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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
1. (Uece 2019) “Portanto, deve-se dizer que 
como a lei escrita não dá força ao direito natural, 
assim também não pode diminuir-lhe nem suprimir-
lhe a força; pois, a vontade humana não pode mudar a
natureza. Portanto, se a lei escrita contém algo contra
o direito natural, é injusta e não tem força para 
obrigar. Pois, só há lugar para o direito positivo, 
quando, segundo o direito natural, é indiferente que se
proceda de uma maneira ou de outra, como já foi 
explicado acima. Por isso, tais textos não hão de 
chamar leis, mas corrupções da lei, como já se disse. 
E portanto, não se deve julgar de acordo com elas.”
Tomás de Aquino, Suma Teológica, II, Questão
60, Art. 5.
Com base na passagem acima, é correto 
afirmar que 
a) a lei escrita só é legítima se for baseada no direito 
natural. 
b) o direito positivo não é a lei escrita, mas dos 
costumes. 
c) o direito natural só é legítimo se expresso na lei 
escrita. 
d) não há diferença entre direito natural e direito 
positivo. 
 
2. (Uece 2019) Em diálogo com Evódio, Santo 
Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o 
livre-arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, 
visto que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu 
opunha à tua opinião que não podemos agir com 
retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E 
afirmava que Deus no-lo deu, sobretudo em vista 
desse bem. Tu me respondeste que a vontade livre 
devia nos ter sido dada do mesmo modo como nos 
foi dada a justiça, da qual ninguém pode se servir a 
não ser com retidão”.
AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18,
47.
Com base nessa passagem acerca do livre-
arbítrio da vontade, em Agostinho, é correto afirmar 
que 
a) o livre-arbítrio é o que conduz o homem ao pecado 
e ao afastamento de Deus. 
b) o poder de decisão arbítrio da vontade humana ‒ ‒
é o que permite a ação moralmente reta. 
c) é da vontade de Deus que o homem não tenha 
capacidade de decidir pelo pecado, já que o Seu 
amor pelo homem é maior do que o pecado. 
d) a ação justa é aquela que foi praticada com o livre-
arbítrio; injusta é aquela que não ocorreu por meio 
do livre-arbítrio. 
 
3. (Uece 2019) “O maniqueísmo é uma filosofia
religiosa sincrética e dualística fundada e propagada 
por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, 
que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou 
Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente 
má e o espírito, intrinsecamente bom. Com a 
popularização do termo, maniqueísta passou a ser 
um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois 
princípios opostos do Bem e do Mal.”
Wikipédia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo.
Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona 
(Santo Agostinho) afirmava que 
a) Deus é o Bem absoluto, ao qual se contrapõe o Mal
absoluto.] 
b) as criaturas só são más numa consideração 
parcial, mas são boas em si mesmas 
c) toda a criação era boa e tornou-se má, pois foi 
dominada pelo pecado após a Queda. 
d) a totalidade da criação é boa em si mesma, mas 
singularmente há criaturas boas e más. 
 
4. (Enem 2018) Desde que tenhamos 
compreendido o significado da palavra “Deus”, 
sabemos, de imediato, que Deus existe. Com efeito, 
essa palavra designa uma coisa de tal ordem que não
podemos conceber nada que lhe seja maior. Ora, o 
que existe na realidade e no pensamento é maior do 
que o que existe apenas no pensamento. Donde se 
segue que o objeto designado pela palavra “Deus”, 
que existe no pensamento, desde que se entenda 
essa palavra, também existe na realidade. Por 
conseguinte, a existência de Deus é evidente. 
TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de
Janeiro: Loyola, 2002.
O texto apresenta uma elaboração teórica de 
Tomás de Aquino caracterizada por 
a) reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos. 
b) sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé. 
c) explicar as virtudes teologais pela demonstração. 
d) flexibilizar a interpretação oficial dos textos 
sagrados. 
e) justificar pragmaticamente crença livre de dogmas.
 
5. (Enem 2018) Não é verdade que estão ainda
cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: 
“Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se 
estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que 
não ficou sempre assim no decurso dos séculos, 
abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em
Deus um novo movimento, uma vontade nova para 
dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como 
pode haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece 
uma vontade que antes não existia?” 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril
Cultural, 1984.
A questão da eternidade, tal como abordada 
pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre 
a(s) 
a) essência da ética cristã. 
b) natureza universal da tradição. 
c) certezas inabaláveis da experiência. 
d) abrangência da compreensão humana. 
e) interpretações da realidade circundante. 
 
6. (Unesp 2016) Não posso dizer o que a alma 
é com expressões materiais, e posso afirmar que não 
tem qualquer tipo de dimensão, não é longa ou larga, 
ou dotada de força física, e não tem coisa alguma que
entre na composição dos corpos, como medida e 
tamanho. Se lhe parece que a alma poderia ser um 
nada, porque não apresenta dimensões do corpo, 
entenderá que justamente por isso ela deve ser tida 
em maior consideração, pois é superior às coisas 
materiais exatamente por isso, porque não é matéria. 
É certo que uma árvore é menos significativa que a 
noção de justiça. Diria que a justiça não é coisa real, 
mas um nada? Por conseguinte, se a justiça não tem 
dimensões materiais, nem por isso dizemos que é 
nada. E a alma ainda parece ser nada por não ter 
extensão material?
(Santo Agostinho. Sobre a potencialidade da
alma, 2015. Adaptado.)
No texto de Santo Agostinho, a prova da 
existência da alma 
a) desempenha um papel primordialmente retórico, 
desprovido de pretensões objetivas. 
b) antecipa o empirismo moderno ao valorizar a 
experiência como origem das ideias. 
c) serviu como argumento antiteológico mobilizado 
contra o pensamento escolástico. 
d) é fundamentada no argumento metafísico da 
primazia da substância imaterial. 
e) é acompanhada de pressupostos relativistas no 
campo da ética e da moralidade. 
 
7. (Enem 2015) Ora, em todas as coisas 
ordenadas a algum fim, é preciso haver algum 
dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim.
Com efeito, um navio, que se move para diversos 
lados pelo impulso dos ventos contrários, não 
chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto 
não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim,
para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. 
Acontece, porém, agirem os homens de modos 
diversos em vista do fim, o que a própria diversidade 
dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, 
precisa o homem de um dirigente para o fim.
AQUINO. T. Do reino ou do governo dos
homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São
Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a 
monarquia como o regime de governo capaz de 
a) refrear os movimentos religiosos contestatórios. 
b) promover a atuação da sociedade civil na vida 
política. 
c) unir a sociedade tendo em vista a realização do 
bem comum. 
d) reformar a religião por meio do retorno à tradição 
helenística. 
e) dissociar a relação política entre os poderes 
temporal e espiritual. 
 
8. (Enem PPL 2015) Se os nossos adversários, 
que admitem a existência de uma natureza não criada
por Deus, o Sumo Bem, quisessem admitir que essas 
considerações estão certas, deixariam de proferir 
tantas blasfêmias, como a de atribuir a Deus tanto a 
autoria dos bens quanto dos males. Pois sendo Ele 
fonte suprema da Bondade, nunca poderiater criado 
aquilo que é contrário à sua natureza.
AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de
Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado).
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a 
origem do mal porque 
a) o surgimento do mal é anterior à existência de 
Deus. 
b) o mal, enquanto princípio ontológico, independe de 
Deus. 
c) Deus apenas transforma a matéria, que é, por 
natureza, má. 
d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é 
oposto, o mal. 
e) Deus se limita a administrar a dialética existente 
entre o bem e o mal. 
 
