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@brunapvilla Idade óssea Crescimento Defeitos congênitos ocorrem em 6% de todos os nascidos vivos (quadril, coluna) 20% das mortes em crianças são por defeitos congênitos Aproximadamente 3% dos RN tem alterações estruturais significativas Atualmente a causa de 50 – 60% dos defeitos congênitos é desconhecida. Estatura – alvo ou altura- alvo É um critério para se avaliar se o canal ou percentil de crescimento no qual a criança está crescendo, é ou não o esperado para aquela criança, com base na altura de seus pais. A fórmula matemática para calculá-la é: ➥ Meninos: 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 + !"#$%! '( )!*+,- . = ➥ Meninas: 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑚ã𝑒 𝑒𝑚 𝑐𝑚 + !"#$%! '( )!* /0 102,- . = O resultado desse cálculo indica o canal de crescimento da família. Considera-se normal uma variação de ± 5 cm. – Cálculo da velocidade de crescimento – A velocidade de crescimento é a quantidade, em cm, que uma criança deve crescer em determinado período e expresso em cm por ano. A média de velocidade de crescimento de acordo com a idade da criança é: ➥ Nascimento até 1 ano: 25cm por ano ➥ 1 ano até 3 anos: 12,5cm por ano ➥ 3 anos até puberdade: 05 – 07 cm por ano – Meninas: 8-10 cm por ano As meninas crescem 5 – 10 cm ± 1 ano após menstruação – Meninos: 10 – 12 cm por ano. O crescimento ósseo é variável de acordo com a idade. Nos primeiros anos de vida, o crescimento é rápido, a velocidade do crescimento decresce na primeira década até que o “estirão da adolescência”, quando acelera novamente. – Estirão de crescimento – – Adolescência – Estirão de crescimento ➥ Meninas: 10-11 anos ➥ Meninos: 13 anos – Porém o crescimento permanece até 15-16 anos nas meninas e 17-18 anos nos meninos. ➥ Critérios de Tanner estabelecem os estágios da maturação sexual. Velocidade de crescimento Estirão de crescimento dura 1-2 anos ➥ Meninas: 10-12 anos ➥ 12-14 anos 65% do crescimento de todo o MMII em torno do joelho (Digby) 35% fêmur distal e 30% tíbia proximal 15% fêmur proximal e 20% tíbia distal Padrões do crescimento ósseo “Segundo Green e Anderson, 71% do tamanho total do fêmur ocorre na físe distal do fêmur e 57% do crescimento da tíbia acontece na físe proximal da tíbia (aproximadamente 01 cm por ano na físe dital do fêmur e 0,6 cm por ano na físe proximal da tíbia)” “Durante o estirão da adolescência a média anual de crescimento praticamente dobra nos ossos longos e deverá chegar à zero ao final dos quatros anos sucessivos quando cessa o crescimento de MMII” @brunapvilla “O crescimento inicial é semelhante em ambos os sexos, porém para o sexo feminino o estirão da adolescência acontece aproximadamente 2 anos antes do que para meninos. Portanto, elas também têm antecipado em, aproximadamente, 2 anos a maturidade esquelética” – Principais hormônios envolvidos no crescimento – IGF: proliferação e diferenciação de condrócitos – parâmetro para avaliar o crescimento ósseo. ➥ Crianças com patologias hepáticas tem o crescimento deficitário (influência na placa de crescimento). – Cortisol – O cortisol influência da massa óssea. @brunapvilla Idade óssea ➥ É uma maneira de descrever o grau de maturação dos ossos de uma criança. – Crianças podem ter assimetria de crescimento ou assincronismo com a IC (idade cronológica). ➥ Durante o crescimento da pessoa, desde a vida fetal até a infância, a puberdade e ao seu final como adulto jovem, os ossos do esqueleto mudam de tamanho e forma. ➥ A idade óssea de uma criança é a idade média em que as crianças atingem este estágio de maturação. – Fise de crescimento = criança ainda cresce ➥ A altura e idade óssea atuais de uma criança podem ser usadas para prever a sua altura quando adulta. ➥ É unanime considerar que a maturação esquelética é o melhor sistema para avaliar a idade biológica e o estatuto maturacional de uma criança ou jovem. Essas mudanças podem ser vistas no rx das mãos e punhos com avaliação de idade óssea. Não há necessidade de colocar a incidência do