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Exame físico na pediatria

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1 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Exame físico na pediatria 
 
O exame da criança começa quando o pai, a mãe e a 
criança entram no consultório, muitas vezes, já na sala 
de espera. Pelo comportamento, pelo andar, pela 
feição, a interação. 
Devemos ter 4 grandes escudos para nos ajudar no 
exame físico do recém-nascido: inspeção, ausculta, 
palpação e muita paciência. 
Muitas vezes é importante guiar o exame físico da 
melhor maneira para o paciente e deixar de seguir uma 
ordem crânio caudal já estabelecida, o paciente por sua 
vez, colabora muito mais nesses casos. 
Considerações básicas: 
 
• Conquistar a simpatia e a confiança da criança, 
se abaixar, tentar explicar, mostrar o melhor 
jeito, dar um abraço, fazer brincadeiras. 
• Delicadeza na abordagem da criança. 
• Conversar com a criança antes e durante o 
exame. 
• Evitar colocar subitamente na mesa. 
• Evitar voz elevada, gestos bruscos, jamais 
perder a paciência. 
• Deixar o ouvido e a garganta para o final ou 
começar logo por isso, pois geralmente são os 
que mais causam desconforto e a criança 
menos gosta. 
• Boa iluminação. 
• Conquistar é uma arte que deve ocorrer aos 
poucos com a criança, mostrando interesse, 
mas também delimitando um limite entre 
médico e paciente. 
Antropometria: 
 
Peso: 
 
Altura: 
 
Perímetro cefálico: medir obrigatoriamente até 1 ano 
e meio. 
Circunferência abdominal. 
Pressão arterial: 
• Baseado em percentil de pressão arterial de 
acordo com sexo, idade e percentil de altura. 
• Normal: níveis de PAs e PAd < percentil 90. 
• Normal alto: níveis de PAs e PAd entre o 
percentil 90 e 95. 
• Hipertensão: níveis de PAs e PAd > percentil 
95. 
Curvas de crescimento. 
OBS: lembrar de sempre mostrar as informações da 
caderneta das crianças para que os pais se guiem por 
elas. 
 
Exame físico geral: 
 
• Impressões: estado geral, consciência, postura, 
personalidade, estado nutricional. 
• Pele, mucosa e anexos: hidratação, palidez, 
cianose, icterícia, dermatites. 
• Tecido celular subcutâneo. 
• Gânglios. 
• Ectoscopia: marasmo / kwashiorkor. 
 
 
Exame físico da cabeça: 
 
• Medir o perímetro cefálico. 
 
2 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
• Deformidades cranianas. 
• Tumefações do couro cabeludo. 
• Lesões de couro cabeludo. 
• Inspeção. 
• Palpação das fontanelas: A fontanela anterior 
(bregma), tem seu fechamento entre 8 e 18 
meses de idade. A fontanela posterior 
(lambdoide) que tem seu fechamento no 
primeiro mês de vida. 
• Alopecias. 
Plagiocefalia: é um tipo de assimetria na cabeça dos 
bebês que geram uma deformação de achatamento. A 
plagiocefalia postural ou posicional tem causas 
externas ao bebê, ligadas a sua posição no útero ou na 
hora de deitar. 
 
Braquicefalia: é uma condição popularmente 
conhecida como síndrome da cabeça chata, porque é a 
característica manifestada em bebês com poucos 
meses, quando possuem uma cabeça mais achatada 
que o considerado normal. 
 
Cefalohematoma: não necessita de tratamento, vai 
reabsorver com o tempo. é uma coleção sanguínea 
abaixo do periósteo, ou seja, "por dentro" do osso da 
calota craniana e demora mais tempo pra absorver, 
pode até em alguns casos calcificar e ficar bem mais 
tempo. Leva em torno de 15 dias, se pode fazer bolsa 
de água morna, mas o bebe geralmente fica ictérico. 
 
Face: 
 
• Se possui alguma face típica. 
• Expressões. 
• Movimentos preservados da mimica e dos 
músculos faciais. 
• Coloração. 
• Formato das bochechas, orelhas, olhos. 
• Posições dos olhos, se possui olhar diferente: 
 
 
• Realizar o teste do olhinho: reflexo pupilar 
vermelho. 
 
• Avaliar se possui desvio de septo. 
 
3 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
• Presença de milium sebáceo: pontinhos 
esbranquiçados no nariz. Somente se lava essa 
pele mais vezes ao dia. 
• Verificar se há presença de epistaxe 
(sangramento ou hemorragia nasal): pode ser 
por aumento de pressão ou batidas. 
• Analisar as orelhas, se essas possuem 
apêndices auriculares (alteração renal) (FOTO 
01), microtia (FOTO 02) ou implantação baixa. 
 