9. (Enem PPL 2015) TEXTO I
Não é possível passar das trevas da ignorância 
para a luz da ciência a não ser lendo, com um amor 
sempre mais vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os 
cães, grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de 
ser um seguidor dos Antigos. Para eles irão todos os 
meus cuidados e, todos os dias, a aurora me 
encontrará entregue ao seu estudo.
BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G.
História da Idade Média:
texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
TEXTO II
A nossa geração tem arraigado o defeito de 
recusar admitir tudo o que parece vir dos modernos. 
Por isso, quando descubro uma ideia pessoal e quero 
torná-la pública, atribuo-a a outrem e declaro: – Foi 
fulano de tal que o disse, não sou eu. E para que 
acreditem totalmente nas minhas opiniões, digo: – O 
inventor foi fulano de tal, não sou eu.
BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G.
História da Idade Média: texto e testemunhas.
São Paulo: Unesp, 2000.
Nos textos são apresentados pontos de vista 
distintos sobre as mudanças culturais ocorridas no 
século XII no Ocidente. Comparando os textos, os 
autores discutem o(a) 
a) produção do conhecimento face à manutenção dos
argumentos de autoridade da Igreja. 
b) caráter dinâmico do pensamento laico frente à 
estagnação dos estudos religiosos. 
c) surgimento do pensamento científico em oposição 
à tradição teológica cristã. 
d) desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé
e razão. 
e) construção de um saber teológico científico. 
 
10. (Uff 2012) A grande contribuição de Tomás
de Aquino para a vida intelectual foi a de valorizar a 
inteligência humana e sua capacidade de alcançar a 
verdade por meio da razão natural, inclusive a 
respeito de certas questões da religião. 
Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a 
verdade divina”, ele diz que há duas modalidades de 
verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a 
verdades da revelação que a razão humana não 
consegue alcançar, por exemplo, entender como é 
possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade 
é composta de verdades que a razão pode atingir, por 
exemplo, que Deus existe.
A partir dessa citação, indique a afirmativa que 
melhor expressa o pensamento de Tomás de Aquino. 
a) A fé é o único meio do ser humano chegar à 
verdade. 
b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à
revelação da verdade que Deus lhe concede. 
c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de 
alcançar certas verdades por seus meios naturais. 
d) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades 
acerca de Deus. 
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser 
humano nada pode conhecer d’Ele. 
 
11. (Ueg 2012) Durante seu reinado, Carlos 
Magno buscou reverter o quadro de estagnação 
cultural gerado pelas invasões bárbaras, quando 
muito do conhecimento da Antiguidade clássica havia
se perdido. Reuniu então, com o apoio da Igreja, 
grandes sábios que deveriam transmitir sua 
sabedoria nas escolas da época. Esses grandes 
mestres foram chamados scholasticos. As matérias 
ensinadas por eles nas escolas medievais eram 
chamadas de artes liberais e foram divididas em 
a) fé e razão. 
b) matemática e gramática. 
c) trívio e quadrívio. 
d) teologia e filosofia. 
 
12. (Ufu 2011) Considere o seguinte texto 
sobre Tomás de Aquino (1226-1274).
Fique claro que Tomás não aristoteliza o 
cristianismo, mas cristianiza Aristóteles. Fique claro 
que ele nunca pensou que, com a razão se pudesse 
entender tudo; não, ele continuou acreditando que 
tudo se compreende pela fé: só quis dizer que a fé 
não estava em desacordo com a razão, e que, 
portanto, era possível dar-se ao luxo de raciocinar, 
saindo do universo da alucinação.
Eco, Umberto. “Elogio de santo Tomás de
Aquino”. In: Viagem na irrealidade cotidiana, p.339.
É correto afirmar, segundo esse texto, que: 
a) Tomás de Aquino, com a ajuda da filosofia de 
Aristóteles, conseguiu uma prova científica para as 
certezas da fé, por exemplo, a existência de Deus. 
b) Tomás de Aquino se empenha em mostrar os erros
da filosofia de Aristóteles para mostrar que esta 
filosofia é incompatível com a doutrina cristã. 
c) o estudo da filosofia de Aristóteles levou Tomás de 
Aquino a rejeitar as verdades da fé cristã que não 
fossem compatíveis com a razão natural. 
d) a atitude de Tomás de Aquino diante da filosofia de
Aristóteles é de conciliação desta filosofia com as 
certezas da fé cristã. 
 
13. (Ufu 2011) Segundo o texto abaixo, de 
Agostinho de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas 
as coisas a partir de modelos imutáveis e eternos, 
que são as ideias divinas. Essas ideias ou razões 
seminais, como também são chamadas, não existem 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
em um mundo à parte, independentes de Deus, mas 
residem na própria mente do Criador, 
[...] a mesma sabedoria divina, por quem 
foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas 
primeiras, divinas, imutáveis e eternas razões de 
todas as coisas, antes de serem criadas [...].
Sobre o Gênese, V
Considerando as informações acima, é correto 
afirmar que se pode perceber: 
a) que Agostinho modifica certas ideias do 
cristianismo a fim de que este seja concordante 
com a filosofia de Platão, que ele considerava a 
verdadeira. 
b) uma crítica radical à filosofia platônica, pois esta é 
contraditória com a fé cristã. 
c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, 
mas esta é modificada a fim de concordar com a 
doutrina cristã. 
d) uma crítica violenta de Agostinho contra a filosofia 
em geral. 
 
14. (Ueg 2011) “A casa de Deus, que cremos 
ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros 
combatem, e outros, enfim, trabalham.”
BISPO ADALBERON DE LAON, século XI, apud
LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval.
Lisboa: Editorial Estampa, 1984. p. 45-46.
A sociedade do período medievo possuía como
uma de suas características a estrutura social 
extremamente rígida e segmentada. A sociedade dos 
homens era um reflexo da sociedade divina. Essa 
estrutura é uma herança da filosofia 
a) patrística, de Santo Agostinho. 
b) escolástica, de Abelardo. 
c) racionalista, de Platão. 
d) dialética, de Hegel. 
 
15. (Uff 2010) A importância do filósofo 
medieval Tomás de Aquino reside principalmente em 
seu esforço de valorizar a inteligência humana e sua 
capacidade de alcançar a verdade por meio da razão. 
Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a 
verdade divina”, ele diz:
“As verdades que professamos acerca de Deus 
revestem uma dupla modalidade. Com efeito, existem
a respeito de Deus verdades que ultrapassam 
totalmente as capacidades da razão humana. Uma 
delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao 
contrário, existem verdades que podem ser atingidas 
pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um 
só Deus etc. Estas últimas verdades, os próprios 
filósofos as provaram por meio de demonstração, 
guiados pela luz da razão natural”.
A partir dessa citação, identifique a opção que 
melhor expressa esse pensamento de Tomás de 
Aquino. 
a) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades 
acerca de Deus. 
b) O ser humanosó alcança o conhecimento graças à
revelação da verdade que Deus lhe concede. 
c) A fé é o único meio de o ser humano chegar à 
verdade. 
d) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de 
alcançar por seus meios naturais certas verdades. 
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser 
humano nada pode conhecer d’Ele. 
 
16. (Ufu 2010) Para responder a questão, leia o
seguinte texto.
O universal é o conceito, a ideia, a essência 
comum a todas as coisas (por exemplo, o conceito de
ser humano). Em outras palavras, pergunta-se se os 
gêneros e as espécies têm existência separada dos 
objetos sensíveis: as espécies (por exemplo, o cão) 
ou os gêneros (por exemplo, o animal) teriam 
existência real? Ou seriam apenas ideias na mente ou 
apenas palavras?
(ARANHA, M. L. A. & MARTINS, M. H.
Filosofando. 3ª edição. São Paulo: Moderna, 2003, p.
126.)
A resposta correta à pergunta formulada no 
texto acima, sobre os universais, é: 
a) Segundo os nominalistas, as espécies e gêneros 
universais são meras palavras que expressam um 
conteúdo mental, sem existência real. 
b) Segundo os nominalistas, os universais são 
conceitos, mas têm fundamento na realidade das 
coisas. 
c) Segundo os nominalistas, os universais (gêneros e 
espécies) são entidades realmente existentes no 
mundo das Ideias, sendo as coisas deste mundo 
meras cópias destas Ideias. 
d) Segundo os nominalistas, os gêneros e as espécies
universais existem realmente, mas apenas na 
mente de Deus. 
 
