suturas são removidas 
-o procedimento de cunha distal original pode ser 
modificado de acordo com as necessidades individuais 
-cirurgias ósseas: 
-Eles observaram que a perda óssea alveolar causada 
pela doença periodontal inflamatória resulta em um 
contorno irregular da crista óssea 
-Segundo esses autores, o contorno gengival depende 
muito do contorno ósseo, assim como da proximidade 
e anatomia das superfícies dentárias adjacentes, a 
eliminação das bolsas de tecido mole frequentemente 
precisa ser associada a recontorno ósseo e eliminação 
de crateras ósseas e defeitos ósseos angulares para 
estabelecer e manter bolsas rasas e contorno gengival 
ótimo após a cirurgia 
-osteoplastia: 
-tem finalidade de modelar o osso alveolar sem 
remover o osso de “suporte” 
-ex: adelgaçamento de bordas ósseas espessas e o 
estabelecimento de um contorno festonado da crista 
óssea vestibular (lingual e palatina) 
-a redução do osso que não tenha função de suporte 
por meio de sulcos verticais, para reduzir a dimensão 
vestibulolingual do osso nas áreas interdentais, pode 
facilitar a adaptação do retalho, reduzindo assim o 
risco de exposição óssea e de necrose isquêmica de 
retalhos de mucosa sem suporte em virtude das 
margens deficientes do retalho 
-A remoção do osso que não tem função de suporte 
algumas vezes também pode ser necessária para obter 
melhor acesso para desbridamento da superfície 
radicular intraóssea 
-O nivelamento de crateras interproximais e a 
eliminação (ou redução) de paredes ósseas em defeitos 
ósseos são frequentemente denominados de 
“osteoplastia”, já que, em geral, não há necessidade de 
ressecção do osso de suporte 
-ostectomia: 
-o osso de suporte, ou seja, o osso envolvido 
diretamente na fixação do dente é removido para 
remodelar defeitos no tecido duro causados pela 
periodontite 
-A ostectomia é considerada uma fase importante as 
técnicas cirúrgicas para eliminação das bolsas 
periodontais. Como regra geral, deve-se ter muito 
cuidado quando da remoção do osso de suporte 
-Após exposição do osso alveolar pela elevação do 
retalho, as paredes vestibular e/ou lingual de crateras 
devem ser reduzidas até a base do defeito, fazendo uso 
de cinzéis e pinça-goiva 
 -Pode-se utilizar também uma broca esférica ou uma 
ponta diamantada sob irrigação constante com solução 
salina 
 -Se a ressecção óssea for realizada na área interdental, 
pode ser necessário recontornar as margens ósseas 
vestibular e lingual/palatina para compensar as 
discrepâncias resultantes na altura óssea 
-Considera-se importante remover pequenas saliências 
ósseas que, frequentemente, permanecem nas áreas de 
ângulos diedros 
-o objetivo da cirurgia óssea é estabelecer uma 
anatomia “fisiológica” do osso alveolar, mas em um 
nível mais apical

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