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CURSO: Direito DISCIPLINA: Estágio Supervisionado I PROFESSOR: Silvia A. Andrade Portilho ALUNO:ANDREIA KELI NASCIMENTO BAETA PERÍODO: 7º DATA: 03.05.2021 TURNO: NOITE EXCELENTÍSSIMO SENHORA(A), DOUTOR(A) JUIZ(A), DE DIREITO DA 2º VARA CÍVEL DA COMARCA BELO HORIZONTE, MG. PROCESSO Nº XXXXXXXXXXXX TV Bontempo S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ, XXX.XXX,XXXX/XX, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe,representado por seu diretor, vem por meio de seu advogado devidamente constituído , procuratório em anexo, com endereço profissional para intimações na av, xxxxxxx,Nº.]xx, bairro, xxxxxx, CEP. XXX.XXX.cidade,MG,endereço eletrônico, xxxxxxxxx, a presença de vossa excelência apresentar nos termos do artigo 335 do CPC/2015. CONTESTAÇÃO NO INCIDENTE DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, C/C COM LUCROS CESSANTES Face de RICARDO já qualificado nos autos do presente processo. I- DA TEMPESTIVIDADE: A presente peça processual e tempestiva , o prazo para apresentar a devida constatação é de 15 dias , tendo em vista, que deu início no dia 03 de maio de 2021, findando a mesma no dia 21 de maio de 2021, restando a peça tempestiva. II- SÍNTESE DOS FATOS: Magistrado ocorre que em 20 de janeiro de 2017,a ré, emissora de TV BOMTEMPO, estava fazendo um reportagem a nível nacional , sobre o número de jovens que se acidentam em acidente de trânsito , devido ao uso de bebidas alcoólicas,tendo em vista que o autor foi abordado pela reportagem,e em entrevista, utilizou o meio de comunicação para criticar a mídia e dizer que os jovens deveriam beber tranquilamente , pois as leis de nada valiam,e não puniram ninguém , que a matéria seria inútil, , visto que o autor se encontrava embriagado. Destarte, vossa excelência que a reportagem foi de grande repercussão, tomou grandes proporções a nível nacional. Uma vez que o autor se propôs a ação após três anos , quando se viu rejeitado em um em um renomado escritório de advocacia, no qual iria estagiar, devido ao entrevista não foi contratado, devida a negativa do escritório perdeu um salário significante , sendo que receberia a nível de estágio o valor de R$2,000,00(dois mil reais), por mês o que somaria a quantia anualmente R$24.000,00, (vinte quatro mil reais). Diante de tal situação resolveu o mesmo acionar a justiça , a fim de pleitear por danos morais em face da emissora de TV BOMTEMPO S/A. II- DAS PRELIMINARES: II.I - Defeito de representação, falta de procuração: Magistrado,destarte que a petição inicial não veio instruída com a procuração outorgando poderes do autor, nos termos do artigo 104 do CPC/2015, É fundamental que o advogado ao postular em juízo apresente o instrumento do mandato. Assim percebe o defeito de representação conforme disciplina o artigo 337,IX, DO CPC/2015, devendo o autor corrigir tal vício dentro do prazo , sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito conforme o artigo 76 e 321 do CPC/20. Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo cabível. III- DO MÉRITO: III-I DA PRESCRIÇÃO: Ocorre magistrado que além da preliminar alegada , houve prescrição,portanto , conforme o artigo 269 do CPC/2015, extingue -se o processo com julgamento de mérito: IV- Quando o juiz pronunciar a decadência e prescrição No caso em tela o fato ocorreu no dia 20 de janeiro de 2017, como prazo para propor a reparação é de três anos,e o autor só ajuizou a petição inicial em 15 de março de 20, vale saber que o efeito é totalmente irrazoável,que o autor tenha demorado tanto para se manifestar e promover a citação do réu, não havendo razão que justifique , além de total inércia do autor., sendo portanto alvo de prescrição, e logo, extinção do processo com julgamento do mérito (art. 269 cpc) Neste aspecto, vale transcrever as lições de Humberto Theodoro Júnior, ao comentar a prescrição no atual Código Civil : O Código atual, na preocupação de encurtar as prescrições, incluiu a das reparações civis do ato ilícito no rol das que se dão em três anos. Não importa que o dano seja doloso ou culposo, nem que seja material ou moral. A prescrição civil é uma só”. III-II Do Direito: Diante da situação excelência o fato do autor está requerendo a indenização por danos morais, o qual pleiteou na ação a importância de R$ 100 mil reais a título de danos morais, bem como o valor de R$ 24 mil reais a título de indenização pela chance perdida, tendo em vista que receberia, como estagiário do escritório, o valor de R$ 2 mil reais pelo período mínimo de 1 (um ano) alegando situação vexatória que foi provocada por ele mesmo. A emissora de TV Bomtempo estava