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Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem em Saúde Mental" do EAD 
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução 
total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa 
do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
60 horas Enfermagem em Saúde 
Mental 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
 
 
 
 
 
 
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do autor (Artigo 29). 
Enfermagem em Saúde 
Mental 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
60 horas 
Com certificado 
online 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 4 
OBJETIVOS ........................................................................................................................ 5 
PREMISSAS ........................................................................................................................ 6 
HISTÓRICO DA SAÚDE MENTAL ................................................................................ 7 
ESQUIZOFRENIA ............................................................................................................ 10 
TRANSTORNO BIPOLAR .............................................................................................. 12 
REFORMA PSIQUIÁTRICA .......................................................................................... 14 
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL .................................................................................. 15 
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL- CAPS ..................................................... 17 
9.1 FUNÇÕES DOS CAPS ............................................................................................. 19 
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL ............................................. 20 
PROGRAMA DE VOLTA PARA A CASA ................................................................... 23 
RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA ...................................................................................... 27 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PSICÓTICO ......................... 29 
13.1 PROCESSO DE ENFERMAGEM .......................................................................... 29 
13.1.1 Histórico ........................................................................................................... 29 
13.2 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM .................................................................. 30 
13.3 PRESCRIÇÃO ........................................................................................................ 31 
13.4 IMPLEMENTAÇÃO .............................................................................................. 31 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM TRANSTORNO 
BIPOLAR ........................................................................................................................... 33 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE A FASE DEPRESSIVA ............... 35 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE A FASE MANÍACA .................... 37 
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 38 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 42 
 
 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
4 
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expressa do autor (Artigo 29). 
01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
O início do processo de Reforma psiquiátrica no Brasil é contemporâneo ao “movimento 
sanitário”, nos anos setenta e oitenta, em favor da mudança dos modelos de atenção e 
gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva e equidade na oferta dos serviços. 
O ano de 1978 é identificado como o ano de início efetivo do movimento social 
pelos direitos dos pacientes psiquiátricos no Brasil. 
No Rio de Janeiro, em 1978, eclode o movimento dos trabalhadores da Divisão 
Nacional de Saúde Mental (DINSAM), que faz denúncias sobre as condições de quatro 
hospitais psiquiátricos da DINSAM e coloca em questão a Política Psiquiátrica exercida no 
país. Diante desse contexto, foi fomentada a criação de novas Políticas Públicas que 
atendesse as demandas da psiquiatria. 
Unidade 2 – Objetivos 
 
 
5 
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expressa do autor (Artigo 29). 
02 
OBJETIVOS 
 
 
 
 
Atualizar o profissional de enfermagem e estudantes de enfermagem acerca do histórico da 
assistência ao paciente com transtorno mental no Brasil e no mundo. 
Abordar a questão da Reforma Psiquiátrica Brasileira e a influência das Políticas 
Públicas na atenção ao indivíduo portador de transtorno mental. 
Possibilitar ao graduando e ao profissional de enfermagem o conhecimento teórico 
sobre a evolução e as mudanças na atuação do enfermeiro na saúde mental. 
Oferecer uma visão panorâmica e interdisciplinar da política de saúde mental, bem 
como os principais debates teóricos e políticos correntes de fundo, na perspectiva da 
reforma psiquiátrica em curso no país e conhecimento sobre a trajetória da saúde mental. 
Esclarecer dúvidas sobre as peculiaridades inerentes aos serviços alternativos de 
atenção ao paciente psiquiátrico. 
 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
6 
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expressa do autor (Artigo 29). 
03 
PREMISSAS 
 
 
 
 
Diante das mudanças na assistência institucional ao paciente psiquiátrico e da 
implementação de tratamento sem a internação em hospital, uma nova postura é exigida 
dos profissionais de saúde que prestam assistência a esse usuário/ paciente, dentre estes o 
enfermeiro. 
O processo de desinstitucionalização da psiquiatria reflete diretamente na 
assistência em enfermagem psiquiátrica, tornando possível no espaço institucional 
programar uma assistência mais comprometida com o ser humano e com a sua cidadania. 
Unidade 4 – Histórico da Saúde Mental 
 
 
7 
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expressa do autor (Artigo 29). 
04 
HISTÓRICO DA SAÚDE MENTAL 
 
 
 
 
A humanidade convive com a loucura há séculos e, antes de se tornar um tema 
essencialmente médico, o louco habitou o imaginário popular de diversas formas. De 
motivo de chacota e escárnio a possuído pelo demônio, até marginalizado por não se 
enquadrar nos preceitos morais vigentes, o louco é um enigma que ameaça os saberes 
constituídos sobre o homem. 
Através de toda a história tem sido registrada a existência de distúrbios mentais. Os 
gregos e os romanos tratavam os membros da família (exceto escravos) com uma razoável 
compreensão. Com o advento do cristianismo começou a mudar a atitude para com os 
doentes mentais. As doenças mentais teriam ligação com o diabo. Tal conceito chegou ao 
auge na Idade Média e durante três séculos os doentes mentais foram perseguidos, 
especialmente as mulheres, quechegaram a serem queimadas como bruxas. Começaram a 
ser construídos hospitais psiquiátricos em todo o país. Em sua maior parte, eles eram 
enormes, com dois mil ou mais leitos, situados em locais bem distantes da cidade, das 
quais recebiam seus pacientes. Eles eram empilhados em pavilhões e trancados 
frequentemente muitos sedados e praticamente sem qualquer oportunidade para o 
desenvolvimento de respeito próprio e iniciativa. 
Na Renascença, a segregação dos loucos se dava pelo seu banimento dos muros das 
cidades europeias e o seu confinamento era um confinamento errante: eram condenados a 
andar de cidade em cidade ou colocados em navios que, na inquietude do mar, vagavam 
sem destino, chegando, ocasionalmente, a algum porto. 
 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
8 
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expressa do autor (Artigo 29). 
No entanto, desde a Idade Média, os loucos são confinados em grandes asilos e 
hospitais destinados a toda sorte de indesejáveis – inválidos portadores de doenças 
venéreas, mendigos e libertinos. Nessas instituições, os mais violentos eram acorrentados; 
a alguns era permitido sair para mendigar. 
 