• Verificar sempre a resposta ao som: lactentes 
menores de 6 meses testar o reflexo cócleo 
palpebral para avaliar a audição (piscar os 
olhos), um lactente de 6 meses deve ser capaz 
de localizar a fonte sonora. 
• Realizar sempre a octoscopia, analisar as 
estruturas, se há presença de secreções. 
• Lábio, língua, gengivas, palato, dentes, 
malformações, dentes, edema de gengivas. 
Lábio leporino e fenda palatina: O lábio leporino é 
uma separação do lábio superior, normalmente logo 
abaixo do nariz. A fenda palatina é uma abertura na 
parte superior do céu boca (o palato) que causa uma 
abertura anômala para dentro do nariz. O lábio 
leporino e a fenda palatina frequentemente ocorrem 
ao mesmo tempo. Tanto fatores ambientais como 
genéticos podem estar envolvidos na formação de 
lábio leporino ou fenda palatina. O consumo de 
tabaco, bebidas alcoólicas ou outras drogas durante a 
gestação pode aumentar o risco de ter um bebê com 
lábio leporino ou fenda palatina. Ter tido um filho com 
lábio leporino ou fenda palatina aumenta o risco de ter 
um segundo filho com esse tipo de defeito congênito. 
 
Macroglossia: é o crescimento anormal da língua, 
fazendo com que esta alcance um tamanho maior do 
que a cavidade bucal permite e trazendo prejuízos à 
função de fonação, respiração, sucção e/ou deglutição. 
 
Anquiloglossia (língua presa): Esta estrutura no 
recém-nascido tem uma atuação importante no ato de 
sucção e amamentação. Um freio lingual curto dificulta 
os movimentos da língua e pode se apresentar 
bastante aderido ao assoalho da cavidade bucal. Este 
aspecto patológico é chamado anquiloglossia. 
 
• Teste da linguinha: é um exame padronizado 
que tem como objetivo diagnosticar e indicar o 
tratamento precoce das limitações dos 
movimentos da língua causadas pela língua 
presa, que podem comprometer as funções de 
sugar, engolir, mastigar e falar. É obrigatória a 
realização do protocolo de avaliação do 
frênulo da língua em bebês em todos os 
hospitais e maternidades do Brasil. O teste é 
simples, basta elevar a língua do bebê para 
verificar o frênulo. 
OBS: orientar sempre sobre o menor uso possível da 
chupeta. 
• Erupção dentaria temporária ocorre numa 
sequência. 
 
• Analisar a respiração, se o paciente respira 
pela boca. 
Língua geográfica: é uma condição inofensiva que 
afeta a superfície da língua. Os sintomas incluem 
manchas vermelhas lisas na parte superior ou lateral 
da língua. As manchas podem mudar de localização, 
tamanho e forma. Em geral, as manchas cicatrizam e 
mudam para outro lugar da língua antes de 
desaparecerem por conta própria. 
 
Língua em framboesa: a língua fica inchada, 
avermelhada e com as papilas muito evidentes. 
 
Pescoço: 
 
• Linfonodomegalias: palpar todos os 
linfonodos. 
• Aumento da tireoide: palpar a tireoide. 
• Malformações da linha média. 
 
4 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
Cisto tireoglosso: é uma doença congênita, ou seja, a 
doença nasce com a pessoa, é um defeito da formação 
da região do pescoço. A tireoide se forma quando o 
bebê ainda está dentro da barriga da mãe, na região da 
base da língua, perto da garganta, e migra até a sua 
posição final, na região média do pescoço. Durante a 
migração até a posição final da tireoide, algumas 
células podem ficar implantadas nesse trajeto. Em 
geral, essas células morrem durante o 
desenvolvimento do feto, porém elas podem persistir 
e permanecer até a vida adulta, produzindo hormônios 
que são acumulados e formam o cisto. Quando a 
criança começa a ter infecções respiratórias como 
resfriados e dor de garganta, o cisto pode também 
sofrer processos inflamatórios e infecciosos, gerando 
aumento do nódulo na região média do pescoço. 
 
