Buscar

Livro texto Economia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Economia
1ª edição
2017
Economia
3
Palavras do professor
Olá, aluno (a)!
Seja bem-vindo (a) à disciplina de Economia! Nela, faremos uma aborda-
gem dos fatores macro e microeconômicos, entendendo a sua interação 
com o mercado. Você terá a oportunidade de estudar os fundamentos da 
demanda e da oferta no contexto dos agregados macroeconômicos sobre 
o desenvolvimento das nações e a maximização do bem-estar social.
Nesta disciplina, você conhecerá a macroeconomia, ou seja, as contas 
nacionais, como o PIB e as políticas econômicas que os governos podem 
adotar. Com isso, você verá como elas podem influenciar nas empresas e 
nas nossas vidas. Também compreenderemos o que é a microeconomia, 
que aborda as interações entre consumidores e produtores, analisando 
como os consumidores têm suas decisões afetadas por vários fatores, 
inclusive pelo comportamento dos produtores. 
A Economia é uma ciência social muito importante para o administra-
dor, pois estabelece as bases de análise do cenário externo à empresa. 
Sendo assim, o estudo dessa área nos auxilia a entender a nossa realidade, 
principalmente por nos permitir o conhecimento da macroeconomia, da 
microeconomia, do desenvolvimento econômico e da sustentabilidade 
nas organizações que venhamos a gerenciar, analisando as políticas eco-
nômicas adotadas pelos governos municipal, estadual ou federal. A partir 
dos estudos de Economia, você poderá utilizar esses conhecimentos em 
sua vida pessoal, conhecendo melhor a realidade em que vive. Portanto, 
a ciência que aqui vamos estudar propicia não somente a boa gestão das 
organizações, como também uma melhor administração da vida pessoal; 
ela nos permite analisar melhor nosso processo de escolha, de forma que 
possamos definir nossas preferências de maneira mais eficiente. Ao estu-
darmos Economia, temos a oportunidade de conhecer como definimos 
aquilo que vamos consumir, bem como avaliar nossas decisões sobre a 
administração de nossos recursos financeiros, de nosso tempo e de nos-
sos bens materiais. 
Esperamos que você aproveite bastante esta disciplina e aprenda muito 
com ela!
Bons estudos!
1
4
Unidade 1
Introdução à Economia
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, trataremos de alguns conceitos básicos da Economia, 
para que você possa começar a se familiarizar com o assunto. Assim, serão 
apresentados temas como: o conceito de Economia, os problemas econô-
micos fundamentais que a Economia se preocupa em solucionar, os sis-
temas econômicos. Conheceremos também a curva de possibilidade de 
produção, que mostra a capacidade máxima de produção de uma socie-
dade, evidenciando a alocação de recursos escassos. Além disso, veremos 
como se dá o fluxo real e monetário da Economia, bem como a definição 
dos vários tipos de bens.
Objetivos de Aprendizagem
• Entender o conceito de Economia;
• Conhecer o que são problemas econômicos fundamentais;
• Compreender os sistemas econômicos;
• Analisar a curva de possibilidade de produção;
• Entender a diferença entre fluxo real e fluxo monetário;
• Conhecer os tipos de Mercado na área da Economia.
5
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.1 Conceito de Economia
Economia é uma ciência social que estuda como os recursos escassos são produzidos e distribuídos entre os 
grupos da sociedade para a satisfação das necessidades humanas.
Vasconcellos e Garcia (2014, p. 2) afirmam que a “Economia deriva do grego oikonomía (de óikos, casa; e nómos, 
lei), que significa a administração de uma casa, ou do Estado.”
Os estudos de Economia se baseiam em conceitos como: escassez, necessidades, recursos, produção, escolhas 
e distribuição. 
É importante entendermos que os recursos de produção sempre são limitados, sejam eles matérias-primas, terra 
ou mão de obra. Em contrapartida, as necessidades humanas são ilimitadas e, sempre que supridas, iniciam-se 
novamente, seja pelo desejo de aumento do padrão de vida ou pelo crescimento da população.
Veja que o problema central da Economia é exatamente este: como atender ao maior número possível de neces-
sidades humanas com recursos escassos? Por isso, a Economia é conhecida como a ciência da escassez, sendo 
uma área que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer 
às necessidades humanas. 
1.2 A subdivisão do estudo da Economia
O estudo da Teoria Econômica subdivide-se em Microeconomia e Macroeconomia, áreas que vamos conhecer 
agora. Acompanhe!
1.2.1 Microeconomia
A Microeconomia estuda o comportamento econômico dos agentes individuais, os produtores e os consumidores. 
A partir dessa visão, este campo de estudo explica o sistema de preços e as forças do mercado. Além disso, analisa 
a demanda e a oferta de bens e serviços, bem como a determinação de seus preços.
1.2.2 Macroeconomia
A Macroeconomia estuda a Economia do ponto de vista agregado: a produção total, o desemprego global, taxas 
de inflação e desenvolvimento econômico.
Neste segmento , estudam-se também as estratégias de crescimento e a satisfação do padrão de vida ao longo 
do tempo. Afora isso, a Macroeconomia ilustra a Economia Internacional, que trata da interação entre as várias 
economias de países individuais, no que tange à troca de bens, serviços e recursos financeiros. 
6
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.3 Problemas econômicos básicos
Um dos principais problemas econômicos é a dúvida sobre o que, quando e quanto deve ser produzido pelas 
empresas. Devido à escassez existente, a sociedade deverá sempre definir a quantidade e quais são os produtos 
que devem ser produzidos.
Então, perguntamo-nos o seguinte: como deve ser a produção destes itens?
Devido à concorrência, os produtores devem escolher qual o método que será utilizado para se fazer a produção. 
Geralmente, essas empresas optam por meios que apresentem uma tecnologia mais avançada e que impliquem na 
redução de custos. Porém, é a sociedade quem escolhe quais são os bens e serviços que precisam ser fabricados.
Mas ainda há outra questão: para quem devemos produzir? Precisamos produzir aos membros da sociedade que 
participam da distribuição da renda, sejam os proprietários que adquirem os lucros, os empregados da empresa 
que recebem o salário ou os bancos, que arrecadam juros pelos empréstimos.
Para solucionar a todas essas questões, os países contam com o que chamamos de sistema econômico, fator que 
detalharemos na sequência de nossas discussões. 
1.4 Sistemas econômicos
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014, p. 4), um sistema econômico é a “[...] forma política, social e econô-
mica pela qual está organizada uma sociedade.”
Este sistema determina o método de organização da produção, distribuição e consumo de bens e serviços dentro 
daquilo que é adotado por uma sociedade, visando ao maior bem-estar possível das pessoas que a integram. 
É muito importante lembrar que existem vários elementos que compõem este meio, os quais serão alocados e admi-
nistrados de formas diferentes em sistemas econômicos distintos, sendo eles, segundo Vasconcellos e Garcia (2014):
a. a quantidade disponível de fatores de produção, como:
 » recursos humanos: são as capacidades físicas e intelectuais das pessoas. Essas habilidades intervêm 
no processo produtivo, representadas basicamente pela força de trabalho e capacidade de gerencia-
mento empresarial;
 » capital: terra, reservas naturais e tecnologia são exemplos de capital.
b. o conjunto das unidades de produção, que são as empresas;
c. as instituições que se constituem nos pilares organizacionais da sociedade, por exemplo: instituições 
políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2014), os sistemas econômicos são classificados da seguinte forma: 
• Sistema capitalista: também conhecido como economia de mercado,este sistema possui uma econo-
mia regida pelas forças de mercado, ou seja, a intervenção governamental não é predominante. Nele, 
os fatores de produção são de propriedade privada e a livre iniciativa prevalece. Além disso, os preços e 
salários são determinados pelas forças da oferta e da demanda, sem intervenção governamental.
7
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
• Sistema socialista ou economia centralizada: neste sistema, há um órgão central de planejamento, 
predominando a propriedade governamental dos fatores de produção, abrangendo os meios de fabri-
cação, terras, prédios, bancos e matérias-primas. Afora isso, os preços e os salários não são decididos 
pelo mercado, e sim pelo Governo, que também detém a grande maioria dos fatores de produção (terra, 
capital e máquinas).
• Sistema de economia mista: neste sistema, as forças de mercado prevalecem, mas o Governo cuida da 
produção dos bens públicos, como educação, saúde, saneamento, justiça, defesa nacional etc.
Na verdade, nos sistemas ditos capitalistas, prevalece a Economia Mista, uma vez que o Estado atua na alocação 
e na distribuição de recursos em algumas áreas, como infraestrutura, energia, saneamento, telecomunicações e 
transporte. 
Quanto ao Socialismo, nos dias atuais, apenas Cuba e a Coréia do Norte parecem se encaixar nas característi-
cas de economias centralizadas. Outras economias, que anteriormente se caracterizavam como centralizadas, 
passaram por um processo de abertura à iniciativa privada. Este é o caso da China e da Rússia. Esses dois países, 
apesar de ainda manterem características políticas do sistema socialista, passaram a ter suas economias regidas, 
cada vez mais, pelas forças de mercado. Pode-se dizer que existe regime político comunista, mas com uma eco-
nomia de mercado (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). 
Existem diversos textos e vídeos sobre os sistemas econômicos, porém sugerimos o seguinte 
link para que você conheça, resumidamente, alguns aspectos importantes sobre este assunto: 
<http://mundosefazcomhistoria.blogspot.com.br/2012/01/capitalismo-e-o-socialismo.
html>. Boa leitura!
