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Semiologia Cardiovascular

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1 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
Semiologia Cardiovascular 
Achados cardiovasculares é da cabeça aos pés, há vários achados em diversos tecidos. 
• O que avaliar: Coração (pré-córdio, perfusão tecidual, enchimento capilar, avaliação pulmonar) e Vasos 
(grande circulação e pequena circulação → troca de 02 e nutrientes e CO2 e metabólitos). 
• Coração: composto de 4 cavidades, que são o Átrio Direito (chega a Veia Cava Superior e Inferior, 
sangue vai em direção ao VD), Ventrículo Direito (sangue sai pelas Artérias Pulmonares em direção ao 
pulmão, há a troca gasosa e depois através de 4 Veias Pulmonares o sangue oxigenado vai para o AE), 
Átrio Esquerdo (sangue vai para o VE) e Ventrículo Esquerdo (sangue sai pela Aorta e irá fazer a perfusão 
sistêmica pelo corpo). 
• Lado direito e pulmão: pequena circulação. Lado esquerdo e todo o sistema: grande circulação. 
• Entre AD e VD: válvula tricúspide. Entre VD e Artérias pulmonares: válvula pulmonar. Entre AE e VE: 
válvula mitral. Entre VE e Aorta: válvula aórtica. 
Anamnese: 
Queixas Principais 
➢ Dispneia (falta de ar) 
➢ Dor torácica 
➢ Palpitações 
➢ Edema 
➢ Tosse 
➢ Cianose 
Sinais e sintomas relacionados 
➢ Fadiga 
➢ Cefaleia 
➢ Rouquidão / soluço: ex.: paciente com estenose de válvula mitral vai ter um átrio grande e 
que pode fazer compressão direta no N. vago/ Sistema neurológico 
➢ Distúrbio de equilíbrio 
➢ Calafrios / hipertermia 
➢ Claudicação / fenômeno de Raynauld 
➢ Diurese / hábitos urinários: ex.: rim mal perfundido tem diurese 
➢ Ingesta alimentar / apetência e anorexia 
Antecedentes pessoais: 
➢ Hábitos 
➢ História familiar 
➢ Fatores de risco: HAS / DM / Tabagismo / Sedentarismo / Obesidade / Estresse / Alcoolismo 
➢ História médica pregressa: IAM / Marca Passo / Arritmia / Sopro / Angina 
 
Exame Físico 
• Avaliação Geral: 
➢ Dados antropométricos: Peso, altura, IMC, Circunferência abdominal (até 102 cm em homens/ 
até 88 cm em mulheres) 
➢ Pressão arterial 
➢ Pulsos arteriais: Radial, ulnar, braquial, axilar, carotídeo, femoral, poplíteo, pedidos, tibial 
posterior, abdominal 
➢ Frequência cardíaca: avaliar por um minuto / Intensidade: cheio x filiforme / Ritmicidade: 
regular x irregular 
➢ Temperatura: Febre (na febre o gradiente vai estar aumentado, paciente hiperdinâmico, em 
casos de sopro ter febre aumenta o sopro) / Gradiente térmico (é como o paciente está 
 
2 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
aquecido, ex.: extremidades / periferias inferiores mal perfundidas e frias significa que o 
coração não está perfundindo adequadamente esse tecido) 
➢ Respiração: Congestão / associação com ciclo cardíaco / Derrame pleural / Hipervolemia 
pulmonar. (Sistema respiratório é um excelente avaliador da respiração cardíaca. Inspiração: 
tórax faz uma pressão negativa e nos vasos e sistema venoso funciona como sistema de 
pressão negativa, como ocorre na Veia Cava Superior e Inferior ‘’sugar canudinho’’) 
➢ Nível de consciência (ex.: dissecção de aorta – ocorre baixo fluxo sanguíneo cerebral) / débito 
urinário / perfusão tecidual (quanto de sangue vem chegando na periferia, chamamos isso de 
centro de relaxamento capilar que é o quanto de sangue está chegando na periferia) 
➢ Biotipo do paciente: magros / longilíneos (têm eixo cardíaco mais direcionado para o centro, 
tendem a ter mais patologias cardiovasculares, como a Síndrome de Marfan) e obesos / 
brevelíneos / crianças / grávidas (têm eixo cardíaco mais direcionado para o lado esquerdo, 
tendem a ter patologias nos pequenos vasos, hipertensão, patologias mais relacionadas ao 
sistema cardiocerebral) 
 