17. (Pucpr 2010) No sistema ético do filósofo 
medieval Santo Tomás de Aquino, a Prudência 
aparece como uma das virtudes principais. Sobre ela, 
pode-se afirmar:
I. A Prudência, para o autor, está ligada à capacidade 
de tomar a decisão certa no momento exato e não 
significa apenas cautela ou cuidado antes da ação, 
conforme se pensa em nossos dias.
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
II. Nesse sentido, a Prudência está ligada a uma certa 
“sabedoria prática”, envolvendo uma análise 
correta da realidade através da razão.
III. A Prudência está ligada à capacidade de bem 
deliberar, ou seja, seu objeto é atingir a verdade da 
vida prática (uma sabedoria prática), a fim de bem 
guiar as ações humanas.
IV. A Prudência é a principal das três virtudes 
cardeais e deve regê-las.
Está(ão) correta(s): 
a) Apenas as assertivas I, II e III. 
b) Apenas as assertivas I e II. 
c) Apenas as assertivas II e IV. 
d) Apenas a assertiva IV. 
e) Todas as assertivas. 
 
18. (Ueg 2010) A Idade Média teve como 
característica principal o teocentrismo. Neste período,
a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava 
reis, organizava cruzadas à terra santa e criava, em 
torno das catedrais, as primeiras universidades ou 
escolas. A filosofia desse período passa a ser 
chamada de: 
a) filosofia iluminista 
b) filosofia patrística 
c) filosofia escolástica 
d) filosofia renascentista 
 
19. (Pucpr 2009) Em relação ao sentido que 
São Tomás de Aquino aplica à virtude da Prudência, 
considere as seguintes afirmações:
I. A grande contribuição desse texto de São Tomás é 
apresentar a ideia de Prudência como aquela que 
passou a ser entendida desde então como cautela, 
que tem como base o sentimento de cada indivíduo.
II. Para esse pensador medieval, a prudência é a reta 
razão aplicada ao agir, ou seja, uma virtude que 
possibilita ao ser humano encontrar, em cada 
decisão a ser tomada, aquela que indica o 
“caminho certo”.
III. Prudência, para São Tomás, é uma virtude especial
que nem todos os homens possuem, pois depende
de uma capacidade intuitiva.
Assinale a alternativa verdadeira: 
a) Apenas afirmação II está correta. 
b) As afirmações I e II estão corretas. 
c) As afirmações I e III estão corretas. 
d) Nenhuma afirmação está correta. 
e) Apenas a afirmação III está correta. 
 
20. (Ufu 2009) Leia o texto a seguir sobre o 
problema dos universais.
“Ockham adota o nominalismo, posição 
inaugurada em uma versão mais radical por Roscelino
(séc. XII), [que] afirma serem os universais apenas 
palavras, flatus vocis, sons emitidos, não havendo 
nenhuma entidade real correspondentes a eles.”
MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia:
dos pré-socráticos a Wittgenstein. 
Rio de Janeiro: J. Zahar, 2005. p. 132.
Marque a alternativa correta. 
a) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, indica 
um modo de ser das realidades extramentais. 
b) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, é 
apenas um conceito pelo qual nos referimos a esse
conjunto. 
c) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, 
determina entidades metafísicas subsistentes. 
d) Segundo o texto acima, o termo “humanidade”, 
aplicável a uma multiplicidade de indivíduos, 
determina formas de substância individual 
existentes. 
 
21. (Ufu 2009) Leia o texto a seguir.
“No que diz respeito a todas as coisas que 
compreendemos, não consultamos a voz de quem 
fala, a qual soa de fora, mas a verdade que dentro de 
nós preside à própria mente, incitados talvez pela 
palavra a consultá-la.”
De Magistro, Cap. XI, 38, In Os Pensadores,
SANTO AGOSTINHO. 
São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 319.
Marque a afirmativa incorreta. 
a) Segundo Agostinho, a verdade não se descobre 
pela consulta das palavras que vêm de fora. O 
processo da descoberta da verdade dá-se através 
da interioridade. 
b) Segundo Agostinho, a linguagem humana não tem 
um poder causal, mas apenas uma função 
instrumental de utilidade. 
c) Segundo Agostinho, a linguagem humana é a 
condição para conhecer a verdade que dentro de 
nós preside à própria mente. 
d) Segundo Agostinho, a verdade que dentro de nós 
preside à própria mente pressupõe a iluminação 
divina e não o recurso à memória. 
 
22. (Ufu) O texto que segue refere-se às vias 
da prova da existência de Deus.
As cinco vias consistem em cinco grandes 
linhas de argumentação por meio das quais se pode 
provar a existência de Deus. Sua importância reside 
sobretudo em que supõe a possibilidade de se chegar
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
no entendimento de Deus, ainda que de forma parcial 
e indireta, a partir da consideração do mundo natural, 
do cosmo, entendido como criação divina.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia:
dos pré-socráticos a Wittgenstein. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. p. 67.
A partir do texto, marque a alternativa correta. 
a) As cinco vias são argumentos diretos e evidentes 
da existência de Deus. 
b) Tomás de Aquino formula as cinco vias da prova 
da existência de Deus, utilizando, 
sistematicamente, as passagens bíblicas para 
fundamentar seus argumentos. 
c) As cinco vias partem de afirmações gerais e 
racionais sobre a existência de Deus, para chegar a
conclusões sobre as coisas sensíveis, particulares 
e verificáveis sobre o mundo natural. 
d) Tomás de Aquino formula as argumentações que 
provam a existência de Deus sob a influência do 
pensamento de Aristóteles, recorrendo não à Bíblia,
mas, sobretudo, à Metafísica do filósofo grego. 
 
23. (Ufu) Leia o trecho extraído da obra 
Confissões.
Quem nos mostrará o Bem? Ouçam a nossa 
resposta: Está gravada dentro de nós a luz do vosso 
rosto, Senhor. Nós não somos a luz que ilumina a 
todo homem, mas somos iluminados por Vós. Para 
que sejamos luz em Vós os que fomos outrora trevas.
SANTO AGOSTINHO. Confissões IX. São Paulo:
Nova Cultural,1987. 4, l0. p.154. 
Coleção Os Pensadores
Sobre a doutrina da iluminação de Santo 
Agostinho, marque a alternativa correta. 
a) A irradiação da luz divina faz com que conheçamos
imediatamente as verdades eternasem Deus. 
Essas verdades, necessárias e eternas, não estão 
no interior do homem, porque seu intelecto é 
contingente e mutável. 
b) A irradiação da luz divina atua imediatamente 
sobre o intelecto humano, deixando-o ativo para o 
conhecimento das verdades eternas. Essas 
verdades, necessárias e imutáveis, estão no interior
do homem. 
c) A metáfora da luz significa a ação divina que nos 
faz recordar as verdades eternas que a alma 
possuía antes de se unir ao corpo. 
d) A metáfora da luz significa a ação divina que nos 
faz recordar as verdades eternas que a alma 
possuía e que nela permanecem mediante os 
ciclos da reencarnação. 
 
24. (Ufu) Sobre a questão dos universais na 
Idade Média, considere o texto a seguir e marque a 
alternativa correta.
“Resume-se, frequentemente, a contribuição 
histórica de Guilherme de Ockham ao ‘nominalismo’. 
Sem ser falsa, esta visão é insuficiente. É 
incontestável que, para Guilherme de Ockham, 
existem apenas seres singulares e substâncias 
individuais ou qualidades particulares. Mas seu 
impacto repousa mais fundamentalmente num tipo 
de análise da linguagem da qual ele é ao mesmo 
tempo o teórico e um de seus praticantes mais finos.”
BIARD, Jöel. “Guilherme de Ockham”.In:
LABRUNE, Monique & JAFFRO, Laurent (coord.). A
construção da filosofia ocidental (Gradus
Philosophicus). São Paulo: Mandarim, 1996, p. 166. 
a) Entre os filósofos da Idade Média, são 
considerados nominalistas, além de Guilherme de 
Ockham, Tomás de Aquino e Duns Scot. 
b) Segundo o texto citado, é falso classificar 
Guilherme de Ockham entre os adeptos do 
nominalismo. 
c) No âmbito da chamada “questão dos universais”, a 
posição oposta à de Guilherme de Ockham é 
conhecida como “conceptualismo”. 
d) O nominalismo de que fala o texto é a tese 
segundo a qual os conceitos universais não têm 
existência fora da mente. 
 
