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Armamentário para anestesia e técnica anestésica básica em odontologia

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Cirurgia – 31/01/17 - Bessa 
Armamentário para anestesia e técnica anestésica básica 
 
A seguir falaremos dos materiais utilizados quando realizaremos anestesia: anestésico tópico apresentado em 
forma de solução (pastoso) aplicado com cotonete ou com pinça de algodão, a carpule (seringa para carpule), 
tubete anestésico e agulha. 
 
SERINGAS: 
- Critérios da American Dental Association (ADA): 
- Devem ser duráveis e esterilizáveis; 
- Devem ser capazes de aceitar uma ampla variedade de agulhas/tubetes e permitir esterilização; 
- Devem ser baratas, autocontidas, leves e uso com uma das mãos (pois na técnica de anestesia 
apenas uma das mãos aplica o anestésico); 
- Devem propiciar uma aspiração eficaz e devem ser fabricadas de modo que o sangue possa ser 
facilmente observado no tubete (precisa permitir o refluxo, para saber o local em que está, pois já foi 
visto que anestésico em vaso não gera o efeito desejável – apenas toxicidade e alergia). 
 
- Tipos de seringa para carpule: 
• Aspiração/refluxo ativo (possuem argola e saca rolha, que trava no êmbolo de borracha). É mais 
segura, seu apoio faz com que seja possível que o profissional faca o refluxo, onde se encaixa o dedão 
(anel do polegar), podendo puxar para trás e empurrar para frente. É muito utilizada para anestesia do 
nervo alveolar inferior, é interessante tê-la pois a margem de segurança é maior, mão não significa que 
a de auto refluxo não faça a mesma coisa; 
• Auto aspiração/refluxo (a pressão do paciente é que faz o embolo retornar, quando é maior que a do 
tubete), serve para tudo, porem há necessidade de fazer uma aplicação mais precisa para que não 
corra o risco de atingir um vaso em que a pressão do paciente não consiga gerar o refluxo, sendo 
assim, é menos segura. Ou seja, o palmar só deixa o profissional empurrar a agulha, não dá para puxá-
la para trás; 
 
- Partes da seringa: 
• Refluxo ativo 
- Adaptador da agulha rosqueável (cuidado para não jogar fora junto com a seringa); 
- Embolo com arpão; 
- Apoio para os dedos; 
- Corpo da seringa; 
-Anel do polegar – nunca adaptar o dedo todo dentro do anel, sempre deixar apenas a ponta do dedo. 
 
• Auto refluxo 
 
Na de auto refluxo o adaptador de agulha é fixo, e o garfo serve para movimentar a seringa quando vamos 
inserir o tubete anestésico. 
Obs: A forma de colocar o tubete é diferente nos dois tipos de seringa. 
O corpo das duas seringas é vasado para que tenhamos ideia da medida que injetamos (ela não vem com 
medida, então temos que visualizar o todo, a metade, um quarto etc, mas algo muito preciso é impossivel). Por 
isso que nos calculos desconsideramos os valores quebrados, pois é impossivel fazer essa medição. 
Obs: Em uma regra geral, se, durante os cálculos o valor for quebrado (ex: 4,57), arredondar para mais. No 
caso de 4,57, seriam 5 tubetes. 
Modo de usar da carpule de auto-refluxo: puxar toda a haste para trás, colocar o tubete por cima e depois 
voltar a posição. A parte da agulha que entra em contato com o anestube rasga-o (o diafragma é de borracha). 
Modo de usar da carpule de refluxo ativo: puxa para trás a haste de metal e coloca o anestésico primeiro na 
frente e depois a trás (igual a pilha). O corpo da seringa não “cai” como na anterior. 
Atenção:Para reduzir o risco de pegar pequenos vasos e até um vaso calibroso durante a técnica anestésica 
(principalmente o Alveolar inferior, que é o vaso mais calibroso) é recomendável o uso da seringa de refluxo 
ativo, principalmente em crianças e idosos. Pois, se a pressão existente dentro do vaso não for suficiente a 
seringa de auto-refluxo não funcionará. 
 
