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INLAYS E ONLAYS CERÂMICAS VANTAGENS ● Estética. ● Conservação da estrutura dentária (em relação às coroas totais). ● Aumento da resistência estrutural dos dentes (em relação às restaurações de resina composta). ● Bom vedamento marginal (cimentos de resina composta). ● Biocompatibilidade. ● Radiopacidade. ● Condutibilidade térmica semelhante à do dente. ● Coeficiente de expansão térmica semelhante ao do dente. ↪ Se isso não acontece, ela se expande se desprendendo do dente, criando uma região de infiltração marginal no ângulo cavo-superficial da restauração. ● Estabilidade de cor. ● Estabilidade química. ● Resistência à abrasão. DESVANTAGENS ● Friabilidade (se quebram sem “aviso prévio”). ● Podem desgastar dentes antagonistas. ↪ A dureza da cerâmica é maior que a dureza do esmalte. ● Tempo de confecção longo. ↪ Comparado à restaurações diretas; sessão de preparo, moldagem, cimentação. ● Alto custo. ● Técnica de cimentação sensível (sensível à contaminação por fluidos, fotopolimerização - contração de polimerização, possível futura infiltração marginal com hipersensibilidade pós operatória). Ana Caroline de Almeida Peçanha - 2021/1 - UFES INLAY - CERÂMICA CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PREPARO: ● Expulsividade (paredes divergentes para oclusal, para permitir a inserção da restauração confeccionada extra oralmente) de 12º (6º em cada uma das paredes). ● Ângulos internos arredondados: minimizar a concentração de estresse que poderia levar à fratura do remanescente ou da restauração. ● Margens bem delimitadas: término nítido, sem bisel na cervical e oclusal; a espessura fina do material pode levar a fraturas. ● Ângulo cavo-superficial (entre a superfície interna do preparo e a superfície externa do dente remanescente) nítido/vivo, próximo a 90º. ● Espessura da cerâmica (profundidade da restauração): 1,5 (mínimo) - 2 mm. Espessura < 1,5 mm: onlay! ● Ausência de áreas de fragilidade do remanescente: de esmalte sem suporte (curva reversa de Hollenback) ou de pouca espessura de estrutura dental. Paredes resistentes. Curva S sigmóide ou curva reversa de Hollenbeck: Elimina regiões com pouca espessura de material restaurador e angulação desfavorável do corte dos prismas de esmalte. Provê maior espessura de material restaurador e uma angulação cavo superficial mais próxima de 90º. Forma, na parede vestibular, um ângulo de 90º com a superfície externa do dente. É feito na vestibular porque o ponto de contato proximal com o dente vizinho é geralmente mais próximo da vestibular do que da lingual (ameia lingual > ameia vestibular). Em restaurações indiretas: ângulo cavo superficial de 90º, descolado do ponto de contato (0,5 mm - o suficiente para o material de moldagem penetrar e moldar o ângulo cavo superficial). Ana Caroline de Almeida Peçanha - 2021/1 - UFES TÉCNICA DE PREPARO: 1046 2200 3131 3227 3127 1. Preparo da caixa oclusal - Ponta diamantada cônica de extremidade arredondada 3131: fornece superfície plana, ângulos arredondados e inclinação de 6º das paredes (expulsividade ideal) 2. Preparo da caixa proximal Ana Caroline de Almeida Peçanha - 2021/1 - UFES - A caixa proximal deve ser mais baixa que a caixa oclusal. - Ponta diamantada cônica de extremidade arredondada 3131: fornece superfície plana, ângulos arredondados e inclinação de 6º das paredes (formato expulsivo). - No ângulo cavo-superficial da parede axial da caixa proximal a ponta diamantada 3131 não é suficiente (pode deixar esmalte fragilizado) → utilizar a 3127. - Curva reversa de Hollenback → 3203, 2200. - Seta: região frágil na restauração. - 2200: remove esmalte sem suporte e separa o ponto de contato. 3. Acabamento - Pontas diamantadas de granulação fina (3131F, FF). - Recortador de margem gengival. Ana Caroline de Almeida Peçanha - 2021/1 - UFES ONLAY - CERÂMICA CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PREPARO: ● Expulsividade: 12º. ● Ângulos internos arredondados. ● Margens bem delimitadas. ● Ângulo cavo-superficial: 90º com a superfície do dente (não deve terminar em resina ou cárie). ● Espessura da cerâmica: 1,5 - 2 mm. ● Ausência de esmalte sem suporte. ● Paredes resistentes. TÉCNICA DE PREPARO: 1. Desgaste oclusal, sulcos da face oclusal: - 3146 ou 3098 MF. - Sulcos com profundidade de 1,5 - 2 mm nas vertentes lisas e triturantes das cúspides; 2 sulcos por cúspide. Respeitar a inclinação das vertentes (4 inclinações dos sulcos oclusais). - Cúspides de trabalho (lingual - dentes superiores; vestibular - dentes inferiores): desgaste de 2 mm. - Cúspide de balanceio: desgaste de 1,5 mm. 2. União dos sulcos da face oclusal: - 3146 ou 3098 MF. - Peço para o paciente fechar a boca e vejo se alcancei o desgaste necessário. 3. Preparo da caixa oclusal: - 3131. - 1,5 mm no fundo do sulco oclusal. - Cobrir cúspides enfraquecidas. - Estender até romper o ponto de contato. Logo, na sequência: Desgaste oclusal → preparo da caixa oclusal, indo de mesial a distal por toda a extensão do dente (assoalho plano de fora a fora). Ana Caroline de Almeida Peçanha - 2021/1 - UFES 4. Preparo da caixa proximal: - 3131. - Extensão da caixa proximal: corresponde à extensão da cárie ou restauração prévia. Além disso, o que precisa ser removido é o ponto de contato a fim de possibilitar a moldagem. - 0,5mm abaixo do contato para ter espaço entre o dente adjacente o dente preparado para moldar e não rasgar o material de moldagem Preparo do término cervical: - 3131, 3146 ou 3098 MF. - Em términos cervicais de cerâmica, o ombro é sempre arredondado sem bisel. - Ombro espesso (no mínimo, 1 mm). 5. Ombro nas faces vestibular e lingual - 3146 ou 3098 MF. 6. Acabamento - Pontas diamantadas de granulação fina: 4138 FF e 2135 FF. - Arredondar todos os ângulos internos (entre o assoalho da caixa oclusal e a parede axial da caixa proximal; entre a parede axial da caixa proximal e a parede vestíbulo palatina). O único ângulo vivo é o ângulo cavo superficial. ↪ Dentes posteriores com restauração MOD e tratamento endodôntico requerem onlay com cobertura total de cúspides. Isso porque, a força aplicada pela cúspide sobre a restauração dissipa as tensões pelas paredes, com tendência à fraturas, que podem caminhar em direção à raiz (fratura radicular/vertical ou oblíqua). Ana Caroline de Almeida Peçanha - 2021/1 - UFES
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