25. (Ufu) Considere as seguintes afirmativas a 
respeito da questão dos universais na Idade Média.
I. A questão dos universais é a maneira como os 
pensadores medievais, especialmente durante o 
período da Escolástica, trataram relação entre as 
palavras e as coisas.
II. Os filósofos realistas eram aqueles pensadores que
consideravam os universais como entidades 
realmente existentes, separadas das coisas que 
eles designavam.
III. O realismo é uma posição filosófica que, de 
certo modo, deriva da filosofia de Platão.
Assinale a alternativa correta. 
a) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
b) Somente as alternativas I e II são verdadeiras. 
c) Somente as alternativas I e III são verdadeiras. 
d) Somente a alternativa I é verdadeira. 
 
26. (Ufu) Leia o trecho abaixo.
“Respondo dizendo que a existência de Deus 
pode ser demonstrada por cinco vias.”
TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. São
Paulo: Abril Cultural, 1979. Col. Os Pensadores.
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Assinale a afirmativa correta. 
a) Todas as cinco vias seguem argumentos baseados
em elementos anímicos, como em Santo 
Agostinho. 
b) Todas as cinco vias fundamentam-se nos dados 
revelados da Sagrada Escritura. 
c) Todas as cinco vias empregam argumentos 
baseados na tradição patrística. 
d) Todas as cinco vias partem de uma realidade 
sensível, como elemento empírico, e do princípio de
causalidade, como elemento racional. 
 
27. (Ufu) Leia o texto abaixo.
“Dos gêneros e das espécies não direi aqui se 
eles existem ou são postos somente no intelecto, 
nem, no caso que existam, se são corpóreos, se 
separados das coisas sensíveis ou situados nas 
próprias coisas e exprimindo os seus caracteres 
comuns.”
PORFÍRIO, Isagoge, 1.
No texto acima, que deu origem à disputa sobre
os universais no período da Escolástica, Porfírio faz 
referência 
a) à teoria das Ideias de Platão que, por meio de 
Sócrates, afirmava que nada se podia saber. 
b) à teoria da iluminação de Santo Agostinho, porque 
Agostinho foi o primeiro a criticar o recurso à 
Lógica para se investigarem as verdades eternas. 
c) às Categorias de Aristóteles, em que se encontra 
enunciada a lista das dez maneiras pelas quais um 
atributo pode ser predicado de um sujeito. 
d) à prova da existência de Deus, apresentada por 
Santo Tomás de Aquino através das cinco vias da 
Suma Teológica. 
 
28. (Ufu) Em O ente e a essência, Tomás de 
Aquino argumenta sobre a existência de Deus, 
refutando teses de outras doutrinas da filosofia 
escolástica. Com este propósito ele escreveu:
“Tampouco é inevitável que, se afirmarmos que
Deus é exclusivamente ser ou existência, caiamos no 
erro daqueles que disseram que Deus é aquele ser 
universal, em virtude do qual todas as coisas existem 
formalmente. Com efeito, este ser que é Deus é de tal 
condição, que nada se lhe pode adicionar. (...) Por 
este motivo afirma-se no comentário à nona 
proposição do livro Sobre as Causas, que a 
individuação da causa primeira, a qual é puro ser, 
ocorre por causa da sua bondade. Assim como o ser 
comum em seu intelecto não inclui nenhuma adição, 
da mesma forma não inclui no seu intelecto qualquer 
precisão de adição, pois, se isto acontecesse, nada 
poderia ser compreendido como ser, se nele algo 
pudesse ser acrescentado.”
AQUINO, Tomás. O ente e a essência. Trad. de
Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.
15. Coleção “Os Pensadores”.
Tomás de Aquino está seguro de que nada se 
pode acrescentar a Deus, porque 
a) sua essência composta de essência e existência é 
autossuficiente para gerar indefinidamente matéria 
e forma, criando todas as coisas. 
b) sua essência simples é gerada incessantemente, 
embora não seja composta de matéria e forma, 
multiplica-se em si mesmo na pluralidade dos 
seres. 
c) é essência divina, absolutamente simples e 
idêntica a si mesma, constituindo-se, 
necessariamente, uma essência única. 
d) é ser contingente, no qual essência e existência 
não dependem do tempo, por isso, gera a si mesmo
eternamente, dando existência às criaturas. 
 
29. (Ufu) Agostinho escreveu a história de sua 
vida aos 43 anos de idade. Nas Confissões, mais do 
que o relato da conversão ao cristianismo, Agostinho 
apresenta também as teses centrais da sua filosofia. 
Tanto é assim que, ao narrar os primeiros anos de 
vida e a aquisição da linguagem, o autor já fazia 
menção à teoria da iluminação divina. Vejamos:
“Não eram pessoas mais velhas que me 
ensinavam as palavras, com métodos, como pouco 
depois o fizeram para as letras. Graças à inteligência 
que Vós, Senhor, me destes, eu mesmo aprendi, 
quando procurava exprimir os sentimentos do meu 
coração por gemidos, gritos e movimentos diversos 
dos membros, para que obedecessem à minha 
vontade.”
AGOSTINHO. Confissões. Trad. de J. Oliveira
Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova
Cultural, 1987, p. 15.
Analise as assertivas abaixo.
I. A condição humana é mutável e perecível, por isso, 
não pode ser a mestra da verdade que o homem 
busca conhecer, ou seja, conhecimento da verdade 
não pode ser ensinado pelo homem, somente a Luz 
imutável de Deus pode conduzir à verdade.
II. A inteligência, dada por Deus, é idêntica à Luz 
imutável, que conduz ao conhecimento da verdade, 
ambas proporcionam a certeza de que o 
entendimento humano é divino e dotado da mesma
força do Verbo de Deus, que a tudo criou.
III. A razão humana é iluminada pela luz interior da 
verdade. Assim, Agostinho formulou, pela primeira 
vez, na história da filosofia, a teoria das ideias 
inatas, cuja existência e certeza são 
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independentes e autônomas em relação ao 
intelecto divino.
IV. O conhecimento daquilo que se dá exclusivamente
à inteligência não é alcançado com as palavras de 
outros homens, porque elas soamde fora da 
mente de quem precisa aprender. Portanto, esta 
verdade só é ensinada pelo mestre interior.
Assinale a alternativa que contém as assertivas
verdadeiras. 
a) I e III 
b) I e IV 
c) II e III 
d) II e IV 
 
30. (Ufu) Considere o trecho abaixo. 
“Quando, pois, se trata das coisas que percebemos 
pela mente (...). estamos falando ainda em coisas que
vemos como presentes naquela luz interior da 
verdade, pela qual é iluminado e de que frui o homem 
interior. 
Santo Agostinho. Do Mestre. São Paulo: Abril Cultural.
1973. p. 320. (Os Pensadores) 
Segundo o pensamento de Santo Agostinho, as 
verdades contidas na filosofia pagã provêm de que 
fonte? Assinale a alternativa correta. 
a) De fonte diferente de onde emanam as verdades 
cristãs, pois há oposição entre as verdades pagãs e
as verdades cristãs. 
b) Da mesma fonte de onde emanam as verdades 
cristãs, pois não há oposição entre as verdades 
pagãs e cristãs. 
c) De Platão, por ter chegado a conceber a ideia 
Suprema do Bem. 
d) De Aristóteles, por ter concebido o Ser Supremo 
corno primeiro motor imóvel. 
 
