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1 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Asma Brônquica Definição • Doença inflamatória crônica caracterizada por hiper- responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. • Doença inflamatória crônica das vias aéreas onde estão envolvidos muitas células. • A inflamação crônica associa-se com hiper- reatividade das vias aéreas, que determina episódios recorrentes de sibilos, dispneia, aperto no peito e tosse, especialmente a noite e cedo pela manhã. • Estes episódios associam-se com obstrução ao fluxo aéreo difusamente nos pulmões, mas variável, reversível espontaneamente ou com medicações. • Estima-se que 300 milhões de pessoas acometidas com a doença no mundo, no Brasil são 20 milhões; • É a 3º ou 4º causa de internação pelo SUS; • A mortalidade é maior em crianças e adolescentes; • É mais frequente em crianças do sexo masculino (idade < 14 anos) e mulheres adultas. • O principal fator de risco identificável para asma é a atopia. • A coexistência de asma, rinite alérgica e dermatite chega a mais de 80%. Fisiopatologia • Fatores Genéticos + Fatores Ambientais • Fatores do paciente: genéticos, genes que predispõem a atopias, genes que predispõem a hiper-reatividade das vias aéreas, obesidade, sexo (comum nos homens na infância e nas mulheres na vida adulta). • Fatores ambientais: alérgeno externos e domiciliares, DRGE, determinados fármacos, infecções (geralmente virais), ocupacionais, fumaça do cigarro, poluição, alimentos, emoções e situações de stress, exercício. • O antígeno se liga ao MHCI, que se liga ao linfócitos Th2, que se liberam mediadores inflamatórios. • As citocinas secretadas causam proliferação de mastócitos, produção de IgE por linfócitos B e recrutamento de eosinófilos à mucosa respiratória. • Principais fatores quimiotáxicos: leucotrieno B4, eotaxina e os RANTES que atraem preferencialmente os eosinófilos. • Principais inlerleucinas: IL3, IL4 e IL5. • Os eosinófilos parecem ser os principais responsáveis pelas lesões estruturais da via aérea dos asmáticos. • Os mastócitos se ligam ao alérgeno por meio da IgE, promovendo a liberação de mediadores responsáveis pelo broncoespasmo. • A inflamação faz com que seja necessário haver o reparo, mas se quando o reparo estiver sendo feito ocorrer nova agressão, por uma inflamação crônica, ocorre remodelamento e cicatrização. • Remodelamento brônquico: desnudamento epitelial, edema da mucosa e acúmulo de muco, espessamento da membrana basal, hipertrofia/hiperplasia das glândulas submucosas e da camada muscular e infiltrado inflamatório com predomínio de eosinófilos. • Substâncias pró-inflamatórias mais importantes: histamina, bradicinina, prostaglandinas, cisteinil- leucotrienos e PAF (fator de ativação plaquetário) → vasodilatação, edema da mucosa e broncoconstrição. • A inflamação crônica resulta em alterações estruturais na mucosa brônquica que promovem a exposição de terminações nervosas vagais (parassimpáticas) → resposta neurogênica direta → exacerbação do edema e broncoespasmo • À hiper-responsividade das vias aéreas leva a limitação variável das vias aéreas, que gera os sintomas e à limitação crônica ao fluxo aéreo. • Além do broncoespasmo, há também edema da mucosa e formação de tampões de muco, que contribuem para a redução aguda no calibre da via aérea. 