AGULHAS 
Partes da agulha: 
 
1. Bisel (o que vai entrar em contato com o tecido). Obs: deve estar sempre voltado para baixo. 
2. Haste 
3. Calota (faz a adaptação da haste ao adaptador da seringa) 
4. Adaptador da seringa 
5. Extremidade (que penetra no tubete anestésico) 
Obs: a seringa deve ser aberta sempre por baixo 
 
Calibre das agulhas: 
• A medida que se aumenta o calibre da agulha se diminui o diâmetro. Ex: uma agulha número 15 é mais 
fina que uma agulha número 10. 
• As agulhas também podem ser chamadas pela secção. Ex: agulha 25/2 
• A agulha 16G é usada para fazer lavagem na ATM (artrocentese). 
• A agulha que usamos é mais fina que a de insulina, é 30G. 
• De uma maneira geral, usamos dois tipos de agulha: uma longa e uma curta. A longa sempre será 
grossa e a agulha curta pode ser menos grossa que a longa ou não. 
• A agulha grossa (mais segura!) é usada quando se tem um maior fluxo sanguíneo no local (vaso mais 
grosso). Ex: técnicas de bloqueio usam agulha longa (tem que entrar varias camadas sem que ocorra 
deflexão, ou seja, sem que entorte) e grossa (mais fácil o sangue flui e mais fácil a visualização na 
seringa). 
• As demais anestesias (todo maxilar, tirando os posteriores) usa a agulha curta e fina (27G e 30G). 
 
Como usar as agulhas: 
Desrosquear a parte de baixo e colocar a agulha no corpo da seringa, rosquear e desencapar. Depois, conferir 
se a agulha está passível de uso: ver se a agulha furou o diafragma. Se não furou, a agulha pode ter entortado. 
Obs: Fazer teste da gaze!! passar a agulha sobre um pedaço de gaze e observar se desfia. Se sim, a agulha 
contém “flerpas” e estas podem traumatizar vasos e criar hematomas. 
 
Sequência de montagem: 
- Puxa o êmbolo pra trás 
- Coloca o tubete* 
- Fecha 
- Coloca a agulha* 
- Testa se está saindo anestésico 
 
*Obs: Essa sequência é de acordo com o Mallamed. O professor faz ao contrário: primeiro coloca a agulha e 
depois o tubete. Pois a agulha pode entortar e não perfurar o diafragma. (faz apenas na de auto-refluxo, pois 
a de refluxo ativo tem o ganchinho que prende no tubete) 
 
Remoção da agulha: 
Usa uma pinça hemostática ou um porta agulha, depois jogar no descarpack (seringa e tubete anestésico de 
vidro), autoclavar e não jogar no lixo comum. 
Obs: Nunca reencapar agulha com a mão! 
 
Mallamed ensina a técnica do pescador para reencapar a agulha: 
- Deixar a tampa na mesa 
- Pescar ela com a seringa 
- Coloca ela pra cima e fecha 
** críticas: não é recomendado reencapar, requer paciência e tempo. 
 
Obs: Para proteger a agulha durante os procedimentos- esconder ela dentro de um pacotinho de gaze. 
 
Recomendações do uso da agulha 
- Não deve ser usada em mais de um paciente 
- Após 3 ou 4 aplicações deve ser trocada (com a boa, 
as outras 1 ou 2) 
- Deve ser cobertas durante o uso 
- Observar a posição da agulha (bisel para baixo) 
- Devem ser corretamente descartadas (Descarpack) 
- Não devem ser introduzidas até a sua totalidade (até a 
calota) 
- Não deve ser forçada de maneira grosseira 
- Evitar mudar a direção da agulha bruscamente (Na 
intrapulpar se entorta a agulha) 
 
 
TUBETES ANESTÉSICOS 
 
Padrão internacional de tubete anestésico: de vidro com uma listra colorida que identifica a solução. 
- O êmbolo de borracha desliza mais facilmente 
 (libera com menos pressão, incomoda menos o paciente) 
- O vidro é transparente (plástico é mais fosco) - observa melhor alteração de coloração 
- Mais seguro ( se cair ele quebra, o de plástico pode ser perfurado e injetar algo dentro) 
- As informações são impressas numa etiqueta, a qual é laminada envolta do tubete anestésico, dessa forma, 
as informações não são apagadas. (O de plástico é impresso e facilmente apagado) 
- Rugosidades do plástico pode alterar a composição do anestésico, se deteriora mais fácil. 
 
Obs.: Anestésicos de padrões maiores não são encontrados de plástico. Ex: Articaína. 
O QUE HÁ DENTRO DA SOLUÇÃO? 
- Droga anestésica; 
- Cloreto de sódio: responsável pela isotonicidade (??) de solução; 
- água estéril: é o diluente; 
- Vasoconstrictor nos tubetes com vasoconstrictor; 
- metabissulfito de sódio: estabilizar o vasoconstrictor; 
-metilparabeno: agente bacteriostático. 
 