31. (Ufu) Tomás de Aquino não via conflito 
entre a fé e a razão, sendo possível para a segunda 
atingir o conhecimento da existência de Deus. 
Contudo, Tomás de Aquino defende a relação 
harmônica entre ambas, pois, se a razão demonstra a 
existência de Deus, ela o faz graças à fé que revela tal
verdade. Assim, a filosofia de Tomás de Aquino 
insistiu nos limites do conhecimento humano. 
Com base nas afirmações precedentes, 
assinale a alternativa correta. 
a) O conhecimento humano atinge a verdade do 
mundo e de Deus sem precisar se servir de outra 
ordem que não aquela da própria razão, o que se 
confirma com o fato de que os governantes 
organizam o mundo conforme sua inteligência. 
b) A realidade sensível é a via direta e exclusiva para a
ascensão do conhecimento humano, porque, tal 
como afirmou Santo Anselmo, a perfeição de Deus 
tem, entre seus atributos, a existência na realidade 
mundana. 
c) Existe um domínio comum à fé e à razão. Este 
domínio é a realidade do mundo sensível, morada 
humana, que a razão pode conhecer, porque a 
realidade sensível oferece à razão os vestígios 
imperfeitos da substância de Deus. 
d) A razão humana é impotente para tratar de ideias 
que estejam além da realidade do mundo sensível. 
Deus, portanto, nada mais é que uma palavra que 
deve ser reverenciada como o centro sensível de 
irradiação de tudo o que existe. 
 
32. (Ufu) “Com efeito, alguns tomam a coisa 
universal da seguinte maneira: eles colocam uma 
substância essencialmente a mesma em coisas que 
diferem umas das outras pelas formas; essa é a 
essência material das coisas singulares nas quais 
existe, e é uma só em si mesma, sendo diferente 
apenas pelas formas dos seus inferiores.”
ABELARDO, Lógica para principiantes. São
Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção “Os Pensadores”.
p. 218.
Sobre o texto acima, é correto afirmar que 
a) trata-se de uma tese realista, pois demonstra que a
coisa universal existe por si mesma e constitui a 
essência material das coisas singulares. 
b) defende a tese nominalista, segundo a qual os 
universais não podem existir fora dos sujeitos de 
que são atributos. 
c) os universais são termos significativos, pois não 
são uma única essência em si mesmos. 
d) distingue as coisas singulares pela quantidade de 
matéria que nelas se apresentam. 
 
33. (Ufu) Nos Solilóquios, Agostinho escreveu:
“A luz comum, à medida que pode, nos indica 
como é aquela luz. Pois há alguns olhos tão sãos e 
vivos que, ao se abrirem, fixam-se no próprio sol sem 
nenhuma perturbação. Para esses a própria luz é, de 
algum modo, saúde, sem necessidade de alguém que 
lhes ensine, senão talvez apenas de alguma 
exortação. Para eles é suficiente crer, esperar, amar”.
Agostinho, Solilóquio e Vida feliz. São Paulo:
Paulus, 1998, p.23.
Em conformidade com a Teoria da Iluminação, 
analise as assertivas abaixo.
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I. A luz comum é o conhecimento humano, obtido por 
intermédio das demonstrações da lógica e da 
matemática, porém, ainda resta saber como tal 
conhecimento é possível.
II. A luz, que é superior à luz comum, é o intelecto 
humano, que, servindo-se unicamente de si mesmo,
encontra em si toda a certeza e o fundamento da 
verdade.
III. O intelecto humano, pela sua natureza perecível, 
não pode se colocar como a certeza do 
conhecimento, pois a verdade é eterna. Aquela luz,
então, acima da luz comum, é Deus.
IV. A saúde é alcançada por todos, uma vez que a 
salvação e a felicidade são unicamente o 
resultado do esforço do homem nesta vida 
terrena.
Assinale a única alternativa que contém as 
assertivas verdadeiras. 
a) II e IV 
b) II, III e IV 
c) I, II e IV 
d) I e III 
 
34. (Ufu) A teoria da iluminação divina, 
contribuição original de Agostinho à filosofia da 
cristandade, foi influenciada pela filosofia de Platão, 
porém, diferencia-se dela em seu aspecto central.
Assinale a alternativa abaixo que explicita esta 
diferença. 
a) A filosofia agostiniana compartilha com a filosofia 
platônica do dualismo, tal como este foi definido 
por Agostinho na Cidade de Deus. Assim, a luz da 
teoria da iluminação está situada no plano 
suprassensível e só é alcançada na transcendência
da existência terrena para a vida eterna. 
b) A teoria da Iluminação, tal como sugere o nome, 
está fundamentada na luz de Deus, luz interior dada
ao homem interior na busca da verdade das coisas 
que não são conhecidas pelos sentidos; esta luz é 
Cristo, que ensina e habita no homem interior. 
c) Agostinho foi contemporâneo da Terceira 
Academia, recebendo os ensinamentos de 
Arcesilau e Carnéades, o que resultou na posição 
dogmática do filósofo cristão quanto à 
impossibilidade do conhecimento da verdade, 
sendo o conhecimento humano apenas verossímil. 
d) A alma é a morada da verdade, todo conhecimento 
nela repousa. Assim, a posição de Agostinho 
afasta-se da filosofia platônica, ao admitir que a 
alma possui uma existência anterior, na qual ela 
contemplou as ideias, de modo que o 
conhecimento de Deus é anterior à existência. 
 
35. (Ufu) Na Filosofia Escolástica (séc. VIII ao 
séc. XIV), aparece um tema filosófico novo que ficou 
conhecido na História da Filosofia como o Problema 
dos universais. A esse respeito é correto afirmar que 
o Problema dos universais
I. consiste em saber sobre seu modo de existência, ou
seja, se os universais existem realmente ou se são 
apenas produtos do pensamento.
II. consiste em saber se eles constituem a essência 
material das coisas sensíveis ou se constituem a 
essência espiritual de cada alma humana.
III. consiste em saber se eles estão separados das 
coisas sensíveis ou se estão no interior delas.
IV. consiste em saber se eles foram as ideias gerais, 
os modelos, de que Deus se serviu para criar o 
mundo ou se são apenas produtos da imaginação 
humana destituídos de qualquer importância 
teórica.
Assinale a alternativa que contém as 
afirmativas corretas. 
a) Apenas II e III. 
b) Apenas I e II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas III e IV. 
 
36. (Ufu) Agostinho formula sua teoria do 
conhecimento a partir da máxima “creio tudo o que 
entendo, mas nem tudo que creio conheço”. A 
posição do autor não impede que cada um busque a 
sabedoria com suas próprias forças; o que ainda não 
é conhecido pode ser revelado mediante a consulta 
da verdade interior. Com base neste argumento, 
assinale a alternativa correta. 
a) É incorreto afirmar que a verdade interior que soa 
no íntimo das pessoas seja o Cristo; e o arbítrio 
humano é consultado sobre o que não se conhece. 
b) As coisas que ainda não conhecemos só podem 
ser percebidas pelos sentidos do corpo e podem 
ser comunicadas facilmente por intermédio das 
palavras. 
c) A verdade interiorestá à disposição de cada um e 
encontra-se armazenada na memória, de modo que
o uso da memória dispensa a contemplação da luz 
interior. 
d) A verdade interior só pode ser percebida pelo 
homem interior, que é iluminado pela luz desta 
verdade interior, que é contemplada por cada um. 
 
37. (Ufu) Sobre a Filosofia Patrística (séc. I ao 
séc. VII d. c.), assinale a alternativa incorreta. 
a) Fé e Razão são irreconciliáveis porque pertencem a
domínios distintos, isto é, à Fé convém cuidar 
apenas da salvação da alma e da vida eterna 
futura, à Razão convém cuidar apenas das coisas 
do mundo. 
b) Fé e Razão são irreconciliáveis porque a Fé é 
sempre superior à Razão. 
c) Fé e Razão são conciliáveis, mas a Fé deve 
subordinar a Razão. 
d) Fé e Razão são conciliáveis porque Deus, criador 
perfeito, não introduziu nenhuma discórdia no 
interior do homem. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
 
38. (Ufu) A Patrística, filosofia cristã dos 
primeiros séculos, poderia ser definida como 
a) retomada do pensamento de Platão, conforme os 
modelos teológicos da época, estabelecendo 
estreita relação entre filosofia e religião. 
b) configuração de um novo horizonte filosófico, 
proposto por Santo Agostinho, inspirado em Platão,
de modo a resgatar a importância das coisas 
sensíveis, da materialidade. 
c) adaptação do pensamento aristotélico, conforme 
os moldes teológicos da época. 
d) criação de uma escola filosófica, que visava 
combater os ataques dos pagãos, rompendo com o
dualismo grego. 
 