• Pressão Arterial (PA): 
➢ PA: débito cardíaco (DC é o quanto de sangue está saindo do coração por minuto) x 
resistência periférica (é a resistência que esse sangue irá enfrentar para chegar no tecido) 
➢ DC: volume sistólico (quanto de sangue sai) X frequência cardíaca (6L por minuto de 
volume de sangue passando pelo coração) ˜ (30L por minuto, como em pessoas que estão 
correndo) → isso tudo influencia a Pressão Arterial Sistólica (PAS), o quanto estamos usando 
de débito cardíaco é o que vai fazer a PAS estar elevada ou não 
➢ Elasticidade: características dos grandes vasos, é a capacidade do vaso de se acomodar 
frente a pressões ‘’normais’’, com o envelhecimento vai se perdendo essa elasticidade – Aorta 
Abdominal, Aorta Torácica, Tronco Braquiocefálico, Carótidas, etc. Regula PAS (120) 
➢ Resistência vascular periférica: resistência que o sangue enfrenta quando sai do coração até 
chegar ao tecido que ele irá nutrir. Regula PAD (80) 
Arteríolas - fibras musculares na camada média para fazer com que a resistência seja 
seletiva, nisso, há dois tipos de receptores: Simpático - alfa (constrição)/ beta (dilatação) e 
Humoral - renina/angiotensina/aldosterona e catecolaminas x prostaglandinas e caninas 
➢ Volemia: desidratação, hemorragias, glomerulonefrites 
➢ Em média, a pressão que os médicos aferem é um pouco mais elevada que a pressão que 
os demais profissionais da saúde aferem 
➢ Paciente vasoconstrito: paciente tem que fazer mais força pra enviar sangue pra essa região 
vasoconstrita → pressão vai estar maior. DC precisa estar muito alto, irá ser feito mais força 
pra elevar essa quantidade de sangue saindo do coração → pressão vai estar maior 
➢ Como aferir a PA: PAcentral (pressão direta do volume sanguíneo, cateter em uma grande 
artéria, método Direto, utilizado em UTI) / PAperiférica (método Indireto, o mais utilizado) 
➢ Variação de local de aferição, erro natural de 8 mmHg de um método para outro, tentar não 
aumentar esse erro 
➢ Equipamentos: Esfigmomanômetro (manguito x pera x manômetro) 
 Manguito: 2/3 tamanho total de distância do braço 
 Manômetro: mercúrio (é o melhor) / aneroide / eletrônico (é o que mais 
descalibra e tem variações) 
 MAPA (manipulador ambulatorial de pressão arterial) X MRPA (é o 
tradicional) 
➢ Roteiro da aferição de pressão: 
Paciente: 3 min de repouso / lugar tranquilo / silencio (não pode estar conversando com o 
paciente nesse momento) 
Posição: sentado (tradicional) / deitado / em pé (anotar / comparar) – A. Braquial no nível do 
4º EIC ‘’nível do coração’’ / braço do paciente flexionado e apoiado / palma da mão para cima 
/ evitar pernas cruzadas 
➢ Aparelho: calibrado / fácil visualização 
 
3 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
➢ Examinador: Treinado, Confortável (evitar baixar a cabeça - audição diminui), Diafragma do 
estetoscópio sobre a A. Braquial. 
➢ Procedimento: Localizar o pulso braquial / (radial) 
 Manguito 2cm acima da fossa cubital/pulso braquial 
 Insuflar o manguito até desaparecer pulso, desinsuflar lentamente - quando 
reaparecer pulso (PAS) 
 Posiciona estetoscópio e infla 30 mmHg 
 Soltar o ar 2-3 mmHg/seg 
*Não tem como fazer a pressão arterial diastólica pelo método palpatório (por esse método apenas a 
PAS pode ser aferida)* 
➢ Sons do método auscultatório: Fases de Korotkoff - passagem de sangue na artéria braquial 
que está colabada pela pressão que o manguito gera causa ruídos, sons de Korotkoff, que são 
semiologicamente divididos em 5 fases: 
Fase I: surgimento do som - muito evidente. PAS vencendo resistência gerada pelo manguito 
Fase II: batimento com sopro (com som) 
Fase III: batimento sem sopro - artéria continua a se dilatar 
Fase IV: abafamento dos sons 
Fase V: desaparecimento dos sons - calibre voltou ao normal, fluxo laminar arterial 
Hiato auscultatório: desaparecimento dos sons na fase I e II. Comum em gestantes e 
pessoas hipervolêmicas 
 
➢ Como determinar a PA: 
Pressão arterial sistólica: Fase I (início do som) 
Pressão arterial diastólica: Fase V (desaparecimento do som) 
Pressão diferencial - 30 - 60 mmHg: 
pressão convergente (diferença entre PAS e PAD é menor que 30 mmHg, pode estar 
relacionado a falências de valvas ou valvas incompetentes) x pressão divergente (diferença 
entre pressões de 60 mmHg) 
➢ Situação especial: nos casosque mantiver o batimento na Fase V até o completo 
esvaziamento do manguito, considerar PAD Fase IV e registrar as 3 médias (ex.: PA 120 x 75 
x 0) 
➢ Pressão Arterial Média (PAM): Cateter venoso central (PAM Direta) 
 PAM Indireta: PAD + PAD + PAS / 3 
*sístole em 1 tempo e diástole em 2 tempos* 
 
 É a forca constante que é dada sob os vasos, bem importante em caso de 
choques. 
➢ Situações especiais sobre a PA 
Crianças: Manguito adequado / controle de movimento / sem choro / método palpatório é mais 
adequado, pois a elasticidade vascular da criança é diferente da do adulto 
Idosos: 2 posições diferentes (hipotensão postural) - sentado ou deitado e em pé 
 Pode-se palpar artéria mesmo com manguito insuflado - Sinal de Osler (artéria está 
‘’endurecida’’) 
 Aterosclerose / endurecimento do vaso - podem causar pseudo-HAS 
Gestantes: Decúbito lateral esquerdo - braço nível do coração (especialmente no 3º trimestre) 
 PA nível 0 (120x80x0 mmHg) 
➢ Problemas/ Erros sobre a PA 
Acuidade auditiva e visual ruim 
Repetir medidas em intervalos curtos (1-3 min) 
Aferir por cima da roupa / não arregaçar manga 
Não reconhecer a PAS - palpatório de fase I 
Manias (arredondamentos / 120 vira 12 / 80 vira 8) 
PA aferida por médico: normalmente mais elevada (técnica x síndrome) 
 
4 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
PA varia durante consulta (início x meio x fim) 
Qual turno está sendo aferido (manhã é mais elevada / noite / pós refeição) 
Posição (deitado x sentado - barorreceptores) 
Equipamento: inadequado (mercúrio / aneroide / digital) 
Paciente: posição / obesidade / dor / atividade física / estresse / bexiga cheia / consumo de 
comida pesada, álcool, cigarro ou café 1 hora antes. 
 