2 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Classificação: Asma extrínseca alérgica: responsável por 70% das amas em indivíduos com menos de 30 anos de idade e 50% em pacientes com mais de 30 anos. No subgrupo infantil, entre 2-15 anos, quase todos os casos são alérgicos. Principais Aeroalérgenos: ácaros, baratas, cães e gatos, fungos, grão de pólen. Asma extrínseca não alérgica: não envolve reação IgE mediada, mas sim uma irritação direta da mucosa brônquica por subs. tóxicas, geralmente agentes químicos industriais. Asma Ocupacional é causada por contato com agentes presentes apenas no ambiente de trabalho, podendo ser tanto de origem alérgica quanto irritativa, é responsável por cerca de 10% dos casos de asma em adultos. Os agentes orgânicos geralmente apresentam componente alérgico, e as subs. químicas são irritantes. Asma criptogênica (intrínseca): pacientes asmáticos que apresentam resposta negativa aos testes cutâneos com níveis séricos de IgE normais. A etiopatogenia não é bem conhecida, mas parece haver hiperprodução local de IgE nas vias aéreas. Asma induzida por Aspirina (AIA): responde por 2-3% dos casos de asma em adultos, é desencadeada pelo uso de aspirina ou outros AINE não seletivos, podendo persistir por vários anos mesmo após a suspensão. Repercussão Funcional: A asma é uma doença episódica, marcada por períodos de exacerbação e remissão. A exacerbação é a própria crise asmática, caracterizada por um episódio agudo de obstrução generalizada das vias aéreas inferiores: broncoespasmo + edema + tampões mucosos. A maioria dos asmásticos – 60%, possui asma persistente e permanece com obstrução das vias aéreas no período intercrítico, quando há ausência de sintomas. Já na asma intermitente não há obstrução nesse intervalo. A obstrução das vias aéreas altera os volumes e fluxos pulmonares. O volume residual e a capacidade residual (volume que permanece após uma expiração espontânea) estão caracteristicamente aumentados, em função do aprisionamento de ar. Na expiração, a pressão intratorácica elevada agrava o estreitamento das vias aéreas mais distais, impedindo a saída de parte do ar que foi inspirado. Devido a taquipneia e a hiperventilação, a eliminação de CO2 aumenta, provocando hipocapnia (↓ CO2) e alcalose respiratória. Nos casos mais graves a obstrução brônquica reduz a relação ventilação/perfusão em múltiplas unidades alveolares, gerando hipoxemia. Na crise muito grave o trabalho da musculatura respiratória é maior que o suportável pelo paciente, gerando fadiga respiratória e insuficiência ventilatória aguda (hipercápnica). Diagnóstico Clínico: Tríade clássica: dispneia, tosse e sibilância Aperto no peito, desconforto torácico Crises recorrentes (ocorre de forma episódica) Horário: mais intensos à noite ou nas primeiras horas da manhã Detecção de fatores precipitantes Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma História frequente de sibilância, mais de uma vez por mês (crianças) Tosse sem relação com viroses respiratórias (crianças) Variabilidade sazonal (ocorre apenas em determinadas estações do ano) dos sintomas e história familiar positiva para asma ou atopia Diagnósticos alternativos excluídos Tosse variante de asma (hiper-reatividade das vias aéreas mais proximais, ricas em receptores da tosse) Asma Induzida por exercício: ocorre em 49% dos asmáticos e 40% dos pacientes que tem rinite. Melhora espontaneamente após 45min ou com uso de β2 de curta duração. O tratamento é feito com profilaxia e tratamento regular da asma. Questões a serem consideradas para o diagnóstico de asma: 3 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 1. O paciente já teve um episódio ou episódios recorrentes de sibilância? 2. O paciente tem tosse irritativa a noite? 3. O paciente tosse ou sibila após exercício? 4. O paciente sente sibilância, dor no peito ou tosse após exposição a alérgeno ou poluentes? 5. O paciente fica tossindo ou demora a se recuperar após resfriados? 