1.5 Curva de Possibilidade de Produção (CPP)
A CPP é a expressão da capacidade máxima de produção de uma sociedade, em que se utilizam todos os recursos 
de fabricação que estão disponíveis em um determinado momento.
Devido à escassez de recursos disponíveis em certas sociedades, há um limite para a capacidade produtiva da 
Economia, que é quando ocorre o pleno emprego dos recursos produtivos: todos os trabalhadores estão empre-
gados, assim como os demais fatores de produção. Neste caso, não há capacidade ociosa, ou seja, não há recur-
sos sobrando e que poderiam ser utilizados para se produzir mais.
Dada essa limitação, a sociedade terá que fazer escolhas, ou seja, deve optar por uma ou outra alternativa de 
produção.
Vasconcellos e Garcia (2014, p. 6-7) apresentam como exemplo uma Economia que só produz máquinas e ali-
mentos. Ela deve definir como alocar seus fatores de produção entre estes dois únicos produtos.
Conforme apresentado na Figura 1.1, a curva que contém os pontos A, B, C, D e E indica todas as possibilidades 
potenciais de fabricação de máquinas ou de alimentos nessa Economia, contando com o pleno emprego de seus 
8
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
recursos. Qualquer ponto dessa curva indica que a Economia está trabalhando em sua capacidade máxima. Se 
estiver produzindo no ponto A, ela está fabricando 25 mil máquinas e zero de alimentos. No ponto C, ela está 
produzindo 15 mil máquinas e 47,5 toneladas de alimentos, e assim por diante. As combinações são explicitadas 
na Tabela 1.1, conforme você verá mais adiante. 
No ponto F, ou em qualquer ponto dentro da curva de possibilidade de produção, a Economia está trabalhando 
com capacidade ociosa, ou seja, há desemprego, e não estão sendo utilizados todos os seus fatores de produção. 
No ponto F, ela estaria produzindo 30 toneladas de alimentos e 10 mil máquinas. Há uma subutilização dos fato-
res de produção, ou seja, a Economia não está aproveitando seu máximo potencial. 
O ponto G, por outro lado, assim como qualquer outro acima e à direita da curva, é impossível de ser atingido com 
os recursos que a Economia possui no momento atual. Esse ponto representa uma combinação de 50 toneladas 
de alimentos e 25 mil máquinas, o que é uma alternativa que não se conseguiria atingir, pois isso requer fatores 
de produção e tecnologia acima daquelas que estão disponíveis. Esse sinal poderia ser atingido apenas em longo 
prazo, caso ocorresse o aumento da força de trabalho e de outros fatores de produção ou, ainda, evoluções tec-
nológicas.
Figura 1.1 – Curva de Possibilidade de Produção
Legenda: No eixo Y do gráfico, temos a produção de alimentos em toneladas; no eixo X, existem máqui-
nas, em milhares. Os pontos A, B, C e D representam a produção a pleno emprego. Por sua vez, o ponto 
F representa a capacidade ociosa, sendo que o ponto G não pode ser atingido no curto prazo.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 7).
9
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
Os pontos dispostos na Figura 1.1 são detalhados na Tabela 1.1. Acompanhe!
Tabela 1.1. Possibilidades de produção
Alternativas de Produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas)
A 25 0,0
B 20 30,0
C 15 47,5
D 10 60,0
E 0 70,0
Legenda: A, B, C, D e E representam diferentes combinações de produção de máquinas e alimentos.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 6).
Será que com o que você estudou até agora é possível iniciar a resolução do Fórum Desafio? 
Não deixe de compartilhar as suas considerações com os outros colegas no Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA)!
1.5.1. Custo de oportunidade
Da Curva de Possibilidade de Produção advém um conceito bastante importante em Economia, que é o de custo 
de oportunidade. 
Este tipo de custo pode ser definido de forma simples, como ocorre quando você faz uma escolha e renuncia a 
algo, por exemplo: o que você tem que sacrificar para obter outra coisa diferente? 
No exemplo da CPP, vimos que para ir do ponto A para o ponto B, foi necessário “sacrificar” 5 mil máquinas para 
produzir 30 toneladas a mais de alimentos. Para ir do ponto B para o C, deixou-se de produzir mais 5 mil máquinas 
em troca de 17,5 toneladas a mais de alimentos.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), espera-se que os custos de oportunidade sejam crescentes, uma 
vez que, para aumentar a quantidade produzida de um determinado bem, devem ser transferidos fatores de 
produção de um bem para outro, os quais se tornam cada vez menos aptos para desempenhar a nova atividade. 
Com isso, a transferência vai ficando cada vez mais onerosa. 
O conceito de custo de oportunidade é primordial para todas as decisões econômicas e, por que não dizer, para 
todas as decisões que tomamos na vida? Para priorizar uma escolha, é importante lembrarmos que sempre pre-
cisamos sacrificar outra. 
10
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
No caso de nossas finanças pessoais, como a nossa renda é limitada, precisamos tomar deci-
sões a todo momento sobre o que e quanto iremos consumir, o que iremos poupar, onde 
iremos investir (escolher um investimento implica abrir mão de outro), e assim por diante. 
Como você lida com o custo de oportunidade no seu dia a dia?
1.5.2. O deslocamento da CPP e o crescimento econômico 
A Curva de Possibilidade de Produção se deslocará para a direita, no caso de crescimento econômico, o que pode 
ocorrer devido a vários fatores:
• aumento de quantidade física dos fatores de produção;
• melhor aproveitamento dos fatores existentes: progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e orga-
nizacional das empresas, melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra. 
Neste contexto, é valido salientar também que a Curva de Possibilidade de Produção desloca-separa cima e para 
a direita, permitindo que a Economia tenha quantidades maiores de ambos os bens (pode elevar a produção de 
um deles sem diminuir a produção do outro bem).
Figura 1.2 – Crescimento econômico.
Legenda: Eixo Y= alimentos, em toneladas; Eixo X= máquinas, em milhares. Como você foi 
capaz de observar, o gráfico representa duas curvas de possibilidade de produção. 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 8).
11
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.6 Fluxos reais e monetários da Economia de Mercado
O fluxo real de uma Economia, conforme ilustrado na Figura 1.3, pode ser explicado da seguinte forma: sem qualquer 
tipo de interferência, as empresas, que são os agentes produtores, recebem o fornecimento dos fatores de produção 
das famílias. As famílias, por sua vez, recebem os produtos das empresas, também chamados de bens e serviços. 
Este fluxo que ocorre entre as empresas e famílias é o que chamamos de fluxo econômico real. 
Figura 1.3 – Fluxo real da Economia.
Legenda: No fluxo circular da renda, as famílias vendem para as empresas sua força de tra-
balho, terra e capital (mercado de fatores de produção). As empresas demandam esses fato-
res e pagam por eles. Com a remuneração, as famílias compram produtos das empresas. 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 9).
Já o fluxo monetário é composto principalmente pela moeda que serve para remunerar os fatores de produção 
das empresas e das famílias. Neste sistema, os recursos são recebidos pelos trabalhadores na forma de salários e 
voltam paras as empresas quando as famílias consomem os bens e serviços por elas oferecidos. 
Figura 1.4 – Fluxo monetário da Economia.
Legenda: O fluxo monetário representa a movimentação de recursos financeiros entre famílias e empresas.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p.10).
12
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
Quando unimos os fluxos real e monetário da Economia, chegamos ao fluxo circular da renda, conforme você 
poderá observar na Figura 1.5.
Tanto no mercado monetário como no mercado real, atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda. 
Dessa forma, no mercado de bens e serviços, são formados os preços destes elementos destinados ao consumo. 
Por outro lado, no mercado de fatores de produção, formam-se os preços dos salários, aluguéis, lucros, juros, 
dentre outros. 
Figura 1.5 – Fluxo circular da renda.
Legenda: A Figura 1.5 ilustra a junção do lado real (fluxo de bens, serviços e fatores de produção) com 
o fluxo monetário (fluxo de remuneração de fatores e do pagamento por bens e serviços).
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 10).
Conforme pudemos observar, o fluxo apresentado na Figura 1.5 é o considerado básico, pois no fluxo circular da 
renda em uma Economia real, há ainda que se considerar os setores público e externo e o sistema financeiro.
13
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.7 Fatores de produção
Como já foi mencionado, os fatores de produção são os meios necessários à fabricação, quais sejam: os recursos 
humanos (trabalho, inteligência empresarial), a terra, a tecnologia e o capital.
Para cada fator de produção, existe uma recompensa. O trabalho, por exemplo, é remunerado pelo salário; a terra 
é remunerada pelo aluguel; a tecnologia, pelos seus royalties; e o capital, pelo juro.
Royalty é o termo utilizado para designar a importância paga ao detentor ou proprietário de 
um território, recurso natural, produto, marca, tecnologia, patente de produto, processo de 
produção ou obra original, pelos direitos de exploração, uso, distribuição ou comercialização. 
Glossário
Quadro 1 – Fatores de produção e remuneração.
Fator de produção Tipo de remuneração 
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royalty
Capacidade empresarial Lucro
Legenda: O quadro mostra a remuneração dos fatores de produção, que pode ser sintetizada da seguinte 
forma:Trabalho = salário; capital = juro; terra= aluguel; tecnologia = royalty; capacidade empresarial = lucro. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
14
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.8 Definição dos tipos de bens
1.8.1 Bens de capital
Os bens de capital são aqueles utilizados para a fabricação de outros, mas que não se desgastam totalmente no 
processo de produção, ou seja, eles podem ser reutilizados muitas vezes no processo produtivo, sendo conheci-
dos como um ativo fixo das empresas. São exemplos de bens de capital: as instalações, máquinas e equipamentos 
industriais. Portanto, é necessário lembrar que a sua função principal é contribuir com a produtividade.
