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Assistência ao trabalho de parto e mecanismos de parto Conceituar como trabalho de parto: • Contrações (colocar a mão na barriga e observar a dinâmica uterina, quantidade de contrações em um período de 10 minutos). Contrações são classificadas em leve, forte ou moderada, usamos o tempo pra fazer divisão: leves duram 0-19 s, moderadas 20-39s e fortes acima de 40s. Controlamos o tempo de duração de cada contração e quantas contrações há em 10min. • Apagamento do colo: polo cefálico, apresentação dele pélvica, vai fazer com que o colo vai apagando (afinando). Colo grosso, médio e fino. Depende da pressão que o polo faz sobre o colo. Primigestas: primeiro o colo apaga e depois dilata. Colo pode ser posterior ou centralizado (dá pra avaliar tbm) • Dilatação: em cm. Exame de toque bidigital, na abertura desses dois dedos vemos os cm da dilatação TP: 2-3 contrações em 10min, de intensidade forte, com o colo apagado e dilatação de 3-4cm. Fases clínicas do parto: • 1º estagio: dilatação Paciente fica no pré-parto Média de 1cm de dilatação por hora • 2º estagio: expulsão Puxos Encaminhamos para a sala de parto • 3º estagio: dequitação Expulsão da placenta • 4º estagio: 1h pós-parto Nesse momento é que ocorre as hemorragias É uma hora de atenção e observação, retorno da contratilidade uterina Admissão obstétrica • Classificação de risco: verde, amarelo, vermelho e azul • Anamnese: investigação do pré-natal (carteira e exames), queixas, cálculo da IG • Exame obstétrico: PA, calculo IG, BCF, movimentação fetal, especular (queixas de sangramento ou bolsa rota) e toque (para ver o apagamento do colo) Diagnóstico do trabalho de parto • Fase ativa: dilatação cervical maior ou igual a 3cm com colo apagado. Dinâmica uterina maior ou igual a 3 contrações em 10 min. Pré-parto • Monitorização clínica do trabalho de parto: 30 em 30min fazer a dinâmica uterina para ver se as contrações continuam eficazes, se precisa ou não administrar analgesia ou ocitocina, auscultar BCF (primeiro de 30 em 30, depois de 15 em 15, e no período expulsivo de 5 em 5 minutos) • Suporte emocional: paciente tem que se sentir segura, conversar com ela, confortar ela, evolução favorável • Acompanhante e/ou doula: ter alguém que ela conheça e confie Avaliação materna quando em trabalho de parto • Controle dos sinais vitais: PA, estado geral • Liberação de ingestão de líquidos claros • Deambulação ou decúbitos laterais Avaliação fetal • Ausculta BCF • Cardiotocografia: exame no pré-parto que avalia o bem estar fetal, não é feito de rotina. Avalia se o bebe tem boa reserva de O2, indicado em gestações de alto risco, bolsa rota, mecônio, BCF em queda. Categorias I (bom equilíbrio acido-basico), II (se tem alteração para nos deixar vigilantes) e III (bebe com alteração no equilíbrio acido-basico, fazer uma intervenção, cesariana de emergência, bebe em sofrimento). Partograma • Triângulos: evolução da dilatação • Gráfico de acompanhamento do trabalho de parto. • O registro da dilatação é com X. • O registro do plano de Delee é com um círculo. • Cada quadradinho representa uma hora • Sinais de desproporção cefalo-pelvica (DCP): Dinâmica uterina maior ou igual a 4/10 min Bolsa rota; bossa sanguinolenta Edema de colo (colo não termina a dilatação) e parada de progressão A cabeça não vai passar pelo estreito menor (inferior) Mecanismo do trabalho de parto • 6 fases: • Insinuação da apresentação fetal • Descida no plano de De Lee • Rotação interna da cabeça (para a cabeça se desprender, cabeça roda para posição occipito-pubica) • Desprendimento da cabeça • Rotação externa da cabeça (cabeça já está fora) e interna das espaduas (para facilitar o desprendimento dos ombros) • Desprendimento das espaduas Assistência ao segundo período do parto • Puxos (sensação de evacuação) • Posição (melhor posição pra paciente fazer a força pro desprendimento do bebe – semissentada, deitada ou sentada na cadeirinha de parto) • Controle da vitalidade fetal a cada 5 minutos • Após desprendimento dos ombros – 10 UI ocitocina IM (de rotina para evitar hemorragias) • Secção do cordão após expulsão (deixar no mínimo 1 e no máximo 3 min, após a expulsão, antes de fazer a secção) • Estimular a amamentação • Episiotomia quando necessária – não há necessidade em fazer de rotina, só em caso realmente necessários • Duração do período expulsivo - até 2hs em nulíparas e 1h em multíparas Assistência ao terceiro período do parto: • Aguardar a dequitação espontaneamente • 90 % vai expulsar a placenta nos primeiros 15 minutos, com média de 5 a 6 minutos • Retenção quando acima de 30 minutos – pode haver uma área de acretismo (aderência) → manejo • Manejo ativo: Uso da ocitocina profilática e clampeamento precoce do cordão e tração controlada Assistência ao quarto período do parto: • Paciente já na sala de recuperação • Contratura uterina (globo de segurança de Pinard) – útero bem contraído abaixo da cicatriz umbilical, fazer massagens, ver se ta tudo ok, se há sangramentos ou lacerações - Freitas, et. Al., Rotinas em Obstetrícia -Zugaib, et.al., Protocolos Assistenciais
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