6. Os sintomas melhoram após tratamento adequado para asma? Exame Físico Sibilos Roncos (muco) Silêncio respiratório Taquipnéia Tiragem Batimento de asa de nariz Respiração abdominal Prolongamento do tempo de expiração Cianose central Pulso paradoxal Espirometria: distúrbioobstrutivo CVF normal VEF1 baixo VEF1/CVF baixa FEF 25-75% bastante reduzido Broncodilatador – boa resposta Indicativos de asma na Espirometria: Redução do VEF1 < 80% e VEF1/CVF < 75% em adultos e 86% em crianças Aumento do VEF1 de 7% em relação ao valor previsto e 200ml em valor absoluto ou 200ml e 12% do pré-bd Aumento do VEF1 > 10% isoladamente A espirometria deve ser feita no começo do tratamento, após 6 meses e depois anualmente. Diagnóstico funcional: PFE (Pico de fluxo expiratório) Durante 2 semanas se afere o fluxo expiratório pela manhã e pela noite, indicativo de asma quando a diferença percentual média (entre o maior e o menor valor detectado) > 20% - hiper-reatividade das vias aéreas Indicativo de asma: aumento de 20% nos adultos e de 30% nas crianças no PFE, 15 min após uso de B2 de curta ação. Broncoprovocação - Demonstração de Hiper- responsividade das vias aéreas: Teste de broncoprovocação com agentes broncoconstrictores (metacolina, histamina, carbacol): ocorre queda do VEF1 > 20% Teste de broncoprovocação por exercício: ocorre queda do VEF1 > 10-15% Diagnóstico da alergia: Teste cutâneo pela técnica de puntura com extratos biologicamente padronizados Determinação de IgE sérica específica Exame de escarro: Cristais de Charcot-Leiden, Espirais de Crschmann e Corpúsculos de Creola. Gasometria Arterial: está alterada apenas na crise asmática, pois a capacidade de difusão do CO está normal na asma. SatO2 < 90% Diagnóstico diferencial Outras doenças obstrutivas, sobretudo DPOC Doenças da circulação pulmonar (hipertensão e embolia) Rinossinusites Síndrome de hiperventilação e ataque de pânico Disfunção das cordas vocais Obstrução VAS (corpo estranho, estenose traqueal, tumores) Doenças pulmonares difusas parenquimatosas Insuficiência cardíaca diastólica e sistólica Esofagite de refluxo Algumas doenças tem a asma como um de seus componentes: Angeíte de Churg-Strauss, Aspergilose broncopulmonar alérgica, Pneumonias eosinofílica. Asma DPOC Início na infância, período assintomático com reinício dos sintomas após os 40 anos Início após os 40 anos de idade Antecedentes de atopias: presente Ausente ou presente Hist. Familiar de asma ou outras atopias: presente ou ausente Ausente ou presente 4 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Hist. De tabagismo ou exposição prolongada a partículas inaladas – presente ou ausente Presente Espirometria normal nas intercrises ou com distúrbio obstrutivo com acentuada reversibilidade Espirometria com distúrbio obstrutico com pouca ou nenhuma reversibilidade Tosse e expectoração crônicas: ausentes Frequente (bronquite crônica) Dispnéia: variável e reversível ao tratamento Constante, pouco reversível e progressiva Sintomas noturnos: relativamente comuns Incomuns Gatilho nas exacerbações: alérgeno e variações climáticas Infecções bacterianas Resposta a corticóde: aumento de VEF1 de 10% valor basal Não costuma haver melhora da função pulmonar Parâmetro Controlado Parcialmente controlado Não controlado Sintomas diurnos Nenhum ou < 2 semana 3 ou + / semana 3 ou + parâmetros presentes em qualquer semana Despertares noturnos Nenhum Pelo menos 1 Necessidade de medicamentos de resgate Nenhuma ou < 2 semana 3 ou + / semana Limitação de atividades Nenhuma Presente em qualquer momento Os parâmetros devem ser analisados nas últimas 4 semanas Avaliação do controle da Asma-Gina Avaliar os fatores de risco para o pobre controle da asma: • Avaliar no momento do DX e periodicamente • Medir o VEF1 no início do tratamento, com 3 meses e com 6 meses, para obter o melhor pessoal e então periodicamente • Os fatores de risco devem ser avaliados para: exacerbações, limitação fixa do fluxo aéreo e efeitos colaterais de medicações. Fatores de risco para exacerbação: • Já foi intubado pela asma • Sintomas