1.8.2 Bens de consumo
Os bens de consumo são aqueles que têm como função suprir às necessidades humanas diretamente. Eles podem 
ser subdivididos em bens de consumo duráveis e não duráveis. No primeiro grupo, encaixam-se produtos como 
geladeira, fogão ou automóveis; no segundo, estão os alimentos, energia elétrica, produtos de higiene pessoal etc.
1.8.3 Bens intermediários
Os bens intermediários são aqueles consumidos completamente no processo produtivo, sendo agregados à pro-
dução de outros bens; são as matérias-primas e insumos. 
15
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.9 Introdução ao estudo dos mercados
O mercado é o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados bens e serviços. Ele pode 
ser subdividido, de acordo com alguns critérios, em: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio, monopsô-
nio, oligopsônio e concorrência monopolística. Acompanhe agora a definição destes mercados. Vamos lá!
1.9.1 Concorrência perfeita
Este tipo de mercado tem várias características específicas. Na prática, pode-se dizer que a concorrência perfeita, con-
forme a sua definição na Teoria Econômica, é praticamente inexistente. Porém, suas premissas são bastante úteis para que 
alguns conceitos econômicos possam ser entendidos. Pode-se dizer que o mercado de concorrência perfeita é o “labo-
ratório” para se estudar Economia, no qual todas as condições ideais são respeitadas. Essas premissas são as seguintes:
a. existe um grande número de pequenos vendedores e compradores que, sozinhos, representam uma fra-
ção extremamente pequena do total do mercado;
b. o produto negociado nesse mercado é homogêneo, o que significa que todas as empresas fabricam pro-
dutos iguais que não se distinguem por qualidade, marca ou características especiais de embalagem;
c. há livre entrada e saída de empresas no mercado. Além disso, não há restrições para a entrada de concor-
rentes, bem como práticas desleais de preços ou associações para impedir a entrada de novas empresas;
d. há uma transparência perfeita no mercado, ou seja, há o conhecimento, pela parte de compradores e ven-
dedores, de tudo o que ocorre no mercado. Por exemplo, se uma empresa conseguir um avanço tecnológico, 
as demais empresas terão conhecimento imediato do fato;
e. há perfeita mobilidade dos recursos produtivos, ou seja, a mão-de-obra e os outros insumos utilizados 
podem ser deslocados facilmente da fabricação de um produto para outro;
f. nenhum vendedor ou comprador tem influência sobre o preço de mercado; 
g. nenhum vendedor conseguirá vender seu produto por preço superior ao de mercado, pois o comprador 
simplesmente comprará de uma empresa concorrente. 
1.9.2 Monopólio
O monopólio é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. Existem dois casos tipos de 
monopólio: o legal e o técnico.
O monopólio legal ocorre quando a lei assegura ao vendedor a prioridade do mercado. Um exemplo é o da Petro-
brás, que até 1995 era a única empresa que podia explorar a extração de petróleo no Brasil.
Por sua vez, o monopólio técnico acontece quando o meio mais barato de produção é quando se dá por uma 
única empresa. Um exemplo é a energia elétrica.
16
Economia | Unidade 1 - Introduçãoà Economia
1.9.3 Oligopólio
O oligopólio ocorre quando existe no mercado um número muito pequeno de produtores ou vendedores de um 
determinado bem. Ele pode, ainda, ser definido como um mercado em que, apesar de haver muitos produtores/
vendedores, apenas um pequeno número deles domina o mercado. São exemplos de oligopólio as indústrias 
automobilística e de bebidas. 
Fique atento! Muitas pessoas confundem um conceito com outro, mas oligopólio é diferente 
do conceito de cartel. Veja que cartel é definido como 
“[...] acordos explícitos ou tácitos entre concorrentes dentro de um mesmo 
mercado, determinando politicas em torno de itens como preços, cotas de pro-
dução e distribuição e divisão territorial, para todas as empresas desse setor” 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2014, p. 300). 
1.9.4 Monopsônio
O monopsônio é um mercado em que há um único comprador. Um exemplo é quando, em uma determinada 
região, há vários produtores de leite e apenas uma grande usina onde o leite é pasteurizado.
1.9.5 Oligopsônio
O oligopsônio ocorre em casos em que há poucos compradores e um grande número de vendedores. Um exem-
plo é o mercado automobilístico, em que as grandes montadoras compram os produtos das autopeças de mui-
tos vendedores. Outro exemplo deste tipo de mercado é quando grandes beneficiadoras de produtos agrícolas 
compram de muitos agricultores.
17
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.9.6 Concorrência monopolística
A concorrência monopolística é o tipo mais comum de mercado, aquele que mais se assemelha ao mundo real. 
Nele, existe um grande número de compradores e muitos vendedores e, além disso, os produtos são diferencia-
dos, ou seja, eles podem ser semelhantes, mas são diferenciados por algumas características particulares, como 
a marca, as características de design, dentre outras.
O acesso ao mercado é livre e as empresas se valem de estratégias de publicidade para diferenciar seus produtos 
aos olhos dos consumidores.
 Agora que você concluiu a primeira unidade da disciplina Economia, não deixe de incluir 
as suas considerações no Fórum Desafio!
18
Considerações finais
Nesta primeira Unidade de nossa disciplina, vimos que Economia é uma ciên-
cia social que estuda como os recursos escassos são produzidos e distribuídos 
entre os grupos da sociedade para a satisfação das necessidades humanas. 
Entendemos que os estudos sobre a Economia têm base em conceitos 
como: escassez, necessidades, recursos, produção, escolhas e distribui-
ção. Neste sentido, compreendemos que o estudo da Teoria Econômica 
divide-se em microeconomia e macroeconomia.
Na sequência, percebemos que um dos principais problemas econômi-
cos é a dúvida do que deve ser produzido, quando e quanto deve ser pro-
duzido pelas empresas. Para isso, devemos produzir para os membros da 
sociedade que participam da distribuição da renda, sejam os proprietários 
que recebem os lucros, os empregados da empresa que recebem o salário 
e os bancos que arrecadam juros pelos empréstimos.
Para solucionar todas essas questões, os países contam com o sistema eco-
nômico, que é quem determina o sistema de organização da produção, dis-
tribuição e consumo de bens e serviços dentro de que é adotado por uma 
sociedade, visando ao maior bem-estar possível de seus participantes.
Conhecemos também a curva de possibilidade de produção (CPP), uma 
expressão da capacidade máxima de produção de uma sociedade, em 
que se utilizam todos os recursos de produção que estão disponíveis em 
determinado momento.
Falamos também do fluxo real de uma economia, que pode ser explicado 
da seguinte forma: sem qualquer tipo de interferência, as empresas, que 
são os agentes produtores, recebem o fornecimento dos fatores de pro-
dução das famílias.
Entendemos que o fluxo monetário é composto principalmente pela 
moeda que serve para remunerar os fatores de produção das empresas e 
das famílias. Assim, quando unimos os fluxos real e monetário da Econo-
mia, chegamos ao fluxo circular da renda.
Vimos também que os fatores de produção são os recursos de produção: 
os recursos humanos (trabalho, inteligência empresarial), a terra, a tecno-
logia e o capital. Para cada fator de produção, é dada uma remuneração.
19
Considerações finais
Outro ponto importante abordado na unidade foi a definição dos tipos 
de bens. Os bens de capital são aqueles utilizados para a fabricação de 
outros, mas que não se desgastam totalmente no processo de produção, 
ou seja, eles podem ser reutilizados muitas vezes no processo produ-
tivo e são conhecidos como ativo fixo das empresas. Por sua vez, os bens 
de consumo são aqueles que têm como função suprir às necessidades 
humanas diretamente, e os bens intermediários, aqueles que consumidos 
completamente no processo produtivo, sendo agregados à produção de 
outros bens, como as matérias-primas e insumos. 
Fechamos esta unidade falando um pouco sobre o conceito de mercados. 
Compreendemos que o mercado é o local onde se encontram os vende-
dores e compradores de determinados bens e serviços, podendo ser ser 
subdividido em: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio, monopsô-
nio, oligopsônio e concorrência monopolística.
Referências bibliográficas
20
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel E. Funda-
mentos de economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
2
22
Unidade 2
Microeconomia
Para iniciar seus estudos
Nesta Unidade, serão apresentados conceitos referentes à microecono-
mia. Desse modo, estudaremos como funciona a demanda, ou a quanti-
dade procurada de um determinado bem, entendo como se dá a relação 
entre a demanda e o preço deste bem. Além disso, veremos quais são os 
fatores que afetam a demanda, bem como o conceito de oferta e sua 
relação com o preço do bem. Você terá a oportunidade de conhecer tam-
bém como ocorre o equilíbrio de mercado. Examinaremos ainda o con-
ceito de elasticidade, classificada em: elasticidade-preço da demanda, 
elasticidade-renda da demanda, elasticidade-preço cruzada da demanda 
e elasticidade-preço da oferta.
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer os conceitos básicos de microeconomia;
• Entender os mecanismos da demanda e oferta; 
• Conhecer como se dá o equilíbrio geral;
• Entender o conceito de elasticidade;
• Conhecer os tipos de elasticidade. 
23
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
2.1. Microeconomia
A microeconomia é a análise da interação existente entre o consumidor e a empresa, no que diz respeito à quan-
tidade e ao preço dos bens e serviços ofertados em um mercado específico. Essa área também costuma ser cha-
mada de teoria dos preços.