39. (Ufu) Pedro Abelardo foi o filósofo que 
mais se destacou na discussão da "questão dos 
universais" durante a Idade Média. De acordo com o 
pensamento de Abelardo, analise as assertivas que se
seguem.
I. Os universais, por si mesmos, não existem senão no
intelecto, entretanto eles se referem a seres reais.
II. Os universais existem, eles constituem uma 
natureza comum real que engloba indivíduos 
semelhantes, diferenciados apenas pelos seus 
acidentes.
III. Os universais são apenas palavras (flatus vocis) e, 
enquanto palavras, nada podem significar para os 
indivíduos.
IV. Os universais são corpóreos enquanto palavras e 
incorpóreos pela sua função significativa, pois 
significam algo comum para a multiplicidade dos 
indivíduos.
Assinale a alternativa cujas assertivas estejam 
corretas: 
a) II e III. 
b) I e IV. 
c) I e II. 
d) II e IV. 
 
40. (Ufu) Sobre a questão dos universais, todas
as afirmativas abaixo são falsas, exceto: 
a) Pedro Abelardo sustenta a tese de que as palavras 
nada significam, porque são simples emissão da 
voz humana sendo por isso, que os universais 
devem ser necessariamente incorpóreos. 
b) O realismo sustenta a tese de que apenas as 
palavras são reais, porque são corpóreas enquanto 
som, e os universais nada significam porque são 
incorpóreos, isto é, não possuem realidade física. 
c) O nominalismo sustenta a tese de que os 
universais são corpóreos, porque o gênero e a 
espécie não podem estar separados dos indivíduos
a que pertencem. 
d) Pedro Abelardo sustenta a tese de que, por si 
mesmo, os universais existem apenas no intelecto, 
mas eles referem-se a seres reais. 
 
41. (Ufu) Sobre a doutrina da iluminação divina
de Santo Agostinho, considere o conteúdo das 
assertivas abaixo:
I. A iluminação divina dispensa o homem de ter 
intelecto próprio.
II. A iluminação divina capacita o intelecto humano 
para entender que há determinada ordem entre o 
mundo criado e as realidades inteligíveis.
III. Agostinho nomeia as realidades inteligíveis de 
forma pouco precisa como, por exemplo, ideia, 
forma, espécie, regra ou razão e afirma, 
platonicamente, que essas realidades já foram 
contempladas pela alma.
IV. A iluminação divina exige que o homem tenha 
intelecto próprio, a fim de pensar corretamente os 
conteúdos da fé postos pela revelação.
Assinale a alternativa que contém somente as 
afirmações corretas: 
a) II e III 
b) I e III 
c) II e IV 
d) III e IV 
 