• PULSOS ARTERIAIS E VENOSOS 
➢ Estado da parede arterial: em regra são lisas, porém pode haver variações. 
Arteriosclerose / mediosclerose de Mönckeberg – artérias ficam endurecidas e podem ter 
formas irregulares. Manobra de Osler – para tentar ‘’burlar’’ a configuração da artéria para 
apalpar o pulso. 
➢ Frequência cardíaca: em tese, forma correta, é feita por 1 minuto *porém no cotidiano se faz 
15 segundos e se multiplica por 4* (bradicardia/ bradisfigmia < 50 pulsações (60) -- 
taquicardia/ taquisfigmia > 100 pulsações por minuto) 
Se a aferição é a partir de pulso, não se coloca bpm, porque não estamos 
medindo os batimentos e sim os pulsos → se coloca pulsações por minuto 
Frequência máxima que o core pode ir: 220 - idade da pessoa 
Atleta de alto desempenho tem frequência cardíaca mais baixa (em repouso é 
50-60) e quando estão fazendo a atividade também tendem a ter uma frequência mais 
baixa 
➢ Ritmo: regular (sempre com o mesmo tempo entre um pulso e outro) ou irregular 
Arritmia sinusal (inspiração – frequência cardíaca mais rápida) 
Extrassístoles (pausas) - isoladas, bigeminadas e trigeminadas 
Fibrilação atrial - irregularidade constante, pulso anômalo 
➢ Amplitude (tempo): amplos (tuuummmm), medianos (tuumm), pequenos (tum) 
➢ Tensão (força): moles / duros 
➢ Simetria: se estou palpando a radial esquerda palpo a direita pra ver se a frequência, 
amplitude e etc estão em sintonia; não é interessante fazer simetria com as carótidas (mata 
leão no paciente). 
➢ Tipos de pulso (onda): 
▪ Onda de pulso normal – 2 ondas, segunda onda é um pouco mais leve, de menor 
amplitude 
▪ Pulso Célebre ou em martelo d’agua – amplos (longos) e rápidos → Insuf. Aórtica / 
Fistulas Artério-Venosas / anemias / hipertireoidismo 
▪ Pulsos pequenos ou parvus – fraco e pequenos (prolongados) → Estenose Aórtica 
/ Insuf. Cardíaca Congestiva / hipovolemia 
▪ Pulsos filiformes – pequeno e mole, pulsos mais leves → colapso circulatório, 
choque 
▪ Pulsos alternantes – onda ampla seguida de fraca → ICC VE (Insuf. Cardíaca 
Congestiva de Ventrículo Esquerdo) 
▪ Pulso Paradoxal – diminuição da PAS maior do que 10mmHg durante a inspiração 
→ Tamponamento / derrame pericárdico / enfisema pulmonar 
▪ Dicrótico / anacrótico / bisferiens – pulsos relacionados com patologias específicas 
(anemia, beribéri, etc), como se fosse 2 ondas (como se fosse sístole e a diástole 
logo atrás) e a segunda tendo menor amplitude 
➢ Pulsos: 
▪ Radial: fazemos uma pressão próximo a inserção do rádio, com o polegar no dorso 
da mão e a mão direita examina o pulso da mão esquerda e vice-versa. 
▪ Ulnar: sentado / D-D / E-E (por isso que não dá pra fazer uma boa técnica avaliando 
o nosso próprio ulnar) 
▪ Braquial: examinador no lado a ser palpado / paciente sentado / E-D / D-E / polegar 
ponto de fixação. Esse pulso está diretamente ligado à aferição de pressão 
▪ Axilar: oco axilar / E-D / D-E 
 
5 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
▪ Carotídeo: sentado, deitado ou em pé/ E-D (nossa mão esquerda avalia a carótida 
direita do paciente) X D-E / unilateral, o pulso não deve ser feito bilateral (não pode 
fazer oclusão das duas carótidas se não o paciente pode vir a ter síncope) 
▪ Subclávia: sentado / fossa supraclavicular 
▪ Femoral: abaixo ligamento inguinal (Poupart) / paciente em decúbito dorsal / (NAV) 
▪ Poplíteo: paciente em decúbito dorsal, com joelho fletido ou decúbito ventral (palpa 
com polegar) → este é o único pulso que se avalia com o polegar 
▪ Pedioso: dorso do pé / mão esquerda avalia pé direito e vice versa/ polegar na 
planta do pé (para dar suporte para aferir o pulso) 
▪ Tibial Anterior: entre extensor do hálux e extensor longo dedos 
▪ Tibial Posterior: atrás do maléolo interno / D-D / E-E / polegar ponto de fixação 
contrário 
▪ Abdominal: pulso de aorta abdominal, paciente em decúbito dorsal (pode flexão das 
pernas para abrir o reto abdominal), palpar supra-umbilical 
▪ Temporal: região frontal, acima da arcada supraorbitária 
▪ Ilíacas Externas e Comum: decúbito dorsal, coxas fletidas - comprime da cicatriz 
umbilical até a parte mediana do ligamento inguinal 
 
