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MEDICINA DO SONO

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MATERIAIS DENTÁRIOS – MEDICINA DO SONO
Existem mais de 180 distúrbios do sono identificados, os quais afetam de forma marcante a vida do paciente e sua qualidade de vida. Em situações de distúrbio do sono as patologias costumam ser multidisciplinares, por esse motivo o médico precisa entrar em contato com o dentista para poder realizar o tratamento de forma conjunta. 
A qualidade do sono impacta fortemente a vida das pessoas em diversas áreas:
· Qualidade de vida: diminuição da cognição, atenção, memória, produtividade do trabalho, libido. Leva à sonolência diurna excessiva e favorece a possibilidade de AVC e infarto do miocárdio.
· Segurança pública: controladores de tráfego aéreo, piloto de avião, motorista de transporte público, etc. – podem causar acidentes à população
· Segurança pessoal das pessoas: maior envolvimento com acidentes de trânsito e de trabalho
A apneia pode ser chamada também de SAOS: Síndrome da apneia obstrutiva do sono. Quem não tem uma boa noite de sono possui uma perda de atenção no trânsito e durante pausas nos semáforos o motorista pode acabar cochilando em virtude da direção monótona.
Em vários dos distúrbios do sono a polissonografia será um exame que irá auxiliar na descoberta da causa, permitindo que a equipe multidisciplinar possa atuar no tratamento para melhorar a qualidade de vida do paciente.
O ronco primário se caracteriza como um ruído de baixa frequência que decorre das vibrações nas paredes da faringe durante a passagem do ar. O ronco pode ocorrer como uma manifestação isolada (ronco primário) ou fazer parte uma síndrome (SAOS). Embora muitas vezes alguém da própria família possa dizer se a pessoa ronca ou não, é importante a realização da polissonografia pois através dela é que será possível identificar se o ronco é realmente a causa da má qualidade do sono ou se ele está associado à apneia do sono.
Tanto o ronco quanto a apneia do sono consistem no estreitamento das vias aéreas, no entanto o estreitamento no ronco é parcial, ou seja, o ar passa mas com dificuldade, é essa dificuldade que vibra as paredes da faringe, úvula, tonsilas e afins e causa o ronco; enquanto que na apneia do sono não ocorre a passagem do ar.
Já a apneia, no entanto, é um distúrbio muito mais grave por ser uma doença crônica, ou seja, podemos tratar mas não terá cura, diminuindo substancialmente a qualidade de vida dos seus portadores; além de ser crônica ela também é progressiva, ou seja, muitas vezes o paciente começa com uma síndrome da apneia obstrutiva leve (tendo 5-15 paradas respiratórias a cada hora de sono), evolui pra uma apneia moderada (15-30 episódios de parada respiratória por hora) e em seguida pra uma apneia grave (com mais de 30 paradas respiratórias por hora de sono). À medida que as pessoas envelhecem a tendência é que o ronco aumente, pois a musculatura começa a ficar flácida; além disso, o sobrepeso/obesidade é um fator predisponente do ronco pois a gordura pode se acumular na faringe e reduzir a passagem do ar. Em alguns casos é feito o tratamento combinado usando o aparelho intraoral + CPAP, pois dessa forma o paciente terá uma maior qualidade de sono além de possuir algo portátil e discreto que é o aparelho intraoral, pois o CPAP não é fácil de ser utilizado em viagens e situações similares.
Os principais distúrbios do sono que possuem interesse odontológico são: Bruxismo, Ronco primário e a Síndrome da apneia obstrutiva do sono. Off: Cynthia foi a primeira em Alagoas a realizar tratamento com aparelho intraoral. A polissonografia é importante pois ela irá diagnosticar qual dos distúrbios do sono o paciente possui além de indicar a sua gravidade, esse exame possui no mínimo 6 horas de duração, embora o ideal seja um tempo maior, com isso pode-se observar todas as fases do sono do paciente. Para a realização desse exame indica-se que o paciente chegue à clínica com cerca de 2 horas de antecedência para preparação, pois são colocados diversos eletrodos que irão monitorar cada parte e função do corpo durante o sono, por esse motivo inclusive é que ele é considerado um exame de padrão ouro. 
Os distúrbios do sono são em geral corrigidos com: CPAP, aparelho intraoral ou intervenção cirúrgica.
CPAP: Padrão ouro de tratamento, um equipamento constituído de máscara (buconasal ou nasal), mangueira e equipamento que fica na mesa de cabeceira; esse equipamento restringe o movimento do paciente na cama, caso ele venha a se mover fortemente na cama pode acabar derrubando e danificando o equipamento. Existem vários modelos, desde os mais simples até os mais modernos. É importante guarda-lo na maleta que o acompanha durante a compra para evitar possíveis danos, além disso é necessário que o técnico ou médico deem instruções bastante detalhadas ao paciente. É necessário também que a máscara esteja bem adaptada ao rosto do paciente, pois caso contrário haverá vazamento do ar, esse ar precisa ficar restrito ao paciente pois é ele que entrará através de uma pressão controlada na cavidade nasal e bucal do paciente, visando o tratamento do distúrbio do sono.
Aparelho intraoral: mais utilizado pois não incomoda o paciente durante o uso, realiza protusão mandibular para abertura das vias aéreas visando a passagem correta do ar. Possui uma aceitação muito maior que o CPAP, pois o CPAP embora seja o tratamento padrão ouro só possui uma adesão de cerca de 60% dos pacientes, enquanto que o aparelho intraoral essa adesão sobre para cerca de 75%. Normalmente é mais usado em pacientes com apneia leve ou moderada, no caso da apneia grave ele é usado em associação com o CPAP.
Cirurgia: mais indicada para pacientes com problemas na nasofaringe, por exemplo quem possui úvulas muito grandes, tonsilas muito edemaciadas, pólipo nasal, adenóide e ronca por conta disso; atua removendo estruturas ou partes das estruturas que causam estreitamento da nasofaringe e obstruem a passagem do ar.

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