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CONSUMIDOR - pqns causas

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Tarefa Contrato de honorários 
Com base no caso abaixo, já trabalhado em sala, elabore contrato de honorários com as seguintes cláusulas que devem constar obrigatoriamente em seu contrato: cláusula de honorários contratuais (convencionais); cláusula sobre o êxito da demanda (ad exitum); cláusula de honorários de sucumbência. 
Sabendo que o contrato de honorários não se limita a essa três cláusulas obrigatórias, crie as demais cláusulas para que melhor se adeque ao caso e ao seu escritório. 
Caso referência: 
No dia 02 de março de 2020, por volta das 12h45min, um cliente adquiriu alguns produtos no Supermercado Barato Demais. Entre estes: 1 (um) pacote de torradas BEM GOSTOSA, sob o código nº 7891152327212, cujo produto tem o valor total de R$ 2,73 (dois reais e setenta e três centavos). 
Após as compras efetuadas, o consumidor conduziu seu veículo até a sua residência, próximo da hora do almoço, resolveu abrir o pacote de torradas, consumindo rapidamente uma de suas unidades, onde sentiu após engolir toda torrada, uma forte sensação de repugnância, além de um horrível gosto de “coisa” estragada. Somente após a ingestão foi que olhou para o pacote e percebeu que haviam presenças de corpos estranhos (insetos e ovos deste) na torrada. 
Acostados o consumidor, então, se dirigiu à delegacia do consumidor, que requisitou uma perícia do IML (Instituto Médico Legal) no pacote de torrada. O que foi prontamente atendido pelo consumidor. Assim, tem-se como matéria probatória, o laudo pericial afirmando que o produto estava impróprio para o consumo, bem como fotos dos insetos acima mencionados. Além de um vídeo feito pelo consumidor, que comprovam a existência dos animais e a impossibilidade do consumo destes. 
Vale frisar que o pacote de torradas comprado pelo consumidor se encontrava dentro do prazo de validade estipulado, conforme anexo do laudo pericial. Além disso, a embalagem comprada não apresentava qualquer sinal indicativo de violação ou aspecto irregular, impossibilitando que o consumidor ou qualquer outro, tivesse prévia ciência de que estavam contaminados. 
Pois bem, o consumidor munido de todo o acervo probatório acima mencionado, procurou a gerência do supermercado para tentar resolver pacificamente a situação. Mas não obteve êxito. 
Assim, você, na qualidade de advogado do consumidor, apresente ação de indenização por danos materiais e morais contra o Supermercado e contra a fábrica da torrada. 
A ação deve ser direcionada ao juizado de pequenas causas.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Contratante: NOME DO CLIENTE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG n.º xxx, CPF n.º xxx, com endereço à ENDEREÇO COMPLETO.
Contratada: ADVOGADA, inscrita na OAB/X nº xxx, portadora do RG nº xxx e do CPF nº xxx, com escritório profissional à ENDEREÇO COMPLETO.
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente Contrato de Honorários Advocatícios, que se regerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições descritas no presente.
CLÁUSULA 1 - OBJETO DO CONTRATO
O presente instrumento tem como objeto a prestação de serviços advocatícios, nos Juizados Especiais cíveis, a serem realizados na Instâncias ordinárias e em grau de recurso inominado.
PARÁGRAFO ÚNICO: ATIVIDADES: As atividades inclusas na prestação de serviço objeto deste instrumento são todas aquelas inerentes à profissão, quais sejam:
a) Praticar quaisquer atos e medidas necessárias e inerentes à causa, junto a todas as repartições públicas da União, dos Estados ou dos Municípios, bem como órgãos a estes ligados direta ou indiretamente, seja por delegação, concessão ou outros meios, bem como de estabelecimentos particulares.
b) Praticar todos os atos inerentes ao exercício da advocacia e aqueles constantes no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como os especificados no instrumento de mandato.