Técnica - apófise estilóide do rádio e tendões 
flexores / dedo indicador e médio 
Polegar no dorso / mão direita examina 
pulso esquerdo e ao contrario vice-versa 
Repousar a mão do paciente 
 
➢ Manobras especiais da semiotécninca dos pulsos 
▪ Manobra de Allen - testa efetividade da artéria ulnar / pode avaliar também a 
viabilidade da radial (técnica modificada). Consiste em apertar de forma simultânea a 
artéria ulnar e a radial e fazer isso por 10 segundos com três compressões da mão 
concomitantes, depois disso se libera a artéria radial e vê se toda apalma da mão é 
perfundida pela artéria radial (o que tem que acontecer pra se ter uma artéria 
efetivamente funcional) 
▪ Manobra Costoclavicular - compressão subclávia no espaço costoclavicular, é uma 
manobra de plexo braquial. 
MMSS sobre joelho (Pulso radial e ausculta supraclavicular) / inspira 
profundamente e joga os ombros para trás - positivo de sopro, diminuição de pulso ou 
palidez de membro. 
▪ Adson Manobra - testa compressão de a Subclávia pelo M escaleno 
MMSS sobre joelho (Pulso radial e ausculta supraclavicular) / inspira 
profundamente e rota pescoço para o lado avaliado e estende o pescoço - positivo de 
sopro, diminuição de pulso ou palidez de membro. 
▪ Manobra de Hiperabdução -compressão subclávia pelos tendões do músculo peitoral 
menor 
MMSS sobre joelho (pulso radial) / Hiperabdução do braço, mão acima da 
cabeça - positivo se pulso diminuir ou desaparecer (pode haver sopro na subclávia) 
▪ Testes de isquemias de membros inferiores 
Provocado: eleva MMII a 90º com abdômen - 1 min, observa palidez e após 
retorna ao basal e palidez se desfaz 
Teste de caminhada - claudicação - progressiva 
Índice Tornozelo Braquial (ITB) - PAM Tornozelo / PAM braquial (1.3 - 0.9: 
normal – paciente não tem nenhuma isquemia de membros inferiores em evolução // 
0.9 - 0.4: isquemia moderada // < 0.4: grave Doença Obstrutiva Arterial Crônica 
(DOAC). Claudicação (caminhar 40 metros e dor nos membros inferiores, para de 
 
6 Jordana V. Peruzzo ATM2024/2 
caminhar e cessa a dor – dor iniciado ao esforço que cessa ao repouso) é uma dor 
progressiva. 
 
• SEMIOLOGIA DOS VASOS CAPILARES 
➢ Tempo de enchimento capilar (TEC) – comprime o leito distal por 10 segundos, observa a 
restauração da circulação ao descomprimir → Normal TEC < 2,5 s. É um bom teste para 
avaliar a perfusão periférica (se há hipoperfusão ou não). 
➢ Capilaridade distal - luz no leito ungueal, avalia deformidade/ eventos tromboembólicos 
Eventualmente possível avaliar pulso - anemia severa, Insuf. Ao, FAV, hipertireoidismo 
Baqueteamento digital: leito ungueal aumentado e está relacionado com Insuf. 
Cardíaca Congestiva Crônica 
 
• SEMIOLOGIA VENOSA 
➢ Jugular: Visíveis apenas em decúbito dorsal 
▪ Turgência / ingurgitamento jugular: quando elas aparecem quando se está acima 
de 45º 
Bilateral, está relacionada com Sobrecarga Venosa Cava Superior, pericardite ou ICC direita 
▪ Pulso venoso jugular - reflete pressões do átrio direito 
▪ Refluxo hepato-jugular - refere congestão / ICC direita. Posicionar o paciente em 
decúbito dorsal e comprimir o ponto de Murphy (na inserção do reto abdominal com o 
gradil costal), essa compressão deve durar de 5 a 8 segundos e irá ser percebido que 
a jugular do paciente vai aumentar 3 cm (quando isso acontecer o paciente tem reflexo 
hepato-jugular positivo → Positivo se jugular ficar túrgida > 3 cm, a 45 graus, quando 
comprime ponto de Murphy continuamente). 
 
• Ausculta: auscultamos as carótidas (com a campanula e pedir para o paciente não respirar, trancar a 
respiração, se auscultar sopro pode ter aterosclerose), artérias renais (um pouco acima do umbigo e 
próxima aos flancos, em tese não é pra auscultar nada, se auscultou é porque tem alguma coisa ali), 
aorta abdominal (supraumbilical) e artérias femorais (também não se ausculta nada, se ouvir sopros há 
possivelmente aterosclerose ou algum fluxo anômalo). 
• Usamos bastante o sistema pulmonar (inspiração, expiração) para avaliar o coração. 
• Estudar bastante os slides dos erros, das técnicas erradas. 
 