No século XVIII, Phillippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria, propõe uma 
nova forma de tratamento aos loucos, libertando-os das correntes e transferindo-os aos 
manicômios, destinados somente aos doentes mentais. Várias experiências e tratamentos 
são desenvolvidos e difundidos pela Europa. 
O tratamento nos manicômios, defendido por Pinel, baseia-se principalmente na 
reeducação dos alienados, no respeito às normas e no desencorajamento das condutas 
inconvenientes. Para Pinel, a função disciplinadora do médico e do manicômio deve ser 
exercida com firmeza, porém com gentileza. Isso denota o caráter essencialmente moral 
com o qual a loucura passa a ser revestida. 
 
http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/pinel.html
Unidade 4 – Histórico da Saúde Mental 
 
 
9 
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expressa do autor (Artigo 29). 
No entanto, com o passar do tempo, o tratamento moral de Pinel vai se modificando 
e esvazia-se das ideias originais do método. Permanecem as ideias corretivas do 
comportamento e dos hábitos dos doentes, porém como recursos de imposição da ordem e 
da disciplina institucional. No século XIX, o tratamento ao doente mental incluía medidas 
físicas como duchas, banhos frios, chicotadas, máquinas giratórias e sangrias. 
Aos poucos, com o avanço das teorias organicistas, o que era considerado como 
doença moral passa a ser compreendido também como uma doença orgânica. No entanto, 
as técnicas de tratamento empregadas pelos organicistas eram as mesmas empregadas 
pelos adeptos do tratamento moral, o que significa que, mesmo com outra compreensão 
sobre a loucura, decorrente de descobertas experimentais da neurofisiologia e da 
neuroanatomia, a submissão do louco permanece e adentra o século XX. 
A partir da segunda metade do século XX, impulsionada principalmente por 
Franco Basaglia, psiquiatra italiano, inicia-se uma radical crítica e transformação do 
saber, do tratamento e das instituições psiquiátricas. Esse movimento inicia-se na Itália, 
mas tem repercussões em todo o mundo e muito particularmente no Brasil. 
 
http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/basaglia.html
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
10 
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expressa do autor (Artigo 29). 
05 
ESQUIZOFRENIA 
 
 
 
 
 
A esquizofrenia é um transtorno psíquico severo que se caracteriza classicamente 
pelos seguintes sintomas: alterações do pensamento, alucinações (visuais, sinestésicas, e 
sobretudo auditivas), delírios e alterações no contato com a realidade. 
Atualmente é compreendida como um transtorno mental, podendo atingir diversos 
tipos de pessoas, sem exclusão de grupos ou classes sociais. 
De acordo com algumas estatísticas, a esquizofrenia atinge 1% da população 
mundial, manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos, com proporção 
semelhante entre homens e mulheres, podendo igualmente ocorrer na infância ou na meia-
idade. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sintoma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alucina%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Del%C3%ADrio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Realidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mulher
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inf%C3%A2ncia
Unidade 5 – Esquizofrenia 
 
 
11 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Algumas pessoas acometidas da esquizofrenia se destacaram e se destacam no meio 
acadêmico, artístico e social. 
A esquizofrenia, talvez o transtorno mental de maior comprometimento ao longo da 
vida, caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos 
processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre 
experiências internas e externas. 
Embora primariamente uma doença orgânica neuropsiquiátrica que afeta os 
processos cognitivos[de conhecimento], seus efeitos repercutem-se também no 
comportamento e nas emoções. 
Os sintomas da esquizofrenia podem não ser os mesmos de pessoa para pessoa, 
podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma 
explosiva e instantânea. Podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas 
positivos e negativos. 
Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da 
doença e são as perturbações mentais "muito fora" do normal, como que "acrescentadas" às 
funções psiquico-orgânicas da pessoa. 
Entende-se como sintomas positivos os delírios — ideias delirantes, pensamentos 
irreais, ideias individuais do doente que não são partilhadas por um grande grupo, por 
exemplo, um indivíduo que acha que está a ser perseguido pela polícia secreta, e acha que 
é o responsável pelas guerras do mundo; as alucinações, percepções irreais – ouvir, ver, 
saborear, cheirar ou sentir algo irreal, sendo mais frequente as alucinações auditivo-
visuais; pensamento e discurso desorganizado (confusão mental), elaboração de frases sem 
qualquer sentido ou invenção de palavras; alterações visíveis do comportamento, ansiedade 
excessiva, impulsos ou agressividade constantes na fase de crise. 
Os sintomas negativos são o resultado da perda ou diminuição das capacidades 
mentais, acompanham a evolução da doença e refletem um estado deficitário ao nível da 
motivação, das emoções, do discurso, do pensamento e das relações interpessoais; 
isolamento social; apatia; indiferença emocional total e não transitória; pobreza do 
pensamento. 
Estes sinais não se manifestam todos na pessoa esquizofrênica. Algumas pessoas 
vêem-se mais afetadas do que outras, podendo muitas vezes ser incompatível com uma 
vida normal. No entanto, alguns sintomas podem oscilar, aparecer e desaparecer em ciclos 
de recidivas e remissões. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sintoma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alucina%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vis%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paladar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olfato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tacto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apatia
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
06 
TRANSTORNO BIPOLAR 
 
 
 
 
 
A Psicose Maníaco-Depressiva (PMD) é um distúrbio do humor chamado de 
perturbação bipolar e é subdividida de acordo com a sintomatologia do episódio presente: 
maníaco, depressivo ou misto. 
Para que se possa proporcionar uma efetiva assistência de enfermagem a um 
paciente com diagnóstico de PMD é necessário que se conheça a doença a fim de entender 
alguns comportamentos esperados neste quadro. 
Características da Fase Maníaca da doença: elevação do humor, euforia intensa 
onde ocorrem ideias e planos grandiosos. Há aumento da atividade, que pode agravar-se 
para a irritabilidade, acompanhado de insônia (sem queixas de ser incômoda), sentimentos 
de grandiosidade, aumento da libido, logorreia, gastos excessivos (dão presentes para os 
amigos e também para quem não conhecem) e evolução para a hostilidade e violência 
física a quem impor limites e dê conselhos. 
Unidade 6 – Transtorno Bipolar 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
O paciente em fase maníaca tem pensamento acelerado e sem crítica de seus atos: 
pensa que é o "Superman", resolve fazer compras às quatro horas de manhã, "esquece" de 
se alimentar, pois possui coisas "mais importantes" para fazer. Em casos mais graves, este 
tipo de paciente torna-se tipicamente psicótico com fugas de ideias, fala desorganizada, 
agitação psicomotora, delírios de grandeza e mesmo alucinações. 
Os tratamentos mais utilizados nesta fase são os Benzodiazepínicos, Neurolépticos 
e Eletroconvulsoterapia. 
Características da fase de depressão: a melancolia importante e a perda do interesse 
pela vida. O paciente sente-se desanimado e inútil, perde o prazer em qualquer tipo de 
atividade, com grande desinteresse por tudo o que se passa ao seu redor. 
Apresenta dificuldades de concentração e, principalmente o idoso, tem a sensação 
de que a memória não está funcionando bem. O deprimido fica ruminando ideias e 
pensamentos tristes e pessimistas, tem um caráter de baixa autoestima, sente-se muito 
inseguro, possui dificuldades para tomar decisões, sente-se culpado, pensa em suicídio, 
tem perda de apetite e, como consequência emagrece, diminui a libido e apresenta insônia. 
Os tratamentos mais utilizados nesta fase são os antidepressivos tricíclicos. 
 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
14 
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expressa do autor (Artigo 29). 
07 
REFORMA PSIQUIÁTRICA 
 
