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Sensibilidade Dermátomos: Diante de um quadro de perda sensitiva (hipoestesia, anestesia ou hiperestesia) é necessário ter noção se a área é congruente ou não. Existem alguns pontos referencias: • C3: região anterior do pescoço • C4: fúrcula esternal • T4: região mamilar • T10: umbigo • L1 e L2: região inguinal A sensibilidade exteroceptiva pode ser tátil, térmica ou dolorosa, ou pode ser uma sensibilidade proprioceptiva (profunda), abrangendo sensibilidade vibratória e a sensibilidade cinético-postural. A sensibilidade profunda circula por meio do fascículo grácil e cuneiforme (região posterior da medula) e as vias exteroceptivas passam pelo trato espino-talamico. Quando falamos de sensibilidade exteroceptiva, as fibras que levam essa informação cruzam imediatamente na medula, ao contrário da sensibilidade profunda, que cruza apenas no bulbo (pirâmides bulbares). O tato protopático é um tato que vem pelo trato espino-talamico anterior, sendo mais anterior na medula. Já a região do tato térmico e sensibilidade dolorosa irão circular pelo trato espino- talamico lateral. O teste da sensibilidade vibratória é feito por meio do diapasão, sendo executado principalmente nas proeminências ósseas (maléolos, joelho, espinha ilíaca antero-superior, ponta dos dedos, metacarpo-falangianas, cotovelo, ombro). A sensibilidade cinético-postural é feita por meio de exames, com o paciente em decúbito dorsal o médico deverá fazer uma pinça com os dedos do paciente e colocar o hálux lateralmente, mostrando para o paciente como será o exame (se o dedo está para cima ou para baixo) e pedindo para que ele feche os olhos e diga em qual posição está o dedo naquele momento. Para a sensibilidade tátil se utiliza um algodão ou a ponta do dedo. A sensibilidade térmica é testada por meio de tubos com água morna e fria, ou por meio do toque do diapasão na pele do paciente. A sensibilidade dolorosa é identificada por meio de uma agulha de ponta romba ou agulha de hospital cega. Os testes devem ser executados das regiões mais distais para as mais proximais, comparando-se sempre um lado com o outro, e as regiões do mesmo lado. Coordenação A via cerebelar é a principal para a coordenação, assim, os testes feitos são para a função cerebelar. Teste dedo-nariz: pede-se para o paciente esticar o braço e fechar os olhos, pedindo para que ele coloque a ponta do dedo na ponta do nariz de forma rápida, podendo ser alternada ou não. Deve-se fazer o movimento bilateralmente. A propriocepção é formada por um tripé, sendo o fascículo grácil e cuneiforme, o cerebelo e a visão. Movimentos repetidos e alternados: diadococinesia. É realizado com o paciente sentado, pedindo para colocar a mão sobre as coxas e fazer palma-dorso várias vezes batendo sobre a coxa de forma rápida. Calcanhar-joelho: similar ao dedo-nariz, mas em MMII. Paciente deitado, coloca a ponta do calcanhar no joelho e desliza pela crista da tíbia até atingir o maléolo medial. Teste do tronco: pede para o paciente deitar com os braços cruzados sobre o peito e depois sentar-se, avaliar se o paciente está pendendo para um lado. Teste do rechaço: dar o apoio de alavanca, pede pra fazer uma força contra resistência e solta de uma vez. Dessa forma, o paciente tem que ter capacidade de rechaçar o movimento. Se o sistema de agonista ou antagonista do braço não tiver funcionando ele continua o movimento, podendo bater no rosto. Alterações Dismetria: o paciente erra o alvo no teste dedo-nariz. Em alguns casos, ele vai “tentar te enganar” através da diminuição da velocidade do movimento, dessa forma ele acerta a trajetória, mas decompõe o movimento, sendo assim, também se considera que o paciente tem uma dismetria (alteração cerebelar). Disdiadococinesia: não consegue fazer o movimento alternado. Quando ocorre uma lesão cerebelar de um lado só, o lado ipisilateral terá problema. É