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Definem os limites externos e internos(eucariotos) das células e controlam o tráfego molecular por esses limites. São flexíveis, autosselantes e seletivamente permeáveis a solutos polares. São formadas por proteínas, lipídios, colesterol, carboidratos (glicoproteínas e glicolipídios). Também conhecida como mosaico fluido. A proporção relativa de proteína e lipídio varia de acordo com o tipo da membrana. Possui aspecto trilaminar (uma camada polar, uma camada apolar e outra camada polar). Os lipídios da bicamada lipídica podem assumir outras conformações, como as micelas, a própria bicamada e a conformação de vesícula (semelhante a uma micela com dupla camada lipídica -porção polar, apolar e polar-). Movimentação Os fosfolipídios da membrana plasmática realizam movimentações. São elas: Flip-flop – caracterizada pela movimentação realizada por um fosfolipídio de uma camada para outra. Conhecido como difusão transbicamada não catalisada. Difusão lateral – onde um lipídio se movimenta lateralmente. Não catalisada por enzimas. Ocorre mais rapidamente do que a flip-flop. Translado transbicamada catalisado - Parecido com o movimento flip-flop porém é dependente de ATP. Movimento de um lipídio da camada externa para a interna é chamado flipase. O movimento de um lipídio da camada interna para a externa é chamado flopase, ambos dependentes de ATP. Ocorre também a flip-flopase que leva tanto um lipídio da camada interna para a externa quanto um da camada externa para a interna simultaneamente como um meio de equilíbrio, não é dependente de ATP. Fusão de membranas Fusão de membrana é o que ocorre nas sinapses, quando vesículas intracelulares carregadas com neurotransmissores se fundem com a membrana plasmática. Esse processo envolve uma família de proteínas chamadas de SNARE. As SNARE da face citoplasmática das vesículas são chamadas de v-SNARE; aquelas da membrana-alvo com a qual a vesícula se funde são as t-SNARE. As proteínas V-SNAREs sinaptobrevina interagem em um entrelaçamento com as proteínas T- SNARES sintaxina e SNAP-25 para a aproximação das membranas, concomitantemente ocorre a liberação de cálcio a partir dos canais de cálcio, o cálcio por sua vez se liga a proteína V-SNARE sinaptotagmina que atua na conclusão da fusão das membranas promovendo a liberação de neurotransmissores na fenda sinaptica. Proteínas de membrana São as proteínas que pertencem a membrana plasmática. Podem ser periféricas (pertencem a um dos lados da membrana – superfície da camada interna ou superfície da camada externa) ou integrais (são aquelas que atravessam a bicamada lipídica de um lado a outro). Têm como função transportar moléculas específicas, catalisar reações associadas á membrana, atuar como elos estruturais, atuar como receptores para detecção e transdução de sinais químicos do ambiente à célula. Composição dos líquidos extracelular e intracelular No líquido extracelular predominam o sódio, potássio, cloreto e cálcio dentre outros. No líquido intracelular predominam o Na+, K+, Cl-. Essa predominância de determinados compostos e ausência de outros determina se um transporte será ativo ou passivo. Transporte de íons e moléculas hidrofílicas O transporte de moléculas que não conseguem atravessar a membrana por difusão livre se dá através de proteínas transmembranas, mais especificamente as proteínas de canal (canal iônico) permitindo o transporte passivo. Pode ocorrer também através de proteínas carreadoras que permitem tanto transporte ativo quanto passivo. Transportes passivos Aqueles que não ocorrem com gasto energético. São eles: Difusão simples: onde uma molécula passa livremente através da bicamada lipídica a favor do seu gradiente (do meio mais concentrado para o meio menos concentrado) Transporte passivo por canal: Ocorre da mesma forma que a difusão simples porém é mediado por canal onde a molécula não entra em contato com a bicamada. Também acontece do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. Difusão facilitada (uniporte): Transporte mediado por proteínas integrais, ocorre do meio mais concentrado para o menos concentrado. Transporte ativo Ocorre com gasto energético, em geral é caracterizado pela molécula indo do meio menos concentrado para o meio mais concentrado. Primário – Dependentes de ATP e Secundário – Simporte e Antiporte. Gradiente químico – quando trata-se de moléculas sem carga. Gradiente eletroquímico - quando se trata de íons Canais iônicos Não necessitam da ligação com o soluto. Formam poros hidrofílicos na membrana e realizam apenas transporte passivo. Podem ser regulados quimicamente (necessita de uma substância química específica que se ligue a um sítio deste canal para promover a abertura ou fechamento do mesmo) específico ou por voltagem (é necessário a variação do potencial de membrana para que haja a abertura ou fechamento do canal, que ocorre devido a ativação do sensor de voltagem do canal que atua mudando a conformação do mesmo) Aquaporinas e osmose São proteínas integrais para a passagem de água do meio hipotônico para o meio hipertônico. Uniporte Transportador de glicose (GluT) São transportadores que regulam a passagem permitindo somente uma substância por vez. Ocorre o encaixe da substância no seu sítio de ligação específico, com isso o transportador se fecha e se abre novamente para o lado oposto permitindo a saída da molécula e transporte de um meio a outro. Transporte ativo Aquele que ocorro com gasto de energia levando uma molécula contra o seu gradiente eletroquímico. Primário Neste tipo de transporte ativo ocorre o transporte dependente de ATP. Um dos principais exemplos de transporte primário é a bomba de sódio-potássio ATPase onde, por meio de uma proteína integral, ocorre o transporte de 3 sódios e 2 potássios em direções opostas com consumo de ATP e liberação de ADP + P. Uma proteína transportadora acopla os 3 sódios em seus devidos sítios, ocorre a fosforilação pelo consumo de ATP e liberação de ADP, ocorre a abertura do transportador para o lado oposto onde acoplará 2 potássios em seu respectivo sítio de ligação, se fechará e abrirá novamente para o lado oposto liberando os potássios. Outro exemplo bomba de prótons ou H+/K+ ATPase que ocorre nas células parietais gástricas possui função de levar a acidificação gástrica. A bomba de prótons localizada na célula parietal gástrica recebe estímulos de istamina que se liga ao seu receptor e envia sinais por uma via dependente de AMPc promovendo a ativação da bomba. A acetil colina se lina ao seu receptor e libera sinais por meio de uma via dependente de cálcio que leva até a bomba de prótons levando a sua ativação. Da mesma forma atua a gastrina se ligando ao seu receptor e enviando sinais intracelulares para estimular a bomba de prótons por uma via dependente de cálcio. Existem substâncias inibidoras da bomba de prótons que inibem seu funcionamento reduzindo a liberação do próton H+ diminuindo a acidez gástrica. Mais um bom exemplo é a bomba de cálcio ou Ca+2ATPase que está presente na membrana plasmática capturando o cálcio do citoplasma e expelindo-o no meio extracelular, e na membrana do retículo sarcoplasmático (SERCA) reabastecendo o cálcio do citoplasma para o interior do retículo. Secundário • Simporte (co-transporte) Co-transportador Na+/glicose ou SGLT que permite a entrada de uma molécula de glicose por meio do transporte de duas moléculas de sódio. O sódio estando a favor do seu gradiente se acopla a uma proteína que utilizando o gradiente favorável do sódio transporta glicose simultaneamente. Ocorre no intestino delgado (SGLT1) e nos túbulos proximais renais (SGLT2). Pode transportargalactose. É eletrogênico, ou seja, gera potencial elétrico. Co-transportador Na+/fosfato (NaPi) funcionando da mesma forma que a bomba já citada com a diferença que são transportados três sódios e um fosfato. Está presente nas células epiteliais do intestino delgado e túbulos proximais renais. Possuem subtipos que são IIa, IIb e IIc, sendo IIa e IIb eletrogênicos pois transporta três sódios que possuem carga positiva e um potássio que possui carga negativa desequilibrando o potencial. Já IIc é eletroneutro pois transporta dois sódios cada um com uma carga positiva e um potássio de carga 2- que acaba sendo neutro, equilibrando o potencial. Co-transportador Na+/iodeto (NIS). Presente em células foliculares tiroidianas e glândulas mamárias, promove a formação de T3 e T4. Faz o transporte de iodeto para o leite materno. • Antiporte (contra-transporte) No transporte ativo antiporte ocorre a passagem de duas moléculas simultâneas porém em direções opostas. Ocorre o aproveitamento da passagem de uma molécula a favor do seu gradiente para o transporte de outra molécula contra o seu gradiente. Trocador Na+/Ca+2 (NCX) importante na homeostasia do Ca+2
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