42. (Ufu) "Assim até as coisas materiais 
emitem um juízo sobre as suas formas, comparando-
as àquela Forma da eterna Verdade e que intuímos 
com o olhar de nossa mente." 
(Sto. Agostinho, A Trindade, Livro IX, Capítulo 6.
São Paulo, Paulus, 1994. p. 299)
Esta frase de Sto. Agostinho refere-se à 
a) teologia mística de Agostinho, que se funda na 
experiência imediata da alma humana com Deus; 
b) moral agostiniana que propõe ao homem regras 
para uma vida santa e ascética, apartada do 
mundo; 
c) doutrina da iluminação que afirma que o 
conhecimento humano é iluminado pela Verdade 
Eterna, isto é, Deus; 
d) estética intelectualista de Agostinho, que consiste 
num profundo desprezo pela sensibilidade 
humana. 
 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
Gabarito: 
Resposta da questão 1: [A]
A partir da leitura do texto, percebe-se que, 
segundo o pensamento de Tomás de Aquino, a 
legitimidade da lei escrita reside na conformidade 
com o direito natural. Nesse sentido, apenas deve ser 
considerada válida e, portanto, justa, a lei escrita que 
não se oponha ou negue, de alguma maneira, o direito
natural. Partindo dessa perspectiva, apenas a 
alternativa [A] está correta. 
Resposta da questão 2: [B]
Segundo o pensamento de Agostinho, o livre-
arbítrio é uma dádiva divina dos indivíduos racionais 
que possibilita a liberdade de agir segundo a própria 
vontade. Para ele, o livre arbítrio é o uso consciente 
da própria liberdade, de modo que implica a escolha 
da retidão ou do pecado. Com efeito, sendo o livre 
agir um “dom” concedido por Deus, ação moralmente 
correta só poderia ser aquela que, conscientemente, o
indivíduo, no uso da sua liberdade de decisão, 
escolheu seguir. 
Resposta da questão 3: [B]
Para Agostinho de Hipona, todas as coisas que 
existem teriam origem divina, o que levava a um 
conflito em relação à origem do mal. Nesse sentido, 
Agostinho critica o maniqueísmo e a separação 
rigorosa entre bem e mal, pois, para ele, a essência 
dos indivíduos só poderia ser boa, haja vista que Deus
só criaria aquilo que é bom. Assim, o mal só existiria 
em uma consideração parcial, o que se relaciona com
o livre arbítrio humano. Com efeito, o aluno deve 
identificar a alternativa [B] como a única correta. 
Resposta da questão 4: [B]
Percebe-se, no texto apresentado pela questão,
a construção do argumento para a defesa da 
existência de Deus a partir do pensamento racional, 
característica da filosofia escolástica da qual Tomas 
de Aquino é o mais conhecido expoente. Assim, o 
pensador busca sustentar racionalmente uma ideia 
baseada na fé, como apontado pela alternativa [B]. 
Resposta da questão 5: [D]
O trecho da obra destacado aborda, a partir da 
óptica de Agostinho, o questionamento da ideia do 
caráter eterno de Deus a partir da reflexão sobre o ato
da Criação. Trata-se, portanto, de uma compreensão 
humana sobre o dogma da eternidade divina. Como 
se infere a partir do trecho ”estão ainda cheios de 
velhice espiritual” em que Agostinho se refere àqueles
que questionam o dogma cristão, o pensador 
apresenta uma crítica à interpretação das ações 
divinas a partir do intelecto humano. O aluno deve 
perceber, partindo dessas considerações, que a 
postura de Agostinho e a dos homens que ele critica 
reflete um conflito acerca da abrangência do intelecto
humano para compreender questões divinas, como a 
eternidade. 
Resposta da questão 6: [D]
Segundo o pensamento de Agostinho, a prova 
da existência da alma consiste na primazia desta em 
relação ao corpo físico, ou seja, na superioridade das 
substâncias imateriais em relação à matéria, ideia 
identificada na alternativa [D]. 
Resposta da questão 7: [C]
Os homens, por si mesmos,não agem de forma
homogênea. Assim, tomando a metáfora de um navio,
Tomás de Aquino considera que a sociedade 
necessita de um piloto capaz de conduzir a todos a 
um mesmo fim: o bem comum. 
Resposta da questão 8: [D]
O autor parte da concepção de que o mal não 
existe enquanto si mesmo, não possuindo, portanto, 
uma natureza própria, sendo apenas a ausência do 
bem. Assim, para ele, Deus, por ser a bondade 
absoluta, não poderia ser autor do que existe como 
ausência daquilo que representa sua própria essência
e se manifesta como o contrário dela. 
Resposta da questão 9: [A]
Os textos trazem uma reflexão acerca da 
produção do conhecimento por indivíduos modernos 
frente a ideias tradicionalmente prestigiadas. 
Enquanto o texto I apresenta uma visão contrária à 
produção de conhecimento que não se baseia na 
tradição, o texto II argumenta que a valorização 
exacerbada das autoridades de argumento é 
prejudicial à produção intelectual. 
Resposta da questão 10: [C]
Tomás de Aquino, ainda que considere a razão 
humana limitada, não despreza as suas 
possibilidades de conhecimento. Não é por acaso que
ele desenvolve as cinco vias de demonstração 
racional da existência de Deus. Verifica-se, portanto, 
como a teoria do conhecimento de Tomás de Aquino 
está intimamente relacionada com a sua intenção de 
superar a dicotomia entre fé e razão. 
Resposta da questão 11: [C]
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
As artes liberais, na escolástica, eram divididas 
entre trívio (a gramática, a retórica e a dialética) e 
quadrívio (a aritmética, a geometria, a astronomia e a 
música). Elas eram ensinadas de forma a dar uma 
educação integral aos homens. 
Resposta da questão 12: [D]
No século VIII, Carlos Magno, rei dos francos 
foi coroado imperador do Ocidente em 800 d.C pelo 
Papa Leão III. Ele organizou o ensino e fundou 
escolas ligadas às instituições católicas, deste modo, 
a cultura greco-romana protegida entre os muros dos 
mosteiros até então, voltou a ser divulgada e mais 
tarde, a partir do século XI no ambiente cultural 
destas escolas e com o surgimento das primeiras 
universidades surgiu a produção filosófico-teológica 
denominada escolástica (palavra derivada de escola).
A partir do século XIII, o aristotelismo penetrou de 
forma profunda no pensamento escolástico, 
marcando-o definitivamente isto porque as obras de 
Aristóteles, desconhecidas até então, foram 
traduzidas diretamente do grego para o latim.
Tomás de Aquino é a figura mais destacada do 
pensamento de sua época, por isto sua filosofia 
parece que surgiu com o objetivo claro de não 
contrariar a fé de modo que sua finalidade era 
organizar um conjunto de argumentos para 
demonstrar e defender as revelações da fé cristã 
revivendo no pensamento aristotélico um instrumento
a serviço da religião católica - o que imediatamente 
anula a questão B -, ao mesmo tempo em que 
transformou nesta filosofia a busca de argumentos 
para demonstrar e defender as revelações do 
cristianismo. 
Umberto Eco tem razão, pois é Tomás de 
Aquino quem cristianiza Aristóteles, assim, para 
sustentar a afirmação do mesmo o próprio Tomás de 
Aquino diz: “Se é correto que a verdade da fé cristã 
ultrapassa as capacidades da razão humana, nem por 
isso os princípios inatos naturalmente à razão podem 
estar em contradição com esta verdade sobrenatural”. 
Resposta da questão 13: [C]
A concepção de Deus para Platão era de um 
Deus do intelecto, para Agostinho este conceito cai 
totalmente, para ele, Agostinho, Deus pode estar nos 
dois lugares ao mesmo tempo; tanto no intelecto, 
quanto criador do mundo da natureza como ser 
criador de todas as coisas. Tal concepção do homem 
provinha de Platão, para o qual o homem é definido 
como uma alma que se serve de um corpo. Agostinho
mantém esse conceito com todas as consequências 
lógicas que ele comporta. Assim, o verdadeiro 
conhecimento não seria a apreensão de objetos 
exteriores ao sujeito, devido à sua variabilidade, e sim,
a descoberta de regras imutáveis, como o princípio 
ético segundo o qual é necessário fazer o bem e 
evitar o mal. Tal conhecimento se refere às realidades
não sensíveis cujo caráter fundamental seria a 
necessidade, pois são o que são e não podiam ser 
diferentes. 
Agostinho supera o ceticismo mediante o iluminismo 
platônico. Inicialmente, ele conquista a certeza da 
própria existência espiritual, e deste conceito tira uma
verdade particular, de que Deus enquanto verdade 
onipotente, onisciente pode estar em dois lugares ao 
mesmo tempo. Embora desvalorize o conhecimento 
platônico da sensibilidade em relação ao 
conhecimento intelectual, admite Agostinho que os 
sentidos, como o intelecto são fonte de 
conhecimento. Para Agostinho, a fé e a razão 
complementam-se na busca da felicidade e da graça. 
A graça, para ele, não é alcançada por procedimento 
intelectual, mas por ato de intuição e fé. Mas a razão 
se relaciona com a fé no sentido de provar a sua 
correção. Ou seja, a fé é precedida por certo trabalho 
da razão e, após obtê-la, a razão a sedimenta. A razão
relaciona-se, portanto, duplamente com a fé. É 
necessário compreender para crer, e crer para 
compreender. Aqui se percebe que, para Agostinho, a 
filosofia é apenas um instrumento destinado a um fim
que transcende seus próprios limites. 
Resposta da questão 14: [A]
O enunciado da questão faz referência à obra A
cidade de Deus, escrita por Santo Agostinho. Este, ao 
pensar o conceito de civitas, tratava de como o 
homem viveria ao mesmo tempo segundo a carne 
(Civitas Terrena) e segundo o espírito (Civitas Dei). Em
certo senso, a sociedade medieval se associa a este 
princípio na medida em que tem sua estrutura voltada
para a transcendência, ou seja, em uma busca de se 
viver a Cidade de Deus (Civitas Dei). 
Resposta da questão 15: [D]
A alternativa D é a que melhor exprime o 
pensamento de Tomás de Aquino, porque na citação 
fica evidente a limitação da razão humana, como 
demonstra a seguinte passagem: “existem a respeito 
de Deus verdades que ultrapassam totalmente as 
capacidades da razão humana”. Logo, seria incorreto 
afirmar que “a filosofia é capaz de alcançar todas as 
verdades acerca de Deus” (alternativa A). Por outro 
lado, não há nada na citação e tampouco está de 
acordo com o pensamento de Tomás de Aquino que o
conhecimento só pode ser alcançado por meio da 
verdade concedida por Deus (alternativa B) ou mesmo
que a verdade só é alcançada por meio da fé 
(alternativa C). Entretanto, embora a razão humana 
seja limitada, ela pode atingir algumas verdades 
acerca de Deus, contrariando, assim, a afirmação da 
alternativa E. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