CLÁUSULA 2 - DOS ATOS PROCESSUAIS
Havendo necessidade de contratação de outros profissionais, no decurso do processo, a CONTRATADA elaborará substabelecimento, indicando escritório de seu conhecimento, restando facultado ao CONTRATANTE aceitá-lo ou não. Aceitando, ficará sob a responsabilidade, única e exclusivamente do CONTRATANTE no que concerne aos honorários e atividades a serem exercidas.
PARÁGRAFO ÚNICO: DOLO OU CULPA DO CONTRATANTE: Agindo o CONTRATANTE de forma dolosa ou culposa em face da CONTRATADA, restará facultado a este, substabelecer sem reserva de iguais e se exonerar de todas obrigações. 
CLÁUSULA 3 – DOS HONORÁRIOS
Fica acordado entre as partes que os honorários a título de prestação de serviços (honorários de pro labore ou de êxito), a serem pagos quando ao trânsito em julgado da ação, dar-se-á da seguinte forma: R$ (xxx) (Valor Expresso) no ato da propositura da Ação e R$ (xxx) (valor Expresso) ao final do Processo, ou seja, já não cabendo mais recurso. 
Caso sobrevenha êxito na demanda judicial, a título de honorários de êxito será devido a CONTRATADA o percentual de 30% (trinta por cento), incidente sobre o valor bruto a ser percebido pela parte CONTRATANTE.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Deixando motivadamente, de ter o patrocínio deste causídico, ora contratada, o valor prestado inicialmente na propositura da Ação reverter-se-á em favor da mesma, sem prejuízo de posteriores cobranças judiciais, em face do CONTRATANTE.
PARÁGRAFO SEGUNDO: Os honorários de sucumbência pertencem a advogada, ora contratada. Caso haja morte ou incapacidade civil da mesma, seus sucessores ou representante legal receberão os honorários na proporção do trabalho realizado.
PARÁGRAFO TERCEIRO: Havendo acordo entre o CONTRATANTE e a parte contrária, não prejudicará o recebimento dos honorários contratados e da sucumbência. Caso em que os horários iniciais e finais serão pagos a CONTRATADA.
PARÁGRAFO QUARTO DO ATRASO: As partes estabelecem que havendo atraso no pagamento dos honorários, de pro labore ou de êxito, serão cobrados juros de mora na proporção de 1% (um por cento) ao mês, bem como que o valor ora contratado sofrerá reajuste anual medido pelo IGP-M, ou outro índice oficial que vier a ser adotado em seu lugar.
CLÁUSULA 4 - DESPESAS
Todas as despesas efetuadas pela CONTRATADA, ligadas direta ou indiretamente com o processo, incluindo-se fotocópias, emolumentos, viagens, custas, perícias, contadores, dentre outros, ficarão a cargo do CONTRATANTE, que desde já disponibiliza, a título de adiantamento, ao caixa da CONTRATADA o numerário de R$ (xxx) (Valor Expresso).
PARÁGRAFO ÚNICO: RECIBOS: Todas as despesas serão acompanhadas de recibo, devidamente preparado e assinado pela CONTRATADA.
CLÁUSULA 5 - RESCISÃO
O presente contrato poderá ser rescindido por qualquer das partes, mediante aviso prévio, por escrito, com 30 (trinta) dias de antecedência, incidindo nesse caso a proporcionalidade dos honorários, os quais se considerarão vencidos.
CLÁUSULA 6 - COBRANÇA
As partes acordam que facultará à advogada contratada, o direito de realizar a cobrança dos honorários por todos os meios admitidos em direito, elegendo o foro da Comarca de XXX para dirimirem quaisquer dúvidas concernentes ao presente instrumento.
__________________
Local, Data e ano.
__________________________________________
Contratante
__________________________________________
Contratada
Testemunhas:
1) Nome e assinatura:_________________________________________________
RG: ______________________________
2) Nome e assinatura:_________________________________________________
RG: ______________________________
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE _____ - ___.