 
 
7 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
Semiologia do Pectus / Ictus / Pré-córdio 
• O VE, que é a estrutura mais funcionante do coração, está levemente inclinado para esquerda, mas o 
coração é reto esternal/paraesternal (levemente tendenciado para o lado esquerdo) 
• O ápice do coração é a pontinha dele e a base é onde estão os vasos 
• Coração tem um íntimo contato com o diafragma (a parte apical do core) e as partes laterais com o 
pulmão, os grandes vasos conversam bastante com as vias aéreas inferiores (traqueia, carina, brônquios) 
• Recapitulando: todo sangue chega no coração pelo AD, que recebe sangue da veia cava sup e inferior, 
esse sangue que chega no AD (com pressão em torno de 8mmHg) vai para o VD (entre eles á a valva 
tricúspide, que é de baixo fluxo, pois está sob uma pressão venosa, que não é muito alta, e por isso 
também não tem grandes achados semiológicos sobre ela). No VD, quando ocorre a sístole, há um 
fechamento da valva tricúspide e o sangue sai (com uma pressão de 20-35mmHg) em direção as artérias 
pulmonares (que são as únicas artérias que transportam sangue venoso), e entre o VD e essas artérias 
há a valva pulmonar (fluxo e pressão de baixa intensidade). O sangue, então, vai para o pulmão, 
passa pelo alvéolo, ocorre o processo de oxigenação sanguínea, e volta como um sangue rico em 
oxigênio pelas veias pulmonares (são 4 veias) que chegam até o AE. Esse sangue oxigenado vai do AE 
para o VE, entre eles há a valva mitral (o sangue também passa em baixo fluxo, pois as pressões 
que vem do pulmão em direção ao AE são baixas 15-22mmHg). O VE (estrutura mais top do coração), 
gera pressão. Na sístole a valva mitral se fecha e o sangue vai em direção (passa pela valva aórtica 
com uma alta pressão e um alto fluxo) ao corpo pela artéria Aorta. 
• Estenose de válvula mitral: acontece quando essa valva não consegue se abrir, ela não se abre durante 
a diástole (em que o AE está enviando sangue para o VE). Como essa valva é de baixo fluxo, o sopro 
dessa estenose vai ser de baixa amplitude. 
• Insuficiência de mitral: valva que não se fecha, ocorre fluxo de regurgitação para dentro do AE (o fluxo 
dai vai ser maior e o sopro possivelmente será de alta amplitude). 
 
• SEMIOTÉCNICA DO CORAÇÃO 
➢ Percussão é pouco utilizada (pode se utilizar quando se está buscando derrame pleural, por 
exemplo) 
➢ Em regra realizamos somente: inspeção, palpação e ausculta 
➢ Inspeção e palpação (de forma simultânea no exame do pré-córdio): 
▪ Na inspeção, paciente pode estar deitado, sentado ou em pé, o mais correto é fazer a 
inspeção em decúbito dorsal (o ictus deve estar tangenciado, plano, para a sua melhor 
avaliação) 
▪ Pesquisa de abaulamento, deformidades de tórax, como que esse tórax é (pode ser 
em peito de pombo, peito escavado, em barril, etc) 
▪ Analise e palpação de ictus cordas, pesquisa de frêmito 
Examinador deve olhar tangencialmente e frontal 
Ictus - 4º ou 5º EIC na linha M clavicular 
Até 2 polpas digitais, geralmente. 
➢ Ictus: 
▪ Desvios de ictus (medial ou lateral): HVE / ICC / HAS - pode-se usar a palma da mão 
Brevelíneos - superior e medial / Longilíneos - inferior e lateral 
▪ Frequência e ritmo: ritmo de galope 
▪ Avaliar frêmito cardiovascular (sopros podem ou não ter frêmitos) 
▪ Anotar o que percebi do ictus: exemplo - ictus pulsátil, com um ritmo regular, 
frequência cardíaca igual a ... bpm. 
 
➢ Ausculta: 
▪ Treinar o ouvido (fechar os olhos e imaginar o ciclo cardíaco acontecendo pode ajudar, 
tentar ‘’desligar’’ os outros sentidos e focar apenas na ausculta) 
▪ Ambiente silencioso / intimidade com material 
▪ Posição do paciente e examinador: 
Paciente em decúbito dorsal / examinador a direita e em pé (fórmula universal) 
 