Vale ressaltar que a microeconomia nunca pode ser confundida com a Economia exercida nas empresas, pois tem 
como objetivo a oferta e a demanda, em relação à formação do preço. Já a Economia das empresas é mais voltada 
para o contexto contábil e financeiro da formação do preço do produto, com base nos custos de produção.
2.1.1. Base da análise da microeconomia
Como observam Vasconcellos e Garcia (2014), o alicerce da microeconomia é a teoria valor-utilidade. Mas vamos 
entender melhor o que são estes elementos.
A utilidade é o valor particular, ou a satisfação pessoal, que um consumidor atribui a um bem ou serviço. Como é 
subjetiva, a utilidade difere de um indivíduo para outro (alguns preferem chá, por exemplo, outros, café). 
De acordo com a teoria valor-utilidade, o valor de um bem é formado por sua demanda, ou seja, pela satisfação 
que ele pode proporcionar ao consumidor. 
teoria é muito importante lembrarmos que essa teoria complementou a teoria do valor-trabalho, a qual pressupõe 
que o valor dos bens é determinado apenas com base nos custos para produzi-lo, desconsiderando a sua demanda.
2.1.1.1. Utilidade total e utilidade marginal 
De acordo com a teoria do valor-utilidade,a utilidade total proporcionada por um bem ou serviço tende a aumen-
tar, conforme a sua quantidade total consumida for se elevando. Observe como isso ocorre no Gráfico 2.1.
Gráfico 2.1 – Utilidade Total
Legenda: A ilustração pode ser sintetizada da seguinte maneira: eixo y= utilidade total; eixo x= quantidade con-
sumida de um determinado produto. A curva mostra que a utilidade cresce a taxas decrescentes.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
24
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
Porém, é importante perceber que a utilidade marginal, ou a satisfação adicional, proporcionada pelo consumo 
de uma unidade adicional do bem vai diminuindo, conforme você observou no Gráfico 2.2.
Gráfico 2.2 – Utilidade marginal 
Legenda: O gráfico mostra que a relação entre a utilidade marginal e a quantidade consumida é decrescente. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
A relação demonstrada no gráfico anterior enfatiza uma dinâmica decrescente no que se refere ao consumo. 
Vejamos um exemplo: a quantidade de água do primeiro copo consumido quando se está com sede é bem maior 
do que a do terceiro copo. 
Neste contexto, veja que o estudo das teorias microeconômicas engloba uma série de análises e conceitos. Den-
tre eles, podemos destacar a oferta, a demanda e o equilíbrio de mercado. 
2.2. Demanda de mercado 
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014, p. 39. Grifo dos autores), “A demanda ou procura é definida como a 
quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo.”
Assim, é válido frisar que a demanda por um bem ou serviço é influenciada por diversos fatores, como: 
• o preço do bem (Px);
• a renda do consumidor (Y);
• o preço de outros bens (Pz); e
• os gostos ou preferências dos consumidores (G).
Sabemos que o consumidor tem seu orçamento limitado pelo seu nível de renda e, portanto, deve fazer a melhor 
combinação possível entre os bens e serviços que deseja adquirir, não é mesmo? Assim, é possível que ele maxi-
mize a sua renda para ter maior satisfação.
25
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
Matematicamente, podemos demonstrar a demanda do bem x pela seguinte expressão:
Dx = f (Px, Y, Pz, G etc.)
A fórmula que você acabou de conhecer ilustra o seguinte: a demanda pelo bem x (Dx) é função, ou seja, depende 
do preço do bem x, da renda, do preço de outros bens, dos gostos dos consumidor e de outras variáveis. 
No entanto, para que seja possível estudar a influência de cada uma dessas variáveis na demanda do bem x, é 
necessário que façamos algumas simplificações. Sendo assim, vamos separar cada um dos fatores apresentados 
para poder estudar a sua influência individual sobre a demanda daquele bem.
Para tanto, assumiremos a hipótese coeteris paribus, um princípio muito importante e conhecida no campo da 
Economia. Coeteris paribus significa “tudo o mais constante”, ou seja, ao se estudar uma variável, todas as outras 
permanecem imutáveis. 
Coeteris paribus é uma expressão do Latim, que significa tudo o mais constante. Quando esta-
mos estudando, por exemplo, o efeito de variações no preço de um bem sobre a demanda do 
consumidor por este bem, percebemos que apenas o preço está se alterando e que nenhuma 
das demais variáveis se alterou. Dessa forma, tudo continua o mesmo: a renda do consu-
midor, a qualidade do produto, a utilidade do produto. Fazemos isso, pois somente deste 
modo teremos a real dimensão da quantidade demandada frente a diferentes preços. Fonte: 
<http://www.economiaerealidade.com/2008/08/o-que-ceteris-paribus.html>. 
Glossário
Então, com base na hipótese coeteris paribus, ou tudo o mais permanecendo constante, a demanda é função do 
preço, ou seja:
Qdx =f (Px)
De acordo com a lei geral da demanda, há uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade deman-
dada: a quantidade demandada do bem varia inversamente ao comportamento do seu preço, ou seja, se o preço 
do bem aumentar, a quantidade demandada diminuirá, e se o preço do bem diminuir, a quantidade procurada 
do bem se elevará.
Matematicamente, pode-se dizer que a demanda do bem x é uma função inversa ou decrescente do seu preço.
Quando o preço do bem x cai, sobrarão mais recursos para o consumidor, quer dizer, ele ficará mais “rico”. Este é 
o chamado efeito-renda. 
26
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
Além disso, quando o preço do bem cai, ele fica mais barato em relação aos seus substitutos. Assim, os consumi-
dores deverão aumentar seu desejo de comprá-lo (efeito-substituição). Observe a seguir a curva da demanda 
,representada no Gráfico 2.3.
Gráfico 2.3 – Curva da demanda
Legenda: No eixo y, está representado o preço do bem e no eixo x está representada a sua quan-
tidade. A relação entre eles é inversa, portanto, a curva de demanda é descendente.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Tendo como base a ilustração anterior, fica evidente que, caso haja uma elevação no preço do bem x, a quantidade 
demandada do bem diminuirá. Veja que, no Gráfico 2.3, se o preço passar de R$ 20,00 para R$ 50,00, a quantidade 
demandada do bem cairá de 500 para 100 unidades. Ou seja, conforme forem ocorrendo mudanças no peço, haverá 
uma variação na quantidade demandada . Notamos, portanto, mudanças ao longo da curva de demanda do bem.
2.2.1. Exceções à lei da demanda 
Uma das exceções à lei da demanda é representada pelos Bens de Giffen (Robert Giffen foi o criador desse con-
ceito), que são bens de pequeno valor, mas de grande importância para os consumidores de baixa renda, como 
é o caso do pão. Antes do aumento deste produto, os consumidores pobres podiam comprar alguns outros bens 
mais caros que o pão, mas quando seu preço aumenta, não sobra renda suficiente para adquirir outros alimentos. 
Como consequência, o consumo do pão terá que aumentar, visto que ele é o alimento mais barato. 
Há também os Bens de Veblen (Thorstein Veblen foi o criador do conceito), que são bens de consumo de luxo, tais 
como obras de arte, joias e automóveis de luxo. Quanto mais caros forem estes produtos, mais procurados eles 
serão, pois o consumidor destes bens deseja mostrar que tem um grande poder aquisitivo. 
27
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
2.3. Demais variáveis que afetam a demanda de um bem 
Conforme exposto no item anterior, as mudanças no preço do bem x provocará mudanças na quantidade deman-
dada, ocasionando movimentos ao longo da curva de demanda. 
No entanto, caso ocorram mudanças nas variáveis, antes supostas como constantes, haverá um deslocamento 
na curva da demanda. Ou seja, a curva de demanda se desloca em relação à sua posição original quando acon-
tecem mudanças na renda, no preço dos outros bens ou no gosto do consumidor. Por outro lado, a curva se des-
locará para a direita quando a mudança do valor da variável contribuir para o aumento da demanda. Da mesma 
forma, será movida para a esquerda quando contribuir para a diminuição da demanda.
2.3.1. Mudança na renda dos consumidores 
Dependendo do tipo de bem em questão, haverá um efeito distinto na sua demanda, caso ocorra uma alteração 
na renda do consumidor. 
Muitas vezes, a reação dos consumidores não é tão racional como dita a teoria econômica. Há 
muitos fatores emocionais envolvidos, principalmente, quando a queda da renda se dá, por 
exemplo, pela perda de emprego. Neste caso, nota-se que a grande maioria dos indivíduos tende 
a manter seu patamar de consumo e seu estilo de vida por vários meses após o desligamento 
do emprego. É difícil admitir para si mesmo, para a família e para a sociedade que ele não pode 
mais ter determinados tipos de gastos, e, por isso, ele continua com o mesmo nível de despesas 
que tinha quando estava empregado. Ele acaba gastando o que recebeu das indenizações da 
demissão dentro de um curto prazo de tempo. Essa demora no ajuste dos gastos pode levar a 
uma situaçãofinanceira difícil, caso uma nova oportunidade demore a aparecer. E no seu caso? 
Se você sofresse uma diminuição de renda, por qualquer motivo, qual seria sua reação?
28
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
a. Bens normais
Os bens normais são aqueles cujo consumo se eleva conforme o aumento da renda do consumidor. Lati-
cínios, chocolates e carne de primeira são exemplos destes produtos. 