NOME (estado civil, profissão, CPF, e-mail, endereço - cf. art. 319, II, do CPC/2015), pelo procurador firmatário, conforme anexo instrumento de mandato (anexo doc. 1), o qual recebe intimações à Rua xxx, nº xx, Bairro xxx, CEP xxx, Estado - UF, Telefone nº xxx, vem respeitosamente à presença de V. Exa. propor:
AÇÃO PARA REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS, em face de:
SUPERMERCADO BARATO DEMAIS (CNPJ, e-mail, endereço- cf. art. 319, II, do CPC/2015), na pessoa de seu representante legal e fábrica BEM GOSTOSA (CNPJ, e-mail, endereço), na pessoa de seu representante legal, de acordo com os fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos:
I - DAS CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
1. Do Requerimento dos Benefícios da Gratuidade Da Justiça
Requer à Vossa Excelência os benefícios da gratuidade da Justiça, nos termos da Lei n. 1.060/50, do art. 5º, caput e incisos XXXIV, LXXIV, LXXVI e LXXVII, da CF, bem como dos arts. 98 e ss. do NCPC, por não dispor de condições de arcar com as custas processuais sem prejudicar o orçamento familiar. 
Ressalte-se que o benefício da gratuidade da justiça é direito conferido a quem não tem recursos financeiros de obter a prestação jurisdicional do Estado, sem arcar com os ônus processuais correspondentes. Trata-se de mais uma manifestação do princípio da isonomia ou igualdade jurídica (CF, art. 5º, caput), pelo qual todos devem receber o mesmo tratamento perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 
Assim, requer a Autora que Vossa Excelência defira o presente pedido de gratuidade com base e fundamento nas normas legais acima elencadas, por ser questão de direito e de justiça.
II – DOS FATOS
No dia 02 de março de 2020, por volta das 12h45min, o requerente adquiriu alguns produtos no Supermercado Barato Demais. Entre estes: 1 (um) pacote de torradas BEM GOSTOSA, sob o código nº 7891152327212, cujo produto tem o valor total de R$ 2,73 (dois reais e setenta e três centavos), cuja nota de compra está anexa (doc. 2).
Após as compras efetuadas, o requerente conduziu seu veículo até a sua residência, próximo da hora do almoço, resolveu abrir o pacote de torradas, consumindo rapidamente uma de suas unidades, onde sentiu após engolir toda torrada, uma forte sensação de repugnância, além de um horrível gosto de “coisa” estragada. Somente após a ingestão foi que olhou para o pacote e percebeu que haviam presenças de corpos estranhos (insetos e ovos deste) na torrada. 
Então, dirigiu-se à delegacia do consumidor, que requisitou uma perícia do IML (Instituto Médico Legal) no pacote de torrada, qual foi prontamente atendido. Assim, tem-se como matéria probatória, o laudo pericial (anexo doc. 3) afirmando que o produto estava impróprio para o consumo, bem como fotos dos insetos acima mencionados. Além de um vídeo feito pelo autor, que comprovam a existência dos animais e a impossibilidade do consumo destes. 
Vale frisar que o pacote de torradas comprado pelo requerente se encontrava dentro do prazo de validade estipulado, conforme anexo do laudo pericial (doc. 3). Além disso, a embalagem comprada não apresentava qualquer sinal indicativo de violação ou aspecto irregular, impossibilitando que ele ou qualquer outro, tivesse prévia ciência de que estavam contaminados. 
III – DO DIREITO
1. Da responsabilidade por vício do produto e do serviço
O Código do Consumidor, ao tratar "Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço" dispõe que:
"Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor(...)
§ 1º Não sendo o vício sanado do prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
(...)
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;(...)"