de asma descontrolados • Com > 1 exacerbação nos últimos 12 meses • VEF1 baixo (mede a função pulmonar no início do tratamento, em 3-6 meses e periodicamente, posteriormente) • Técnica de inalador incorreta e/ou má adesão • Fumante • Obesidade, gravidez, eosinofilia sanguínea Fatores de risco para limitação fixa do fluxo aéreo: sem tratamento com corticoide inalatório (CI), tabagismo, exposição ocupacional, hipersecreção mucosa, eosinofilia no sangue. Fatores de risco para efeitos colaterais das medicações: esteroides orais frequentes, CI em alta dose/potentes, uso de inibidores de P450. Tratamento: Objetivos: controle dos sintomas e redução de risco. É importante esclarecer a diferença entre o medicamentos controladores da doença e os de alívio dos sintomas. Tratamento de manutenção: corticoides inalatórios, antileucotrienos, B2-agonistas de longa duração (LABA)+CI, anticolinérgico de longa duração e teofilina. Tratamento sintomático ou de alívio: B2 – agonistas de curta duração, glicocorticoides orais, anticolinérgicos inalatórios de curta duração. Fármaco Dosagem Efeitos adversos Beta adrenérgicos de curta duração Fenoterol 100-200mcg 4/4h a 6/6h Tremores musculares, ansiedade, taquicardia, palpitações, fadiga, cefaleia, boca seca., sudorese, tosse. Salbutamol 100mcg VI 4/4h a 6/6h 2-4mg VO 8/8h a 6/6h Terbutalina 0,25mg SC 8/8h a 6/6h 5mg VO 8/8h Beta adrenérgicos de longa duração Formoterol 12mcg 12/12h Idem Salmeterol 50mcg 12/12h Idem Indacaterol 150/300mcg 24/24h Olodaterol 10mcg 24/24h Anticolinérgicos Ipratrópio 40-120mcg VI 4/4 a 6/6h Secura da boca, irritação da garganta e tosse. Tiotrópio 2,5mcg 2 jatos 1x/dia Glicopirroneo 50ug 2 jatos 1x/dia Umecledinio 55ug 1x/ dia 5 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Fármaco Dosagem Efeitos adversos Corticóides sistêmicos Hidrocortisone Prednisona Predinisolona Deflazacort Metilprednisolona Corticóides inalatórios Beclometasona Candidíase orofaringeana, disfonia, broncoespasmo paradoxal.. Budesonida Ciclesonida Fluticasona Mometasona Antileucotrienos Montelucaste 10mg VO 24/24h Zafirlucaste 20 mg VO 24/24h Estado de controle Conduta Controlado Manter o paciente na mais baixa etapa de controle Parcialmente controlado Considerar aumento da etapa de controle Não controlado Aumentar a etapa até obter o controle Exacerbação Condutas apropriadas para a ocorrência Imunoterapia: consiste em administrar repetidamente (via subcutânea) extratos de alérgenos. Maior benefício no tratamento da rinite alérgica. Limitado na asma devido ser uma doneça multifatorial. Está indicado quando se estabelece um único (ou máximo dois) alérgenos a ser desensibilizados em asma leve a moderada. Exacerbações de asma Achados Leve-moderada Grave Capacidade de falar Frases Palavras Posição corporal Prefere ficar sentado Incapaz de deitar Estado mental Não está agitado Agitado Musculatura acessória Não Sim Frequência cardíaca Até 120bpm >120pbm Frequência respiratória Até 30irpm >30irpm SpO2 >90% <90% Peak flow >50% predito <50% predito Fármaco Dose baixa Dose média Dose elevada Beclometasona 200-500 500-1000 >1000 Budesonida 200-400 400-800 >800 Ciclesonida 80-160 160-320 >320 Fluticasona (propionato) 100-250 250-500 >500 Fluticasona (fuorato) 100 250-500 >500 Mometasona 200 400 >400 6 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Tratamento da crise: • Corticosteroides sistêmicos na crise de asma em adultos: o Prednisona 1mg/kg/dia nos casos mais graves o Metilprednisolona 60-125mg a cada 6h o Hidrocortisona 2 a 3 mg/kg a cada 4h • Aminofilina: sem benefício comprovado na crise. • Oxigenioterapia: SpO2 > 92% (exceções: grávidas ou cardiopatas, deve manter acima de 95%) • Terbulatina: não usar, maior risco de efeitos adversos • Sulfato magnésio: nasformas graves em pacientes refratários