 
 
 
 
O movimento da Luta Antimanicomial nasce profundamente marcado pela ideia de defesa 
dos direitos humanos e de resgate da cidadania dos que carregam transtornos mentais. 
Aliado a essa luta, nasce o movimento da Reforma Psiquiátrica que, mais do que 
denunciar os manicômios como instituições de violências, propõe a construção de uma 
rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, profundamente solidárias, 
inclusivas e libertárias. 
No Brasil, tal movimento inicia-se no final da década de 70 com a mobilização dos 
profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Esse 
movimento se inscreve no contexto de redemocratização do país e na mobilização político-
social que ocorre na época. 
http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/reforma.html
Unidade 8 – Política de Saúde Mental 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
08 
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL 
 
 
 
 
 
Importantes acontecimentos como a intervenção e o fechamento da Clínica Anchieta, em 
Santos/SP, e a revisão legislativa proposta pelo então Deputado Paulo Delgado por meio 
do projeto de lei nº 3.657, ambos ocorridos em 1989, impulsionam a Reforma Psiquiátrica 
Brasileira. 
Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas a qual propõe a 
reestruturação da assistência psiquiátrica, e, em 2001, é aprovada a Lei Federal 10.216 
que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e 
redireciona o modelo assistencial em saúde mental. 
http://www.paulodelgado.com.br/
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=24138&janela=1
http://www6.senado.gov.br/legislacao/DetalhaDocumento.action?id=232459&titulo=LEI%2010216%20de%2006/04/2001%20%20-%20LEI%20ORDINÁRIA
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia 
expressa do autor (Artigo 29). 
Dessa lei origina-se a Política de Saúde Mental a qual, basicamente, visa garantir 
o cuidado ao paciente com transtorno mental em serviços substitutivos aos hospitais 
psiquiátricos, superando assim a lógica das internações de longa permanência que tratam o 
paciente isolando-o do convívio com a família e com a sociedade como um todo. 
A Política de Saúde Mental no Brasil promove a redução programada de leitos 
psiquiátricos de longa permanência, incentivando que as internações psiquiátricas, quando 
necessárias, se dêem no âmbito dos hospitais gerais e que sejam de curta duração. 
Além disso, essa política visa à constituição de uma rede de dispositivos 
diferenciados que permitam a atenção ao portador de sofrimento mental no seu território, a 
desinstitucionalização de pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos e, 
ainda, ações que permitam a reabilitação psicossocial por meio da inserção pelo trabalho, 
da cultura e do lazer. 
A história confirma que a mudança do modelo de atenção aos portadores de 
transtornos mentais não apenas é possível e viável, como, de fato, é real e acontece. 
A Coordenação Nacional de Saúde Mental e o Programa de Humanização no 
SUS, ambos do Ministério da Saúde, implantaram em todo o país casas nas quais residem 
pessoas egressas de longas internações psiquiátricas e que, por suas histórias e trajetórias 
de abandono nos manicômios, mais parecem personagens do impossível. 
Antes, destituídos da própria identidade, privados de seus direitos mais básicos de 
liberdade e sem a chance de possuir qualquer objeto pessoal (os poucos que possuíam 
tinham que ser carregados junto ao próprio corpo), esses sobreviventes agora vivem. São 
personagens da cidade: transeuntes no cenário urbano, vizinhos, trabalhadores e também 
turistas, estudantes e artistas. Compuseram e compõem novas histórias no mundo. 
 
 Portanto o Programa de Volta para Casa e os Serviços Residenciais 
Terapêuticos beneficiaram o indivíduo portador de transtorno psíquico permitindo 
que estes transponham os muros dos hospitais, da sociedade e os seus próprios.http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=24134&janela=1
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=925
http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=389
http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=389
http://www.saude.gov.br/
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=24360&janela=1
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=24360&janela=1
Unidade 9 – Centro de Atenção Psicossocial - CAPS 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
09 
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL- 
CAPS 
 
 
 
 
 
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço comunitário que tem como 
papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos 
severos e persistentes, no seu território de abrangência. 
Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento 
clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos 
direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção 
à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
18 
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Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva 
ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, 
comunitários que oferecem atendimento diário. 
Os CAPS deverão obedecer a alguns princípios básicos: devem se responsabilizar 
pelo acolhimento de 100% da demanda dos portadores de transtornos severos de seu 
território, garantindo a presença de profissional responsável durante todo o período de 
funcionamento da unidade (plantão técnico) e criar uma ambiência terapêutica 
acolhedora no serviço que possa incluir pacientes muito desestruturados que não consigam 
acompanhar as atividades estruturadas da unidade. 
A atenção deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a 
construção dos projetos de inserção social. Devem ainda trabalhar com a idéia de 
gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela 
e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço. 
Os projetos terapêuticos dos CAPS devem ser singulares, respeitando-se diferenças 
regionais, contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de 
familiares e usuários e articulações intersetoriais que potencializem suas ações. 
 
O CAPS deve considerar o cuidado intra, inter, e transubjetivo, articulando recursos 
de natureza clínica, incluindo medicamentos, de moradia, de trabalho, de lazer, de 
previdência e outros, através do cuidado clínico oportuno e programas de reabilitação 
psicossocial. 
 