8 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
Sentado / a direita (base do coração) 
Decúbito Lateral Esquerdo / direita (melhora a ausculta mitral) 
Pé, debruçado / direita (hipofonese de base) 
Paciente sentado ou em pé: capacidade melhor de fazer a ausculta dos grandes 
vasos 
▪ Instruções ao paciente – claras / exemplos (respiração funda, fazer junto com o 
paciente) 
▪ Receptor correto – diafragma (alta frequência) / campânula - 3º e 4º bulha / ruflar mitral 
▪ Aplicação correta do receptor – nunca sob a roupa / variando a pressão no esteto 
▪ Variação da FC com FR e com pulso (varias patologias que o pulso não coincide com 
as batidas que está se auscultando) 
▪ Focos de ausculta: 
Mitral - 4/5EIC LMC 
Aórtico - 2EIC (que é o primeiro 
espaço que conseguimos palpar) 
HD ParaEsternal 
Tricúspide - Xifoide E 
Pulmonar - 2EIC HE PE 
▪ Intensidade 
Normofonéticas 
Hipofonéticas (em pacientes com 
Obesidade, por ex.) 
Hiperfonéticas (em pacientes 
adrenérgicos, que vieram correndo, por ex.) 
▪ Bulhas cardíacas 
❖ B1: 
É o fechamento valvular AV – das valvas mitral e tricúspide. Foco mitral é 
onde irei escutar melhor o som dessa bulha. 
Coincide com o ictus e com o pulso 
Sons graves – TUMM (mitral) 
Desdobramento – é quando acaba acontecendo das bulhas fecharem um pouco 
distantes uma da outra (fechamento da mitral um pouco atrasado). 50% tem, não 
significa nada 
Início da Sístole (VE se contraindo) 
Intensidade: mitral e tricúspide – irá depender da posição baixa valvar / fluxo / 
estenose 
Hipofonese: ‘’pouco tempo para essa valva fechar’’ PR longo, IAM, ICC, 
miocardite, instabilidade, obesidade 
 Hiperfonse: PR curto, taquicardia, extrassístole, estenose mitral, febre, 
hipertireoidismo, crianças 
Timbre metálico e tom agudo – Estenose Mitral ou Fibrose 
Desdobramento de B1 –TLUM TA: pode ser fisiológica - assincronismo de 
contração ou por bloqueio de ramo direito 
Abolimento ou abafamento – insuficiências cardíacas 
 
❖ B2: 
É o fechamento valvular Aórtico e Pulmonar: a mais ‘’impactante’’ é a 
aórtica – escutada em todo o pré-córdio / pulmonar escutada somente no focopulmonar (cortiço e paraesternal esquerda) / Melhor audível na base 
Expiração – junto - A precede levemente P (Inaudível), e Inspiração – A 
precede P (Audível) - desdobramento fisiológico B2 
Sons agudo- TAA / TLA 
Final da Sístole 
Intensidade: aórtica e pulmonar (Pu>Ao / Pu=Ao / AO> Pu) 
 
9 Jordana V. Peruzzo ATM 2024/2 
Posição semi-lunares: Hipofonese: IAo ITr, Extrassístoles, ICC, obesidade 
 Hiperfonese: CIA, HAS, HAP, Magros 
Timbre e tom - timbre seco - endurecimento sigmoides - clangorosa (aortite 
luética) 
Abolimento ou abafamento – insuficiências 
Desdobramento de B2 - TLUM TA: fisiológica - Enchimento VD ou patológico 
– ausculta no foco pulmonar 
➔ Desdobramento fisiológico de B2: lembrar que o ciclo respiratório 
(pulmonar) aumenta o retorno venoso e o volume circulante nas 
cavidades direitas. Se eu fazer uma inspiração profunda, encho o 
AD, o AD se reflete no VD (que vai ficar cheio). Quando for auscultar 
a bulhei, irei escutar um atraso fisiológico do fechamento da valva 
pulmonar, porque o VD esta super hiper power cheio que vai atrasar 
um poquito o fechamento da valva pulmonar. 
➔ Desdobramento patológico (constante): Estenose Aórtica Pulmonar 
e Hipertensão de Artéria Pulmonar. TUM-TLA - BRD / CIA / EAP / 
HAP 
➔ Desdobramento invertido/ paradoxal: Bloqueio de Ramo Esquerdo e 
Estenose Aórtica. Exp (Tum-TLA) insp (Tum-ta) 
❖ B3: 
Ruído protodiastólico (logo no início da diástole) – Tum ta Tu 
Enchimento rápido do VE 
Crianças e jovens – fisiológico 
Em tese, se acontecer em adultos pode ser relacionado com insuficiência 
cardíaca) 
DLE / campânula / foco mitral 
Sons rápido e de baixa amplitude – Tu 
Sempre diastólico 
Coração mole 
 
❖ B4: 
Ruído débil no final da diástole – Tum ta tu Tum ta tu 
Difícil de perceber (baixa amplitude) 
Tentativa atrial de pôr sangue no ventrículo já cheio 
Representa doença na maioria das vezes 
Sei que é no fim da diástole pelo pulso: ‘’tu’’ está chegando muito antes do 
pulso 
Sempre diastólico 
Coração duro 
 
▪ Momentos das bulhas cardíacas: 
❖ Protossistólico: inicio 
❖ Mesossistólico: meio 
❖ Telessistólico: fim 
❖ Holossistólico: em toda a sístole 
❖ Protodiastólico 
❖ Mesodiastólico 
❖ Telediastólico 
❖ Holodiastólico 
 
▪ Ritmo das bulhas cardíacas: B1 + B2: ritmo binário (2 tempos, tum ta) → normal 
B1 + B2 + B3: ritmo tríplice (3 tempos, tum ta tu) → 
patologia ou crianças. Ritmo de Galope (campânula, 
 
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suave) normalmente tem relação com as patologias 
envolvidas 
Regular x Irregular: vejo quando estou acompanhando 
o pulso junto com a ausculta. 
▪ Frequência das bulhas: 50 (60) a 100 batimentos por minuto: normal 
 < 50 (60) batimentos por minuto.: bradicardia 
 > 100 batimentos por minuto: taquicardia 
▪ Cliques: (dificuldade de abrir válvula na sístole – aórtica e pulmonar) Sistólicos, são 
breves / ruídos de ejeção – proto/ meso/ telesistólico / prótese 
▪ Estalidos: (dificuldade de abrir válvula na diástole – mitral e tricúspide) Diastólicos, são 
breves / secos – Estalido Mitral: Estenose Mi (específico)/DLE e Estalido tricúspide - 
doença reumática – Estenose Tric. 
▪ Sopros: 
Vibrações do fluxo sanguíneo – velocidade / viscosidade / estreitamento / 
dilatação 
Depende de: Ciclo cardíaco (pode ser sistólico ou diastólico), Localização, 
Irradiação, Intensidade, Manobras especiais. 
 