• Torcicolo: pela posição que fica. 
Tórax: 
 
• Deformidades: proeminência do apêndice 
xifoide (é normal), rosárioraquítico, pectum 
escavatum. 
• Ginecomastia: aumento das mamas no sexo 
masculino. 
• Aparelho respiratório: FR, TR, alterações MV 
(murmúrio vesicular), gemencia, cianose e o 
batimento de asa de nariz (BAN). 
• Aparelho cardiovascular: ausculta cardíaca, 
FC, sopros, alterações do ritmo, PA, pulsos 
centrais e periféricos. 
Abdôme: 
 
• Observar todas as 9 regiões e pedir para que o 
paciente localize com o dedo onde dói. 
• Fazer sempre uma boa palpação e priorizar a 
inspiração. 
• Distensão abdominal, circulação colateral, 
hepato esplenomegalia, massas palpáveis 
(tumor de Wilms, neuroblastoma). 
• Hérnia umbilical: normal ter ate 1 ano pela 
distensão dos músculos retos. 
• Granuloma umbilical: limpar com álcool e 
muitas vezes cauterizar a região. 
Gastrosquise / onfalocele: Uma onfalocele é causada 
por uma abertura (defeito) na parte central da parede 
abdominal na altura do umbigo. A pele, músculo e 
tecido fibroso estão ausentes. O intestino se projeta 
(ocorre uma herniação) através da abertura e ele fica 
recoberto por uma membrana fina. O cordão umbilical 
está no centro do defeito. A gastrosquise também é 
uma abertura anômala da parede abdominal. Na 
gastrosquise, a abertura fica próxima ao umbigo 
(geralmente à direita), mas não diretamente sobre ele, 
como ocorre na onfalocele. Assim como na onfalocele, 
a abertura permite que os intestino se projetem 
através dela, mas diferentemente da onfalocele, não 
há uma membrana fina recobrindo o intestino. Antes 
do nascimento, uma vez que não há uma membrana 
fina recobrindo o intestino, ele pode sofrer danos 
causados pela exposição ao líquido amniótico, que 
causa inflamação. A inflamação causa irritação no 
intestino, o que pode dar origem a complicações, como 
problemas no trânsito do sistema digestivo, formação 
de tecido cicatricial e obstrução intestinal. 
 
• Palpação do fígado: vindo do hipocôndrio 
direito, vagarosamente com a ponta do dedo 
indicador. O fígado é palpável de 1 a 3 cm 
sendo normal em lactentes. 
• Palpação do baço: Palpação deve ser delicada, 
realizada no quadrante superior esquerdo. 
Melhor palpado durante a inspiração, mas 
apenas 5 a 10% das crianças normais tem baço 
palpável. 
Genitália e ânus: 
 
Hidrocele: é o acúmulo anormal de fluido no interior 
da túnica vaginal, a membrana que reveste 
internamente a bolsa que contém os testículos. 
 
Hérnia inguinal e umbilical. 
 
Fimose: é o excesso de pele que recobre o pênis 
dificultando que a glande (cabeça do pênis) seja 
exposta. Esta condição é comum nos bebês meninos e 
tende a desaparecer com o passar do tempo, mas se 
na adolescência o problema persistir pode ser 
necessária uma intervenção cirúrgica simples para 
remoção da pele. 
 
Parafimose: é um problema mais grave que a fimose e 
exige atendimento imediato. A parafimose pode ser 
entendida como o inverso da fimose: a pele do 
prepúcio retrai e não consegue voltar para cobrir 
novamente a glande do pênis. 
 
Criptorquidia: é a ausência de testículos na bolsa 
escrotal. Os testículos são formados na barriga do 
bebê. Próximo ao nascimento, esse testículo migra 
para a bolsa escrotal. Quando isso não ocorre 
 
5 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
normalmente, o testículo fica retido no abdome da 
criança. 
Hipospadia: É uma malformação congênita, 
caracterizada pela abertura anormal do orifício por 
onde sai a urina (meato urinário), em diferentes locais 
na parte de baixo (face ventral) do pênis, ou mais 
raramente na bolsa escrotal. 
 
Sinéquias: consiste na aderência das bordas internas 
dos pequenos lábios vulvares, podendo obstruir 
parcial ou completamente o canal vaginal. 
 
Dermatite de fraldas: é um termo não específico 
usado para descrever qualquer uma das várias reações 
inflamatórias da pele dentro da área da fralda, 
incluindo as nádegas, a região perianal, os órgãos 
genitais, as coxas e a cintura. É um dos distúrbios 
cutâneos mais comuns em neonatos e lactentes, com 
uma prevalência entre 7 e 50%. A incidência real pode 
ser maior, porque nem todos os casos são relatados 
(geralmente as lesões desaparecem em poucos dias 
sem a necessidade de tratamento específico). Embora 
raramente cause problemas por longos períodos, gera 
considerável sofrimento aos bebês e aos pais ao 
mesmo tempo. Os pais costumam referir dor com 
períodos de choro prolongados, juntamente com 
agitação, alterações nos padrões de sono e diminuição 
da frequência de micção e defecação. Há relatos, 
inclusive, de que os níveis de cortisol salivar também 
ficam elevados em alguns bebês durante o período de 
dermatite de fralda. 
 