Assim, supondo que haja um aumento na renda dos consumidores, deverá ocorrer uma elevação na 
quantidade demandada daquele bem x, mesmo que não tenha havido uma diminuição do seu preço, 
uma vez que o consumidor tem mais renda para gastar. Portanto, a curva da demanda se deslocará. 
Observe agora o Gráfico 2.4. 
Gráfico 2.4 – Deslocamento na curva de demanda – bem normal
Legenda: No eixo y, tem-se o preço; no eixo x, a quantidade demandada do produto X. O gráfico mos-
tra o deslocamento da curva da demanda, para a direita e para cima, com a elevação de renda.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Conforme você pôde observar na Figura 2.2, a nova curva ficará à direita da curva antiga, indicando que, a 
cada nível de preço possível, os consumidores estarão dispostos a adquirir maiores quantidades do bem, 
porque estão “mais ricos” do que antes. 
Se a renda do consumidor diminuir, o raciocínio é inverso: a curva se deslocará para esquerda, ou seja, ao 
mesmo preço. Dessa forma, o consumidor irá demandar uma quantidade do bem menor do que antes, 
uma vez que está “mais pobre”, com a diminuição de renda sofrida. 
29
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
b. Bens inferiores
Os bens inferiores, ao contrário dos normais, experimentam a queda em sua demanda quando o nível de 
renda do consumidor aumenta. Por outro lado, eles conhecem a elevação da demanda quando a renda do 
consumidor cai. Um exemplo clássico é o preço da carne de segunda. Se a renda do consumidor aumenta, 
ele diminui a procura por carne de segunda. Se a sua renda diminui, ocorre o inverso: ele reduz o consumo 
de carne de primeira e aumenta o da carne de segunda.
Assim, com o aumento da renda dos consumidores, a curva se desloca para a esquerda: ao mesmo preço, 
a quantidade demandada do bem diminui, devido ao efeito da elevação de renda. Portanto, Um decrés-
cimo na renda dos consumidores terá consequências inversas. 
Gráfico 2.5 – Deslocamento na curva de demanda – bem inferior
Legenda: No eixo y, tem-se o preço e no eixo x, a quantidade demandada do produto X. O gráfico mos-
tra o deslocamento da curva da demanda, para baixo e para a esquerda, com a elevação de renda.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Fique atento! Não confunda Bem de Giffen com bem inferior. O Bem de Giffen é aquele de 
grande importância para consumidores de baixa renda, e o aumento no seu preço deve ele-
var a sua demanda, uma vez que sobram menos recursos para serem gastos em outros bens. 
Por outro lado, o bem inferior é aquele cuja demanda cai quando a renda aumenta. 
Dx2
Qdx
30
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
2.3.1. Mudança nos preços de outros bens 
Vamos chamar os outros bens existentes na Economia de bem Z, o qual pode ter as seguintes relações com o 
bem X:
a. Z pode ser um bem de consumo independente de X;
b. Z pode ser um substituto de X;
c. Z pode ser um complementar de X.
a. Bens independentes 
Quando Z e X forem independentes, o preço de Z nada terá a ver com a demanda de X. Assim, por exem-
plo, leite, computadores e automóveis são bens de consumo independentes, uma vez que alterações no 
preço do leite não provocarão modificações na demanda por computadores e vice-versa.
Porém, quando Z e X forem substitutos ou complementares, modificações no preço de um ocasionarão 
mudanças na demanda do outro.
b. Bens substitutos
Como o próprio nome diz, estes bens são aqueles passíveis de substituição, tendo em vista que o con-
sumo de um deles exclui (ou diminui) o consumo do outro. Manteiga e margarina, café e chá, carne de 
vaca e carne porco são exemplos destes bens. 
Se Z e X forem substitutos, o aumento no preço do bem Z tornará seu consumo menos atrativo que o do 
bem X, de maneira que a demanda por X, ao mesmo preço, deverá se elevar. Se o preço de Z diminuir, a 
demanda por X também deverá se reduzir, conforme você poderá observar no Gráfico 2.6. 
Da mesma forma que ocorre com relação à renda, variações no preço de Z levarão a deslocamentos da 
curva de demanda do bem X. 
Gráfico 2.6 – Deslocamento na curva de demanda - bem substituto
Legenda: No eixo y, tem-se o preço, e no eixo x, a quantidade demandada do produto X. O gráfico mos-
tra o deslocamento da curva da demanda, para a direita e para cima, com a elevação do preço de Z.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Dx1
Qdx
31
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
c. Bens complementares
Os bens complementares são aqueles que, em geral, são adquiridos de maneira simultânea, ou seja, o 
consumo de um complementa o outro. No caso do pão e manteiga, café e leite, caderno e caneta, perce-
bemos o consumo de ambos está associado de alguma maneira e, por isso, são complementares. 
Se Z e X forem complementares, o aumento no preço de Z provocará uma diminuição no seu consumo 
no mercado. Como o seu consumo está associado ao de X, a demanda de X também tenderá a diminuir, 
deslocando a curva para a esquerda e provocando a queda no preço e na quantidade de equilíbrio do 
mercado de X. Efeitos inversos ocorrerão se o preço de Z diminuir.
Gráfico 2.7 – Deslocamento na curva de demanda – bem complementar
Legenda: No eixo y, tem-se o preço, e no eixo x, a quantidade demandada do produto X. O gráfico mos-
tra o deslocamento da curva de demanda, para a esquerda e para baixo, com a elevação do preço de Z.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
32
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
d. Hábitos e gostos dos consumidores
Os hábitos e gostos dos consumidores podem ser influenciados por variáveis diversas. No entanto, as 
ações de marketing costumam ter um considerável efeito sobre eles, impulsionando o consumo de um 
determinado bem. Por exemplo, se é lançada uma propaganda enaltecendo os benefícios que o bem X 
pode ter à saúde, a demanda desse bem deverá aumentar, provocando um deslocamento da curva para 
a direita, conforme ilustra o Gráfico 2.8. 
Gráfico 2.8 – Deslocamento na curva de demanda – hábitos e gostos
Legenda: No eixo y, tem-se o preço, e no eixo x, a quantidade demandada do produto X. O gráfico mos-
tra o deslocamento da curva da demanda, para a direita e para cima, com a propaganda do produto X.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Cada assunto estudado é importante para ajudá-lo a entender e solucionar o Fórum Desa-
fio. Não deixe de compartilhar as suas opiniões com os seus colegas no Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA)!
Dx2 (Propaganda de X)
33
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
2.4. Oferta de mercado 
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), a oferta é a quantidade de bens e serviços que os produtores/
empresas desejam colocar à venda no mercado em determinado período.
De acordo com a lei da oferta, a quantidade ofertada de determinado bem ou serviço é diretamente proporcional 
ao seu preço, coeteris paribus. Ou seja, quanto maior for o preço, mais elevada será a quantidade a ser ofertada no 
mercado pelos produtores/empresas, conforme você poderá observar no Gráfico 2.9. 
Gráfico 2.9 – Oferta de mercado
Legenda: No eixo y, tem-se o preço, e no eixo x, a quantidade do produto X. O gráfico mostra a rela-
ção direta entre preço e quantidade, no caso da oferta de x, representada por uma curva ascendente. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
É importante evidenciarmos que os fatores que determinam a oferta de um bem são:
1. preço do bem (Px);
2. custos dos fatores de produção (insumos) – PI;
3. aumento do número de empresas no mercado – E;4. tecnologia – T;
5. preço de outros bens – Pz.
Então, a função completa de oferta de um bem x será dada por:
QOx = f (Px, PI, E, T, Pz etc.)
Mas, coeteris paribus, ou seja, considerando todos os demais fatores constantes, a função da oferta é representada por: 
Qox=f (Px);
• Qox = quantidade ofertada de um determinado bem ou serviço (produto x), em um dado período;
• Px= preço do bem ou serviço (produto x).
A expressão significa que a quantidade ofertada – Q – é uma função f do preço P, isto é, depende do preço P, 
coeteris paribus.
Alterações no preço do bem provocarão mudanças ao longo da curva de oferta. Porém, modificações em quais-
quer das outras variáveis acarretarão deslocamentos da curva da oferta para a direita ou para a esquerda. 
Ox
Qx
34
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
Gráfico 2.9.1 – Deslocamento da curva de oferta
Legenda: No eixo y, tem-se o preço, e no eixo x, a quantidade do produto X. O grá-
fico mostra um exemplo de deslocamento da curva da oferta.
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
2.5. Equilíbrio de mercado 
Partindo da hipótese de que o mercado está em concorrência perfeita (nem empresas e nem consumidores 
individuais têm poder para influenciar o preço de mercado), o preço de equilíbrio (ponto em que a quantidade 
demandada se iguala à quantidade ofertada) no mercado será determinado pelas forças de oferta e demanda. 
Caso haja um excesso de demanda, ou uma escassez do produto, haverá uma competição entre os consumido-
res, e o preço do bem tenderá a subir. Isso acarretará uma queda de demanda, e o mercado ficará equilibrado. 
De forma análoga, se houver um excedente de produção (um aumento não programado de estoques), haverá 
uma competição entre os produtores para desovar esse estoque elevado. Assim, o preço tenderá a cair, levando 
o mercado para o equilíbrio. 
Vamos analisar um exemplo apresentado no Gráfico 2.9.2.
Gráfico 2.9.2 – Equilíbrio de mercado
Legenda: No eixo y, tem-se o preço, e no eixo x, a quantidade do produto X. O equilíbrio se dá quando 
o preço estiver em 60 e a quantidade, em 10. Nesse ponto, oferta e demanda se encontram. 