rx, Radio distal, ulna distal. Fileira proximal: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme Fileira distal: trapézio, trapezóide, capitato, hamato. Trapézio e trapezóide articula com escafoide na fileira proximal Capitato articula com semilunar (no meio) Hamato articula com piramidal I metacarpo na ortopedia é uma falange (dedão) Presença do núcleo de crescimento e da placa de crescimento (físe de crescimento do rádio distal). ➥ Ao nascimento não aparece as epífises. ➥ Os primeiros ossos a desenvolveram na mão e punho: capitato e hamato. Depois piramidal, escafoide, semilunar, etc. @brunapvilla ➥ Ao nascer, apenas as metáfises dos ossos longos estão presentes. ➥ Os ossos longos são aqueles que crescem principalmente por elongação em uma epífise, na extremidade do osso em crescimento. ➥ Os ossos longos são os do fêmur, tíbia e fíbula dos MMII, úmero, rádio e ulna dos MMSS (braço e antebraço) e as falanges dos dedos. ➥ Os ossos longos das pernas compreendem quase metade da altura adulta. ➥ Os outros componentes esqueléticos primários da altura são a espinha dorsal e o crânio. “A idade óssea oferece um importante subsídio para avaliação do crescimento normal bem como para o diagnóstico e seguimento clínico das patologias que interferem no crescimento”. – Importância da determinação da idade óssea – ➥ Independente da idade cronológica, a estatura final é obtida quando ocorre a fusão completa entre a epífise e a metáfise dos ossos que corresponde ao estágio final da maturação óssea. ➥ O crescimento linear relaciona-se à idade óssea e não necessariamente à idade cronológica. ➥ Em crianças normais, onde a velocidade de crescimento é adequada. ➥ Crescimento linear: é definido tecnicamente no comprimento da criança menor de 2 anos deitada e a altura a partir dos 2 anos de idade. ➥ Conhecendo-se a idade óssea, é possível prever o potencial de crescimento ósseo linear e com isso a estatura final. ➥ A angústia frequente das famílias que possuem estatura abaixo da média populacional e que comumente encontram-se preocupados com a projeção de estatura dos filhos. ➥ Considerando-se os mecanismos pelos quais as doenças crônicas afetam a velocidade de crescimento ➥ Pode-se compreender a importância da determinação da idade óssea. ➥ Permite reconhecer o grau de comprometimento estatural induzido pela patologia subjacente (crônica). – Mecanismos que reduzem o crescimento – ➥ Cardiovasculares: menor oferta periférica de oxigênio e nutrientes, acidose < atividade física (sedentarismo influência na idade biológica) ➥ Endócrinas: – Ação hormonal deficiente (GH, cortisol, insulina, esteroides sexuais, tiroxina) – Ação hormonal excessiva (cortisol e esteroides sexuais) ➥ Gastrointestinais: – Má-absorção (↓ proteína, ↓ oferta calórica, ↓ vitaminas ↓ cálcio e fosforo) – Processo inflamatório crônico – Anorexia ➥ Neurológicas: tumores, cirurgias ou radioterapia da região hipotálamo-hipofisária ➥ Pulmonares: hipóxia, anemia, corticoterapia, uso de aminofilina, infecções de repetição, menor oferta de nutrientes (inapetência, dieta hipoalergênica), sono alterado ➥ Renais: anorexia, restrição proteica, acidose, anemia, diabetes insipidus nefrogênico, osteodistrofia (hiperparatireoidismo, raquitismo e osteoporose). Retenção de peptídeos antagonistas do GH ou da IGF-1 ➥ O estado nutricional influência no crescimento! Deve anotar a dieta. “O potencial de recuperação esperado para cada paciente, além de representar um excelente critério para o acompanhamento clínico-evolutivo” Método de Greulich-Pyle “As radiografias devem ser realizadasa cada 03 meses no primeiro ano de vida, a cada 06 meses até os 05 anos e anualmente em crianças maiores” ➥ A idade óssea depende da sequência de aparecimento, do grau de interação e da forma dos diferentes núcleos de ossificação. ➥ Constitui-se em um método prático de triagem ➥ Oferece dificuldades no estabelecimento preciso da idade óssea em virtude do assincronismo com que os núcleos de ossificação aparecem. @brunapvilla No RX: ➥ No RN: ausência de núcleos