Mancha mongólica: é aquela mancha arroxeada que 
muitos recém-nascidos possuem na região das 
nádegas e costas. Isso acontece porque, em 
determinada região, os melanócitos - células que 
possuem melanina, pigmento responsável por dar a 
cor para a nossa pele - se acumulam de forma irregular. 
 
Oxiuriase: é a infecção causada por oxiúros 
(Enterobius vermicularis), vermes nematódeos com 
menos de 15mm de comprimento e que parasitam o 
intestino humano. O principal sintoma é coceira anal. 
Plicomas: é uma saliência de pele localizada na porção 
externa do ânus, benigna, que pode ser confundida 
com uma hemorroida. Geralmente, o plicoma anal não 
tem outros sintomas associados, mas em alguns casos 
pode causar coceira ou dificultar a limpeza da região e 
levar ao surgimento de infecções. O tratamento nem 
sempre é necessário, mas caso o plicoma seja muito 
grande, pode ser necessário remover o excesso de pele 
através de laser, cirurgia ou crioterapia. 
 
Leucorreia: corrimento mucoso esbranquiçado ou 
amarelado, de origem vulvovaginal, por vezes 
purulento. 
 
Hiperemia vulvar: A presença de hiperemia do introito 
vaginal denota processo inflamatório e sugere infecção 
por Candida sp ou Trichomonas, podendo também 
aparecer nas dermatites. 
 
Edema prepucial: A principal causa de inchaço no 
prepúcio é a chamada parafimose. Trata-se da situação 
em que, após retrair a pele do prepúcio e expor a 
glande, ocorre um garroteamento dos vasos 
sanguíneos superficiais e um edema próximo à cabeça 
do pênis. 
 
Lesões verrucosas: As verrugas são proliferações 
epiteliais na pele e mucosa, causadas por diversos 
tipos de papilomavirus humano (HPV), sendo muito 
frequente em crianças e adolescentes. A lesão é auto 
inoculável e o tempo de incubação é variável. 
 
Vulvovaginites: é inflamação ou infecção da vulva e da 
vagina, que também pode ser chamada de vulvite ou 
vaginite. É uma condição comum que afeta pessoas de 
todas as idades. A vulvovaginite tem uma variedade de 
causas. 
 
Intertrigo: Inflamação da pele, geralmente em zonas 
úmidas e quentes, como a virilha ou entre as dobras de 
pele. 
 
Prolapso retal: Condição que ocorre quando uma 
parte do intestino grosso desliza para fora do ânus. O 
prolapso retal pode criar uma incapacidade de 
controlar os movimentos do intestino, fazendo com 
que as fezes vazem do reto. O tratamento precoce 
inclui fluidos e exercícios do assoalho pélvico. A 
maioria das pessoas acaba precisando de cirurgia. 
 
Fissuras anais: é um pequeno corte na saída do ânus, 
provocado normalmente por conta de fezes muito 
volumosas e duras. 
 
• Ensinar as crianças acerca da sexualidade 
básica, para que eles se observem, se sintam e 
que isso é algo íntimo e deles. 
• No exame físico dos órgãos íntimos, pedir 
para a família se sabem algo, conversar e 
deixar o paciente a vontade com a situação, 
pedir se pode realizar a palpação. 
• Analisar sempre a criança com os estágios de 
Tanner: 
 
6 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
 
 
extremidades: 
 
• Piodermatites: erisipela (é uma infecção 
cutânea causada geralmente pela bactéria 
Streptococcus pyogenes do grupo A, mas pode 
também ser causada por Haemophilus 
influenzae tipo B, que penetram através de um 
pequeno ferimento (picada de inseto, frieiras, 
micoses de unha etc.), ectima (é uma infecção 
ulcerativa profunda da pele que penetra atéa 
derme e é mais comumente causada por 
Streptococcus pyogenes, espécie de bactérias 
Gram-positivas com morfologia de coco. 
Ectima é uma infecção bacteriana grave que 
causa lesões dolorosas e bolhas na pele). 
 
• Edemas. 
• Comprometimento articular. 
• Baqueteamento digital: é um sinal 
caracterizado pelo aumento (hipertrofia) das 
falanges distais dos dedos e unhas da mão que 
está associada a diversas doenças, a maioria 
cardíacas e pulmonares. Também pode 
ocorrer sua forma idiopática. Forma 
arredondada anormal do leito ungueal. 
• Polidactilia, sindactilia. 
 
