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Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 1 PERFIL GLICÍDICO DIABETES MELLITUS Diabetes Mellitus é um importante e crescente problema de saúde para todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento Em 2017, a Federação Internacional de Diabetes (Internacional Diabetes Federation, IDF) estimou que 8,8% (intervalo de confiança [IC] de 95%: 7,2 a 11,3) da população mundial com 20 a 79 anos de idade (424,9 milhões de pessoas) vivia com diabetes Se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 628,6 milhões em 2045 PERFIL DO LABORATÓRIO CLÍNICO NO DM TIPOS DE DIABETES DM tipo 1 Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição das células β comprovada por exames laboratoriais Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática DM tipo 2: Perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio Outros tipos de DM: Monogênicos (MODY); Diabetes neonatal; Secundário à endocrinopatias; Secundário à infecções; Secundário à medicamentos Classificação etiológica do DM QUAIS OS EXAMES SOLICITADOS? Glicose em jejum; Glicose pós prandial; Curva glicêmica ou TOTG; Hemoglobina glicada; Sumário de urina (glicosúria) Frutosamina (desuso*) GLICOSE EM JEJUM A glicose em jejum reflete o estado do paciente no momento em que está realizando o exame, pode sofrer alteração devido a fatores externos Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 2 VALOR REFERÊNCIA: Normoglicemia: <100mg/dL Pré-diabetes ou risco aumentado para DM: . 100 e < 126mg/dL Importância clínica para o acompanhamento do paciente diabético com a hemoglobina glicada DETERMINAÇÃO DA GLICOSE PREPARO DO PACIENTE: Jejum obrigatório Adulto: 8 e 12 horas; Criança: entre 1 e 5 anos: 6 horas Crianças menores de 1 ano: 3 horas A coleta deve ser efetuada pela manhã, caso seja diabético, se possível não usar no momento da coleta (somente o médico pode suspender o medicamento DETERMINAÇÃO DA GLICOSE POR ESPECTROFOTOMETRIA Em laboratoriais usa-se a espectofotometria que se baseia na absorção da radiação nos comprimentos de onda entre o ultravioleta e o infravermelho Analisa o nível de absorvância e transmitância Paciente normal: mesma quantidade de absorvância e transmitância fonte de luz colimador prisma ou fenda cubeta detector leitor rede de difração seletora contendo solução https://kasvi.com.br/espectrofotometria-analise-concentracao-solucoes/ Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 3 PROCEDIMENTO: Amostra Deve ser criado um Procedimento Operacional Padrão (POP) para colheita, preparação e armazenamento da amostra. Os erros devidos à amostra podem ser muito maiores que os erros ocorridos durante o procedimento analítico A amostra do sangue deve ser obtida após jejum de no mínimo 8 horas ou em um menor tempo de acordo com recomendação médica Usar soro ou plasma tomando as precauções a seguir: Realizar a colheita do sangue utilizando um anticoagulante contendo um inibidor da glicólise. O uso do anticoagulante Glistab (Labtest Ref. 29) permite a colheita de uma só amostra par as dosagens de creatinina, glicose e ureia EXAMES PASSO A PASSO MÉTODO DE PONTO FINAL Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Misturar vigorosamente e incubar em banho- maria a 37ºC durante 10 minutos. O nível de água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Determinar as absorvâncias do Teste e Padrão em 505nm (490 a 520), acertando o zero com o branco. A cor é estável 30 minutos. O procedimento sugerido para a medição adequada para fotômetros cujo volume mínimo é igual ou menor que 1,0mL. Deve ser feita uma verificação da necessidade de ajuste do volume para o fotômetro utilizado CÁLCULOS Ver linearidade Devido a grande reprodutibilidade que pode ser obtida com a metodologia, o resultado também pode ser obtido utilizando o fator de calibração Glicose (mg/dL) = absorbância do teste X fator de v calibração Exemplo: GLICEMIA AO ACASO DIABÉTICOS: Glicemia ao acaso (em qualquer horário) 200mg/dL, em pacientes sintomáticos (poliúria, polidpsia e perda de peso) Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 4 HEMOGLOBINA GLICADA A hemoglobina glicada reflete o estado metabólico do paciente durante 60 a 120 dias A fração HbA1c é a que se refere a hemoglobina glicada propriamente dita cujo terminal valina de cadeia β está ligado a glicose por meio de uma ligação estável e irreversível A glicação da hemoglobina ocorre ao longo de todo o período de vida do glóbulo vermelho, que é de 120 dias. Porém, dentro destes 120 dias a glicose é a que mais influencia o valor da A1c A glicemia mais recente causará o maior impacto nos níveis de A1c Os níveis de hemoglobina glicada deve estar no máximo em 6.5% em pacientes diabéticos, valores acima disso são considerados fatores de risco para o aparecimento dos problemas secundários a diabetes (ex.: neuropatia, comprometimento renal, comprometimento hepático) Algumas situações que promovem redução do valor da hemoglobina glicada: anemias hemolíticas e hemoglobinopatias; medula óssea com radiação, toxinas e tumores; deficiência de eritropoietina; elevação de vitamina C que impedem a glicação da hemoglobina PREPARO DO PACIENTE Não necessita de jejum EDTA – sangue total GLICOSE PÓS PRANDIAL Vem sendo bastante utilizada como método também de monitoração a pacientes com hiperglicemia e/ou diabéticos Reflete o estado da glicemia 2 horas após uma refeição Valores normais: entre 140 a 150mg/Dl O paciente não deve modificar o hábito alimentar somente para fazer o exame Recomenda-se que a glicemia pós-prandial em um diabético não ultrapasse os 180mg/dL CURVA GLICÊMICA OU TOTG JEJUM: entre 100 e 126 – intolerância a glicose e pré- diabetes DUAS HORAS APÓS A SOBRECARGA: Valores iguais ou menores que 140mg/dl indicam normalidade Valores entre 140 e 200 sugerem intolerância à glicose Valores acima de 200 sugerem diabetes mellitus Nivya Moraes P2/UC4 UNIT – AL 5 A curva só deve ser realizada no máximo quando a glicose em jejum do paciente for igual ou menor a 126mg/dL FRUTOSAMINA Importância no acompanhamento do paciente diabético portador de anemia hemolítica/hemoglobinopatia, cuja sobrevida da hemácia não dura 120 dias É o nome genérico das proteínas cetoaminas Capaz de apresentar o controle glicêmico de 2 a 3 semas Pode ser útil para avaliação de alterações do controle de diabetes em intervalos menores e para julgar a eficácia de mudança terapêutica VR: Pacientes não diabéticos (todas as idades): 205 a 285mol/L3 MICROALBUMINÚRIA Designa a excreção aumentada de albumina urinária não detectável pelas tiras reagentes empregadas rotineiramente Quando detectada representa o estágio inicial da nefropatia diabética Pode ser realizada em urina de 24 horas, urina de 12 horas, amostra isolada e amostra simultânea entre creatinina e albumina Taxa normal de albumina em 24 horas: 20mg 1,5-ANIDROGLUCITOL O 1,5AG ocorre de maneira natural no organismo e é estruturalmente similar à glicose ALBUMINA GLICADA A dosagem de albumina glicada funciona de maneira análoga à HbA1c Desvantagem: não apresenta validação com desfechos a longo prazo. OBS.: A FRUTOSAMINA, O 1,5AG E A ALBUMINA GLICADA NÃO TEM APLICAÇÃO NO DIAGNÓSTICO DE DM CASO CLÍNICO Paciente diabético insulino dependente realizou exames de glicose em jejum e hemoglobina glicada em início do mês de janeiro com os seguintes resultados: GLICOSE EM JEJUM: 390mg/dL HEMOGLOBINA 8.5% Preocupado em baixar esta glicemia, seu médico aumentou a dosagem a insulina e pediu uma repetição dos exames 20 dias depois para observar a diminuição da glicemia Seus novos valores são: GLICOSE EM JEJUM: 140mg/dL HEMOGLOBINA GLICADA: 8.2% O médico pediu para o paciente repetir os exames em outro laboratório, pois afirma que este resultado da hemoglobina está errado. VOCÊ CONCORDA COM A CONDUTA DO PROFISSIONAL? POR QUÊ? _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________
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