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CAROLINA BORGES - @VICIODEMEDICINA 1 Antagonista adrenérgico → Atuam ligando-se reversível ou irreversivelmente aos adrenoreceptores, evitando sua ativação pelas catecolaminas endógenas. Afetam profundamente a pressão arterial (PA). Reduz o tônus simpático dos vasos sanguíneos = menor resistência vascular periférica > induz taquicardia reflexa. TODOS OS BLOQUEADORES A-ADRENÉRGICOS REVERTEM AS AÇÕES DA EPINEFRINA São: alfuzosina, doxazosina, fenoxibenzamina, fentolamina, ioimbina, prazosina, tansulosina, terazosina. FENOXIBENZAMINA Não é seletiva. Se liga covalentemente aos receptores a-1 e a-2. Bloqueio irreversível e não competitivo: único meio de anular o bloqueio é sintetizar novos receptores adrenoreceptores. Suas ações duram cerca de 24 horas, tempo exigido para sintetizar novos receptores. AÇÕES ✓ Impede a vasoconstrição dos vasos sanguíneos periféricos pelas catecolaminas endógenas. ✓ Redução da resistência periférica > taquicardia reflexa ✓ Bloqueio dos a-2 > aumento do débito cardíaco (DC) ✓ Pressão arterial diminui em resposta à epinefrina USOS TERAPÊUTICOS Tratamento do feocromocitoma Manejo crônico de tumores não operáveis Tratamento da doença de Raynaud e na geladura. EFEITOS ADVERSOS × Hipotensão postural, congestão nasal, náuseas e êmese. × Taquicardia reflexa. FENTOLAMINA Produz bloqueio competitivo dos receptores a-1 e a-2 Duração da ação: 4 horas após injeção única. Estimulação cardíaca reflexa e a taquicardia induzidas por ela, são mediadas pelo reflexo barorreceptor e pelo bloqueio dos receptores a-2 dos nervos simpáticos cardíacos. Aumento da liberação de norepinefrina > estimulação (+) dos receptores B-1 > aumentando DC Tumor de células derivadas da suprarrenal secretor de catecolamina Congelamento dos tecidos; frio extremo. CAROLINA BORGES - @VICIODEMEDICINA 2 USOS TERAPÊUTICOS Tratamento de curta duração de feocromocitoma. Usada localmente para prevenção de necrose dermal após extravasamento de norepinefrina. Tratamento da crise hipertensiva por retirada abrupta de clonidina. EFEITOS ADVERSOS × Hipotensão postural, arritmias e dor anginosa. CONTRAINDICADA: pacientes com doença arterial coronariana PRAZOSINA, TERAZOSINA, DOXAZOSINA, TANSULOSINA E ALFUZOSINA Bloqueadores competitivos seletivos de receptores a-1 Uteis no tratamento da hipertensão Sua biotransformação leva a produtos inativos que são excretados na urina, exceto os da doxazosina que aparecem nas fezes. De ação mais longa: doxazosina MECANISMO DE AÇÃO Diminuem a resistência vascular periférica e a PA, causando relaxamento dos músculos lisos arteriais e venosos. Causam alterações mínimas no débito cardíaco. USOS TERAPÊUTICOS Tratamento da hipertensão, mas não utilizados em monoterapia. Discreta melhora no perfil lipídico e no metabolismo da glicose em pacientes hipertensos. EFEITOS ADVERSOS × Tontura, falta de energia, congestão nasal, cefaleia, sonolência e hipotensão ortostática. × Inibição da ejaculação e ejaculação retrógrada. IOIMBINA Bloqueador a-2 competitivo e seletivo. Atua no SNC aumentando o efluxo simpático para a periferia. CONTRAINDICADA: doença cardiovascular, condições psiquiátricas e disfunções renais. Todos os b-bloqueadores são antagonistas competitivos. Os não seletivos atuam em receptores b-1 e b-2, e b-antagonistas cardiosseletivos bloqueiam principalmente b- 1. Não causam hipotensão postural pois os receptores alfa permanecem funcionais. Tansulosina Menos seletiva para receptores a-1b = menor efeito na PA