• Encurtamento dos membros inferiores. 
• Pés planos, geno varum, geno valgo, pés tortos 
congênito. 
 
• Manchas residuais. 
Impetigo: Infecção de pele altamente contagiosa que 
provoca feridas vermelhas no rosto. O impetigo afeta 
principalmente bebês e crianças. O principal sintoma 
são feridas vermelhas que se formam ao redor do nariz 
e da boca. As feridas se rompem, exsudam durante 
alguns dias e, em seguida, formam uma crosta 
amarelo-amarronzada. Antibióticos reduzem a 
infecção e podem ajudar a evitar a propagação a outras 
pessoas. 
 
 
Coluna vertebral: 
 
• Desvios: escoliose, lordose, cifose. 
 
7 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
 
Espinha bífida oculta: é uma malformação congênita 
que se desenvolve no bebê no primeiro mês de 
gravidez que se caracteriza pelo fechamento 
incompleto da coluna vertebral e não leva ao 
aparecimento de sinais ou sintomas na maioria dos 
casos, sendo feito o diagnóstico através de exame de 
imagens, como a ressonância. Pode se apresentar de 
formas diferentes. Pode ser oculta e assintomática 
(espinha bífida oculta), apresentar as meninges 
expostas (meningocele) ou, além das meninges, a 
medula e as raízes nervosas podem estar expostas 
(mielomeningocele - prevenção com uso de ácido 
fólico). 
 
Orofaringe: 
 
• Qual a técnica? Colocar o palito rápido de uma 
vez só, sem encostar em nada e baixar, aí sim 
visualizar todas as extremidades da garganta, 
se ir indo com o palito aos poucos a criança 
tem muita chance de vomitar. 
Otoscopia: 
 
• Observar o aspecto da membrana timpânica: 
hiperemia, abaulamento, opacidade, ruptura. 
Otorréia: significa a presença de secreção no canal 
auditivo, sendo mais frequente de surgir em crianças 
como consequência de infecção no ouvido. 
 
Exame neurológico: 
 
• Deve ser dinâmico e o medico deve ter 
conhecimento prévio. 
 
 
 
 
 
 
8 Luiza D. V. Torriani ATM 2024/2 
 
 
• Analisar a posição do nenê, em como ele se 
comporta e se esse comportamento está 
adequado. 
• No segundo trimestre começa a trabalhar a 
musculatura. 
• Reflexo abdominal (em caso de perda da 
sensibilidade), cutâneos, profundos: é mais 
difícil de se realizar e se faz geralmente em 
crianças maiores, não é um exame tão comum 
de ser realizado. 
• Reflexos neurológicos do recém-nascido: 
moro, marcha, babinski, fuga a asfixia, sucção, 
preensão plantar e palmar. Esses reflexos se 
fazem sempre principalmente no primeiro 
aninho. 
Reflexo Moro: é um reflexo apresentado somente em 
neonatos, nos três primeiros meses de vida, 
desencadeado naturalmente por um susto, barulho ou 
movimento brusco. É considerado um reflexo 
primitivo. Geralmente pega as mãozinhas do bebê, 
levanta elas e solta rapidamente desencadeando o 
susto. 
 
Reflexo de busca / sucção: É desencadeado por 
estimulação da face ao redor da boca. Observa-se 
rotação da cabeça na tentativa de “buscar” o objeto, 
seguido de sucção reflexa do mesmo. 
 
Preensão Palmar: É desencadeado pela pressão da 
palma da mão. Observa-se flexão dos dedos. 
 
Preensão Plantar: É desencadeado pela pressão da 
base dos artelhos. Observa-se flexão dos dedos. Caso 
eles se estendem é Babinski. 
 
Apoio Plantar: É desencadeado pelo apoio do pé do RN 
sobre superfície dura, estando este seguro pelas axilas. 
Observa-se extensão das pernas. 
 
Marcha Reflexa: É desencadeado por inclinação do 
tronco do RN após obtenção do apoio plantar. 
Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da 
outra. 
 
Reflexo de Galant (reflexo de encurvamento do 
tronco): É desencadeado por estímulo tátil na região 
dorso lateral. Observa-se encurvamento do tronco 
ipsilateral ao estímulo. 
 
Fuga asfixia: O reflexo de fuga à asfixia é avaliado 
colocando-se a criança em decúbito ventral no leito, 
com a face voltada para o colchão. Em alguns segundos 
o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para 
respirar adequadamente. 
 
 
 
• Avaliar a necessidade ou não de 
fonoaudióloga, pois quanto mais cedo iniciar 
mais rápida será a melhora.

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