1. Alphacaine (de 100): Marca azul. 1:100.000.Cloridrato de lidocaína a 2% 
 
 Com esses valores, é possível identificar a massa ativa disponível pra utilizar no tubete. Com a 
concentração cálculo a massa ativa. 
1 tubete = 36 mg ou 18µg de lidocaína (2% do volume do tubete equivale 36 mg de anéstesico) 
Anestesico: 
2% = 2g (2000mg) para cada 100 mL de solução. 
2000 = 20 mg/mL 
100 
 
1mL(solução)---------------------20 mg (anestésico) 
 1,8mL(solução)----------------- x (anestésico) 
 
 
 
 
 
**Se a 2% tem 36 mg, a 4% tem 72 mg.(Tem o dobro) 
 
Vasoconstrictor: 
 
C(concentração) = m (massa) 
 V(volume) 
m= massa do soluto (principio ativo) 
 
1:100.000 equivale a 1g para 100.000 ml 
 
C= 1000 mg 
 100.000 ml 
C= 0,01mg/mL 
 
1mL------------0,01mg 
1,8 mL---------- x 
 
 
 
**Se 1:100.000, tem 18 µg. Em um tubete 1:200.000, tem 9 µg (metade). 
**Em 1:50.000, tem 36 µg (dobro). 
Quantidade suficiente para (QSP): utilizado em farmácia de manipulação. Coloca o valor do princípio ativo, 
em mg, e depois coloca o excipiente ou diluente que aquele principio ativo vai estar difundido e o QSP (que é o 
volume que vai completar o preparo com os excipientes). 
 
Os excipientes são: bissulfito de sódio (antioxidante), cloreto de sódio e água (para injeção). 
Existem anestésicos com vaso de 1:50.000 (vasoconstrictor mais concentrado, muito usado para periodontia e 
cirurgia); 1:100.000; e 1:200.000 (usado para dentística). 
Padrão: Lidocaína a 2% + epinefrina 1:100.000 (concentração) ou 
 Lidocaína 36 mg + epinefrina 18 µg (massa ativa). 
 
2. Articaína (de 100): Cor Bege. 
 De 1:100.000 (18 µg). Cloridrato de articaína a 4% (ou 72 mg). 
-Existe também articaína de 1:200.000 (9 µg). 
 
3. Prilocaina 3% com felipressina (ou octapressina – sempre) – 
Como é unidade internacional não tem o 100 lá em cima (da embalagem): 54mg da droga (36mg a 2%, 
54mg a 3% e 72mg a 4%, 30mg para cada ml) e da felipressina é 0,03 UI por ml, ou seja pra cada anestube 
temos 0,054UI. Nesse anestésico o excipiente ao invés do metabissulfito de sódio é o meti l-parabeno, e 
porque mudou? Porque a felipresina é um análogo da vasopressina e o metabissulfito de sódio só é usado 
em adrenérgico. 
 x = 0,018 mg ou 18 µg de vasoconstrictor 
 
 x= 36 mg (no tubete com concentração de 2%) 
 