❖ Ciclo cardíaco: 
 
Sistólico – ejeção: Estenose aórtica (sopro na valva aórtica, ela não 
está se abrindo o suficiente) e pulmonar (sopro na valva pulmonar): sopros 
Mesossistólicos / em crescente; acontecem mais do meio pro fim da sístole. 
Som: tum (B1) sopro (xiuu) ta 
 regurgitação: Insuficiência mitral e tricúspide (essas valvas 
deveriam estar fechadas durante a sístole, nesse caso a valva deve ser 
cedido): sopros holossistólicos. Esse sopro de insuficiência/regurgitação, a 
valva cede logo de início. Som: tumxiu ta 
 
Diastólico – Estenoses atrioventriculares (as valvas mitral e tricúspide 
deveriam estar abertas, mas não estão totalmente) - meso/tele/reforço pré-
sistólico / sopro de baixa frequência, baixa amplitude e grave – sopro em 
ruflar. Som: tum ta ffffffuu(baixinho) 
 Insuficiências semilunares (as valvas aórtica e pulmonar 
deveriam estar fechadas, mas cederam): sopro proto/holodiastólico, é logo 
‘’de cara’’, logo de início. É decrescente/ agudo / aspirativo. Som: tum ta xiuu 
 
Sistodiastólico ou contínuo – sopros em maquinaria (Som: tum xi ta 
xi): Persistência de Canal Arterial / Fistula Arterio-Venosa / anomalias de 
septo aortopulmonar. Sopro em maquinaria correlação com cardiopatia 
congênita. 
 
❖ Localização: Área mais bem audível são nos focos de ausculta afetado 
(quem manda no B1 é a valva mitral e em B2 é a pulmonar, então todas nas 
vezes que tivermos acometimento dessas valvas tanto estenose quanto 
insuficiência elas não conseguem acometer o resto do pré-cordio, elas só 
vão acometer o local em que estão, no local em que está acontecendo, 
diferentemente das outras válvulas). 
 
❖ Irradiação: Intensidade e direção sanguínea, a irradiação do sopro se da pra 
onde o fluxo do sangue está indo → Axila: insuficiência mitral e 
Carótidas/sistema arterial cervical: estenose aórtica. (Ex.: se durante a 
sístole estou auscultando um sopro na carótida, o sangue saiu da valva 
aórtica e esse sopro direcionou um jato que faz com que eu tenha sopro na 
 
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carótida, logo eu tenho uma estenose de valva aórtica. Se sopro na axila, o 
ventrículo está contraindo e jogando sangue para a valva mitral). 
 
❖ Intensidade: Subjetiva - malditas +. Classifico em seis cruzes (2 = duas 
cruzes em seis). Não reflete gravidade, normalmente. 
 
❖ Timbre e tom: Ruflar (bater asas), Aspirativo (nas insuf, de valva 
aórtica), Crescente/Granular/Diamante/Pio de gaivota (nas estenoses de 
valva aórtica), Maquinário (nas cardiopatias congênitas). 
 
❖ Manobras especiais: 
Respiração - desdobramento fisiológico/retorno venoso: 
Manobra Rivero-Carvallo: Insuf.Mi x Insuf.Tr: foco tricúspide, inspirar. 
Sopro não alterar ou diminuir: MRC negativa (IMi). – Para auscultar um 
sopro durante a sístole, na valva tricúspide e na mitral. Peço para o paciente 
fazer uma inspiração profunda, vou deixar o esteto em cima do foco de 
ausculta tricúspide, se esse sopro não sofrer nenhuma influencia ou 
diminuir, significa que eu tenho uma manobra de rivero-carvalho negativa 
e o sopro irá ser um sopro de insuficiência mitral. Se o sopro aumentar, 
eu tenho uma manobra de rivero-carvalho positiva, então o sopro irá ser 
de insuficiência tricúspide. 
*Expiração forçada aumenta nitidez sopros aórticos* 
Posicional: Sentado e inclinado para frente: base cardíaca (bom para sopro 
dos grandes vasos do coração). Dec.Lat.Esq: facilidade em auscultar o 
ruflar diastólico (sopro da estenose de valva mitral). 
Atividade física (aumenta velocidade sanguínea): agachamento: também é 
bom para auscultar a base do coração, os grandes vasos, nos sons de saída 
do coração. Estenose Mi. 
 