epifisários nos carpos e nas falanges: ➥ 03 meses de idade: aparecimento do capitato e hamato (predominância do capitato e possui forma oval ➥ 12 Meses: – Achatamento da borda do hamato, adjacente ao capitato – Epífise do rádio. ➥ 1 ano e 3 meses: – O núcleo da epífise do rádio é nítido. – O hamato apresenta um discreto achatamento da borda para o piramidal. – O achatamento da borda proximal do II metacarpo, adjacente ao capitato. – Achatamento da borda distal das falanges proximais (III e IV dedos). ➥ Epífise da ulna só aparece com 6 anos ➥ Pode pedir IO até 18 anos, onde vai ocorrer o fechamento da placa físária ➥ O último a fechar é a físe da placa do radio distal, e antes é a fise da placa distal da ulna à osso maduro – Meninos – ➥ 4 anos: – O rádio apresenta uma linha branca em toda a borda distal (linha fica mais interna na porção ulnar). – Todos os núcleos das falanges estão presentes. – Trapézio pode ter iniciado e depois o trapezóide ➥ 6 anos: – Aumento do processo estilóide do rádio. – Início da epífise ulnar. – Piramidal alongado com borda medial pouco convexa e borda adjacente ao semilunar achatada. – Trapézio inicia achatamento da borda distal, adjacente ao primeiro metacarpo. – Aparecimento do trapezoide e do escafoide. – Endentação da porção proximal do II metacarpo, adjacente ao trapezoide. – Concavidade das falanges proximais (IV e V dedos). ➥ 15 anos: – Epífises do rádio e ulna abraçam suas metáfises. – Cartilagem de crescimento afiladas – Forma definitiva do hamato – Início da fase de fusão de todas as falanges distais (mais avançada no polegar) ➥ 15 anos e 6 meses: – Escafoide, trapezoide e I metacarpo com forma definitiva. – Os limites do tubérculo do escafoide podem ser vistos – Início da fusão dos metacarpos II, III, IV e V dedos. – Fusão de todas as falanges distais ➥ 16 anos: – Metacarpo I, III, IV e V dedos com fusão quase completa – Todas as falanges proximais e falanges médias (I e V dedos) com fusão quase completa – Início da fusão das falanges médias (III e IV dedos) ➥ 17 anos: – Redução da cartilagem de crescimento do rádio, preparatório para início da fase de fusão – Início da fusão da ulna, fusão recente dos metacarpos – Todas as falanges completaram a fusão ➥ 18 anos: – Fusão completa de todos os núcleos exceto do rádio, que permanece com pequena linha metafisária @brunapvilla – Meninas – ➥ 4 anos e 2 meses: – Início do trapézio e do escafoide. – O trapézio com forma arredondada e bordas lisas. – Concavidade epifisária das falanges proximais (IV e V dedos) ➥ 6 anos e 10 meses: – Início da epífise da ulna. – Piramidal alongado com achatamento da borda ao semilunar e espessamento de sua porção distal. – Achatamento da borda proximal do trapézio, adjacente ao escafoide. – Achatamento do trapezoide na borda adjacente ao capitato. – O II metacarpo apresenta concavidade na porção proximal adjacente ao trapezoide. – Ajuste na forma da epífise falange média (V dedo) com a porção distal da falange proximal. ➥ 15 anos: – Início da fusão do rádio e ulna com as suas metáfises – Fusão completa dos metacarpos II, III, IV e V dedos de todas as falanges proximais e médias ➥ 16 anos: – Progressão da fusão do rádio (porções periféricas da cartilagem ainda abertas) ➥ 17 anos: – Fusão do rádio, ulna e falanges médias, com cartilagens de crescimento praticamente obliterada ➥ 18 anos: – Fusão completa de todos os núcleos, podem persistir linhas metafisárias especialmente em rádio e I metacarpo Método de Tanner- Whitehouse ➥ Estudo realizado na década de 50, publicado primeiramente em 1975 (TW1) para ser utilizado como um padrão de normalidade. ➥ Ampliado e reeditado em 1983 – TW2 – tornou-se útil também na avaliação de diversas doenças crônicas ➥ As referências do TW1 e TW2 basearam-se em uma amostra de 3.000 crianças britânicas ➥ No TW3, editado em 2001, a amostra incluiu, para além das crianças britânicas do método original, crianças belgas, esponholas, italianas, argentinas, americanas e japonesas ➥ É possível estimar, separadamente, a idade óssea do rádio, ulna