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/77045/
Dx
Ox1
Ox2
QOx
35
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
Supondo que o mercado comece com o preço 80 e, como ele, os vendedores ofereçam 15 unidades do bem, mas os 
compradores só desejam adquirir 5 unidades. A quantidade transacionada no mercado ao preço 80 será, portanto, 
de 5 unidades e haverá um excedente (sobra) de 10 unidades (15 unidades ofertadas menos 5demandadas).
Com isso, os vendedores tiveram um estoque indesejado de 10 unidades. Para se livrar desse estoque, eles terão 
que baixar os preços, o que revela que este mercado não está em equilíbrio. 
Inversamente, vamos supor que o mercado comece com o preço 40. Ocorrerá uma escassez (excesso de quanti-
dade demandada sobre a ofertada), pois os consumidores estão demandando 15 unidades do bem, enquanto os 
vendedores estarão dispostos a vender apenas 5 unidades (escassez de 10 unidades). Os consumidores oferece-
rão preços maiores para conseguir os bens. Logo, o preço do bem irá aumentar.
O preço de 60 corresponde ao cruzamento das duas curvas, ou seja, é o ponto em que ocorre o equilíbrio de mer-
cado. Nesse caso, portanto, ao preço de 60, tanto os consumidores desejam adquirir 10 unidades do bem como 
os vendedores desejam ofertar as mesmas 10 unidades. 
Portanto, caso haja escassez (excesso de demanda) ou excedente (excesso de oferta), os preços se alterarão até 
que o equilíbrio de mercado seja atingido.
2.5.1. Determinação do preço e quantidade de equilíbrio
As curvas de demanda e de oferta também podem ser expressas linearmente, por meio de equações, apresen-
tadas na sequência. 
A equação da demanda de X pode ser representada por:
QDx = a - bPx
Onde:
• QDx = quantidade demandada do bem X
• Px = preço do bem X
O parâmetro de Px é sempre negativo, pois a relação entre o preço e a quantidade demandada do bem é inversa 
(se o preço aumentar, a quantidade demandada diminuirá).
A equação da oferta pode ser representada por:
QOx = c + dPx
Onde:
• QOx = quantidade demandada (ou procurada) do bem X
• Px = preço do bem X
O parâmetro de Px é positivo, pois a relação entre o preço e a quantidade ofertada do bem é direta (se o preço 
aumentar, a quantidade ofertada aumentasse elevará).
36
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
Digamos que se queira encontrar o preço de equilíbrio de mercado para o bem x e que suas equações de demanda 
e de oferta sejam, respectivamente, as seguintes:
QDx = 50 - 6Px (demanda)
QOx = 10 + 8Px (oferta) 
Para determinarmos o preço de equilíbrio de X, devemos igualar as duas equações, pois sabemos que esse preço 
é aquele que iguala a quantidade demandada e a quantidade ofertada. Observe: 
50 - 6Px = 10 + 8Px
50 – 10 = 8Px+ 6Px
40 = 14 Px
Px = 
Px= R$ 2,86
Portanto, o preço de equilíbrio será de R$ 2,86. Para que se obtenha a quantidade de equilíbrio, basta que se 
substitua Px em qualquer uma das equações a seguir:
QDx = 50 – (6 x 2,86) = 32,8 unidades demandadas
QOx = 10 + (8 x 2,86) = 32,8 unidades ofertadas
Não deixe de participar do Fórum Desafio! Você está quase concluindo esta unidade e já 
possui muitos conhecimentos que vão ajudá-lo a resolver o problema proposto.
2.6 Conceito de elasticidade 
E elasticidade, em Economia, mede a sensibilidade na quantidade demandada ou ofertada do bem com relação 
à mudança em quaisquer dos fatores da função demanda, quando os demais permanecem constantes. 
Nós já vimos que o aumento de preços deve levar à diminuição da demanda do bem x, mas, por exemplo, se o 
preço subir 10%, quanto deverá ser a queda nas unidades demandadas? 
Se analisarmos sob o ponto de vista da renda, sendo x um bem normal, qual deverá ser o aumento na sua quan-
tidade demandada, se a elevação na renda do consumidor foi de 15%?
37
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
São justamente a essas questões que o cálculo da elasticidade nos ajuda a responder. Vamos conhecer agora os 
tipos de elasticidade, que são quatro. 
a. Elasticidade-preço da demanda;
b. Elasticidade-renda da demanda;
c. Elasticidade-cruzada da demanda;
d. Elasticidade-preço da oferta.
a. Elasticidade-preço da demanda (EPD)
O coeficiente de elasticidade-preço da demanda tem por objetivo medir a sensibilidade da demanda de 
um bem X em relação a variações no seu preço. 
Se o valor absoluto de EPD for:
 » maior que 1, a demanda do bem será considerada elástica em relação ao seu preço. Geralmente, são 
considerados produtos supérfluos: uma elevação de preços gera uma queda mais do que proporcional 
na demanda do bem, por exemplo: o preço subiu 10% e a sua demanda caiu 15%.
 » menor que 1, a demanda do bem será considerada inelástica em relação ao seu preço. Geralmente, 
são produtos de subsistência ou muito necessários: uma elevação de preços gera uma queda menos 
do que proporcional na demanda do bem, por exemplo: o preço subiu 10% e a sua demanda caiu 5%.
 » igual a 1, a demanda do bem apresentará elasticidade unitária em relação ao preço. A elevação de pre-
ços gerará uma proporcional na demanda do bem, por exemplo: o preço subiu 10% e a sua demanda 
caiu 10%. Observe a seguinte fórmula.
Exemplo:
Elasticidade-preço da demanda do bem A:
Elasticidade-preço da demanda do bem B:
De acordo com o exemplo apresentado, a demanda do bem A é elástica ao preço, ou seja, um aumento 
de 10% no preço leva a uma queda de 20% na demanda ou, analogamente, a uma diminuição de 10% 
no preço do bem leva a um aumento de 20% na quantidade demandada. 
38
Economia | Unidade 2 - Microeconomia
O bem B, por sua vez, tem demanda inelástica ao preço. Um aumento de 10% no preço leva a uma queda 
de apenas 5% na demanda ou, analogamente,a uma diminuição de 10% no preço do bem leva a um 
aumento de 5% na quantidade demandada.
b. Elasticidade-renda da demanda (EY)
O coeficiente de elasticidade-renda da demanda tem por objetivo medir a sensibilidade da demanda de 
um bem X em relação a variações na renda Y do consumidor, observe:
c. Elasticidade-cruzada da demanda (EXZ)
O coeficiente de elasticidade-cruzada da demanda tem por objetivo medir a sensibilidade da demanda de 
um bem X em relação a variações no preço de bem Z, o qual pode ser substituto ou complementar a x. Caso 
seja independente, variações em PZ não terão efeito na quantidade demandada de X. Veja um exemplo:
d. Elasticidade-preço da oferta (EPO)
O coeficiente de elasticidade-cruzada da oferta tem por objetivo medir a sensibilidade da oferta de um 
bem X em relação a variações no seu preço.
Para que você conheça, resumidamente, alguns aspectos importantes sobre a demanda e a 
oferta, acesse o link: <https://www.youtube.com/watch?v=2FdEBPCxmvM>.
39
Considerações finais
Nesta unidade, apresentamos os principais conceitos sobre microecono-
mia que é a análise da interação existente entre o consumidor e a empresa 
no que diz respeito à quantidade e ao preço dos bens e serviços ofertados 
em um mercado específico ou, simplesmente, a “teoria dos preços”.
O estudo das teorias microeconômicas engloba uma série de análises e 
conceitos. Dentre eles, podemos destacar a oferta, a demanda e o equilí-
brio de mercado.
Demanda ou “procura”, conforme Vasconcellos e Garcia (2014, p. 39), 
é definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que 
o consumidor deseja adquirir em certo período. Oferta, por sua vez, é a 
quantidade de bens e serviços que os produtores/empresas desejam 
colocar à venda no mercado em determinado período. Já equilíbrio de 
mercado é o ponto em que a quantidade demandada se iguala à quanti-
dade ofertada.
Falamos também das demais variáveis que afetam a demanda de um 
bem, ou seja, as mudanças no preço que um determinado bem que esta-
belecem as mudanças na quantidade demandada, provocando movi-
mentos ao longo da curva de demanda. Isso quer dizer que, caso ocorram 
mudanças nas variáveis antes supostas como constantes, haverá um des-
locamento na curva da demanda. 
Vimos também que os bens são divididos em: bens normais (aqueles cujo 
consumo se eleva conforme a renda do consumidor aumenta) e bens 
inferiores (que, ao contrário dos normais, experimentam queda em sua 
demanda quando o nível de renda do consumidor aumenta, e elevação 
da demanda, quando a renda do consumidor cai).
Finalizamos a unidade falando um pouco sobre o conceito de elasticidade 
que, em Economia, mede a sensibilidade na quantidade demandada ou 
ofertada do bem com relação à mudança em quaisquer dos fatores da 
função demanda, quando os demais permanecem constantes.
Referências bibliográficas
40
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel E. Funda-
mentos de economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
3
42
Unidade 3
Teoria da produção – 
Custos de produção
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, serão apresentados os conceitos referentes à teoria dos 
custos de produção, que também é chamada de teoria da oferta da firma 
individual. Para tanto, estudaremos o conceito de produção; a função de 
produção; o conceito de fatores fixos e variáveis de produção; a Lei dos 
Rendimentos Decrescentes; a economia de escala, ou rendimentos de 
escala; o conceito de custos de produção; os custos totais de produção; 
os custos de curto prazo; os custos de longo prazo; os custos privados e os 
custos sociais; custos e despesas e a maximização de lucros.