necessário cuidado para afirmar a dismetria ou a disdiadococinesia. Por exemplo, ao aplicar os testes em um paciente que teve um AVC e está com hemiparesia, ele não vai conseguir chegar no nariz, pois ele teve uma diminuição de força, dessa forma, ele não tem uma dismetria ou uma disdiadococinesia verdadeira, pois não tem alterações cerebelares, sendo apenas uma paresia. Ou seja, as vezes a fraqueza pode sugerir uma dismetria, mas é uma falsa dismetria. Para dizer que a dismetria é verdadeira, o paciente precisa ter uma boa força muscular. Ataxia truncal: paciente consegue se sentar, mas pende para um dos lados, para os dois ou cai. Se o paciente não conseguir se sentar é uma fraqueza abdominal e não uma ataxia truncal. Ausência do rechaço: paciente não consegue frear o movimento. Sinais meníngeos Rigidez de Nuca: paciente em decúbito dorsal, sua mão é utilizada como travesseiro para o paciente, com ele relaxado o médico orienta o paciente soltar o peso na sua mão. Dessa forma, você fala que vai contar até 3 e no 3 flete o pescoço do paciente. Sinal de Kerning: paciente em decúbito dorsal e refere dor ao tentar estender a perna dele, a dor é lombar. Sinal de Brudzinski: Sinal de decúbito dorsal, perna estiada e faz o mesmo teste da rigidez de nuca, e ao fletir ele fez uma contração da perna, sendo assim sinal positivo pra irritação meníngea Movimentos anormais Alterações provavelmente dos núcleos da base. Acatisia: significa “não quieto”, ou seja, “inquietação”. O paciente não consegue ficar quieto. Fármacos como o plazil, antipsicóticos como haldol e risperidona, podem fazer acatisia. Atetose: movimentos lentos, involuntários, desprovidos de propósito, geralmente serpiginosos. Doenças como AVC (em núcleos subtalâmico), drogas e antipsicóticos podem fazer atetose. Coreia: movimentos involuntários, bruscos, rápidos e desprovidos de propósitos, ocorrendo em todo corpo. Doença de Huntington e Coreia de Sydenham (faz febre reumática e endocardite) podem fazer coreia – tratamento antipsicótico (haloperidol, risperidona, quitiapina) Discinesia tardia: discinesia é qualquer distúrbio do movimento, mas quando se usa a expressão “discinesia tardia” é uma alteração do movimento relacionado aos efeitos de medicamentos. Exemplo é a Levodopa, dos pacientes parkinsonianos. Depois de 3 – 5 anos de uso da levodopa os pacientes desenvolvem a discinesia. Distonia: trata de uma espasticidade sustentada, ou seja, um aumento do tônus muscular (hipertonia) de forma sustentada, sendo também um movimento involuntários. Ocorre em algumas encefalites, trauma, alguns AVC. Hemibalismo: Ocorre em alguns AVC de núcleos da base. É um movimento brusco, geralmente de um membro só, comumente do braço, ocorre de forma bem rápida (é quase um “coice” com o braço). O hemibalismo dura em média 8 semanas, depois regride. O tratamento é feito com benzodiazepínicos e antipsicóticos. Espasmos mioclônicos: é uma contração muscular muito rápida e fugaz (não persiste). Por exemplo, o paciente comendo, se ocorre o espasmo mioclônico o garfo e faca voam, mas logo ele se recupera e continua comendo. Ocorre em algumas crises convulsivas de epilepsias mioclônicas. Tremor: existe o tremor de repouso, que é o tremor parkinsoniano, tremor de “enrolar dinheiro”. O tremor essencial, geralmente é um tremor postural, de intensão, bilateral. Tremor cerebelar é um tremor de intensão, no qual o paciente não consegue tomar um copo de água que cai quase tudo OBS: O paciente com doença de Parkinson pega a garrafa de café e tomar a xicara de café sem derramar, pois ele não treme durante o movimento, ele treme só em repouso. Tiques: existe os tiques transitórios (vocalização ou movimento menor que um ano) e os tiques persistentes (vocalização ou movimento que duram mais de 1 ano) Síndrome de Tourette: maior que um ano, com vocalização e movimento.
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