 
Unidade 9 – Centro de Atenção Psicossocial - CAPS 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
 
9.1 FUNÇÕES DOS CAPS 
 Prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações 
em hospitais psiquiátricos. 
 Acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, 
procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território. 
 Promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações 
intersetoriais. 
 Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de 
atuação. 
 Dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica. 
 Organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios. 
 Articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado 
território. 
 Promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, 
exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. 
 Estes serviços devem ser substitutivos e não complementares ao hospital 
psiquiátrico. De fato, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora de 
autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a 
trajetória do seu tratamento. 
 Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em 
busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se 
com o sujeito e a singularidade, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana. 
 O perfil populacional dos municípios é sem dúvida um dos principais critérios para 
o planejamento da rede de atenção à saúde mental nas cidades, e para a implantação 
de centros de Atenção Psicossocial. O critério populacional, no entanto, deve ser 
compreendido apenas como um orientador para o planejamento das ações de saúde. 
 De fato, é o gestor local, articulado com as outras instâncias de gestão do SUS, que 
terá as condições mais adequadas para definir os equipamentos que melhor 
respondem às demandas de saúde mental de seu município. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
INFANTIL 
 
 
 
 
 
O CAPS para Infância e Adolescência (CAPSi) é um serviço de atenção diária 
destinado ao atendimento de crianças e adolescentes gravemente comprometidos 
psiquicamente. 
Estão incluídos nesta categoria os portadores de autismo, psicoses, neuroses graves 
e todos aqueles que, por sua condição psíquica, estão impossibilitados de manter ou 
estabelecer laços sociais. 
A experiência acumulada em serviços que já funcionavam segundo a lógica da 
atenção diária indica que se ampliam as possibilidades de tratamento para crianças e 
adolescentes quando o atendimento tem início o mais cedo possível, devendo, portanto, os 
Unidade 10 – Centro de Atenção Psicossocial Infantil 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
CAPSi estabelecerem as parcerias necessárias com a rede de saúde, educação e assistência 
social ligadas ao cuidado da população infanto-juvenil. 
Uma média de 5% a 7% das crianças e adolescentes, de acordo com a Organização 
Mundial de Saúde (OMS), sofre de transtornos mentais. O CAPS infantil é um serviço de 
atendimento diário destinado a infância comprometida com algum grau psíquico. 
Vários estudos indicam que, crianças que recebem atendimento e acompanhamento 
o mais cedo possível, tende a se desenvolver socialmente e até a exercer funções que sem 
os atendimentos oferecidos por serviços como o CAPS infantil os impediria de 
desenvolver. 
Os Transtornos não são tão comuns em crianças, mas os pais têm que ficar atentos 
aos sintomas, os responsáveis por essas crianças precisam aprender a lidar com elas, pois o 
olhar da família é fundamental no tratamento. Outrora tratar desse assunto era tabu, hoje 
como avanço da medicina e dos serviços, não se é mais permitido esconder a criança 
afetada com esses transtornos. Tratar sempre é a melhor opção. 
As psicoses da infância e o autismo infantil são condições clínicas para as quais não 
se conhece uma causa isolada que possa ser responsabilizada por sua ocorrência. Apesar 
disso, a experiência permite indicar algumas situações que favorecem as possibilidades de 
melhora, principalmente quando o atendimento tem início o mais cedo possível, 
observando-se as seguintes condições: 
 O tratamento tem mais possibilidade de sucesso quando a criança ou adolescente é 
mantido em seu ambiente doméstico e familiar. 
 As famílias devem fazer parte integrante do tratamento, quando possível, pois se 
observa maior dificuldade de melhora quando se trata a criança ou adolescente 
isoladamente. 
 O tratamento deve ter sempre estratégias e objetivos múltiplos, preocupando-se 
com a atenção integral a essas crianças e adolescentes, o que envolve ações não 
somente no âmbito da clínica, mas também ações intersetoriais. É preciso envolver-
se com as questões familiares, afetivas, comunitárias, com a justiça, a educação, a 
saúde, a assistência, a moradia, etc. A melhoria das condições gerais dos ambientes 
onde vivem as crianças e os adolescentes tem sido associada a uma melhor 
evolução clínica para alguns casos. 
 As equipes técnicas devem atuar sempre de forma interdisciplinar, permitindo um 
enfoque ampliado dos problemas, recomendando-se a participação de médicos com 
experiência no atendimento infantil, psicólogos, enfermeiros, terapeutas 
ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, para formar uma equipe mínima 
de trabalho. A experiência de trabalho com famílias também deve fazer parte da 
formação de equipe. 
 Deve-se ter em mente que no tratamento dessas crianças e adolescentes, mesmo 
quando não é possível trabalhar com a hipótese de remissão total do problema, a 
obtenção de progressos no nível de desenvolvimento, em qualquer aspecto da sua 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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vida mental, pode significar melhora importante nas condições de vida para eles e 
suas famílias. 
 As atividades de inclusão social em geral e escolar em particular devem ser parte 
integrante dos projetos terapêuticos. 
 Em geral, as atividades desenvolvidas no CAPSi são as mesmas oferecidas nos 
CAPS, como atendimento individual, atendimento grupal, atendimento familiar, 
visitas domiciliares, atividades de inserção social, oficinas terapêuticas, atividades 
socioculturais e esportivas, atividades externas. Elas devem ser dirigidas para a 
faixa etária a quem se destina a atender. Assim, por exemplo, as atividades de 
inserção social devem privilegiar aquelas relacionadas à escola. 
Unidade 11 – Programa de Volta para a Casa 
 
 
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11 
PROGRAMA DE VOLTA PARA A CASA 
 
 
 
 
 