Objetivos de Aprendizagem
• Entender o conceito de produção; 
• Conhecer a função de produção; 
• Conhecer os fatores fixos e variáveis de produção; 
• Entender a Lei dos Rendimentos Decrescentes; 
• Compreender os conceitos de economia de escala ou rendimen-
tos de escala; 
• Conhecer os custos de produção
• Entender os custos privados e custos sociais; 
• Conhecer a diferença entre custos e despesas 
• Entender a maximização de lucros.
43
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
3.1. Teoria da produção
A teoria dos custos de produção ou teoria da oferta da firma individual, é a base para a análise das relações entre 
a análise dos fatores de produção, sua alocação e seus custos, o que se torna essencial para a formação de 
preços dos produtos. 
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014, p.66):
A teoria da produção propriamente dita preocupa-se com a relação técnica ou tecnológica entre 
a quantidade física de produtos (outputs) e de fatores de produção (inputs), enquanto a teoria 
de custos de produção relaciona a quantidade física de produtos com os preços dos fatores de 
produção. Ou seja, a teoria da produção trata apenas das relações físicas, enquanto a teoria dos 
custos de produção envolve também os preços dos insumos. 
3.1.1. Produção e a função de produção
A produção, segundo Vasconcellos (2015, p. 109), pode ser definida como o processo pelo qual uma empresa 
transforma os fatores de produção adquiridos e suas matérias-primas em produtos ou serviços para a venda 
no mercado. Ou seja, a empresa compra os insumos (fatores de produção e matérias-primas), combina-os de 
acordo com o processo de produção escolhido e os coloca no mercado.
Apesar de a palavra “produção” reportar a uma ideia física, os serviços também fazem parte 
desse conceito abrangendo atividades como transportes, atividades financeiras, comércio, etc.
A função de produção é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física 
do produto em determinado período de tempo (VASCONCELLOS, 2015, p.111).
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), a função de produção assume que o empresário está combinando 
os fatores de produção da forma mais eficiente que possa haver a fim de conseguir a maior quantidade produzida 
possível.
Assim, a quantidade produzida do bem é função (ou depende) de diversos fatores de produção. 
Q= f (quantidade dos fatores de produção)
ou
Q = f (N,K,M)
44
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
Onde:
Q= Quantidade produzida
N= Quantidade de mão e obra 
K = Capital físico 
M = Matérias-primas
Todas essas variáveis (Q, N, K, M) são expressas em um fluxo de tempo, como por exemplo: quantidade mensal (ou 
trimestral, ou anual) produzida e os fatores utilizados nesse mesmo período de tempo.
3.1.2. Fatores de Podução
Para analisarmos os fatores de produção, é muito importante que levemos em conta o prazo, já que alguns fato-
res de produção podem ser classificados como 
Os fatores de produção fixos são aqueles que permanecem inalterados quando a produção varia, ou seja, a 
quantidade destes permanece inalterada com o aumento ou a diminuição da quantidade produzida. Podem ser 
considerados como fatores fixos: máquinas, instalações e tecnologia, os quais não se alteram no curto prazo.
Já os fatores de produção variáveis são os que se alteram com a variação da quantidade produzida. Quanto 
maior a quantidade que se decide produzir de um bem, maior a quantidade de matérias-primas e de mão de obra 
para produzi-lo. 
Na função de produção, há fatores fixos e fatores variáveis, se analisarmos o curto prazo. Considera-se que, no 
curto prazo, haja pelo menos um fator de produção fixo, porém, no longo prazo, todos os fatores variam. Ou seja, 
a empresa pode decidir comprar mais máquinas, adquirir novas instalações, novas tecnologias podem ser desco-
bertas e aplicadas à produção, e assim por diante. 
3.1.3. Análise de curto prazo
Na análise de curto prazo, a função de produção é simplificada e considera apenas dois fatores de produção: mão 
de obra (N) e capital (K). No entanto, apenas a mão de obra é variável;o capital (equipamentos e instalações) é 
fixo. 
Simplificadamente, a função de produção pode ser expressa por:
Q = f(N, K)
onde,
Q= Quantidade produzida
N= Quantidade de mão-de-obra (fator variável)
K = capital (fator fixo) 
45
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
Contudo, como K é fixo, a função de produção, no curto prazo, é expressa por:
Q = f(N) 
Caso a quantidade utilizada de um fator de produção seja mantida constante e a quantidade de outro fator varie, 
passará a acontecer o que se conhece como Rendimentos Decrescentes. 
De acordo com a Lei dos Rendimentos Decrescentes, se um fator de produção for mantido fixo e forem acrescen-
tados fatores variáveis, no início, a produção crescerá a taxas crescentes. Depois que determinada quantidade 
produzida for atingida, a produção começará a crescer a taxas cada vez menores (decrescentes), chegará a um 
limite máximo e, por fim, começará a decrescer. 
Por exemplo, se a empresa aumentar cada vez mais o número de trabalhadores e mantiver fixas as quantidades 
de máquinas, ferramentas e o tamanho das instalações, chegará a um ponto em que não haverá material de tra-
balho ou espaço para todos, o que atrapalhará a produtividade, fazendo com que a quantidade produzida acabe 
por decrescer. 
Para que possamos entender melhor, é necessário entender os conceitos de produto total, produtividade média 
e produtividade marginal. 
3.3.2. Produto total, produtividade média e produtividade marginal
O produto total é a quantidade total produzida com a utilização do fator variável (trabalho), sendo que os demais 
fatores são mantidosfixos. 
A produtividade média do fator trabalho é dada pela produção total, dividida pelo número de fatores. Repre-
senta a contribuição média de cada trabalhador. Se fôssemos medir a produção média do capital (K), estaríamos 
medindo a contribuição média de cada máquina.
PmeN=produtividade média do fator
Q= Quantidade Produzida
N = Mão de obra
A produtividade marginal é a contribuição marginal, ou adicional, de cada fator de produção. No exemplo do 
Quadro 3.1, há a contribuição adicional do fator trabalho, dada a entrada de sempre um trabalhador a mais.
Pmg = Produção marginal (variação da produção total dividida pela variação da mão de obra).
46
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
Pmg = Produtividade marginal
Pmg = Produtividade marginal
∆Q= Variação na quantidade produzida
∆N= Variação na quantisade de mão-de-obra
No Quadro 3.1, pode ser observado um exemplo em que a produção baseia-se apenas em dois fatores: um deles 
é mantido fixo (terra), já a mão de obra é o fator variável. 
No exemplo, o capital (K) se mantém fixo (10 alqueires de terra), o que indica ser uma abordagem de curto prazo. 
Com esses 10 alqueires, à medida que se aumenta o número de trabalhadores (N), a produção total aumenta até 
certo ponto, assim como a produção média e a produção marginal. Depois, seu crescimento é paralisado e vai 
se tornar negativo. Isso se deve ao fato de que não haverá mais espaço suficiente para todos os trabalhadores 
produzirem de forma eficiente. 
Quadro 3.1 – Produção, produtividade média, produtividade marginal
Terra – 
alqueires 
(K) 
Fator fixo 
(1)
Mão de obra 
em milhares de 
trabalhadores 
(N)
Fator variável
(2)
Produção 
total 
(toneladas)
(3)
Produtividade 
média (toneladas 
por mil 
trabalhadores)
(4)
Produtividade 
marginal 
(toneladas por mil 
trabalhadores)
(5)
10 1 6 6 6
10 2 14 7 8
10 3 24 8 10
10 4 32 8 8
10 5 38 7,6 6
10 6 42 7 4
10 7 44 6,3 2
10 8 44 5,5 0
10 9 42 4,7 -2
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p.71)
Legenda: O quadro mostra, na primeira coluna, a manutenção de um fator fixo (terra), enquanto se aumenta a quanti-
dade de mão de obra. A produção total (terceira coluna) passa a crescer, e a produtividade média (quarta coluna) cresce 
e depois decresce; a produtividade marginal (quinta coluna) cresce para, depois, decrescer e tornar-se negativa.
47
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
A situação citada no exemplo pode ser visualizada no Gráfico 3.1, em que a produção total vai aumentando, per-
manece constante num segundo momento e, posteriormente, começa a cair.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), a Lei dos Rendimentos Decrescentes é um fenômeno típico de curto 
prazo, pois, se no exemplo anterior a quantidade de terra fosse variável, a produção poderia continuar crescendo 
a taxas crescentes.
As empresas nem sempre operam com uma boa produtividade. Principalmente os pequenos 
empresários, muitas vezes, acabam levando suas empresas à baixa produtividade pelo fato 
de que não administram bem os seus recursos: há desperdícios de tempo e dinheiro, proble-
mas ligados à organização e métodos, assim como falta de planejamento. Você consegue 
elencar algumas medidas que essas empresas poderiam tomar para elevar a sua produtivi-
dade? 
Gráfico 3.1- Produtividade total, média e marginal
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014)
Legenda: Legenda: No eixo Y, tem-se o produto; no eixo X, as unidades do insumo variável. O gráfico mostra as linhas de 
produção total, produtividade média e produtividade marginal.
48
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
3.2. Análise de longo prazo
No longo prazo, podemos considerar a função de produção simplificada a seguir, com a suposição de que tanto 
N como K são fatores de produção variáveis. 
Q = f(N, K)
Onde:
Q= Quantidade produzida
N= Quantidade de mão de obra (fator variável)
K = Capital (fator variável)
3.2.1. Rendimentos de escala 
Os rendimentos de escala, também conhecidos como economias de escala, representam os resultados, positivos 
ou negativos, que a empresa atinge, no longo prazo, ao aumentar seu tamanho, ampliando tanto sua estrutura 
produtiva quanto a utilização de mais mão de obra. 