Amparado no artigo 18, §1º, II, do CDC, verifica-se que o fornecedor responde pelos vícios de qualidade dos produtos de consumo, conforme o julgado abaixo colacionado:
INDENIZAÇÃO – RESPONSABILIDADE CIVIL – DANO MORAL – CONSUMIDOR QUE INGERE REFRIGERANTE COM CORPO ESTRANHO DE APARÊNCIA ABJETA – REPUGNANCIA E TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS EXPERIMENTADOS – VERBA DEVIDA – AÇÃO JULGADA EM PARTE PROCEDENTE.
Sofre induvidoso o dano moral, susceptível de reparação, o consumidor que ingere refrigerante com corpo estranho, cuja aparência abjeta lhe provoca repugnância e transtorno psicossomáticas. (TJSP – 6ª C. Dir. Privado – Ap. 78.455-4 - Rel. César Peluso - j. 21.12.1999 – JTJ-LEX 230/96.
Ainda, em conformidade com o disposto no art. 12, CDC, o fornecedor do produto responde, independentemente da existência de culpa, pelos danos ocasionados aos consumidores em razão de defeitos existentes nos artigos que comercializa.
A respeito é a jurisprudência a seguir:
O Código de Defesa do Consumidor reduziu o rol dos fatos a serem provados pela vítima. A vítima deve apenas provar o dano e o nexo de causalidade entre o dano e o produto defeituoso. Presume-se o defeito do produto, competindo ao fornecedor o ônus de provar sua inexistência, ex vi do disposto no art. 12, § 3º, II, do citado diploma legal. Correta a posição do Código de Defesa do Consumidor. Com efeito, a prova da existência do defeito é difícil de ser feita em muitos casos. (TJRS – 10ª Câm. – AC 70002240265 - Rel. Des. Luiz Ary Vessini de Lima, j. 04.10.2004.)
O STJ possui entendimento no sentido de que se houve a ingestão do produto impróprio para consumo, ainda que de forma parcial, configura-se dano moral in re ipsa:
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DIREIRO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. SÚMULA 182/STJ. NÃO INCIDÊNCIA. DECISÃO AGRAVADA RECONSIDERADA. MÉRITO. CONSUMIDOR. PRODUTO ALIMENTÍCIO COM LARVAS DE INSETOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FABRICANTE. INGESTÃO DO ALIMENTO. DANO MORAL CONFIGURADO. VALOR ADEQUADO. JUROS DE MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA. AGRAVO INTERNO PROVIDO E, EM NOVO JULGAMENTO, AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR RECURSO ESPECIAL.
1. Necessidade de impugnação específica - prevista no art. 932, III, do CPC/2015 e Súmula 182/STJ - não se aplica ao fundamento relativo à violação de norma constitucional, pois se trata de matéria a ser apreciada no recuso extraordinário. Com isso, reconsidera-se a decisão agravada.
2. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, “em se tratando de relação de consumo, são solidariamente responsáveis todos da cadeia produtiva, nada impedindo que a parte que comprovar não ter culpa possa exercer ação de regresso para ser reembolsado do valor da indenização. (AgInt no AREsp 1.095.795/MG, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti. 4ª Turma, j. 22.03.2018, DJe de 05.04.2018.
3. A ingestão, ainda que parcial, de alimento contaminado pela presença de larvas de inseto constitui dano moral in re ipsa. Precedentes.
4. O valor arbitrado a título de danos morais - R$ 12.000,00 (doze mil reais) -, está dentro da razoabilidade quando comparado a casos análogos.
5. Correção monetária a partir do arbitramento (Súmula 362/STJ) e de juros moratórios a partir do evento danoso.
6. Hipótese em que, no entanto, por força do princípio da vedação da reformatio in pejus, mantém-se o quanto decidido no acórdão recorrido, no sentido de que os juros de mora fluam a partir da citação.
7. Agravo interno provido para reconsiderar a decisão agravada, e, em novo julgamento, conhecer do agravo para negar provimento ao recurso especial. (AgInt no AREsp 1299401/SP, Rel. Min. Raul Araújo, 4ª Turma, j. 12.02.2019, REPDJe 26.02.2019, DJe 25.02.2019.