 
4. Cloridrato de Mepivacaina 54mg, ou seja, 3% 
Sem Vaso 
 Porque sem vaso? Porque dos anestésicos locais ele 
é o menos vasodilatador de todos. Os excipientes dele 
são apenas cloreto de sódio e agua destilada (ninguém 
tem alergia a nenhum dos dois). 
Comorbidade depende da especialidade que 
você pratica, por exemplo, paciente cardiopata e tem 
diabetes tipo 2, para um cardiologista a morbidade para 
ele é a cardiopatia e a comorbidade é o diabetes tipo 2, 
já para um endocrinologista a morbidade será o diabetes e comorbidade será a cardiopatia. Para nós a 
comorbidade será qualquer doença fora da boca, ou seja, nesse caso tanto o diabetes quanto a cardiopatia 
serão comorbidades assim como extremos de idade (crianças e idosos). 
Em pacientes normais a dose máxima de lidocaína é 4,4mg/kg com dose máxima de 300mg, quando se 
faz o cálculo é preciso saber algumas coisas: 
1 – Em pacientes normais o que vai restringir a quantidade de tubetes aplicada não é o vasoconstrictor e sim 
anestésico, já em pacientes cardiopatas o que vai restringir não é AL e sim o vaso. 
2 – Existe um limite de dose que o paciente pode receber por consulta, no caso da lido temos a relação 
droga/peso e a dose máxima pois não fosse isso uma pessoa de 300kg poderia tomar 20 AL por exemplo, 
existe um limite pra essa dose (no caso, 300mg). 
 Paciente com 10kg: 4,4mg (dose máxima por kg) X 10kg = 44mg será o máximo que esse paciente 
poderá receber de lidocaína. Caso esteja usando a lido a 2% temos 36mg por tubete, sendo a dose máxima 
para esse paciente 44mg ele poderá receber apenas 1,2 tubete ou apenas 1 tubete para ter uma margem de 
segurança. 
 Paciente de 100kg: 4,4mg (dose máxima por kg) X 100kg = 440mg, porém ele não poderá receber esse 
440mg porque o teto da dose é de 300mg (é o máximo da dose que o paciente pode receber independente do 
peso). Se um tubete tem 36mg e a dose máxima é de 300 mg ele poderá receber apenas 8,33 tubetes 
(300/36), descartando a fração 8 tubetes (a partir de 7kg o máximo de tubetes é 8). Pelo vasoconstrictor 
poderia receber até 11 tubetes, porém, nesse caso, o que limita é o AL. 
 Paciente cardiopata (ASA III e IV, II trata como normal) o que irá limitar é o vaso, no caso se um tubete 
tem 0,018 de epinefrina, podendo arredondar para 0,02, sendo a dose máxima 0,04, esse paciente poderá 
receber apenas 2 tubetes. Isso é válido para qualquer AL que o vaso seja epinefrina. 
 Se vai realizar algum procedimento em um paciente ASA III ou IV e a sua programação é fazer no 
máximo 2 tubetes, você pode fazer qualquer anestésico que tenha epinefrina nesse paciente, porem caso seja 
necessário utilizar mais do que 2 tubetesaí já não pode, ou então apela para a prilo. Essa informação é 
importante para que não seja amaldiçoado o uso de vaso em pacientes cardiopatas. 
 Mas a prilocaína não seria mais segura? Seria, mas temos 2 situações: 
1 – Urgencia: o paciente chega com dor e temos que resolver o problema, não se pode mandar o paciente 
para casa com dor, independentemente da situação ou da condição do paciente, usa-se o anestésico mesmo 
com vaso. 
2 – Atendimento eletivo: como é possível fazer a programação do procedimento há tempo para providenciar a 
prilocaína, podendo ser usado mais de 2 tubetes sem causar problemas para o paciente. 
 Caso seja utilizado mais de um tipo de AL no mesmo paciente (mesmo não sendo recomendado, é 
preferível que se aumente a dose do mesmo AL ao invés de misturar) deverá ser considerada a menor dose 
máxima entre eles. 
 
Toxicidade é dose dependente, se não errar na 
dose, não tem toxicidade. 
 
RESPEITADA AS DOSES MÁXIMAS 
PRECONIZADAS, HÁ OCORRÊNCIA DE 
EFEITOS COLATERAIS GRAVES MESMO EM 
CARDIOPATAS. 
• A dose máxima recomendada para 
indivíduos sensíveis a epinefrina como 
determinados pacientes Asa III ou Asa IV e 
paciente clinicamente hipertireoideos é de 0,04 mg por consulta. 
Ou seja, dois tubetes. Dois tubetes de 1:100 e quantos tubetes de 1:50? 1 e quanto 1:200? 4, aí dando até 
a opção de variar a concentração do vaso, de quanto utilizar mais e quando utilizar menos. 
• A dose máxima para pacientes Asa III ou Asa IV de felipressina 0,27 UI ou 9mL de solução de 0,03 UI/ 
mL, que é a consideração que tem por mL, 1 tubete tenho 0,54 ou seja posso fazer 9mL de uma 
solução de 1mL de uma solução para 0,03 UI, que vai dá 9 tubetes, isso para paciente Asa III e Asa IV. 
 
• A dose máxima recomendada de carborina é de 1mg para pacientes adultos saudáveis. Dependendo 
do anestésico que você ta usando vai ter que ler a bula para saber quanto usar. (No caso 1:72, tendo 
que usar no máximo 5 tubetes. ) 
 
• A dose máxima de prilocaina 3% é lmitada a 450mg por causa da cianose sintomática. 1 tubete de 
prilocaína tem 450 mg de prilo, 10 tubetes têm 540. Niveis de metomoglobinemia menores que 20% 
não produzem usualmente sinais e sintomas. Mas mesmo que chegue ao percentual de 
metomoglobinemia isso não vai ser o suficiente para causar bulmezina azul , agora é óbvio , se tem a 
opção de usar lidocaina , irá usar a lidocaína, e se só tem prilocaína não irá usar a prilocaína em uma 
dose mais baixa. 
 