Mais seletiva para receptores a-1a = diminui o tônus na musculatura lisa da bexiga e próstata presente nos vasos sanguíneos presente na bexiga e próstata Tansulosina e alfuzosina são indicados para tratamento da hiperplasia benigna da próstata (HBP) CAROLINA BORGES - @VICIODEMEDICINA 3 São eficazes no tratamento de hipertensão, angina, arritmias cardíacas, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, hipertiroidismo e glaucoma. E profilaxia da enxaqueca. PROPANOLOL b-antagonista não seletivo. Protótipo dos b-antagonistas adrenérgicos e bloqueia os receptores b-1 e b-2 com igual afinidade. AÇÕES ✓ Diminui o débito cardíaco > diminuição da PA > vasoconstrição periférica reflexa. ✓ Efeitos cronotrópicos e inotrópicos negativos ✓ Aumenta a resistência vascular periférica ✓ Bronconstrição ✓ Diminui a glicogenólise e a secreção de glucagon. ✓ Bloqueia as ações do isoproterenol USO TERAPÊUTICO Hipertensão Tratamento crônico da angina estável Efeito protetor no miocárdio. Redução dos episódios de enxaqueca. Hipertiroidismo: diminui a estimulação simpática FARMACOCINÉTICA Atravessa a barreira hematencefálica por sua lipossolubilidade alta. EFEITOS ADVERSOS × Broncoconstrição por bloquear os receptores B-2 × Arritmias; não deve ser interrompido abruptamente × Comprometimento sexual × SNC: Depressão, tonturas, letargia, fadiga, fraqueza, alucinações e depressão INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS Interferem ou inibem a biotransformação do propranolol: cimetidina, fluoxetina, paroxetina e ritonavir -> potencializam os efeitos anti-hipertensivos Estimulam ou induzem a biotransformação: barbitúricos, fenitoína e rifampicina -> podem reduzir seus efeitos. NADOLOL E TIMOLOL Bloqueadores não seletivos: B-1 e B-2. Mais potentes que o propranolol. Nadolol: ação muito longa Timolol: reduz a produção de humor aquoso -> tratamento do glaucoma de ângulo aberto crônico e no tratamento sistêmico de hipertensão. ACEBUTOLOL, ATENOLOL, BETAXOLOL, BISOPROLOL, ESMOLOL, METOPROLOL E NEBIVOLOL Bloqueadores seletivos: B-1 Beta-bloqueadores cardiosseletivos: acebutolol, atenolol e metoprolol -> antagonizam os receptores B-1 Esmolol: meia-vida muito curta. Apenas para via intravenosa: usado para controlar a PA CAROLINA BORGES - @VICIODEMEDICINA 4 Nebivolol: libera óxido nítrico das células endoteliais e causa vasodilatação AÇÕES ✓ Reduzir PA ✓ Aumenta tolerância ao exercício (angina). USOS TERAPÊUTICOS Hipertensão com função respiratória comprometida. Angina crônica estável. ACEBUTOLOL E PINDOLOL Antagonistas com atividade agonista parcial Acebutolol: B-1 antagonista seletivo Pindolol: B-bloqueador não seletivo AÇÕES Capacidade de estimular fracamente os receptores B-1 e B-2 por terem leve atividade simpaticomimética intrínseca (ASI) Minimizam os distúrbios no metabolismo de carboidratos e lipídeos. USO TERAPÊUTICO Pacientes hipertensos com bradicardia moderada. AGONISTAS PARCIAIS: estimulam o receptor B ao qual se ligam, mas inibem a estimulação pelas catecolaminas endógenas mais potentes (epinefrina e norepinefrina). Como resultado: efeito bem diminuído na frequência e no débito cardíaco LABETALOL E CARVEDILOL Antagonistas alfa e beta; AÇÕES ✓ Vasodilatação periférica -> reduzindo PA USOS TERAPÊUTICOS Hipertensão (labetalol como alternativa a metildopa na gestação) Emergências hipertensivas: labetalol por via IV Insuficiência cardíaca crônica estável (carvedilol) EFEITOS ADVERSOS × Hipotensão ortostática × Tonturas
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