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PARASITOLOGIA – aula Tenias Taenia solium e Taenia saginata (Taenia spp) o Filo: platelmintos; Classe: cestoda; Ordem: Cyclophyllidea; Família: Taeniidae; o Corpo fino e alongado em forma de fita; o Possuem quatro ventosas que atuam como estruturas de fixação; o Adultos: causam a Teníase (mais branda); o Forma larval: responsável pela Cisticercose (forma mais grave) – apenas as larvas da T. solium; o Ciclo de vida heteroxênico: precisam de mais de um hospedeiro para completar o ciclo de vida; o Áreas endêmicas: principalmente países subdesenvolvidos; o Infecções que podem durar anos, se forem assintomáticas! • Forma larval ou assexuada! • Encontrada a forma larval do verme – CISTICERCO. • T. solium → porco; T. saginata → gado. • Forma adulta ou sexuada! • Ser humano – onde é encontrada a forma adulta do verme; • A forma larval também pode ser encontrada. ➢ Vermes extremamente longos; ➢ Diferença das espécies pela cabeça dos vermes: APENAS a T. solium além das ventosas apresenta ganchos/acúleos → estruturas rígidas que têm formato de foice: importantes para a fixação e adesão do verme à mucosa. ➢ Vermes simples, não possuem sistema digestório – se alimentam por difusão; ➢ Corpo formado por inúmeros anéis, os proglotes → conjunto de proglotes = estróbilo; ➢ Mais longe do pescoço = mais madura sexualmente é a proglote – pode haver a reprodução! ➢ Cada proglote grávida contém milhares de óvulos: o indivíduo parasitado libera em média 700k de ovos por dia. ➢ Possuem casca espessa e radiada; ➢ Possuem em seu interior a oncosfera – o embrião; ➢ Em ambiente ideal os ovos podem sobreviver por meses. Facilita a liberação dos ovos nas fezes dos indivíduos contaminados! - Desprendimento das proglotes grávidas do corpo da tênia; - Como o corpo mantém a proliferação contínua, novas proglotes são geradas → o tamanho do corpo do verme não reduz de maneira significativa com a apólise; - Estruturas de fixação são fundamentais para esse processo. o Vesículas translúcidas, com líquido claro; o Invaginado, em seu interior, um ecólex – a cabeça do verme já com a presença das ventosas –, e o colo!!! o No HI, duas semanas após infecção os ovos são visíveis a olho nu. 1. Ingestão de carne crua ou mal passada do gado ou do porco, contendo os cisticercos; 2. Ao chegar no intestino humano, o cisticerco se transforma na forma jovem da tênia – cabeça + colo; 3. Com adesão à mucosa, o parasita cresce cada vez mais; 4. A partir do crescimento, ocorre a apólise – permite a liberação dos ovos nas fezes; 5. Os ovos ficam expostos no ambiente e o gado e o porco podem ingerir os ovos; 6. Os ovos eclodem no intestino do animal, e o embrião (oncosfera) se liberta e se aloja em locais que possuem intensa irrigação → coração, língua, diafragma, SN, globo ocular, musculatura >>> dando origem aos cisticercos. ✓ Infecção gealmente assintomática; ✓ Sintomas comuns: apetite exacerbado; diarreia; perturbação digestiva; náuseas e vômitos; alargamento do abdômen. ▪ Clínico – normalmente feito pelo próprio paciente, observação direta das proglotes nas fezes do indivíduo; ▪ Laboratorial: métodos coproparasitológicos. a) Tamisação – feita a partir da lavagem do bolo fecal; Recolhe-se as proglotes existentes e identificar pela morfologia da ramificação uterina (T. solium apresenta menos ramificações). b) Concentração por sedimentação natural: mistura das fezes com a água, o material depois é filtrado e mantido em repouso. Há a sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice – material pode ser coletado, colocado sobre uma lâmina e visualizado pelo microscópio óptico. c) Teste da fita gomada: aplicação de uma fita adesiva transparente sobre a pele da região perianal; Posteriormente é analisado com o auxílio de um microscópio óptico. ❖ Niclosamida Mecanismo de Ação: provoca a desintegração do verme, que não aparece inteiro nas fezes. 2g para adultos e 1g para crianças, em dose únical VO. ❖ Praziquantel Mecanismo de Ação: aumenta a permeabilidade da membrana dos helmintos. 5-10mg/kg VO em dose única para eliminar vermes adultos. causada apenas pela T. solium. 1. Ingestão de ovos de T. solium; 2. Ao passar pelo estômago e sofrer a ação de enzimas digestivas, a casca do ovo amolece; 3. No intestino o ovo eclode, saindo a oncosfera (embrião) → penetra na mucosa intestinal e alcança diferentes órgãos e tecidos; Embrião apresenta maior tropismo por células do SNC e do globo ocular. O homem também pode ser o hospedeiro intermediário, pois vai estar infectado com a forma larval (cisticercos) do parasita. ✓ Muscular e subcutânea – forma mais leve da doença. Cisticercos se estabelecem no músculo ou na derme do paciente; Tratamento é a retirada dos cisticercos para a melhor qualidade de vida. ✓ Cisticercose ocular –15-45% dos indivíduos infectados. Intra ou extraocular (a última é mais recorrente); Ausência de dor e perturbação visual central ou periférica; Pode levar ao descolamento da retina – pode levar à cegueira. ✓ Neurocisticercose – período de incubação 4-5 anos. Sintomas dependem da localização e do número e estágio dos cistos; Envelhecimento dos cistos – provoca resposta inflamatória; Paciente pode ter convulsões, danos neurológicos, dormências, paralisias, alteração de comportamento etc. ▪ Sinais clínicos: associado aos aspectos epidemiológicos e laboratoriais demonstrados; - Exame físico – presença de nódulos subcutâneos; - Cisticercose ocular – exame de fundo de olho direto com o auxílio do oftalmoscópio; ▪ Imunológico: indicados para neurocisticercose - Técnica de ELISA (mais usada) – visa a detecção de antígenos (Ag. C. Cellulosae) do verme no soro de indivíduos infectados. - Neuroimagem: TC e RMN – propósito de promover a visualização dos cistos; ponto negativo → custo elevado principalmente para os que vivem em áreas endêmicas Variável – depende da condição do paciente. ❖ Cirurgia Número de parasitas é pequeno e localização dos cisticercos é favorável para a intervenção. ❖ Praziquantel Dose diária de 10-75mg/kg durante 6-21 dias. Mecanismo de Ação: inibição da síntese de ptns e inibição da enzima fumarato reductase (encontrada apenas no parasito, altera o equilíbrio redox do helminto). ❖ Albendazol Dose diária de 80-120mg/kg durante 15-30 dias. Mecanismo de Ação: inibição da síntese de ptns e inibição da enzima fumarato reductase (encontrada apenas no parasito, altera o equilíbrio redox do helminto). o Evitar comer carne crua ou mal passada; o Tratamento dos portadores – impede o surgimento de casos de cisticercoses! o Construção de fossas sépticas e acesso a água potável para a população; o Higienização de alimentos e das mãos; o Combate ao abate clandestino; o Inspeção de matadouros e frigoríficos; o Educação Sanitária.
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