Não se pode deixar de destacar que o Código Civil, no art. 186, estabelece que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
2. Do dano moral
O dano moral é o dano imaterial, é aquele que não produz consequências no patrimônio do ofendido. Atinge o foro íntimo da pessoa. Converte-se a dor, a vergonha, a humilhação, em dinheiro como uma compensação. Esta compensação deve ter o poder de caracterizar uma sanção ao ofensor, já que este é o intuito do dever de indenizar. Se não tiver caráter de penalização, se o valor fixado for, frente às posses do ofensor, insignificante, incapaz de lhe penalizar, é por si só, ineficaz.
Maria Helena Diniz, na Revista Literária de Direito, Ano II, nº 9, jan/fev de 1996, p. 9, ensina:
"...Na avaliação do dano moral o órgão judicante deverá estabelecer umareparação equitativa, baseada na culpa do agente, na extensão do prejuízo causado e na capacidade econômica do responsável...
A reparação pecuniária do dano moral é um misto de pena e satisfação compensatória. Não se pode negar sua função: penal, constituindo uma sanção imposta ao ofensor; e compensatória, sendo uma satisfação que atende a ofensa causada, proporcionando uma vantagem ao ofendido, que poderá, com a soma de dinheiro recebida, procurar atender às satisfações materiais ou ideais que repute convenientes, diminuindo assim, em parte, seu sofrimento."
Aqui temos em destaque a
APELAÇÃO CÍVEL – INDENIZAÇÃO – DANO MORAL – ALIMENTO – INSETO – NEGLIGÊNCIA DO FABRICANTE – PROCESSO DE EMBALAGEM – DEVER DE INDENIZAR.
Deve ser reformada a sentença que julgou improcedente o pedido exordial eis que configura dano moral o consumo de produto de qualidade inferior aos padrões exigidos em decorrência da conduta do fabricante que foi negligente quando da fabricação do produto. A mensuração do dano moral consiste em árdua tarefa para o julgador, que deve se pautar segundo parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade, para que o valor da indenização se equilibre com a intensidade e gravidade da dor sofrida, sem, no entanto, resultar em enriquecimento sem causa para a vítima. (TJMG, Apelação Cível nº 1.0024.07.787292-7/001, 11ª C. Cível, Rel. Des. Afrânio Vilela, julgado em 04/02/2009).
3. Do dano material
O autor teve prejuízos materiais, quando pelo valor gasto na aquisição do produto de R$ 2,73 (dois reais e setenta e três centavos), conforme nota fiscal acostada (doc. 2), do qual obviamente não pôde usufruir, e pela valor remuneratório pago ao perito do IML que emitiu laudo que consta anexo (doc. 3), no valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Sejam citados os Requeridos para que compareçam à sessão de conciliação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
b) Sejam os Requeridos condenados a restituir ao Autor o valor pago pelo produto e pelo laudo pericial, a título de danos materiais, no total de R$ 152,73 (cento e cinquenta e dois reais e setenta e três centavos), atualizados monetariamente e acrescidos dos juros legais;
c) Sejam os Réus condenados a ressarcir ao Autor os danos morais que sofreu, qual importa no pagamento de R$ 12.000,00 (doze mil reais);
d) Sejam os requeridos condenados ao pagamento das custas e honorários advocatícios, ao percentual de 20% (vinte por cento), nos termos do artigo 85 do Código de Processo Civil/2015;
e) Seja concedido o benefício da gratuidade da justiça ao autor, em virtude dele não possuir condições financeiras de pagar as custas processuais, sem prejuízo próprio e de sua família, nos termos do Art. 98 e ss. do CPC/2015.
Dá à causa o valor de: R$ 12.152,73.
Nestes termos,
Pede deferimento.
____________, ___ de __________ de 2021.
Assinatura da Advogada e nº de inscrição na OAB.

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