apenas fazendo reportagem de interesse público sobre acidentes de trânsito causados por jovens que fazem uso de bebidas alcoólicas e em momento algum coagiu o autor ou utilizou-se de artifícios para difamá-lo ou injuriá-lo. o próprio autor depois de fazer uso de bebidas alcoólicas,e estar com os sentidos ébrios, se dispôs a dar entrevista e proferiu um discurso em defesa dos jovens que fazem uso de álcool e direção. “Um dos pressupostos da responsabilidade civil é a existência de um nexo causal entre o fato ilícito e o dano por ele produzido. Sem essa relação de causalidade não se admite a obrigação de indenizar”. “O art. 186 do Código Civil a exige expressamente, ao atribuir a obrigação de reparar o dano àquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, causar prejuízo a outrem" . Todavia, pela própria narração dos fatos, conclui-se que A ré não teve nenhuma responsabilidade ou participação ao não fechamento de contrato do autor com o renomado escritório de advocacia, tendo em vista que foi devido o próprio autor ter se comprometido com sua fala , que deram origem aos danos experimentados pelo Autor. Ademais, conforme art. 220. Da Constituição Federal, a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição. A liberdade de imprensa foi juridicamente tutelada como fundamental, pela primeira vez, na 1ª Emenda da Constituição Estadunidense, inaugurando a chamada Bill of Rights. Ali, previu-se que o Congresso dos Estados Unidos: Não legislará no sentido de estabelecer uma religião, ou proibir o livre exercício dos cultos, ou cercear a liberdade de expressão, ou de imprensa, ou o direito do povo se reunir pacificamente e de dirigir ao governo petições para a reparação de seus agravos.” No Brasil, a Constituição de 1988 reservou a liberdade de informação jornalística no rol de direitos fundamentais, dedicando-lhe os incisos IV, V, IX, XII e XIV do artigo 5º para sua disciplina. Isso significa que a liberdade de imprensa possui aplicabilidade imediata, independente de lei infraconstitucional, e é protegida contra alterações da Constituição e as causas que lhe disserem respeito poderão ser apreciadas pelo Supremo Tribunal Federal. III- II DOS LUCROS CESSANTES: No que se refere aos lucros cessantes, trata apenas de uma previsão do que supostamente alega o Requerente quando menciona que poderia ter recebido essa quantia a título de salário , caso fosse contratado pelo renomado escritório, o qual não há que se falar em indenização, tendo em vista que foi mesmo que provocou a mera situação.e sequer sofreu tal prejuízo no valor de R$24,000,00 (vinte quatro mil reais.), quantia esta, desde já, expressamente impugnada, pois trata-se de mera expectativa. 1. A reparação de lucros cessantes se refere aos danos materiais efetivos sofridos por alguém, em função de culpa, omissão, negligência, dolo, imperícia de outrem. https://www.aurum.com.br/blog/liberdade-de-expressao/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm https://www.aurum.com.br/blog/direitos-fundamentais/ 2. Para caracterizaçãodo pleito, há necessidade de efetiva comprovação dos lucros cessantes – não basta argumentar que existiram, deve-se prová-los. I V- ENRIQUECIMENTO ILÍCITO PRETENDIDO PELO AUTOR Acaso superada integral ou parcialmente a premissa anterior, capta-se a prima facie que o autor age de má-fé ao pretender utilizar o Poder Judiciário para se e Requer, finalmente, que a ação seja julgada totalmente IMPROCEDENTE, condenando-se o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios para enriquecer ilicitamente, venia concessa. Vi- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS: Diante do exposto, requer o réu: 1- Ainda em preliminar, seja reconhecido o defeito de representação, intimando o autor a apresentar o instrumento de procuração nos autos, sob pena de extinção sem julgamento de mérito; 2- Como prejudicial de mérito, seja reconhecida a PRESCRIÇÃO do direito do autor, extinguindo o processo COM julgamento de mérito, com base no art. 487, II do CPC 3- No mérito, a improcedência de todos os pedidos do autor, com a sua condenação ao pagamento das custas e honorários de sucumbência. 4- seja julgado improcedente o presente pedido, de indenização no valor de R $100.000.00 (cem mil reais)e lucros cessantes , no valor de R $24,000,00(vinte quatro mil reais). 5- o pleito de indenização por lucros cessantes é descabido, também, devido à falta de provas e demonstração do que o Autor “deixou de lucrar”; 6- O Autor concorreu diretamente para com o evento danoso; Pede Deferimento. Belo Horizonte 04 de maio de 2021 (Assinatura e OAB do Advogado)
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