O Programa de Volta para Casa foi instituído pelo Presidente Lula, por meio da 
assinatura da Lei Federal 10.708 de 31 de julho de 2003 e dispõe sobre a regulamentação 
do auxílio-reabilitação psicossocial a pacientes que tenham permanecido em longas 
internações psiquiátricas. 
O objetivo deste programa é contribuir efetivamente para o processo de inserção 
social dessas pessoas, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de 
recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social, capaz de assegurar o 
bem-estar global e estimular o exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de 
cidadania. 
Além disso, o De Volta para Casa atende ao disposto na Lei 10.216 que determina 
que os pacientes longamente internados ou para os quais se caracteriza a situação de grave 
dependência institucional, sejam objeto de política específica de alta planejada e 
reabilitação psicossocial assistida. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Em parceria com a Caixa Econômica Federal, o programa conta hoje com mais de 
2.600 beneficiários em todo o território nacional, os quais recebem mensalmente em suas 
próprias contas bancárias o valor de R$240,00. 
Em conjunto com o Programa de Redução de Leitos Hospitalares de longa 
permanência e os Serviços Residenciais Terapêuticos, o Programa de Volta para Casa 
forma o tripé essencial para o efetivo processo de desinstitucionalização e resgate da 
cidadania das pessoas acometidas por transtornos mentais submetidas à privação da 
liberdade nos hospitais psiquiátricos brasileiros. 
O auxílio-reabilitação psicossocial, instituído pelo Programa de Volta para Casa, 
também tem um caráter indenizatório àqueles que, por falta de alternativas, foram 
submetidos a tratamentos aviltantes e privados de seus direitos básicos de cidadania. 
 
O movimento de voltar para casa tem este sentido de acolhida e de cuidado. 
Imagem-afeto que nos toca como as fotografias que registram o Programa de Volta para 
Casa que, desde julho de 2003, dá força de lei a mais este passo importante no movimento 
da reforma psiquiátrica brasileira. Imagem-afeto, imagem-movimento, o tema da saúde 
mental ganha assim toda a sua consistência entre a clínica, a política e a estética. 
No Brasil, o tema da saúde mental se tornou uma questão de natureza 
“psicossocial”: eis aí um termo que já se tornou consensual entre nós e que nos desafia na 
experiência da clínica no contemporâneo. A clínica, segunda esta designação, se dá no 
limite entre o individual e o coletivo. É nesta zona de indiscernibilidade que o movimento 
da reforma psiquiátrica faz a sua aposta e que os serviços substitutivos ao manicômio 
afinam os seus dispositivos de intervenção (dispositivos de atenção e de gestão). 
Unidade 11 – Programa de Volta para a Casa 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Se falarmos de um campo em que individual e coletivo se distinguem, mas não se 
separam é porque outra relação de inseparabilidade se coloca: aquela entre clínica e 
política. 
No campo da reforma, a clínica não pode ser definida como o domínio do privado, 
dos nossos segredos íntimos, das experiências interiores de um sujeito e que seja diferente 
e separada da política, entendida como domínio do público (polis), isto é, domínio onde 
encontramos os jogos de poder, o embate entre as forças dominantes e as forças 
dominadas. 
Quando se supera as velhas oposições entre clínica e política, entre sujeito e 
mundo, definimos subjetividade não como uma natureza, uma essência, uma realidade 
dada. Não estamos falando de alguma coisa que seja sempre idêntica a si. Não estamos 
falando de uma identidade: a do louco, a do doente mental, a deste indivíduo cujo 
adoecimento pareceria lhe ameaçar a condição de cidadão. 
Por subjetividade devemos entender não um estado de coisa ou estrutura, mas um 
processo – um processo de criação de si e do mundo. Este processo se realiza com 
múltiplos elementos: o ambiente familiar comsuas relações (pai/mãe, mãe/filho, pai/filho 
etc.), a mídia, a violência das cidades, a participação nos movimentos sociais, as políticas 
públicas de saúde, as artes dentre outros. 
A clínica da reforma psiquiátrica é uma experiência de transversalidade, isto é, não 
há como pensá-la senão de modo transversal ou num plano onde a clínica, política, mas 
também a arte se atravessam. 
E por que o destaque da interface com a política e a arte? Porque no cotidiano das 
práticas de gestão e de atenção psicossocial, fomentamos não só modos de produção de 
bens de consumo como nas oficinas de geração de renda, mas também, e, sobretudo, 
modos de produção da experiência coletiva (as assembleias, as associações, os grupos 
terapêuticos), modos de produção de outras relações da loucura com a cidade (o AT, os 
dispositivos residenciais, a luta pelo passe livre, o de volta para casa), modos de produção 
de outras formas de expressão da loucura (as oficinas expressivas, as rádios e TVs 
comunitárias), enfim, modos de criação de si e do mundo. 
Pensamos a inseparabilidade entre a clínica e a política, não podendo negligenciar a 
interface da clínica com a estética, já que estamos às voltas com processos de criação. 
O trabalho dos profissionais de saúde mental é o de cuidar desses processos de 
criação: ensejá-los e acompanhá-los. E tal cuidado não pode ser confundido com uma ação 
assistencialista, uma ação do bom profissional definido como “bom homem”. 
Na verdade, as práticas de atenção/gestão psicossocial são, no campo das políticas 
públicas de saúde, um exemplo efetivo do SUS que enfrenta os grandes problemas da 
universalidade do acesso, da integralidade do cuidado e da equidade das ofertas em saúde. 
Substituir os manicômios, recusar as práticas de atenção pautadas pelo desrespeito aos 
direitos dos usuários, fomentar o protagonismo, autonomia e a corresponsabilidade dos 
gestores, trabalhadores, usuários e rede social é tarefa de humanização do SUS. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
Um SUS mais humano é este que reconhece o outro como legítimo cidadão de 
direitos, valorizando os diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. 
Apostamos na renovação dos modelos de atenção e de gestão no SUS. O movimento da 
reforma psiquiátrica é atualmente uma política de governo que, assim como o Humaniza 
SUS, fortalecem as práticas de atenção e de gestão nos fazendo entender que a saúde é um 
bem público que devemos constantemente, numa ação clínico-estético-política, criar e 
recriar. 
Unidade 12 – Residência Terapêutica 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
12 
RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA 
 
 
 
 
 