• Atrito pericárdico: som/ruído extra cardíaco que se é auscultado e não tem relação com o 
ciclo cardíaco. Tum ta numa frequência chiada, uma vibração que não é cardíaca. 
Normalmente relacionados com pericardites. Analisar: situação, localização, intensidade, 
irradiação, timbre. É um pericárdio deslizando sobre o outro. 
Principais Queixas na Cardiologia: 
• Dispneia: Desconforto ao respirar 
➢ Subjetivo - inequívoco se com sinais clínicos 
➢ Alterações de ritmo, frequências e tipo de 
respiração 
➢ Tiragem, batimento asa de nariz, abaulamentos 
respiratórios – de fato dispneia 
➢ Sibilaria, cianose, rouquidão 
➢ Sensação de morte eminente 
➢ Atividade causava dispneia anteriormente? 
➢ Classificação quanto ao tipo: 
Dispneia paroxístico noturna (o tipo mais importante): Após decúbito - 2 a 5hrs; 
Redução de estase venosa (sangue que estava nos membros inferiores durante o dia sobre 
para o pulmão, ai se tem uma dificuldade de manuseio de volemia); Reabsorção intravascular; 
Aumento volemia e pressão venosa e Congestão venocapilar pulmonar. Não é uma falta de 
ar quando o paciente se deita, é uma falta de ar entre a segunda e quinta hora do decúbito. 
Dispneia de decúbito: Ortopneia (falta de ar quando deitado); Trepopneia (falta de ar 
relacionada a alguma posição ao deitar, como em decúbito lateral ou inclinado ou 
hiperestender o tórax e não ao deitar propriamente, relacionado com pericardite) 
 
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Dispneia de repouso: Ocorre em qualquer momento, é uma evolução das outras 
dispneias e normalmente está relacionada com uma insuficiência cardíaca ou um quadro mais 
agravado. 
➢ Fisiopatologia da dispneia: Progressão (corpo vai tentando progressivamente tratar a grande 
quantidade de volume pulmonar, hipervolemia ocorre nas dispneias, se não se consegue 
tratar de forma progressiva, o alvéolo vai ficar cheio de fluido intersticial e a partir daí se tem 
uma progressiva falta de ar) e Fatores coadjuvantes/associados do paciente 
 
• Dor torácica 
➢ Cardiovascular: Infarto, angina, dissecção, pericardite, valvulopatias 
Isquêmica (relacionada com infarto e angina): queda do equilíbrio entre oferta 
e demanda de oxigênio para tecidos cardíacos. São as doenças coronarianas. Essa 
dor é desencadeada ao esforço ou ao estresse, de moderada intensidade, reto-
esternal, que alivia ao repouso ou ao uso de nitrato, dor em aperto ou em pressão, 
duração de no máximo 1h, fatores de piora: esforço/alimentação/tabagismo/frio, 
fatores de melhora: repouso/uso de nitratos, pode irradiar para braço 
esquerdo/direito/mandíbula, sintomas associados: gastrointestinais (náusea, 
vômitos, diarreia), dispneia. Ver figura 1. 
Não-isquêmica: dor de dissecção de aorta - dor forte irradiando para o dorso, 
região interescapular, irradia normalmente para o dorso, não cede com terapêutica 
habitual (repouso/nitrato), associada a diferença de pulsos, dor ‘’abrindo e vem para 
as costas’’, sinais neurológicos, sopro diastólico no foco aórtico. 
Não-anginosa: Dor forte a moderada, contínua (dura mais que 1h), posicional, 
ocorre o atrito pericárdico, retroesternal, Bulhas diminuídas ou normais, relação com 
Pericardite ou Miocardite 
➢ Não cardiovascular: Pleuras, esôfago, estômago, pulmão, mediastino 
Parede torácica: dor relacionada com a inspiração ou expiração profunda 
Aparelho digestivo: dor relacionada com o hábito alimentar 
Pulmões e mediastino: dor relacionada com o ciclo respiratório, ausculta pulmonar 
alterada 
➢ Psicogênica: Em pacientes com ansiedade, depressão, síndrome do pânico. 
 
*Apresentação da dor: Localização, Qualidade, Intensidade, Duração, Fatores de piora, Fatores de 
melhora, Irradiação e Sintomas associados 
 
• Palpitações: Percepção dos batimentos cardíacos (ex.: coração batendo tanto e tão forte no pescoço 
que parece que vai sair pela boca) 
➢ Abruptos x graduais 
➢ Cronologia (ex.: começou a ter depois do infarto) 
➢ Frequência: eventual x frequente 
➢ Qualidade: coração acelerado x lento 
➢ Esforço (geralmente as palpitações que ocorrem após o esforço são piores) 
➢ Duração (segundos ou vários minutos) 
➢ Manifestações associadas: dor, dispneia, lipotimia (sincope causada por baixo fluxo cerebral 
produzido pelo coração) 
➢ Mecanismo: diminuição do limiar (paciente adrenérgicos) x anormalidade de ritmo (doença 
rítmica cardiovascular) 
 
• Síncope: Perda súbita de consciência (desmaio) com recuperação espontânea da consciência e do 
tônus 
➢ Hipoperfusão tecidual cerebral 
➢ Etiologia: desmaio é classificado em cardíaco (vem do nada, dura pouco tempo, pessoa nem 
consegue perceber que ia desmaiar, era pra ser uma morte súbita, mas não foi relacionada 
Figura 1 Dor Isquêmica 
 
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com arritmias malignas ou oclusão de grande vaso) x não cardíaco (síncope vaso-vagal, 
causada por hipotensão, bradicardia, ‘’gradual’’ paciente percebe que vai desmaiar).

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