Resposta da questão 16: [A]
Para os nominalistas, o universal é apenas um 
conteúdo expresso da nossa mente, expresso em um 
nome, ou seja, os universais são apenas palavras, 
sem nenhuma realidade específica correspondente. 
Resposta da questão 17: [E]
Principal nome da Filosofia Escolástica, Tomás 
de Aquino estabeleceu em sua filosofia um nexo entre
o pensamento filosófico de Aristóteles e a doutrina de
fé medieval. Neste sentido, o conceito de virtude se 
apresenta intimamente correlacionado à teologia 
cristã. Para Tomás de Aquino, as virtudes seriam 
quatro: justiça, fortaleza, temperança e prudência, a 
principal dentre elas. No livro Suma Teológica, o 
filósofo considera a prudência como uma razão 
voltada ao agir, onde se age buscando a decisão certa
em base à realidade. Como podemos atestar, todas 
as assertivas da questão acima estão de acordo com 
este pensamento. 
Resposta da questão 18: [C]
A alternativa C é a única possível. A escolástica
foi a tendência filosófica que predominou no período 
que se seguiu à queda do ImpérioRomano e 
prevaleceu até o Renascimento. Surgiu em 
decorrência do crescimento do poder da Igreja no 
Ocidente europeu e a necessidade de fundamentar a 
fé com uma base filosófica. A alternativa A está 
incorreta, pois faz referência a uma corrente filosófica
do século XVIII – o iluminismo, bem como estão 
incorretas as alternativas B e D, pois citam correntes 
filosóficas do cristianismo primitivo (anterior à 
escolástica) e o pensamento renascentista dos 
séculos XV-XVI, respectivamente. 
Resposta da questão 19: [A]
A afirmação I está absolutamente incorreta. A 
noção que relaciona prudência com cautela não 
corresponde à concepção de São Tomás de Aquino. 
Para ele, a prudência era a arte de tomar a decisão 
certa, com base na própria realidade. Essa virtude 
corresponde a uma atitude racional e não a uma 
capacidade intuitiva. 
Resposta da questão 20: [B]
Pelo próprio enunciado, o aluno pode ser capaz 
de responder à questão de forma acertada. Se os 
universais correspondem somente a palavras e sons 
emitidos, significa que são somente conceitos a 
serem referidos ao conjunto. Sendo assim, 
“humanidade” corresponderia somente a um conceito
para designar a multiplicidade de indivíduos. 
Resposta da questão 21: [C]
Ainda que se assemelhe muito a Platão em 
diversos pontos, Agostinho fazia uma pequena 
diferenciação deste com relação a sua teoria sobre a 
verdade. Ambos pensavam a existência de uma 
verdade inata, mas, para Platão, essa verdade seria 
encontrada pela memória, enquanto que, para 
Agostinho, seria encontrada pela iluminação divina. 
Resposta da questão 22: [D]
Tomás de Aquino corresponde ao pensador da 
Escolástica que procurou conciliar o pensamento 
aristotélico com a teologia cristã. Em seus escritos, 
Tomás de Aquino estabelece cinco vias para provar a 
existência de Deus. Segundo ele, Deus corresponde 
ao início e ao fim de todas as coisas, sendo, portanto, 
possível provar a sua existência a partir de 
demonstrações da natureza das coisas, não havendo 
necessidade de recorrer a textos bíblicos. 
Resposta da questão 23: [B]
A doutrina da iluminação agostiniana 
corresponde a uma reinterpretação da teoria da 
reminiscência platônica, então adaptada à concepção
cristã. O resultado é uma teoria segundo a qual as 
ideias verdadeiras e eternas já existiriam em nós, 
sendo que só teríamos acesso a elas por meio da 
iluminação divina. 
Resposta da questão 24: [D]
A “questão dos universais” corresponde ao 
problema filosófico da Idade Média em se descobrir 
se este conceito metafísico de universalidade, que 
caracteriza as ideias gerais, é apenas uma abstração 
ou se possui existência real. Segundo o nominalismo, 
os universais são abstrações, existindo somente na 
mente humana. Como afirma o texto do enunciado, 
essa posição é também defendida por Guilherme de 
Ockham, para quem “existem apenas seres singulares
e substâncias individuais ou qualidades particulares”. 
Entretanto, deve-se considerar que a atribuição de 
nominalista não resuma todo o pensamento desse 
filósofo. 
Resposta da questão 25: [A]
Em relação à questão dos universais, os 
realistas se opunham aos nominalistas. Estes, em 
linhas gerais, consideravam que as palavras não 
correspondiam a uma entidade real, mas somente a 
uma abstração, um nome sem correspondência real. 
Essa visão é o oposto do que defendia a corrente 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
realista, que, tendo Platão como referência, 
considerava os universais como entidades reais. 
Resposta da questão 26: [D]
Com o intuito de conciliar a fé com a razão, 
Tomás de Aquino parte da realidade sensível para 
estabelecer cinco vias para a demonstração racional 
da existência de Deus. 
Resposta da questão 27: [C]
Gêneros e espécies referem-se à substância, 
uma das categorias criadas por Aristóteles em seu 
texto Categorias, tal como afirma a alternativa [C]. 
Resposta da questão 28: [C]
Somente a alternativa [C] está correta. A 
essência de Deus é divina, simples, idêntica a si 
mesma, única e faz parte do seu próprio ser. Somente
essas características que levam Tomás de Aquino a 
considerar que nada se pode acrescentar a Deus. 
Resposta da questão 29: [B]
As afirmativas II e III estão incorretas. O 
entendimento humano, ainda que iluminado por Deus,
não se torna divino e com a mesma força do Verbo. 
Além disso, não se pode dizer que Agostinho tenha 
formulado, pela primeira vez na história da filosofia, a 
teoria das ideias inatas. Estas já haviam sido 
formuladas por Platão, considerado o principal 
filósofo do inatismo na Antiguidade. 
Resposta da questão 30: [B]
Segundo Santo Agostinho, as verdades provêm,
todas elas, da iluminação divina sobre a mente 
humana. Nesse sentido, não pode haver oposição 
entre verdades pagãs e verdades cristãs, uma vez que
todas provêm da mesma fonte de conhecimento, ou 
seja, de Deus. 
Resposta da questão 31: [C]
A alternativa [C] é a única correta. Razão e Fé 
não se contradizem na acepção de Tomás de Aquino. 
A razão é o que permite ao homem conhecer a 
realidade sensível. Nesse conhecimento das coisas, a
Fé serve ao homem como forma de chegar mais 
próximo da verdade, uma vez que a razão, sem a fé, 
não pode penetrar nos mistérios de Deus. 
Resposta da questão 32: [A]
Pedro Abelardo foi um dos principais 
pensadores acerca do problema dos universais. Sua 
posição está mais próxima ao realismo. Segundo ele, 
os universais correspondem à “essência material das 
coisas singulares nas quais existe”. 
Resposta da questão 33: [D]
A teoria do Conhecimento de Santo Agostinho 
está relacionada com a Teoria da Iluminação. O 
homem conhece alguma coisa na medida em que é 
iluminado por Deus. Existem dois tipos de luz: a luz 
comum, que corresponde aos conhecimentos 
humanos; e a própria luz, que corresponde a Deus, 
onde se encontra a verdade eterna. 
Resposta da questão 34: [B]
A diferença entre Platão e Agostinho está na 
tese agostiniana de iluminação divina. Sendo Deus a 
fonte da verdade, o homem só pode conhecer essa 
verdade se for iluminado por Ele. Em Platão não 
existe qualquer referência a esse Deus que habita o 
mundo suprassensível. 
Resposta da questão 35: [C]
O Problema dos universais é que permitiu a 
quimera entre os nominalistas e os realistas. Segundo
os realistas, os universais consistiam em coisas reais 
(no interior das coisas), enquanto que os nominalistas
afirmavam que os universais eram somente palavras, 
produtos do pensamento (exteriores às coisas). Desta
forma, verifica-se como somente a alternativa [C] é 
correta. 
Resposta da questão 36: [D]
Segundo Agostinho, é a iluminação divina que 
faz com que o homem possa conhecer a verdade que 
soa no interior do homem. Essa verdade é Cristo, e se 
encontra armazenada na memória, podendo ser 
percebida somente pelo homem interior. Dentre as 
afirmativas, somente a [D] é completamente correta. 
Resposta da questão 37: [D]
A presente questão parece apresentar uma 
contradição, mas que é somente aparente. Durante o 
período da Filosofia Patrística, a grande questão 
filosófica era a possibilidade de se conciliar (ou não) a
Fé com a Razão. Existiram aqueles que afirmavam a 
impossibilidade de tal conciliação e aqueles que 
consideravam a possibilidade. A única alternativa que
contraria este conflito filosófico e que faz uma 
afirmação descontextualizada com a Patrística é a 
[D]. 
Resposta da questão 38: [A]
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Lista de Exercícios : Filosofia | Filosofia Medieval
A Patrística não rompe com o dualismo grego, 
tem Santo Agostinho como seu principal 
representante e corresponde a uma retomada do 
pensamento de Platão e do seu idealismo, que foi 
adaptado ao cristianismo. Desta maneira, somente a 
alternativa [A] é correta. 
Respostada questão 39: [B]
Pedro Abelardo pode ser considerado como um
filósofo que esteve a meio termo entre os 
nominalistas e os realistas acerca da questão dos 
universais. Assim como os nominalistas, ele 
considerava que os universais são palavras. 
Entretanto, assim como os realistas, ele considerava 
que apesar disso, os universais existiam, ainda que no
intelecto, fazendo referência a seres reais. Enquanto 
nomes, eles são corpóreos, ao mesmo tempo em que 
são incorpóreos na sua função significativa. Sendo 
assim, podemos dizer que somente a alternativa [B] 
está correta. 
Resposta da questão 40: [D] 
De forma breve, podemos dizer que, para os 
realistas, os universais existem enquanto realidade. 
Já para os nominalistas, os universais não existem 
nem como realidade material nem como realidade de 
pensamento, sendo somente um nome. A posição de 
Abelardo nessa questão é intermediária, tal como é 
apresentada na afirmativa [D], a única correta. 
Resposta da questão 41: [C] 
Sobre a Teoria da Iluminação, somente as 
afirmativas II e IV estão corretas. A Iluminação Divina 
pressupõe a existência do intelecto no homem que, 
iluminado, chega ao conhecimento da verdade. 
Resposta da questão 42: [C]
A alternativa [C] é a única correta. A doutrina da
iluminação de Santo Agostinho considera que o 
homem conhece as coisas mediante a iluminação 
divina sobre sua mente. É isso que se expressa na 
frase do enunciado, que afirma de que forma o 
homem pode intuir sobre as coisas materiais. 
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