Os Serviços Residenciais Terapêuticos, também conhecidos como Residências 
Terapêuticas, são casas, locais de moradia, destinadas a pessoas com transtornos mentais 
que permaneceram em longas internações psiquiátricas e impossibilitadas de retornar às 
suas famílias de origem. 
As Residências Terapêuticas foram instituídas pela Portaria/GM nº 106 de 
fevereiro de 2000 e são parte integrante da Política de Saúde Mental do Ministério da 
Saúde. Esses dispositivos, inseridos no âmbito do Sistema Único de Saúde/SUS, são 
centrais no processo de desinstitucionalização e reinserção social dos egressos dos 
hospitais psiquiátricos. 
Tais casas são mantidas com recursos financeiros anteriormente destinados aos 
leitos psiquiátricos. Assim, para cada morador de hospital psiquiátrico transferido para a 
residência terapêutica, igual número de leitos psiquiátricos deve ser descredenciado do 
SUS e os recursos financeiros que os mantinham devem ser realocados para os fundos 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
financeiros do estado ou do município para fins de manutenção dos Serviços Residenciais 
Terapêuticos. 
Em todo o território nacional existem mais de 470 residências terapêuticas. 
As denúncias contra o tratamento desumano no interior dos manicômios, que se 
iniciam no final da década de 70 e tomam força nos anos 80 e 90, citam os hospitais de 
Barbacena e começam a mobilizar a sociedade. Na crença de que o paciente com 
transtorno mental pode e deve ser tratado sem ser retirado do seu meio familiar e social e 
sem ficar trancafiado, sem liberdade, no hospital psiquiátrico é que se sustenta toda a 
revolução na atenção à saúde mental. 
O Ministério da Saúde tem organizado as chamadas Residências Terapêuticas, 
as quais recebem os egressos dessas longas internações psiquiátricas, e a assistência é 
oferecida nos Centros de Atenção Psicossocial. 
Unidade 13 – Assistência de Enfermagem ao Paciente Psicótico 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
13 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO 
PACIENTE PSICÓTICO 
 
 
 
 
 
As síndromes psicóticas caracterizam-se por sintomas como alucinações e delírios; 
pensamento desorganizado e comportamento claramente bizarro como falam e risos 
imotivados; distúrbios das relações pessoais e a incapacidade de comunicar-se com clareza. 
Os sintomas paranoides são muito comuns, como ideias delirantes e alucinações auditivas 
de conteúdo persecutório. 
 
 
13.1 PROCESSO DE ENFERMAGEM 
 
13.1.1 Histórico 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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 Anamnese 
 Entrevista com o cliente 
 Observação 
 
 
 
13.2 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
 Ansiedade 
 Déficit de autocuidado 
 Alteração no padrão do sono 
 Alteração nos processos do pensamento 
 Alteração do senso-percepção 
 Deterioração da comunicação verbal 
 Isolamento social 
 Deterioração da manutenção do lar 
 Potencial de violência consigo mesmo e com os outros 
 Diminuição da autoestima 
 Não seguimento do tratamento 
Unidade 13 – Assistência de Enfermagem ao Paciente Psicótico 
 
 
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 Ajuste familiar ineficaz 
 
 
13.3 PRESCRIÇÃO 
 Estabelecimento de metas com o cliente. 
 Estabelecimento de critérios para evolução final desejada para o cliente. 
 Estabelecimento de critérios para evolução final desejada para a família. 
 
 
13.4 IMPLEMENTAÇÃO 
Observação e anotação do comportamento que o cliente manifesta. Deve ser completa e 
detalhada para auxiliar na prevenção de agressões, fugas e suicídio. 
Fazer um levantamento das necessidades básicas afetadas: 
 Hidratação 
 Alimentação 
 Sono e repouso 
 Eliminações 
 Higienee aparência pessoal 
 Atividade Motora 
 Proporcionar ambiente terapêutico. 
 Ser sincero, cumprir promessas feitas. 
 Orientar sistematicamente para a realidade. 
 Estabelecerumarelação terapêutica baseada na confiança e no reconhecimento de 
suas qualidades e capacidades, reforçando-as. 
 Ser coerente na comunicação verbal e não verbal servindo como modelo para o 
cliente. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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 Na presença de delírios e alucinações não criticar ou menosprezar as ideias do 
cliente. 
 Estar atento quanto à aceitação do tratamento. Verificar se o cliente toma os 
medicamentos prescritos. 
 Encaminhar, mobilizar oportunidades para o cliente se ocupar e recrear-se em 
tarefas corretas. 
 Estimular progressivamente a sua interação social. 
 Orientar cliente e familiares a respeito da doença, dos possíveis efeitos da 
medicação, da importância do tratamento e de segui-lo corretamente. Incentivar 
visitas, observação da interação entre eles. 
Unidade 14 – Assistência de Enfermagem ao Paciente com Transtorno Bipolar 
 
 
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14 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO 
PACIENTE COM TRANSTORNO BIPOLAR 
 
 
 
 
 
Durante a assistência de enfermagem ao paciente psiquiátrico, a interação enfermeiro-
paciente é de vital importância e está depende das características próprias de cada 
enfermeiro, o qual deverá usar sua própria personalidade, compreensão e habilidade para 
desenvolver com o paciente, atitudes mais positivas para lidar com situações difíceis e 
stress. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
O enfermeiro deve ser útil para o paciente psiquiátrico e ter em mente que este teve 
uma história anterior em sua vida, de fracasso. 
Para que haja um bom relacionamento enfermeiro-paciente, o enfermeiro deve 
aceitar o paciente, chamando-o pelo nome, compreendendo seus direitos, não se afastando 
por causa de seu diagnóstico. 
O enfermeiro deve ainda, estimular o paciente a expressar seus sentimentos, 
entendendo também o significado de seus atos. O enfermeiro deve ter uma atitude não 
crítica, ou seja, os comportamentos do paciente não devem ser julgados, condenados e nem 
aceitos totalmente; deve ter firmeza no modo de agir, sendo sempre firme e coerente para 
que o paciente possa se sentir seguro, e toda a equipe deve ter a mesma postura. 
O enfermeiro deve utilizar técnicas de comunicação terapêutica a fim de facilitar a 
interação enfermeiro-paciente: ouvir o paciente reflexivamente, permanecendo em silêncio, 
verbalizando aceitação e interesse; utilizar frases incompletas, repetir comentários feitos 
pelo paciente ou repetir suas últimas palavras, proporcionando-lhe estímulos para falar e 
exprimir seus sentimentos; permitir ao paciente que escolha o assunto, colocando em foco 
a ideia principal; deve estimular comparações e descrever os eventos em sequência lógica; 
deve repetir a mensagem do paciente, sumarizando o que foi dito durante a interação. 
Como medidas terapêuticas, na assistência de um paciente psiquiátrico, o apoio é 
muito importante: ficar ao lado do paciente quando este está passando por momentos de 
tensão emocional ou confusão; saber ouvir e ajudá-lo a tomar decisões e a reconhecer suas 
próprias limitações; ressaltar suas características sadias, valorizando seus sucessos e 
progressos. 
 O estabelecimento de limites, além da ajuda na expressão dos pensamentos e 
sentimentos, também é uma medida terapêutica de grande importância durante esta 
assistência de enfermagem, pois irá ajudar o paciente a diminuir seu nível de ansiedade, 
proporcionando-lhe condições para testar padrões de comportamento mais adequados; 
desta forma ele terá aceitação por parte das pessoas com as quais convive. Além disto, o 
paciente mudará o conceito que tem de si, orientará sua própria vida e terá oportunidade de 
experimentar sucesso onde não obtivera antes. 
 