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), os rendimentos de escala podem ser:
• crescentes: acontecem quando há um aumento na produção mais do que proporcional ao aumento 
da quantidade de fatores de produção. Por exemplo, uma elevação de 10% na quantidade de mão de 
obra, ou 10% na quantidade de capital, resultaria em um aumento de mais de 10% na produção;
• decrescentes: ocorrem quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a 
pro-dução cresce numa proporção menor. Por exemplo, o aumento no capital e mão de obra foi de 
10%, e o aumento da produção foi menor do que 10%;
• rendimentos constantes de escala: nesse caso, todos os fatores de produção cresceram na mesma 
pro-porção (por exemplo 10%), e a produção também cresceu na mesma proporção. Nessa situação, a 
pro-dutividade média dos fatores de produção é constante. 
3.2.2 - Produção: isoquanta de produção 
A isoquanta pode ser definida como sendo uma linha ao longo da qual a mesma quantidade do bem é produzida, 
porém, com combinações diferentes de cada fator de produção. Nesse contexto, isoquanta significa “de igual 
quantidade”.
Assim, uma firma pode apresentar várias isoquantas de produção (mapa de produção), sendo que escolherá uma 
isoquanta dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto.
Como pode ser observado no Gráfico 3.2, ao longo da isoquanta “q1”, por exemplo, a mesma quantidade (1.000 
unidades) é produzida, com diferentes combinações dos fatores de produção K e N. Se a empresa combinar 6 K 
com 50 N, 4K com 80 N ou 2 K com 150 N, ela produzirá as mesmas 1.000 unidades do bem. Para passar para a 
segunda isoquanta, ela deverá aumentar tanto as quantidades utilizadas de K como de N.
49
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
Gráfico 3.2 - Isoquanta
Fonte: Vasconcellos (2015, p. 128).
Legenda:No eixo Y tem-se o fator de produção K e, no eixo X, o fator de produção N. Dependendo da combinação entre os 
dois, tem-se isoquantas diferentes, que mostram quantidades produzidas crescentes.
3.3. Custos de produção
As empresas buscam sempre maximizar seus resultados, ou seja, atingir a melhor produção que é possível, dado 
um nível de utilização de fatores. Como pontuam Vasconcellos e Garcia (2014), a empresa pode otimizar seus 
resultados de duas formas: maximizando a produção total com o mínimo custo ou minimizando o custo para 
determinada produção total. 
Em Economia, consideram-se, além dos custos explícitos, também os custos implícitos; enquanto na Contabili-
dade são considerados apenas aqueles que envolvem desembolso monetário (explícitos). Além disso, em Eco-
nomia são considerados também os custos de oportunidade (implícitos). Por exemplo, se o imóvel que abriga a 
empresa é próprio, deve ser levado em conta o valor do aluguel que o empresário ganharia caso a empresa não 
estivesse no imóvel. Outro custo de oportunidade seria a própria remuneração do empresário caso escolhesse se 
dedicar a outra atividade. 
Os custos podem ser definidos como o que foi investido em todos os bens materiais, trabalho e serviços consu-
midos pela empresa na produção de bens e serviços e na manutenção de suas instalações.
3.4. Custo Total, Custo Médio e Custo Marginal
Assim como no caso da produção, devemos analisar os custos tanto sob a ótica do curto como do longo prazo. 
50
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
3.4.1. Custos de curto prazo
No Curto Prazo, tem-se os custos fixos e os custos variáveis de produção. 
Custo Variável Total (CVT): é a parcela do custo que varia quando a produção varia. É a parcela que depende 
da quantidade produzida, por exemplo, gastos com salários e despesas com matérias-primas. Assim, o custo 
variável é função da quantidade produzida:
CVT = f(Q)
Custo Fixo Total (CFT): é a parcela do custo que se mantém fixa quando a produção varia, ou seja, são os gastos 
com fatores fixos, como aluguel e depreciação.
Custo Total (CT): é a soma do Custo Variável Total com o Custo Fixo Total. CT = CVT + CFT.
Gráfico 3.3 – Custos totais
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Legenda: No eixo Y, tem-se os custos totais; no eixo X, a quantidade produzida. O gráfico mostra as linhas de Custo Total, 
Custo Variável Total e Custo Fixo Total. 
O Custo Médio é dado pelo Custo Total dividido pela quantidade produzida.
Custo Variável Médio (CVMe) é dado pelo Custo Variável Total dividido pela quantidade produzida. 
51
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
Custo Fixo Médio (CFMe) é dado pelo Custo Fixo Total dividido pela quantidade produzida. 
Gráfico 3.4 – Custos médios 
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Legenda: No eixo Y, tem-se os custos médios; no eixo X, a quantidade produzida. O gráfico mostra as linhas de Custo Total 
Médio, Custo Variável Médio e Custo Fixo Médio. 
O Custo Marginal (CMg): é a variação do Custo Total ou ΔCT. É o custo de se produzir uma unidade extra do 
produto ou, em outras palavras, é a variação do Custo Total dividido pela variação na quantidade produzida. 
No curto prazo, como os custos fixos são invariáveis, apenas os custos variáveis influenciam o Custo Marginal.
52
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
Gráfico 3.5 – Custos marginais
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Legenda: No eixo Y, tem-se o Custo Marginal; no eixo X, a quantidade produzida. O gráfico mostra a linha do Custo Margi-
nal.
Os custos médios e marginais, em uma etapa da produção, primeiro decrescem para depois crescerem.
3.5. Custos de longo prazo
No longo prazo, não existem custos fixos, pois todos os custos são variáveis. Assim, o empresário opera no curto 
prazo e planeja no longo prazo. De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), o longo prazo é um horizonte de 
planejamento, e não aquilo que está efetivamente sendo realizado. 
Por isso, os empresários, ao elaborarem o planejamento estratégico da empresa, analisam várias possibilidades 
de produção no curto prazo, com diferentes escalas de produção, as quais representam escolhas que eles farão 
ao longo do tempo.
Nesse sentido, os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes 
escalas de produção (tamanho), que podem escolher. 
Pode-se observar que, no longo prazo, o formato da curva do Custo Médio e do Custo Marginal é o formato em 
U, e o tamanho da empresa está variando em cada ponto da curva. No início, a empresa está subutilizando seus 
equipamentos e começa a ter rendimentos crescentes de escala, à medida que sua produção cresce, ou seja, o 
Custo Médio vai diminuindo. Após esse ponto ótimo, o Custo Médio de longo prazo tende a crescer, levando a 
rendimentos decrescentes ou a deseconomias de escala.
53
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
Gráfico 3.6 - Custo Médio de longo prazo
Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Garcia (2014).
Legenda: No eixo Y, tem-se os custos; no eixo X, a quantidade produzida. O gráfico mostra o Custo Médio de longo prazo. 
3.6 – Custos privados e custos sociais
A empresa, ao produzir determinado bem, deve desenvolver dois tipos de análise: a análise privada e a social. 
A avaliação privada corresponde à avaliação específica dos custos e benefícios que a produção daquele bem trará 
à empresa. Por exemplo, a produção de automóveis: qual o retorno financeiro que isso trará à empresa?
Por outro lado, existe também a avaliação social que a empresa deve fazer: quais as consequências de sua produ-
ção para a sociedade como um todo? 
As consequências sociais geradas pela empresa podem ser benéficas ou prejudiciais à sociedade. Por exemplo, 
ela pode instalar uma fábrica em determinada cidade e dar emprego à maioria dos seus habitantes, pode abrir 
estradas e trazer progresso. Estas seriam externalidades positivas proporcionadas pela empresa. 
Por outro lado, a empresa pode estar poluindo os rios locais, causando congestionamentos e poluição. Estes são 
os custos sociais pelos quais a empresa não está pagando.
Externalidade: pode ser definida como custos ou benefícios que um agente econômico 
pode proporcionar à sociedade. A externalidade positiva ocorre, por exemplo, quando uma 
empresa proporciona benefícios à sociedade sem receber nada por isso. Por outro lado, uma 
externalidade negativa é quando a empresa impõe custos sociais sem pagar por isso.
Glossário
54
Economia | Unidade 3 - Teoria da produção – Custos de produção
3.7. Custos versus despesas
São considerados custos aqueles gastos da empresa diretamente ligados à fabricação do bem, por exemplo, cus-
tos com máquinas ou com a mão de obra do chão de fábrica. 
Despesas, por sua vez, são os gastos da empresa que não estão diretamente ligados à fabricação do produto, 
porém, são necessários para que a empresa continue funcionando. Por exemplo: gastos com o pessoal adminis-
trativo, com propaganda etc. 
3.8. A maximização do Lucro Total
De acordo com a teoria microeconômica, as empresas têm como objetivo maior a maximização dos lucros, tanto 
no curto como no longo prazo.
Assim, o lucro é maximizado quando a diferença entre a Receita Total (valor total do faturamento) e o Custo Total 
da produção for a maior possível.
LT = RT – CT
Onde,
LT = Lucro Total;
RT = Receita Total de vendas;
CT = Custo Total de produção. 
Assume-se aqui que a maximização dos lucros é buscada em um contexto de concorrência perfeita. 
Na Unidade 1, vimos que há vários tipos de estrutura de mercado. Convém recapitular que estamos tomando 
como base a concorrência perfeita para o estudo da produção das empresas. 
De acordo com Vasconcellos (2015, p. 139), as principais

Outros materiais