• A metemoglobinemia pode ser revertida dentro de 15 minutos com a administração de azul metileno de 
1 a 2 mg por kg/peso solução de 1% por via intravenosa por cerca de 5 minutos. Então, mesmo que ele 
tenha um bebezinho azul , ainda dá para reverter o bebezinho azul. Aí qual é a história da 
metemoglobinemia? Marketing, defesa de mercado, o concorrente descobre que o outro causa, só que 
é óbvio , isso depende da dose. 
 
Pergunta: Vamos dizer que a dosemáxima que posso usar seja 6 tubetes, mas é um procedimento 
simples e Eu quero usar menos, quanto vai ser esse menos que vou usar? Porque quero usar a dose 
mínima necessária. Resposta = usa meio, sempre baixo para metade a dose, se não melhorar a 
técnica vou usar ¼ , nunca faz um tubete de uma vez toda não, quando se fala de um tubete todo em 
uma região anatômica, se refere ¼ em uma região, fazer ¼ em outra e fazer ¼ na outra região, isso é o 
que se faz na prática na verdade, agora pegar um tubete todo na vestibular de um canino e 1,8 mL ali é 
impossível de fazer isso, sempre faço e deixo alguma coisa. Porque no alveolar inferior não faz dois 
tubetes, não existe anestesia por impedimento, não adianta encharcar o lugar errado que não irá 
anestesiar . 
 
Paciente com alergia  fazer MEPIVACAINA SEM VASO, porque o incipiente ele é cloreto de sódio 
e água para injeção, ou fazer preparo da solução na hora. 
 
Preparo: Uma ampola de Adrenalina 
 Uma água para injeção 
 Uma seringa de 10 
 Cloridrato de lidocaína 2% 
 
Como é que transformo Lidocaína sem vaso em Lidocaína com vaso? 
 
Na ampola tenho epinefrina de 1:1000. O que se deve fazer é diluir uma coisa mais ou menos : 1:100.000 
(100x + diluída) 
 1:200.000 (200x + diluída) 
Primeira coisa é diluir para 10. O que é dluir para 10? Quando for diluir para 10 tenho que quebrar a ampola 
que tem 
 
V1 = 1mL e V2 = 9mL  10 mL concentração, ou seja parti de um volume inicial de 1 e caí num volume final de 
9, que deu 10x mais , ou seja quando quebrar essa ampola, aspirar 1mL aqui e somar a mais 9, que dará 10, 
quanto vai ser a minha concentração de epinefrina? 1:10.000, pois era 1:1000, e quando diluí para 10 ela foi 
1:10.000. 
 
O que se deve fazer agora? Diluir de novo, mas antes tem que separar. 
Então, quando faz, começa tirando 1mL daqui, descarta , aspira a seringa 1mL e completa com 9mL, E dilui 
para 10 , depois joga 1mL da solução que foi preparada dentro da lidocaína, porque antes tinha lidocaína a 
2%. Quanto tinha de lido? 20mL. E agora vai ter 19mL, quanto vai ter de lido? 2%. Porque? foi tirada massa e 
volume, então a concentração não se altera. 
Lidocaína 2%- 20mL 
- 1mL  19mL 
 
+1mL de epinefrina 1:10.000 
 20mL de epinefrina 1:20.000 (diluiu ainda mais) 
 
Pergunta: No caso da adrenalina ele vai ter vasoconstrictor , mas não vai ter antioxidante, porque? Reposta: 
Devido ele ser preparado na hora. 
 
Problema: Não pode guardar!! Vai fazer para usar naquele determinado momento. 
 
Regra de dissolução simples – Dilui para 10 , depois dilui para 20 , se dilui para 10 multiplica por 10 e se 
diluir para 20 multiplica por 20, só que lembrando, é soluto mais solvente , se tenho 1mL e coloco mais 10mL 
termino com 11mL e não com 10, para terminar em 10mL, tenho 1mL e somo com mais 9mL que é igual a 
10Ml 
 
O que influencia a dose máxima: 
 
1) Duração do tempo de aplicação 
2) Comorbidade = doença sistêmica. Ex.: diabete, cardiopata. 
3) Os extremos de idade. Ex.: idoso, criança. 
 
Exemplos: 
 
Lidocaína 2% + epinefrina 
4,4mg/kg - 300 mg 
 
• Paciente de 10kg 
1kg - 4,4 
10kg - 44mg 
 
2% - 36mg 
 
1tubete - 36mg 
2 tubete - 4,4 
 = 1,2 
 
• Paciente de 100kg 
1kg - 4,4 
100kg- 300mg 
 
1tubete - 36 
2 tubetes - 300mg 
 = 8,33

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