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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FARMÁCIA INTEGRAL 2020.2 ALUNA: RISELLY FATIMA LOPES DA SILVA – DRE: 115090354 PROFESSORA: JOICE S. DISCIPLINA: BASES MORFOFUNCIONAIS E BIOQUÍMICAS APLICADAS A FARMÁCIA I – BMW203 Avaliação de Embriologia do Sistema Respiratório 1. Descreva de que forma os movimentos de dobramento "céfalo-caudal" e "lateral" efetuados pelo embrião no final da 4a semana contribuem para a formação do sistema respiratório. No final da terceira semana, início da quarta, o embrião começa a se modificar e apresentar um aspecto trilaminar (três camadas germinativas – ectoderma, mesoderma e endoderma) e se fecha ventralmente para formar um embrião com o corpo cilíndrico. Na quarta semana se inicia dois movimentos de dobramento para o fechamento do embrião: o céfalo-caudal e o lateral. O céfalo-caudal é o dobramento onde a cabeça e a cauda se curvam em direção a porção ventral do corpo e as laterais se movem também em direção a porção ventral do corpo e com isso temos o fusionamento das bordas do corpo na porção ventral. Com esses dois movimentos nós teremos o estrangulamento da vesícula vitelínica. Com isso, podemos ver a formação do tudo digestório primitivo, no qual dará origem ao sistema digestivo, e o seu tubo foi formado devido a derivação do endoderma restante após o estrangulamento da vesícula vitelínica e também teremos, proveniente desse tubo digestório de origem endodérmica, a formação do sistema respiratório através do tubo respiratório. Em determinado momento esse endoderma começará a se ramificar e formar um brotamento que dará origem a um ramo, no qual formará o tubo respiratório, no qual será o sistema respiratório inferior. Mais tarde esse ramo irá se ramificar formando a traqueia e os pulmões. 2. Descreva de que forma os morfógenos produzidos pelo mesoderma cardiogênico induzem a formação do broto respiratório a partir do tubo digestório primitivo. Nós temos a principal atuação de dos morfógenos Wnt2/2b e Bmp4 que são secretadas pelo mesoderma cardiogênico e sinalizam diretamente no endoderma que está na proximidade fazendo com que esse endoderma comece a expressar alguns genes que irão especificar o fenótipo específico para formar os órgãos do sistema respiratório. As células do endoderma que são induzidas pelo mesoderma começam a expressar um gene que é um fator de transcrição chamado Nkx2.1 e esse gene é como um marcador de células a se especificarem a formar células pulmonares. O restante do endoderma não expressa esse gene, logo, ele ficará relacionado somente ao sistema digestório. Posteriormente, teremos o aparecimento, nesse ramo pulmonar, uma ramificação no quão terão subdivisões. Nesse processo de ramificação, o mesoderma ao redor ainda estará participando, mas ele estará secretando outros morfôgenos, como por exemplo, Fgf10 que nesse caso terá participação no processo de ramificação. Então, ele dá orientação às células do endoderma quanto a que forma elas irão se dividir para dar origem ao aparecimento das ramificações que inicialmente teremos um ramo inicial que é o tubo respiratório inicial e depois ele começa a se bifurcar e então cada ramo primário origina mais dois e assim por diante até ter muitos ramos para a formação do sistema respiratório. O Fgf10 também direciona a orientação da divisão celular epitelial estabelecendo a direção apropriada de crescimento do ramo. 3. Qual a importância da interação mesoderma-endoderma para a formação do tecido pulmonar? A interação mesoderma-endoderma é importante para a formação do tecido pulmonar, pois o mesoderma secreta morfôgenos que induzem a formação do tecido pulmonar e do sistema respiratório no endoderma no qual faz parte do sistema respiratório primitivo. O mesoderma também se prolifera, junto com o endoderma, para a formação do septo. Dessa forma o mesoderma de um lado entra em contato com o mesoderma do outro lado e os tubos são finalmente separados. O epitélio de revestimento da laringe origina-se do endoderma. Teremos também a Eminencia Hipofaríngea que é uma proliferação de mesoderma revestida de endoderma. E teremos também a formação do pulmão num todo que é composto por diferenciação do Endoderma + Mesoderma. Endoderma sendo responsável pela mucosa de revestimento dos brônquios e células epiteliais dos alvéolos (pneumócitos) e o mesoderma esplâncnico pelos demais componentes pulmonares, vasos sanguíneos, músculo e cartilagem de sustentação dos brônquios e a pleura visceral que reveste os pulmões. Entre essas e outras mais podemos perceber a interação do mesoderma e do endoderma trabalhando em conjunto na formação de cada porção do sistema respiratório. 4. Descreva a composição da membrana alveolocapilar, citando as camadas germinativas que origina os diferentes tipos celulares que a compõem e suas principais funções. A Membrana Capilar é formada por células de alvéolos vizinhos e de vasos sanguíneos. Então teremos, os alvéolos preenchidos por ar e a parede do alvéolo acima dele é formada por células alveolares do tipo I ou pneumócitos do tipo I. A adesão do alvéolo com os alvéolos vizinhos formam a parede desses alvéolos e entre essas células encontramos a presença de capilares sanguíneos que tiveram origem do mesoderma e serão eles que permitirão as trocas gasosas entre os alvéolos e o sangue. Encontramos também nas paredes dos alvéolos, além dos pneumócitos do tipo I, podemos encontrar também pneumócitos do tipo II ou células alveolares do tipo II que é um tipo celular que é capaz de secretar uma substância chamada substância surfactante que é formada por fofoslipideos, proteínas e sua função é recobrir toda a parede dos alvéolos para impedir a adesão da parede dos alvéolos no momento da respiração. O Endoderma está sendo responsável pela mucosa de revestimento dos brônquios e células epiteliais dos alvéolos (pneumócitos) e o mesoderma pelos capilares sanguíneos. 5. Uma gestante fez uso de um fármaco durante a gestação que inibiu a função das células alveolares tipo II (pneumócitos tipo II). Neste sentido o bebê, ao nascer apresentou a "síndrome do desconforto respiratório". Descreva qual principal função este tipo celular exerce e qual o possível procedimento deve ser feito para que o bebê se recupere. Os pneumócitos do tipo II ou células alveolares do tipo II é um tipo celular que é capaz de secretar uma substância chamada substância surfactante que é formada por uma complexa mistura de fosfolipídios e proteínas. O surfactante forma um filme monomolecular sobre as paredes interiores dos sacos alveolares e neutraliza a força da tensão superficial na interface ar-alvéolo, facilitando a expansão dos sacos terminais e evitando que eles colapsem, ou seja impedem a adesão da parede dos alvéolos no momento da respiração. Quando os mesmos não são bem desenvolvidos, ou seja, quando ele é insuficiente, a tensão superficial entre o ar e a agua (sangue) fica alta, aumentando o risco de colapso dos alvéolos durante a expiração. Logo, é necessário um tratamento com reposição de surfactante. Os prematuros recebem surfactante artificial, bem como no tratamento das gestantes em trabalho de parto prematuro com glicocorticoides para estimular a produção de surfactante, ou seja, é necessário que o bebê receba substância surfactante de forma exógena até que adquira o funcionamento normal e possa encerrar o tratamento, pois a substância continuará sendo secretada normalmente ao longo da sua vida.
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