a terapêutica já estabelecida nas doses de 2g em infusão venosa durante 20min. • CI: controverso, diminui chance de internação se usado na primeira hora em pacientes que não está usando CE sistêmico. Exames complementares na crise Gasometria Sinais de gravidade, PFE < 30% após tratamento ou SaO2 < 93% RX de tórax Possibilidade de pneumotórax, pneumonia ou necessidade de internação por crise grave Hemograma Suspeita de infecção. Neutrófilos aumentam 4h após o uso de corticosteroides sistêmicos Eletrólitos Coexistência com doenças cardiovasculares, uso de diuréticos ou altas doses de β-2 agonistas, especialmente se associados a xantinas e corticosteroides Pacientes de alto risco: Crise grave com necessidade de terapia intensiva. Intubação prévia por broncoespasmo. Idas a emergência ou hospitalizações por asma no último ano. Uso frequente de corticoide sistêmico. Uso de 2 ou mais frascos B-2 de curta duração por mês. Asma lábil (ampla variação na função pulmonar >30% PFE ou VEF1 em relação ao previsto). Má percepção do grau de obstrução por parte do paciente. Má aderência ao tratamento. Indicativos de Ventilação Mecânica: Piora da obstrução apesar do tratamento clínico adequado. PFE < 100L/min e em declínio. Incapacidade de falar. Rebaixamento do estado de consciência. Ausência de MV (silêncio respiratório) Hipercapnia (PaCO2 > 45mmHg) Hipoxemia (PaO2 < 60mmHg ou SaO2 < 90%) Fadiga da musculatura paradoxal, alternância tóraco- abdominal. Asma de difícil controle: O diagnóstico deve ser estabelecido após acompanhamento por um período de pelo menos 6 meses: 1 critério maior + 2 menores. Maiores Altas doses de CI: o Adultos: Beclometasona > 2.000, Budesonida > 1.600 e Fluticasona > 1.000 o Crianças: Beclometasona ou Budesonida > 800 e Fluticasona > 400. Corticosteroides orais > 50% dos dias do ano. Menores Necessidade de outro medicamento diário além dos Cl: LABA, antagonistas dos leucotrienos ou teofilina. Necessidade diária ou quase de β-2 agonistas de curta duração Obstrução persistente do fluxo aéreo – VEF < 80% previsto, variação diurna do pico de fluxo expiratório > 20%. Uma ou mais exacerbações com necessidade de ida a pronto-socorro por ano. Três ou mais cursos de corticosteróides oral por ano. Piora rápida após redução de pelo menos 25% da dose de corticosteroides orais ou CI História anterior de exacerbação de asma quase fatal. É importante controlar e tratar os problemas que dificultam o controle da asma: fatores desencadeantes, má adesão ao tratamento, técnica inadequada de uso de aerossóis. o Omalizumab (acp monoclonal recombinante específico): pacientes com teste cutâneo + pesquisa de IGE sérico total entre 30 e 1200 UI. o Mepalizumab (inibidor IL-5): asma eosinofílica severa, > 6 anos de idade. o Benralizumabe (liga a IL5 levando apoptose dos eosinófilos): > 18 anos de idade. 7 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Medidas não farmacológicas: • Evitar a exposição a fumaça do tabaco. • Icentivar atividade física. • Asma ocupacional: investigue pacientes com asma de início adulto sobre o histórico do trabalho. • Evite medicamentos que possam piorar a asma, como AINEs ou beta-bloqueadores. • Remoção de umidade ou mofo em lares. • Vacinação: contra influenza, a pneumo23 liberada para asma moderada a grave. Asma em situações especiais: • Asma no idoso: subdiagnosticada, menor percepção da dispneia, doenças associadas, tratamento, observar efeitos colaterais, uso de espaçadores. • Asma na gravidez: Efeito variável sobre o curso de asma, sintomas geralmente melhoram nas últimas 4 semanas e pioram depois, a droga de manutenção escolhida é a Budesonida, deve-se evitar as prostaglandinas e a ergonovina, a ocitocina é a droga de escolha para indução do parto.
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