e ossos curtos (escala de RUS – 13 ossos) e a idade dos ossos do carpo (escala do carpo ou carpal – 7 ossos). ➥ Em consonância com a tendência secular postiva em muitos países, nesta última versão foram revisados os scores para os ossos avaliados. ➥ A aprendizagem do método de TW3, no presente estudo, está estruturada em 3 etapas: – 1º consiste no exame detalhado da anatomia da mão e do punho e no estudo do método TW na versão TW3 – 2º etapa baseou-se no acompanhamento da leitura de 225 radiografias realizadas por um avaliador experiente e decorreu na universidade de madeira. Em função do caráter puramente introdutório desta fase, não foram efetuados quaisquer cálculos relativos às estimativas de fiabilidade – 3º etapa: teve duração de 15 dias e foi divida em 3 subetapas: 1º Avaliação de uma série de 46 radiografias para estimular o nível de concordância intra e interobservadores 2º avaliação de nova série de leituras de 40 radiografias padrão 3º avaliação foi a avaliação de 40 radiografias oriundas do projeto crescer com saúde no cariri (juazeiro do norte – CE) Foram avaliados 7700 radiografias de indivíduos de ambos os sexos com idade entre 6 meses e 21 anos. Neste método, cada núcleo é avaliado separadamente quanto ao seu estágio evolutivo de maturação, recebendo um escore individualizado ➥ Esta forma de determinação da idade óssea, embora mais lenta é mais precisa e apresenta menor variação entre diferentes observadores. ➥ É estabelecida de forma decimal ➥ Permite uma correlação contínua com a idade cronológica @brunapvilla ➥ Possibilita o seu uso como um critério de seguimento evolutivo durante o acompanhamento clínico. ➥ TW-20 avaliação de 20 núcleos da mão e punho ➥ TW-capo pode separar a IO da região carpal e das extremidades ➥ TW-RUS avalia ulna, rádio e short bonés ➥ Permite identificar o impacto de eventuais patologias sobre uma região específica. ➥ A previsão da estatura final utiliza sempre a IO calculada pelo TW-RUS ➥ Nesse método, o assincronismo de aparecimento dos núcleos não interfere na determinação da maturação óssea, pois cada núcleo é avaliado em separado e o peso biológico do núcleo é definido em seu estágio intermediário de maturação e não em sua época de aparecimento. ➥ A análise especializada da IO pelo TW2 é a forma mais precisa de determinação da maturação óssea, sendo o método de escolha no seguimento clínico longitudinal dos pacientes ou nos estudos clínicos que avaliam o crescimento infantil ➥ Programas parcialmente computadorizados são oferecidos gratuitamente à classe médica pela indústria farmacêutica, o que permite superar as dificuldades técnicas que o método apresenta, viabilizando sua aplicação na prática clínica. – Em resumo – ➥ A aprendizagem do método não é fácil e requer um treino relativamente moroso que exige controles frequentes de qualidade ➥ É essencial o treinamento sob a supervisão de um avaliador experiente e o controle sistemático da qualidade dos resultados ➥ A seleção de radiografias utilizadas no processo de treinamento foi feita de modo aleatório ➥ Para cada radiografia a ser avaliada apenasse tinha informação de um número de identificação, não sendo conhecido a idade cronológica, nem o sexo da criança. ➥ Os instrumentos de apoio utilizados para a avaliação das radiografias foram os seguintes: negatoscópio, compasso, lupa e fichas para anotação dos estágios de maturidade Método de Risser – Escala de maturação de Risser – Usa critérios radiográficos da ossificação da crista ilíaca ou do osso da bacia. ➥ A fise do quadril cresce de lateral para medial Comparação dos métodos de avaliação Característica dos métodos – Greulich-Pyle – ➥ Vantagens: – Maior facilidade – Maior rapidez ➥ Desvantagens – Duvidosa pelo assincronismo – O estudo da população é da década de 30 – Tanner-Whitehouse – ➥ Vantagens: – Boa precisão – Não é afetado pelo assincronismo @brunapvilla – Menor variação entre dois observadores – Permite avaliar carpo e extremidades – No estudo foi utilizado a população da década de 50 ➥ Desvantagens: – Menor rapidez