Unidade 15 – Assistência de Enfermagem ao Durante a Fase Depressiva 
 
 
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15 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
DURANTE A FASE DEPRESSIVA 
 
 
 
 
Com relação aos comportamentos depressivos, o isolamento social era bastante 
característico, pois o paciente nesta situação não interage com os demais usuários. O 
enfermeiro deve além de conversar com usuário e oferecer-lhe apoio, sempre que podia 
apresentava-lhe os outros pacientes. 
Outro comportamento característico desta fase era sua postura cabisbaixa, sobre a 
qual o enfermeiro deve informar-lhe que poderá dar-lhe dores nas costas e solicitar que 
levante o rosto para que possa conversar melhor. 
Com relação à sua comunicação, o paciente às vezes pode apenas murmurar 
palavras, o enfermeiro deve pedi-lhe para que falasse mais alto, pois não conseguia escutá-
lo, procurando incentivá-lo a falar mais, fazendo-lhe perguntas mais abertas, repetindo suas 
últimas palavras para que pudesse continuar o assunto, mostrando interesse em seu 
discurso. 
Problemas somáticos como turgor diminuído, emagrecimento e obstipação devem 
ser minimizados da seguinte forma: ao invés de somente oferecer-lhe água e orienta-lhe 
quanto à importância da ingestão hídrica para que melhore seu turgor, favoreça o acesso à 
água aconselhando-lhe a bebê-la. 
Durante a fase depressiva, a assistência de enfermagem consiste em assumir 
responsabilidades pela segurança do paciente, dado o risco de suicídio e para isto, o 
enfermeiro deve estimulá-lo a falar, para que possa verbalizar seus sentimentos e ideias de 
autodepreciarão, ruína e inutilidade e assim, avaliar seu nível de perspectiva e de 
esperança. O enfermeiro deve usar frases curtas e claras e lembrar-se da demora que o 
paciente depressivo possui para elaborar respostas. O uso do silêncio, ouvir 
reflexivamente. 
Assistência de Enfermagem a Pacientes com Desordem Bipolar deve contemplar a 
imposição de limites que são também técnicas terapêuticas de comunicação importantes. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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Ocupar e socializar o paciente são formas de elevar a autoestima na fase depressiva, desde 
que sejam dadas atividades fáceis e importantes para que o paciente se sinta útil, para que 
ele veja resultados rapidamente, não se esquecendo de comentar positivamente suas 
conquistas. 
O enfermeiro deve estar atento ao autocuidado com a higiene e aparência do 
paciente, verificando seu grau de dependência; verificar e estimular alimentação, 
hidratação, eliminações; observar sono e verificar problemas somáticos. 
Unidade 16 – Assistência de Enfermagem Durante a Fase Maníaca 
 
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16 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
DURANTE A FASE MANÍACA 
 
 
 
 
Durante a fase maníaca, existe a dificuldade de evitar o medo, a rejeição e a irritação que o 
paciente provoca nos membros da equipe de enfermagem, dada a sua agitação e 
agressividade. 
A assistência de enfermagem ao paciente que apresenta a fase maníaca deve ser 
coerente entre todos os membros da equipe. 
Deve-se ter uma observação constante e relato das manifestações de 
comportamento do paciente, tendo sempre em mente de que é um suicida em potencial; o 
maníaco deve permanecer em local com poucos pacientes e o ambiente deve ser o mais 
tranquilo possível, com o mínimo de estímulos e, de preferência, separá-lo dos pacientes 
deprimidos (o comportamento destes o irrita) e com o mesmo tipo de manifestações 
(aumento de excitação); deve-se usar tom baixo de voz, frases curtas e linguagem clara, em 
vista da sua dificuldade em fixar a atenção; tentar manter seu discurso coerente; impor 
limites; ajudá-lo em sua higiene; evitar que seja alvo de zombaria. 
A pessoa com alterações no humor, na fase maníaca, apresenta sintomas 
característicos, os quais se manifestaram visivelmente no decorrer da sua assistência. 
Com frequência ela manifestava o seu desejo de fuga, sendo necessário explicar-lhe 
diversas vezes que não poderia sair sem a autorização de seu médico e a importância de 
continuar o seu tratamento. Ao mesmo tempo, procurava dar-lhe opções para resolver 
questões prementes, como busca de possíveis substitutos para receberem o dinheiro da 
paciente no seu lugar. 
Em alguns contatos, o paciente pode demonstrar desorientação no tempo e espaço, 
havendo a necessidade de informa-lhe a respeito do tempo e do espaço. 
Quando o seu discurso do paciente parecer incoerente, relata-lhe, que não 
conseguia entendê-lo, pois fala vários assuntos ao mesmo tempo. 
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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1. No século XVIII, quem foi considerado o pai da psiquiatria e propôs uma nova forma de 
tratamento aos loucos, libertando-os das correntes e transferindo-os aos manicômios, 
destinados somente aos doentes mentais? 
 
a. Paulo Delgado 
b. Alberte Pineal 
c. Phillippe Pinel 
d. Filco Pinel 
 
2. Na Idade Média e durante três séculos os doentes mentais foram perseguidos, 
especialmente as mulheres, que: 
 
a. Foram crucificadas 
b. Foram queimadas como bruxas 
c. Foram apedrejadas 
d. Foram afogadas como bruxas 
 
3. A partir da segunda metade do século XX, impulsionada principalmente por um psiquiatra 
italiano, inicia-se uma radical crítica e transformação do saber, do tratamento e das 
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instituições psiquiátricas. Esse movimento inicia-se na Itália, mas tem repercussões em 
todo o mundo e muito particularmente no Brasil. O nome deste psiquiatra é: 
 
a. Francês Baglia 
b. Franco Baglia 
c. Franco Basaglia 
d. Phillippe Pinel 
 
4. A esquizofrenia é um transtorno psíquico severo que se caracteriza classicamente pelos 
seguintes sintomas: alterações do pensamento, alucinações (visuais, sinestésicas, e 
sobretudo auditivas), delírios e alterações no contato com a realidade. Dentre os sintomas 
negativos podemos citar? 
 
a. Isolamento social e apatia 
b. Ideias delirantes 
c. Pensamentos irreais e ideias individuais do doente que não são partilhadas por um 
grande grupo. 
d. Alucinações, percepções irreais – ouvir, ver, saborear, cheirar ou sentir algo irreal, 
sendo mais frequente as alucinações auditivo-visuais. 
 
5. Os tratamentos mais utilizados na fase maníaca do transtorno bipolar são as medicações e 
terapia a seguir, exceto: 
 
a. Benzodiazepínicos, 
b. Neurolépticos 
c. Eletroconvulsoterapia 
d. Antidepressivo tricíclico 
 
6. Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas a qual propõe a 
reestruturação da assistência psiquiátrica, e em 2001, é aprovada a lei que dispõe sobre a 
http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/basaglia.html
http://www.ccs.saude.gov.br/memoria%20da%20loucura/Mostra/pinel.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_mental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sintoma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alucina%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Del%C3%ADrio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Realidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alucina%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vis%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paladar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olfato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tacto
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=24138&janela=1
Enfermagem em Saúde Mental 
 
 
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expressa do autor (Artigo 29). 
proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo 
assistencial em saúde mental. Esta Lei Federal é: 
 
a. Lei Federal 10.216 
b. Lei Federal 10.217 
c. Lei Federal 10.200 
d. Lei Federal 10.215 
 
7. Dentre as funções do Centro de Atenção Psicossocial, marque a questão falsa. 
 
a. Prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações 
em hospitais psiquiátricos. 
b. Acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, 
procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território. 
c. Impedir a inserção social das pessoas com transtornos mentais. 
d. Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de 
atuação. 
 
8. O Programa de Volta para Casa foi instituído pelo Presidente Lula, por meio da assinatura 
da Lei Federal em 31 de julho de 2003 e dispõe sobre a regulamentação do auxílio-
reabilitação psicossocial a pacientes que tenham permanecido em longas internações 
psiquiátricas. A Lei Federal é: 
 
a. Lei Federal 10.708 
b. Lei Federal 10.700 
c. Lei Federal 10.788 
d. Lei Federal 10.780 
 
9. Os Serviços Residenciais Terapêuticos, também conhecidos como Residências 
Terapêuticas, são casas, locais de moradia, destinadas a pessoas com transtornos mentais 
que permaneceram em longas internações psiquiátricas e impossibilitadas de retornar às 
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=24360&janela=1
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suas famílias de origem. As Residências Terapêuticas foram instituídas pela Portaria/GM 
em fevereiro de 2000 e são parte integrante da Política de Saúde Mental do Ministério da 
Saúde. A Portaria é de número? 
 
a. Portaria/GM nº 1065b. Portaria/GM nº 106 
c. Portaria/GM nº 109 
d. Portaria/GM nº 108 
 
10. Dentre os Diagnósticos de Enfermagem destinados ao paciente portador de transtorno 
bipolar, marque a alternativa errada: 
 
a. Déficit de autocuidado 
b. Alteração no padrão do sono 
c. Alteração nos processos do pensamento 
d. Inserção social 
 
http://portalweb05.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_espelho_consulta.cfm?id=3614861&highlight=&bkp=pesqnorma&fonte=0&origem=0&sit=0&assunto=&qtd=10&tipo_norma=27&numero=106&data=&dataFim=&ano=2000&pag=1
http://portalweb05.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_espelho_consulta.cfm?id=3614861&highlight=&bkp=pesqnorma&fonte=0&origem=0&sit=0&assunto=&qtd=10&tipo_norma=27&numero=106&data=&dataFim=&ano=2000&pag=1
http://portalweb05.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_espelho_consulta.cfm?id=3614861&highlight=&bkp=pesqnorma&fonte=0&origem=0&sit=0&assunto=&qtd=10&tipo_norma=27&numero=106&data=&dataFim=&ano=2000&pag=1
http://portalweb05.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_espelho_consulta.cfm?id=3614861&highlight=&bkp=pesqnorma&fonte=0&origem=0&sit=0&assunto=&qtd=10&tipo_norma=27&numero=106&data=&dataFim=&ano=2000&pag=1
http://portalweb05.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_espelho_consulta.cfm?id=3614861&highlight=&bkp=pesqnorma&fonte=0&origem=0&sit=0&assunto=&qtd=10&tipo_norma=27&numero=106&data=&dataFim=&ano=2000&pag=1
http://portalweb05.saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_espelho_consulta.cfm?id=3614861&highlight=&bkp=pesqnorma&fonte=0&origem=0&sit=0&assunto=&qtd=10&tipo_norma=27&numero=106&data=&dataFim=&ano=2000&pag=1
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REFERÊNCIAS 
 
 
 
Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda 
mais o seu conhecimento. 
 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA EXECUTIVA. SECRETARIA DE 
ATENÇÃO À SAÚDE. Legislação em Saúde Mental: 1990-2004. Brasília, Ministério da 
Saúde, 2004. 
DALGALARRONDO, P. - Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 
Editora: Artes Médicas, 2010. 
DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS. Saúde Mental 
no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 
______________ Saúde Mental e Economia Solidária: Inclusão Social pelo Trabalho. 
Brasília, Ministério da Saúde, 2005. 
______________ Manual do Programa De Volta para Casa. Brasília, Ministério da 
Saúde, 2003. 
_____________ Residências Terapêuticas: o que são e para que servem. Brasília, 
Ministério da Saúde, 2004. 
Ministério da Saúde. Saúde Mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília: 
Ministério da saúde, 2004. 
REBOUÇAS, D.; LEGAY L.F.; ABELHA, L. Satisfação com o trabalho e impacto 
causado nos profissionais de serviço de saúde mental. Ver. Saúde Pública, 2007; 41 (2): 
244-50. 
SOUSA, G. C. O agente comunitário de saúde e a saúde mental: percepções e ações na 
atenção Às pessoas em sofrimento mental [dissertação]. Ribeirão Preto São Paulo (SP): 
Universidade de São Paulo, 2007. 
 
contato@enfermagemadistancia.com.br 
 
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